
ORIXÁ
XANGÔ
XANGÔ antigo orixá do fogo celeste, visto pelos mortais como símbolo de justiça divina, já que o raio atinge a cabeça de quem os deuses resolvem punir.
Dono do raio e do trovão, sua manifestação é o meteorito, motivo pelo qual é cultuado nas pedreiras.
Sendo o grande justiceiro que governa com retidão.
Deus do raio, do trovão, da justiça e do fogo, orixá viril e violento.
XANGÔ, chefe do vermelho, rei de Oyó, dono do fogo é um evidente símbolo solar, com seus 12 Obas, seus 12 pares, seus 12 cavalheiros e, portanto, um símbolo de vida, de erotismo e sensualidade, no seu melhor sentido, presidindo inclusive o amor, e, odiando acima de tudo a morte.
A pior quizila de XANGÔ é EGUM. A dor e o sofrimento.
É tanta a aversão de XANGÔ pela morte que ele se afasta de seu filho, mal ele caia doente.
XANGÔ é o fogo da vida, da justiça, do equilíbrio, da polaridade.
É chamado de leopardo dos olhos faiscantes, de fogo ou de dragão faiscante. Em alguns mitos ele usa cabelo translado e se veste de saia vermelha e búzios .
Detesta mentirosos, adora argolas de ouro e põem fogo pela boca.
kabieci-salve o rei.
Por isso é vermelho e branco, e o seu símbolo é o oxê, ora cortando para o bem, ora cortando para o mal.
Ora na paz, ora na guerra. mas sempre resolvendo o enigma bipolar, vez que o caminho da iluminação para os nagôs é o caminho da doçura, da calma, da gentileza.
Os filhos de XANGÔ são extremamente energéticos, autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos, honestos e equilibrados, porém, quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e incontrolável.
Os filhos de XANGÔ são tidos como grandes conquistadores, são fortemente atraídos pelo sexo oposto e a conquista sexual assume papel importante em sua vida. Robusto, pesado, imponente e nobre.
Tem entretanto tendência a obesidade, sensual, amigo dos bons vinhos, da cerveja, eterno apaixonado, um libertino, e um marido infiel, embora ciumento e vingativo.
Orgulhosos, teimosos, não ouvindo conselhos e não admitem ter-se enganado.
Mais instintivo, que racional, muito apegado a mãe.
São atrevidos, agressivos e mesmo cruéis, temem a morte, não por covardia, mas por amar demais a vida.
Obstinação, inteligência, ponderação, altivez, inverso: mesquinhez, vaidade, iniquidade, conservadorismo .
RESUMINDO ...XANGÔ, ser humano deusificado, representado pelas forças violentas da natureza.
Foi associado a jakuta, divindade que luta através do raio e do trovão.
É um orixá que persegue os ladrões, mentirosos e malfeitores, para esfregar suas caras no chão, sem piedade.
Usa seu pilão para amassar o cérebro de seu inimigo oculto.
Depois que o vence gosta de comer seu carneiro bem temperado e assado nas brasas. Com muita pimenta é claro.
Isso ocorre porque XANGÔ é um orixá que rola no chão quem o ofende, da mesma maneira que um novelo de lã.
Por isso, seus adeptos sempre pedem a ele para que não os deixem infringir as leis dos homens, e que de suas bocas não saiam palavras que venham a ofender alguém.
Gosta de comer quiabos, azeite-de-dendê, muita pimenta, carne de carneiro e de cágado.
Aprecia roupas feitas com pele de animais selvagens e usa sempre seu machado de dois lados chamado oxê, adora também uma fruta chamada orobô que muitas vezes é também usada para adivinhação.
Seu símbolo é o machado de dois gumes, a balança, também edun àrá, ou seja, a pedra de raio.
OIÁ sempre vestia branco, a cor das nuvens dos céus, mas um dia acrescentou o vermelho em suas vestes, para conquistar o senhor de Oió. Deu certo...
OIÁ era muito respeitada pelos súditos do rei.
Quando alguém queria algo de XANGÔ , pedia primeiro a OIÁ.
IANSÃ é muito parecida com XANGÔ. uma cópia feminina do senhor do trovão.
É a esposa do XANGÔ mais jovens, guerreia com ele e detém o poder sobre o fogo.
É a companheira de lutas e conquistas, de causas e dissabores.
