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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Lenda dos Orixás Ossaim

LENDA dos ORIXÁS





OSSAIM




ADVINHO

Houve um rei que tinha três filhas muito bonitas. Quando elas chegaram à idade de casar, o rei disse que a mais velha casaria com quem adivinhasse o nome das três. Muitos pretendentes apareceram, mas todos fracassaram.
Até que um dia chegou à cidade um rapaz que todos chamavam de Aroni, o aleijado, porque tinha uma só perna.
O aleijado se apaixonou pela filha do rei e se apresentou como pretendente.
O rei lhe deu um prazo de três dias.
Passeando perto do palácio, o aleijado descobriu um arvoredo onde as princesas passeavam. Subiu num pé de obi e, quando elas apareceram, fingiu ser o deus da árvore e deu a cada uma noz de cola em troca delas dizerem seus nomes.
No dia marcado, foi à presença do rei, matou a charada e casou com a princesa.
Só então revelou que era Ossain, o deus das folhas.

AGÔ
Certo dia, querendo ser conhecedor das plantas que Ossaim guardava com tanto afinco em suas cabaças, Xangô pediu à Iansã que esta soprasse um vento bem forte na floresta de Ossaim para ele poder recolher as ervas.
Iansã por amor a Xangô assim faz. Mas com a quebra das cabaças e as ervas sendo espalhadas todos os Orixás correm para recolher as ervas. Pronunciando uma frase mágica Ossaim faz com que as ervas voltem para a sua floresta, ficando cada Orixá com algumas ervas, mas sem o efeito (axé).
Ossaim então decide que cada Orixá poderá ter o seu Axé das ervas deste que ao recolhê-las peça licença a ele.



CARTA NA MANGA

Certo dia, Ifá, o senhor das adivinhações veio ao mundo e foi morar em um campo muito verde. Ele pretendia limpar o terreno e, para isso, adquiriu um escravo. O que Ifá não esperava era que o servo se recusasse a arrancar as ervas, por saber o poder de cura de cada uma delas. Muito impressionado com o conhecimento do escravo, Ifá leu nos búzios que o criado era, na verdade, Ossaim, a divindade das plantas medicinais.
Ifá e Ossaim passaram a trabalhar juntos. Ossaim ensinava a Ifá como preparar banhos de folhas e remédios para curar doenças e trazer sorte, sucesso e felicidade.
Os outros orixás ficaram muito enciumados com os poderes da dupla e almejaram, no seu íntimo, possuir as folhas da magia. Um plano maquiavélico foi pensado: Iansã, a divindade dos ventos, agitou a saia, provocando um tremendo vendaval. Ossaim, por sua vez, perdeu o equilíbrio e deixou cair a cabaça onde guardava suas ervas mágicas. O vento espalhou a coleção de folhas.
Oxalá, o pai de todos os orixás, agarrou as folhas brancas como algodão. Já Ogum, o deus da guerra, pegou no ar uma folha em forma de espada. Xangô e Iansã se apoderaram das vermelhas: a folha-de-fogo e a dormideira-vermelha. Oxum preferiu as folhas perfumadas e Iemanjá escolheu o olho de santa-luzia. Mas Ossaim conseguiu pegar o igbó, a planta que guarda o segredo de todas as outras e de suas misturas curativas. Portanto, o mistério e o poder das plantas continuam preservados para sempre.

CIUME

Ossaim era o filho caçula de Iemanjá e Oxalá e, desde pequeno, vivia no mato. Tinha uma habilidade especial para tratar qualquer doença, por isso viajava pelo mundo inteiro, sendo sempre recebido com carinho pelo rei de cada tribo.
Ele recebeu de Olodumaré o segredo das folhas; assim, sabia qual delas curava doenças, trazia vigor ou deixava as pessoas mais calmas.
Os outros orixás invejavam o irmão, pois não tinham esse poder e dependiam de ossaim para ter sucesso.
Ele cobrava por qualquer trabalho, aceitando mel, fumo e cachaça como pagamento pelas curas que realizava.
Xangô, que era temperamental, não admitia depender dos serviços de Ossaim, e por isso pediu a sua esposa Iansã, orixá que domina os ventos, para que as folhas voassem em direção a todos os orixás, para que cada qual exercesse domínio sobre uma delas.
Em meio a ventania, Ossaim repetia sem parar: "eu, eu" !!!
E com esse tipo de reza, embora cada orixá tenha se apossado de uma folha, Ossaim evitou que seu poder fosse distribuído entre os irmãos, pois só ele conhecia o axé de cada uma delas e o segredo de pronunciar essas palavras de maneira a conservar o poder sobre elas.
Com sua sabedoria, ate hoje Ossaim permanece o rei da floresta, sendo considerado o orixá da medicina.


