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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Alabê

ALABÊ



Para ser denominado OGÃ, ALABÊ, tem que estar muito bem entrosado com os rituais da nação a que pertença como também conhecer os rituais das demais nações, principalmente aqui no Brasil onde temos variantes de nações por causa do já conhecido envolvimento histórico Africa-Brasil, nos navios negreiros e nas senzalas a mistura foi muito grande, mesclando muitas tribos e as mais fortes em cultura ou em liderança eliminaram as menores ou menos importantes culturalmente e economicamente menos influentes.
Não trocaram as energias dos ORIXÁS mas as interpretações, alguns cânticos, invocações, toques e claro as lendas dos orixás que começaram a ser contadas mesclando com a cultura brasileira subordinada aos costumes religiosos opressivos católicos vigentes.
Como resultado os ancestrais deixaram para nós, uma verdadeira miscelânea que lentamente esta sendo resgatada, mas quanto mais se meche mais aparece elementos exigindo então dos BABÁS e IALORIXÁS um grande discernimento para não perder a coluna deixada ou ensinada pelos seus mestres, mas também não excluindo os novos conceitos e linhas que surgem gradativamente, também como fruto da evolução do ser humano.
A religião e os líderes religiosos não podem deixar de acompanhar a escalada evolutiva correndo o risco de ser atropelados e caírem no esquecimento e levando consigo o lamentos das ALMAS dos que nos legaram a sangue e suor .
Mas adaptar-se não significa aniquilar-se e quando se eleva ALABÊS e OGÃS, com conhecimento e bom senso mantemos a religião viva, muito mais que manter, acompanhamos e evoluímos com ela e a sociedade como um todo.
Um ALABÊ não como parece para muitos um BATUQUEIRO, cuja função seja fazer barulho com o ATABAQUEILÚ ou com o TAMBOR como muito podem até chamar o RUMRUMPI e o .
Para ser um ALABÊ é necessário ter obrigação, ORIXÁS sentada nas devidas vasilhas e suas ferramentas, conhecer cada um dos seus ORIXÁS, suas lendas costumes, sua verdadeira energia.
Ter o conhecimento teórico igual do seu BABÁ, diferenciando apenas na prática pois a seu BABÁ andou mais pela estrada e o pó do caminho ensina, mas esses ensinamento está disposição a quem deseja e faça por merecer.
Um ALABÊ além do conhecimento adquirido, tem que ter muito boa disciplina, comportamento ético e claro discernimento, sendo capaz de diferenciar cada manifestação, e quando nos ebós, é peça importante na chamada dos orixás corretos com cada AXÉ.
Tem que ter firmeza, confiança no seu conhecimento.
O resultado de uma AXÉ depende muito do bom desempenho do ALABÊ, trabalhando de maneira una com seu BABA em prol de um resultado satisfatório.
A função de ALABÊ. não se resume em apenas tocar o ILÚ (tambor), mas sim, ter um conhecimento do fundamento que é necessário para desempenhar a mesma.
Os tambores são tratados da mesma maneira que os assentamentos, recebendo agrados energéticos, velas, etc, que traduzem a importância dos mesmos nos rituais, e os ALABÊS são encarregados dessa administração.
Outra coisa muito importante é se enfatizar que o ALABÊ pertence somente a Nação, ou BATUQUE como popularmente é conhecido, além do que é necessário, ter a INICIAÇÃO, e os fundamentos de todos os ORIXÁS. por isso é que jamais poderemos ter um ALABÊ de Umbanda ou Quimbanda. Não basta para ser um ALABÊ, apenas saber tocar e cantar algumas rezas, da mesma maneira ser necessário a um BABALORIXÁ ou IALORIXÁ ter todos os devidos assentamentos, o AXÉ de OBÉ e de IFÁ a feitura de um ALABÊ é exatamente igual, ou seja, além de tocar o ILÚ, saber as rezas do início e do fim, é também necessário ter o apronte de ORÍ e o recebimento do próprio Axé de ALABÊ.
Não se faz um ALABÊ do dia para a noite e nem por dinheiro, pois em algumas situações ele pode manter um toque do inicio ao fim por uma situação que o BABA esteja ocupado.
Não poderia por falta de conhecimento tocar ADARRUM, ALUJA ou outros toque de ORIXÁS em um ambiente em que esteja no mundo exus e pombas giras, pois os toque estariam totalmente fora de foco e em equivocada desarmonia. Sempre que tocamos, seja para a Nação, Umbanda ou Quimbanda, temos o dever de saber da responsabilidade que estamos ali assumindo e que a partir de nossas mãos podemos trazer ao nosso mundo desde Exús a Orixás e que nossos erros e acertos poderão refletir nas pessoas que ali estão. Por isso além de conhecimento, são imprescindíveis o respeito, a humildade e o amor naquilo que se faz.
Um ALABÊ precisa saber de que orixá é o axé em que está cantando o que significa aquele axé porque tudo tem um porque assim como que cada axé significa a passagem de seu orixá na terra quando aqui passou.
Num trabalho precisamos saber qual o axé cantar para cada situação e acima de tudo isso sermos humildes e termos a certeza, de que quando pegarmos um tambor estaria humildemente pedindo aos orixás que escutem nosso chamado.
E que tenham misericórdia e respondam, pois para nós da religião Afro e para os ALABÊS, que estamos chamando-os, não há momento mais sublime do que, quando eles descem e venham nesta terra para nos abençoar e nos dar aquele AXÉ e conforto que nós tanto precisamos porque o que seria de nós sem os ORIXÁS,
E o tambor é o imã dos ORIXÁS.


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