Segundo a mitologia Iorubá, OIÁ foi única esposa de XANGÔ rei, que o acompanhou até o fim de seus dias, ao passo que as demais debandaram, deixando XANGÔ na companhia da fidelíssima esposa mais jovem.
XANGÔ escutava OIÁ, que era justa e generosa.
OIÁ adorava cozinhar para XANGÔ e também gostava muito de comer. Menos carneiro, é claro.
OIÁ o grande vendaval, a charmosa, era a esposa que se vestia de fogo e comia pimenta crua.
Ela comia fogo com XANGÔ. Com OIÁ, XANGÔ dividia sua causa, ele confiava em OIÁ. A leopardo fêmea.
EXU TIRIRI[ Fleruty ]: ligado a XANGÔ, está nos tribunais, assembleias públicas e pedreiras é a ele a quem devemos pedir ajuda sobre a justiça dos homens. TIRIRI possui idêntica força como o seu Tranca-Ruas .
Sua apresentação é de um homem preto, cuja pele corroída pela bexiga, é bem visível.
FRASE DE IMPACTO >SÓNGÓ OSÓ TIÁ BÉRÚ OLÓGBO- Xangô a divindade que assusta até o gato.
ELEMENTO> fogo +.
METAL> bronze.
ERVAS> levante, manjericão, sabugueiro, manjerona, álamo.
BEBIDA> água mineral, água de coco, cerveja preta.
EMBLEMA> seré, cabaça de pescoço longo.
FRUTA> abacaxi, graviola, banana prata.
COME> rabada, acarajé, amalá, carneiro com guampa, angolista, pombos, galos, amalá de quiabo e frutas.
DOENÇAS> coluna vertebral, externo, impotência, obesidade.
NATUREZA> raios, trovões, meteoritos .
SEU DIA> é terça-feira.
SUAS CORES> são vermelho e branco.
SEUS NÚMEROS> são 6 e 12.
SAUDAÇÃO> kaô cabiecilê .
FERRAMENTA> é o raio, machado duplo, pilão, pedra.
LENDAS
XANGÔ era rei de Oyó, terra de seu pai; já sua mãe era da cidade de Empê, no território de Tapa. Por isso, ele não era considerado filho legitimo da cidade.
A cada comentário maldoso XANGÔ cuspia fogo e soltava faiscas pelo nariz. Andava pelas ruas da cidade com seu oxé, um machado de duas pontas, que o tornava cada vez mais forte e astuto onde havia um roubo, o rei era chamado e, com seu olhar certeiro, encontrava o ladrão onde quer que estivesse.
Para continuar reinando XANGÔ defendia com bravura sua cidade; chegou até a destronar o próprio irmão, Dadá, de uma cidade vizinha para ampliar seu reino. Com o prestigio conquistado, XANGÔ ergueu um palácio com cem colunas de bronze, no alto da cidade de Kossô, para viver com suas três esposas: Oyá ( Yansã ) amiga e guerreira; Oxum, coquete e faceira e Obá, amorosa e prestativa.
Para prosseguir com suas conquistas, XANGÔ pediu ao babalaô de Oyó uma fórmula para aumentar seus poderes; este entregou-lhe uma caixinha de bronze, recomendando que só fosse aberta em caso de extrema necessidade de defesa. Curioso, XANGÔ contou a Yansã o ocorrido e ambos, não se contendo, abriram a caixa antes do tempo. Imediatamente começou a relampejar e trovejar; os raios destruíram o palácio e a cidade, matando toda a população. Não suportando tanta tristeza, XANGÔ afundou terra adentro, retornando ao Orun.
O macaco queria se casar e não tinha dinheiro, mas como era sabido, resolveu pedir a Dã, cem cauris, obtendo sucesso.
Solicitou a mesma quantia a Kpo, e a Odé. Ficando estipulado o prazo de três meses para liquidar a dívida.
No dia estipulado todos foram cobrar ao macaco, que fez o que segue:
-mandou Dã esperá-lo no pé de Irocô às 20:00 hs
-mandou Kpo esperà-lo no pé de Iroc}ô às 20:30 hs
-mandou Odé esperá-lo no pé de Irocô às 21:00hs, e a todos recomendou pontualidade.
No horário marcado Dã foi para o Irocô, cansado de esperar o macaco, acabou adormecendo.
ÁS 20:30 Kpo chegou sem que visse a serpente. Começou a sentir sono e deitou no chão.