DESOBEDIÊNCIA

Odé era irmão de Ogum e de Bará, todos os três filhos de Iemanjá.
Bará era indisciplinado e insolente com sua mãe e por isso ela o mandou embora.
Os outros dois filhos se conduziam melhor.
Ogum trabalhava no campo e Odé caçava na floresta das vizinhanças, de modo que a casas estava sempre abastecida de produtos agrícolas e de caça.
Iemanjá, no entanto, andava inquieta e resolveu consultar um babalaô.
Este lhe aconselhou proibir que Odé saísse à caça, pois se arriscava a encontrar Ossanha, aquele que detém o poder das plantas e que vivia nas profundezas da floresta.
Odé ficaria exposto a um feitiço de Ossaim para obrigá-lo a permanecer em sua companhia.
Iemanjá exigiu então, que Odé renunciasse a suas atividades de caçador.
Este, porém, de personalidade independente, continuou sua incursões à floresta.
Ele partia com outros caçadores, e como sempre faziam, uma vez chegados junto a uma grande árvore (ìrokò), separavam-se, prosseguindo isoladamente, e voltavam a encontrar-se no fim do dia e no mesmo lugar.
Certa tarde, Odé não voltou para o reencontro, nem respondeu aos apelos dos caçadores.
Ele havia encontrado Ossaim e este lhe dera para beber uma poção onde foram maceradas certas folhas, como amúnimúyè, cujo nome significa "apossa-se de uma pessoa e de sua inteligência", o que provocou em Odé uma amnésia. Ele não sabia mais quem era nem onde morava. Ficou, então, vivendo na mata com Ossaim, como predissera o babalaô.
Ogum, inquieto com a ausência do irmão, partiu à sua procura, encontrando-o nas profundezas da floresta.
Ele o trouxe, mas Iemanjá não quis receber o filho desobediente. Ogum revoltado pela intransigência materna recusou-se a continuar em casa (é por isso que o lugar consagrado a Ogum está sempre instalado ao ar livre).
Odé Oxósse voltou para a companhia de Ossaim, e Iemanjá desesperada por ter perdido seus filhos, transformou-se num rio, chamado ògùn.



ENFETIÇADO

Odé, em uma de suas caçadas, teria sido enfeitiçado pelo seu irmão Ossaim, apesar dos avisos de sua mãe Iemanjá, para que tivesse cuidado.
Odé então afasta-se da família até que o encanto seja quebrado.
Quando voltou, encontrou sua mãe Iemanjá ainda irritada pela atitude do filho em não tê-la ouvido.
Odé volta a floresta sob a influência de Ossaim, o que faz com que Ogum se rebele contra a própria mãe.
Odé, aprendeu todos os segredos da mata com seu irmão Ossaim e é ele quem defende o acesso às plantas, dificultando a entrada no mato daqueles que não tem o preparo devido, ou não pedem licença.



ENFORCADO

Certa feita Xangô quase é convencido por Euá e Ossaim a se enforcar.
Seu reino, de Oió estava afundando e ele, ingenuamente, fora se aconselhar com Euá, a qual junto com Ossaim , que lhe aconselhavam a enforcar-se e morrer gloriosamente.
Se não fosse Oiá, o rei teria se enforcada mesmo.



MUTOS AMORES

Embora tenha sido esposa de Xangô, Iansã percorreu vários reinos e conviveu com vários Reis.
Foi paixão de Ogum, Oxaguiam e de Bará. Conviveu e seduziu Odéi, Logunedé e tentou em vão relacionar-se com Obaluaê.
Sobre este assunto a história conta que Iansã percorreu vários Reinos usando sua inteligência, astúcia e sedução para aprender de tudo e conhecer igualmente tudo. Em Irê, terra de Ogum foi a grande paixão do Guerreiro. Aprendeu com ele o manuseio da espada e ganhou deste o direito de usá-la.
Depois partiu e foi para Oxogbo, terra de Oxaguiam. Com ele aprendeu o uso do escudo para se defender de ataques inimigos e recebeu o direito de usá-lo.
Depois partiu e nas estradas deparou-se com Bará. Com ele aprendeu os mistérios do fogo e da magia.
No reino de ODé, seduziu o deus da Caça, e aprendeu a caçar, a tirar a pele do búfalo e se transformar naquele animal com a ajuda da magia aprendida com Bará.
Seduziu Logunedé e com ele aprendeu a pescar.
Foi para o Reino de Obaluaê, pois queria descobrir seus mistérios e conhecer seu rosto. Lá chegando, insinuou-se. Mas muito desconfiado, Obaluaê perguntou o que Oiá queria e ela respondeu:
-queria ser sua amiga.
Então, fez sua Dança dos Ventos, que já havia seduzido vários reis. Contudo, sem emocionar ou sequer atrair a atenção de Obaluaê. Incapaz de seduzi-lo, Iansã procurou apenas aprender, fosse o que fosse.

Assim dirigiu-se ao homem da palha:
-Aprendi muito com os outros Reis, mas só me falta aprender algo contigo.
- "Quer mesmo aprender, Oiá? Vou te ensinar a tratar dos mortos".
Venceu seu medo com sua ânsia de aprender e com ele descobriu como conviver com os Eguns e a controlá-los. Partiu então para o Reino de Xangô, pois lá acreditava que teria o mais vaidoso dos reis e aprenderia a viver ricamente. Mas ao chegar ao reino do rei do trovão, Iansã aprendeu mais do que isso, aprendeu a amar verdadeiramente e com uma paixão violenta, pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu à ela seu coração. O fogo das paixões, o fogo da alegria e o que queima. Ela é o Orisá do Fogo.


