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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Xirê


XIRÊ







Não é necessário muito esforço para perceber que no candomblé comida e dança são o ar que todos precisamos para respirar. Combinação certa e adequada para que se faça uma boa magia, ou uma magia completa.
A música bem como as comidas são essencial para que se consiga uma perfeita harmonia com as entidades.
No XIRÊ as duas se unem para celebrar a vida, a força e o poder das entidades ORIXÁS, que ao som dos ATABAQUES descem do ORUN, palavra da língua yoruba que na Mitologia Yoruba é o céu ou o mundo espiritual, paralelo ao Aiye, mundo físico. Tudo que existe no Orun coexiste no Aiye através da dupla existência Orun-Aiyepara confraternizar com seus filhos, numa troca harmoniosa de ENERGIA, de AXÉ.
A DANÇA dos ORIXÁS no XIRÊ ao toque dos ATABAQUES fazem suas danças coreografadas, que tem nos movimentos sinais característicos de cada ORIXÁ, exprimindo sua maneira de ser ,caracterizando suas funções.
Da mesma forma que cada ORIXA tem sua comida principal e fundamental, também tem seu ritmo, sua DANÇA, onde através dos movimentos revivem momentos importantes que o envolveram energeticamente na formação do mundo visível e invisível.
Os movimento acompanham os ritmos de cada TOQUE, no entanto cada entidade faz seus movimentos de maneira personalizada revivendo sua história, conforme acompanhamos nas LENDAS DOS ORIXÁS.
Como cada entidade é individualizada seus movimentos, vamos ver OGUN bravando sua espada ou seu facão, BARÁ com toda a sua versatilidade, energia. XANGÔ tremendo terra com a força de um trovão. IANSÃ, linda, leve e soltas como a recolher e endereçar os EGUNS.
OBÁ, em suas disputas e guerras, bravando sua espada curta, querendo agradar seu amor e ameaçando a OXUM, que meiga e vaidosa mira-se no seu espelho.
OSSAIM, recolhendo suas folhas, espalhadas pelo chão e pulando em um pé só sem fazer barulho como se estivesse na floresta.
ODÉ, com sua coreografia de caçador. NANÃ, embalando simbolicamente seus filhos.
OBALUAIÊ e OMULU, celebrando a vida e a morte, um com movimentos rápidos e vibrantes e o outro, alquebrado, cansado, velho.
IEMANJÁ, com seus movimentos de remadora, e a banhar em suas águas.
OXALÁ, com seu APAXORO, por momentos vibrando e em outros apoiando-se. OXUMARE com sua graça e beleza, leveza no dançar.
Assim dessa maneira ,os ORIXÁS vem ao mundo, não para "bater papo", mas para se entrosar, vincular-me com as energias dos seus filhos.
Para cada situação existe uma roupa especifica, um movimento determinado e uma música REZA associada.
Chamamos de cantigas de RUM as executadas para o ORIXÁ dançar em uma festa, costuma dizer-se (dar Rum ao santo), nessas cantigas os Orixás fazem a coreografia conforme a cantiga e o desempenho do ALABÊ no atabaque maior (Rum), caso o ALABÊ, culto dos jejês, o encarregado do instrumental do candomblé cometa algum engano, Orixás mais antigos podem parar de dançar, corrigindo o OGAN para que ele cante a cantiga na sequência certa ou no ritmo certo. Cada casa tem sua ordem de chamada mas pouco muda, apenas, e talvez as primeiras que algumas casa dão para BARÁ e outras para OGUN, mas o ritual primeiro que é o PADÊ, sempre será despachado antes de iniciar o TOQUE.
Convém salientar que as cantigas podem diferenciar nos toque dependendo a finalidade como para, ABRE CAMINHOS, DOENÇAS, MISERICÓRDIA, saída de entidade do RONCÓ, FÚNEBRE onde as cantigas são totalmente alteradas de acordo o grau da pessoa no culto e, claro as cantigas para o ritual de AXEXÊ, nesse ritual não são usados os instrumentos de percussão.
Convém esclarecer que cada toque tem sua cantiga própria pela finalidade ,e não devem ser cantada nas demais e nem fora do local consagrado para tal.

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