Odé se dirigiu para o Irocô no horário marcado. Lá chegando avistou Kpo e para sua surpresa o leopardo estava dormindo.
Odé que nada tinha caçado e esperava pegar Kpo há muito tempo, deu uma flechada em Kpo que alucinada de dor caiu por cima de Dã que apesar de receber uma patada de Kpo desferiu uma picada em Odé.
ICÚ, todas as noites passa pelo pé de Irocô, surpresa levou todos para seu reino.
XANGÔ se casou com Obá em kossô entre uma conquista e outra. Eles eram muito felizes no casamento, apesar do rei não poder ver um rabo de saia em sua frente. Um dia XANGÔ viu Oiá lavando roupas na beira do rio, e se apaixonou perdidamente por ela, a quem imediatamente propôs matrimonio.
Numa certa feita o galante senhor se deparou com a bela Oxum a se mirar cantando, com seu abebé de ouro, em cima de um rochedo na cachoeira, e se enamorou dela que veio a ser a terceira esposa.
As três viviam a tranco e barranco por causa de XANGÔ .
Obá comprou um cavalo branco belíssimo, e o ofereceu a XANGÔ que adorou.
Após, algum tempo XANGÔ partiu para a guerra e levou Oiá na garupa deste cavalo .
Obá e Oxum esperavam pela volta de XANGÔ .
Obá muito triste resolveu procurar Orumilá que lhe disse que XANGÔ estava bem e vivendo feliz com Oiá; ditando o seguinte ebó para trazer ele de volta para conviver as três juntas: deveria pegar um rabo de cavalo branco, novo e prepara-lo com alguns ingredientes e dependura-lo no teto da casa.
Obá conversou com Oxum que incubiu o senhor Bará de executar o serviço, ou seja, conseguir a cauda de cavalo. Só que por orientação de Oxum o Bará foi atrás e pegou o rabo do cavalo branco do senhor XANGÔ sem que Obá suspeitasse de nada.
Obá recebeu a cauda e preparou o ebó dependurando a cauda no teto.
No terceiro dia XANGÔ chegou em casa abatido com a morte do seu cavalo branco.
Quase caiu para trás quando viu a cauda do cavalo dependurada no teto.
Oxum apressou-se em explicar que Obá era a responsável por tudo.
O mito conta que XANGÔ ávido por tomar a coroa de Ogun, deu a este um sonífero no café e correu ao lugar onde a cerimônia ia ter lugar. Ali Iemanjá mandou apagar a luz para começar a cerimônia.
XANGÔ aproveitando a escuridão, cobriu-se com uma PELE DE OVELHA e sentou-se no trono. A pele de ovelha servia para parecer-se com Ogun na hora em que a mãe o coroasse, já que Ogun por ser primogênito é tido como homem pré-histórico coberto por pêlos. Depois que Iemanjá colocou a coroa sobre sua cabeça e as luzes voltaram, todo mundo viu que era XANGÔ e não Ogun, mas já era tarde demais para voltar atrás.
Oxum estava casada com Ogun, mas XANGÔ a tinha visto e se enamorado dela; seguia-a por toda a parte, esperando o momento de encontra-la à sós num local deserto.
O dia chegou e XANGÔ excitado por tão longa espera, precipitou-se sobre ela para violentá-la.
Os caminhos pertencem a Bará, e Bará surgiu a fim de separar o par amoroso. Mas não fez...
XANGÔ muito cheio de si , saiu dançando pelas ruas, ao som do Batá.
Chegou a um lugar cheio de neblina. Não se enxergava nada mas ele sempre dançando .
No meio da neblina apareceu linda jovem, questionando o porquê de tanta dança e cantoria naquele lugar.
XANGÔ muito arrogante, disse-lhe que bailava onde bem entendesse e que não devia satisfação a ninguém. A mulher, que se chamava Euá, num passe de mágica, dissipou a bruma e XANGÔ, “caiu na real “estava dançando no cemitério.
Conta a lenda que Oxalá, sob a forma de um velho alquebrado, foi em busca de sua mulher, no reino de XANGÔ.
Descoberto e identificado como estrangeiro, portanto perigoso, Oxalá foi aprisionado pela guarda do rei. Não demorou e caiu sobre o reino toda espécie de pragas, seca, fome e peste.
Assustado XANGÔ consultou Orumilá, e este lhe advertiu que o rei tinha em cárcere o mais poderoso dos orixás e, na sua alcova, a esposa deste.
XANGÔ imediatamente mandou libertar quem na verdade era seu pai e lhe devolveu quem na verdade era sua madrasta.-
XANGÔ se considerava o máximo. Mulher nenhuma no mundo conseguia resistir aos seus encantos. Era o mais belo dos reis, rico e cheio de si .
A fama da beleza de Euá corria mundo, e Euá não era casada.
XANGÔ resolveu a todo custo, seduzir Euá, nem que tivesse de trabalhar de servo em seu palácio, e foi o que fez.
Euá portadora de vidência e de premonição, previu a chegada em seu reino, de um grande senhor real que viria disfarçado de servo.
Assim preparada, ficou imune ao charme do senhor do fogo.
Qualquer mulher que olhasse XANGÔ nos olhos brilhantes de fogo, cairia apaixonada.
Euá prevenida não olhava nos olhos.
O tempo foi passando e nada, XANGÔ irritado tentou possuí-la a força, a moça apavorada, mas muito valente deu uma mordida na mão de XANGÔ e soltou-se fugindo do palácio, com o rei disfarçado em seu encalço.
XANGÔ, furioso e pondo fogo pela boca, estava cada vez mais perto, quando Euá avistou a porta do cemitério e entrou, o que fez com que o rei de oió fugisse apavorado, mas a tempo de dizer-lhe que ainda a possuíria de qualquer forma.
Cansada de tantas perseguições, Euá resolveu ficar residindo no ILÊ IBOJI, onde sempre estaria a salvo de XANGÔ, estabelecendo um grande relacionamento com IKÚ.
Casou-se com Omolu e tornou-se senhora dos cemitérios responsável pela transformação e distribuição de todos os elementos para a decomposição do cadáver.
Certa feita XANGÔ quase é convencido por Euá e Ossaim a se enforcar. Seu reino, de Oió estava afundando e ele, ingenuamente, fora se aconselhar com Euá, a qual junto com Ossaim, que lhe aconselhavam a enforcar-se e morrer gloriosamente.
Se não fosse Oiá, o rei teria se enforcada mesmo.
Oiá queria XANGÔ só para ela, pois sofria quando ele saía. Para impedir que XANGÔ saísse de casa, chamou os mortos a sua presença, e a casa de Oiá ficou cercada de Eguns, assim XANGÔ tornou-se prisioneiro de Oiá.
Cada vez que ele tentava sair e abria a porta, os Eguns vinham ao seu encontro chiando.
XANGÔ aterrorizado não saía a rua, um dia na ausência de Oiá, Oxum foi visitar XANGÔ que lhe contou tudo. Oxum preparou uma garrafada com aguardente, mel, e pó de efum ...
No princípio do tempo Obatalá com suas vestes de céu e Oduduá, a mãe-terra uniram-se.
Deste amor nasceu Aganjú : forte com sua carcaça de pedra e Iemanjá em suas vestes de gota-de-água.
Um milênio durou este amor.
E dele nasceu Iorugã. Quando Iemanjá estava dormindo Iorugã, ardendo de desejo, correu para ela. Iemanjá desesperada, corre e cai. E do seu corpo neste momento nasceu os demais orixás.-
Ossaim guerreava contra Orumilá. Este sem saber quem lhe causava tanto sofrimento e era seu inimigo.
Queixou-se a XANGÔ. Este mandou-o fazer uma oferenda para poder conhecer seu inimigo.
Orumilá foi para casa e preparou o ebó.
Ossaim estava na mata preparando uma fórmula mais forte para prejudicar o inimigo.
Enquanto Orumilá preparava o ebó, um raio caiu na mata, deixando Ossaim preso entre dois fogos. Terminado o ebó, Orumilá saiu. No caminho, ouviu lamentos e pedidos de socorro.
Desejoso de ajudar, correu em direção da voz, encontrando Ossaim dentro de um buraco. Foi assim que Orumilá descobriu quem era seu inimigo e que por isso Ossaim tornou-se defeituoso.-
O rei de Congo tinha três filhos, XANGÔ, Ogun e Bará. Este último não era exatamente um mau rapaz, mas era muito malicioso e turbulento, brigão e lutador. Depois de sua morte sempre que os africanos faziam um sacrifício aos espíritos, ou celebravam uma festa religiosa, nada dava certo, as preces dirigidas aos deuses não eram ouvidas, os rebanhos foram dizimados pela epidemia, as colheitas secaram sem produzir frutos, os homens caíam doentes.
O Babalaô consultou os obis e estes responderam que Bará tinha ciúmes, que queria sua parte nos sacrifícios.
Como as desgraças não pararam, continuando assolar a todos, o povo voltou a consultar o Babalaô. A resposta foi a mesma >Bará quer o privilégio de ser servido em primeiro lugar<.
-Mas quem é esse Bará?
-Como? Não vos lembrais mais dele ?
-Ah, sim, aquele pretinho tão amolante.
A partir deste dia toda oferenda é precedida de ofertório para o Bará.
Oxalufã vivia com Oxanguiã em seu reino, como sentia-se muito velho e próximo o seu fim, resolveu visitar seu outro filho, XANGÔ .
Como de costume antes de viajar Oxalufã consultou com Babalaô, que desaconselhou a viagem, dizendo que havia risco de morte.
Oxalufã não se intimidou e quis uma solução, quer seja através de oferenda ou procedimento.
O Babalaô , fez as oferendas e recomendou que durante a viagem não poderia recusar a ninguém o menor serviço, durante todo o trajeto e jamais se queixar.
No caminho Oxalufã encontrou três vezes o Bará que lhe pediu sucessivamente para ajudá-lo a carregar na cabeça uma barrica de azeite-de-dendê , uma carga de carvão e outra de óleo de amêndoas, as três vezes Bará derramou o conteúdo sobre o velho. Mas Oxalufã, sem se queixar, continuava a caminhada.
Penetrando, finalmente no reino de XANGÔ avistou o cavalo deste, que tinha fugido , e, capturou-o para devolver ao proprietário XANGÔ .
Mas os servidores pensaram que Oxalufã era um ladrão, julgando-o pelo aspecto (sujo de dendê, carvão e óleo); caíram sobre ele, quebram-lhe braços e pernas à pauladas, atirando-o finalmente numa prisão.
Nela permaneceu SETE anos. O reino de XANGÔ virou em caos.
As mulheres tornaram-se estéreis, as colheitas minguaram.
XANGÔ triste e aflito buscou ajuda consultando um Babalaô, este revelou que todas as desgraças provinham do fato de um inocente estar sofrendo injustamente na prisão.
XANGÔ ordenou que os prisioneiros comparecessem diante dele, reconhecendo seu pai.
XANGÔ seduz Oxum, raptando-a do palácio de seu pai.
Outras lendas dizem que XANGÔ tomo-a de Ogun, mas que eles mantiveram uma relação esporádica como amantes.
Iansã foi mulher de Ogun, mas foi embora com XANGÔ.
Oxum seduziu Iansã mas logo abandonou-a e temos finalmente a versão de uma relação entre Ogun e Odé, que apesar disto continuaram suas vidas solitárias na floresta.
Iemanjá casou com Orixála mas o traiu com Orumilá.
XANGÔ casou com Iansã, embora ele detestasse Egun e ela detestava CARNEIRO.
Certa feita Egum vestiu roupas idênticas a de XANGÔ com bota e tudo e saiu “ aprontando “.Chegava nos lugares e fingia que era XANGÔ comendo as comidas e recolhendo as oferendas destinadas ao rei.
XANGÔ mandou cortar a cabeça de Egun.
Havia uma jovem e casta princesa chamada Euá; pura, graciosa, espiritual, silenciosa e trabalhadora.
Um dia apareceu no reino um jovem guerreiro que a seduziu e a engravidou.
Euá, escondeu a gravidez até de seu pai.
Desesperada e já sentindo dores do parto, sem ter em quem confiar, fugiu do palácio rumo á floresta onde deu a luz um filho homem.
Sozinha, sem ajuda, Euá desfaleceu após o nascimento do filho.
O menino foi recolhido por Iemanjá, a senhora das águas profundas, que o levou para seu reino dando-lhe o nome de XANGÔ [...].
Tamanha foi a dor de Euá, ao acordar sem ver o seu rebento, que foi se esconder no CEMITÉRIO, mantendo o rosto coberto para que ninguém a reconhecesse.
Euá, a mãe do segredo .
Mesmo depois de casado com Oxum, XANGÔ continuou indo as festas, a fazer farras e aventuras com mulheres. Oxum queixava-se de solidão, e brigavam. Ela era muito dengosa. Por isso ele XANGÔ, a trancou na torre do seu palácio.
Um dia Bará dono da encruzilhada veio pra uma encruzilhada defronte ao palácio de XANGÔ.
Viu Oxum chorando e perguntou o porquê. Ela contou, e ele foi dizer a Orumilá.
Este preparou um Axé e mandou dizer a ela que deixasse a janela aberta. Ele soprou o pó que entrando pela janela, transformou Oxum numa POMBA.
Ela voou para a casa de Oxalá que a transformou para a forma original.
Por isto que Oxum (... ) não come pomba
Irocô era uma árvore, muito importante, importante a valer.
Olofin determinou que os orixás e Êres fossem cultuados pelos viventes, e eles saíram pelo mundo à procura de seus filhos com isto haveria a aproximação do mundo dos encantados com o das pessoas.
Irocô era muito cultuado e trabalhava muito, perto de onde estavam havia uma feira cheia de movimento, Irocô soprou e seu hálito em forma de vento que foi cair sobre a cabeça da moça que vendia na feira, a moça começou a rodar a rodar, a rodar e foi cair nos pés de Irocô, nascendo a primeira locosi.
Isso quer dizer que Irocô chega no axé, chega para dançar e ficar.
Todos os orixás correram para o pé de Irocô, para uma grande junção, chegaram trazendo suas comidas prediletas:
XANGÔ > levou amalá.
Ogun> levou inhame assado.
Odé> levou milho amarelo.
Omulu> levou pipoca e feijão preto.
Ossam> levou farofa de mel de abelhas.
Oxumarê> levou farofa de feijão.
Oxalufã> levou milho branco.
Oxaguiã> levou bolos de inhame cozido.
Orumilá> levou ossos.
Bará chegou correndo e levou cachaça. Ajoelhou-se nos pés de Irocô e jogou 3 pingos no chão, cheirou 3 vezes e bebeu um pouco. Neste momento Irocô se transformou em árvore, Ogun em cachorro, Odé em vagalume, Omulu em aranha, Oxalá em lesma, Oxumarê em cobra , XANGÔ em cágado e as comidas ficaram no pé da árvore.
Ao sentir próximo a sua transição e não querendo ficar exposto, Xapanã dirigiu-se a XANGÔ e lhe pediu que deixasse terminar seus dias em sua `morada.
Foi atendido por XANGÔ, e, assim fez sua transição na fenda de uma pedreira de XANGÔ.
A primeira mulher que XANGÔ teve foi a sua mãe, Iemanjá. Foi por isso que Oxalá falou: já que vocês são dois carneiros que bebem da mesma cuia vão ficar juntos para sempre.
AXÉS
CALAR A BOCA DE FALADOR.
MATERIAL:
-1 LÍNGUA BOVINA.
-SINAL DA PESSOA.
-NOVE PIMENTAS.
-NOVE AGULHA.
-PÓ DE OSSUM.
-NOVE GRÃOS DE MILHO TORRADO.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
-LINHA VERMELHA.
-2 VELAS VERMELHAS.
-2 VELAS PRETAS.
PREPARO:
Para calar a boca de um falador, pega-se uma língua bovina fresca, abre-se ao meio e coloca-se ali o nome da pessoa ou seu retrato, dobrado em 9 vezes, nove pimenta, nove agulha, pó de osum, nove grãos de milho torrado, azeite-de-dendê.
Amarrar toda a língua com linha vermelha. Acenda uma vela preta e ofereça para Bará Olodê{ },e a vela vermelha para XANGÔ .
Deixar de um dia para outro arriado no peji ou em local discreto.
Quando for despachar antes repita o acendimento das velas, após pendurar em qualquer árvore.
ARRIAR:
DIA: Quinta-feira.
LUA: Minguante.
HORARIO: 12 horas.
DESPACHAR:
DIA: Sexta-feira.
LUA: Minguante.
HORÁRIO: 18 horas.
DIFICULDADES.
Para qualquer tipo de dificuldade, sacrifica-se um galo vermelho para XANGÔ. Mas antes não esqueça de oferecer um ebó para exu Tiriri.
ARRIAR:
DIA: Terça-feira.
LUA: Crescente.
HORARIO: 12 horas.
DESPACHAR:
DIA: Terça-feiras.
LUA: Crescente.
HORÁRIO: 18 horas
PARA REATIVAR A MEMÓRIA.
Ofereça à cabeça um pombo, um cágado e 16 bolas de algodão Despachar em água corrente.
DESPACHAR:
DIA: Quinta-feira.
LUA: Crescente.
HORÁRIO: A luz do dia.
PROBLEMA COM JUSTIÇA
Para problemas de justiça e documentos, pede-se o axé de XANGÔ, preparando um acaçá que deve ser desmanchado numa gamela.
Sacrifica-se um pombo no terceiro dia, recolhe-se o ekó e mistura-se água para a pessoa tomar banho.
DIA: Domingo.
LUA: Menos minguante.
HORÁRIO: 12 horas.
PEIXE .
MATERIAL:
-PEIXE BAGRE OU NAMORADO-
-CEBOLA-
-CHEIRO VERDE-
-MANGERONA-
-LORO-
-ALHO-
-PIMENTA MALAGUETA-
-AZEITE-DE-DENDÊ-
-QUIABO OU LINGUA-DE-VACA-
-SEIS BANANA PRATA-
-SEIS MOEDAS ANTIGAS-
-UMA TIGELA BRANCA -
-2VELA BRANCA-
PREPARO:
Para agradar XANGÔ com peixe, deve-se refogar a cebola, salsa, cebolinha, manjerona, loro, alho, pimenta-vermelha, com o peixe bagre ou namorado, acrescentando dendê.
Quando estiver fervendo acrescentar quiabo em rodelas finas e camarão seco. Sempre servir em tigela branca.
ARRIAR:
DIA: Terça-feira.
LUA: Menos minguante.
HORARIO: 12 ou 18 horas.
DESPACHAR:
DIA: Terça-feira.
PEITO.
MATERIAL:
-SEIS PEDAÇOS DE PEITO DE RES COM GRANITO -
-AZEITE-DE-DENDÊ-
-CHEIRO VERDE-
-CEBOLA-
-CAMARÃO SECO-
-PIMENTA VERMELHA SECA-
-QUIABO OU LÍNGUA-DE-VACA
-SEIS BANANAS PRATA-
-UMA MAÇÃ VERMELHA-
-SEIS MOEDAS ANTIGAS-
-SEIS MOEDAS CORRENTES-
-VINTE E QUATRO BALAS DE BANANA-
-UMA GAMELA DE MADEIRA CUMPRIDA-
-VELA VERMELHA E BRANCA-
PREPARO:
Cozinhar seis pedaços de peito de boi com granito, acrescentar dendê, salsa, cebolinha, camarão seco e pimenta-vermelha.
Quando estiver a carne cozida acrescentar o quiabo em rodelas ou língua-de-vaca. O quiabo não deve se desmanchar. Colocar em uma travessa, alguidar ou gamela e seis bananas semi descascadas e uma maçã vermelha para enfeitar o prato, se possível vinte e quatro balas de banana e seis moedas antigas e seis moedas correntes.
ARRIAR:
DIA: Terça-feira.
LUA: Cheia.
HORARIO: 12 horas.
DESPACHAR:
DIA: Terça-feira ou quinta feira.
LUA: Cheia.
HORÁRIO: 18 horas.
ORIKI
Sángiri-làgiri, Que racha e lasca paredes
Olàgiri-kàkààkà-kí Igba Edun Bò Ele deixou a parede bem rachada e pôs ali duzentas pedras de raio
O Jajú Mó Ni Kó Tó Pa Ni Je Ele olha assustadoramente para as pessoas antes de castigá-las
Ó Ké Kàrà, Ké Kòró Ele fala com todo o corpo
S' Olórò Dí Jínjìnnì Ele faz com que a pessoa poderosa fique com medo
Eléyinjú Iná Seus olhos são vermelhos como brasas
Abá Won Jà Mà Jèbi Aquele que briga com as pessoas sem ser condenado porque nunca briga injustamente
Iwo Ní Mo Sá Di O É em ti que busco meu refúgio.
Sango Ona Mogba
Sango Ona Mogba
Bi E Tu Bá Wó Ile Se um antílope entrar na casa
Jejene Ni Mú Ewure A cabra sentirá medo.
Bi Sango Bá Wó Ile Se Sango entra na casa
Jejene Ni Mú Osa Gbogbo Todos os Orisa sentirão medo.
CONTATO
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