MUTILAÇÃO

Ossaim vivia numa guerra não declarada contra Orunmilá, procurando sempre enganá-lo, preparando armadilhas, para transtorno do velho.
Um dia Orunmilá foi consultar Xangô para descobrir quem seria aquele inimigo oculto que o atormentava.
Xangô aconselhou-o a fazer oferendas.
Devia oferecer doze mechas de algodão em chamas e doze pedras de raio, edum ará.
Se isso fosse feito, seria desvendado o segredo.
Ao iniciar o ritual, Orunmilá invocou o poder do fogo.
No mesmo momento, Ossaim andava pela mata procurando novamente algo para enfeitiçar Orunmilá.
Ossaim foi surpreendido por um raio, que lhe mutilou o braço e a perna e o cegou de um olho.
Orunmilá seguiu para o local onde se via o fogo e ouviu gemidos do aleijado.
Ao tentar ajudar a vítima, encontrou Ossaim, descobrindo por fim quem era seu misterioso inimigo.




NOMECLATURA

Ifà foi consultado por Orunmila, que estava partindo da Terra para o Céu, onde iria apanhar todas as folhas que seriam úteis aos homens.
Chegando ao céu, escutou de Olódùmarè:
Eis aí todas as folhas que você queria pegar. O que fará com elas?
Orunmila respondeu que iria usá-las em benefício dos seres humanos na Terra.
Todas as folhas que Orunmila estava pegando, seriam levadas para fazer remédios, rituais mágicos e religiosos.
Quando chegou à pedra Àgbàsaláààrin ayé lòrun (que está a meio caminho entre a Terra e o Céu), Orunmila encontrou-se com Ossaim no caminho e perguntou a ele: Òsányìn, onde vai você?
Este disse que iria ao Céu, que estava indo apanhar folhas e remédios.
Orunmila concordou, contou que já tinha ido buscar folhas no Céu, para ensinar seu uso aos seres humanos que viviam na Terra. Disse também:
Apanhe todas estas folhas que eu já colhi e separei, elas serão muito úteis aos homens.
Ossaim pôde apenas guardar todas as folhas, com elas ele poderia futuramente fazer remédios, porém não conhecia seus nomes.
Foi Orunmila quem deu nome a todas as folhas naquele dia.
E cada palavra usada servia para explicar o significado de cada uma delas. Quando terminou ele disse:
Você, Ossaim, pode levar todas as folhas para a Terra.
Eu irei junto com você.
Foi assim que Orunmila entregou todas as folhas para Ossaim naquele dia.
E foi ele quem ensinou a Ossaim o nome das folhas.
Foi desta maneira, através do Ifá, que Ossaim aprendeu o segredo e ficou conhecendo as palavras mágicas, ofo, com as quais se pode desencadear o poder, oogun, de cada uma delas e assim ele pôde ajudar muito todos os seres humanos.



REMÉDIO e OFERENDA

Orunmilá precisava de um escravo e foi ao mercado comprar um.
Entre todos, escolheu Ossaim.
Levou Ossaim para casa e o mandou desmatar suas terras, onde deveria preparar o plantio.
Ossaim retornou sem ter cumprido as ordens de Orunmilá.
Questionado sobre o seu desmando, Ossaim explicou que a maioria das ervas tinha o poder de cura e assim não podia ser derrubada.
Orunmilá interessou-se por esse conhecimento e nomeou Ossaim para acompanhá-lo nas sessões de adivinhação.
Não tardou para que as rivalidades surgissem, principalmente porque Ossaim não aceitava ser submisso a Orunmilá. Julgava-se mais importante que seu mestre.
Esse fato chegou aos ouvidos do rei Ajalaiê, que resolveu submetê-los a uma disputa, para verificar quem era o mais antigo e mais importante.
Chamou-os e pediu que trouxessem seus filhos primogênitos.
Os dois seriam enterrados durante sete dias, findos os quais seriam chamados.
Quem respondesse primeiro a chamado seria declarado vencedor, trazendo as honras para o pai.
O filho de Orunmilá chama-se Sacrifício.
Orunmilá consultou Ifá para verificar se seu filho se salvaria.
Foi orientado a oferecer sacrifícios de comidas e animais.
Deveria oferecer um coelho, uma galo e um bode, além de um pombo e dezesseis búzios-da-costa.
As oferendas foram colocadas nos locais determinados, dentre elas uma aos pés de Bará.
Com seu poder, Bará ressuscitou o coelho e o coelho cavou um buraco e levou alimento a Sacrifício, mantendo-o vivo.
O filho de Ossaim chamava-se Remédio.
Ele não tinha o que comer, mas com feitiços poderosos conseguiu chegar à casa de Sacrifício.
Pediu-lhe comida. Sacrifício negou.
Remédio propôs-lhe um pacto em troca de comida.
Ele manter-se-ia calado quando os chamassem.
Sacrifício aceitou e deu-lhe de comer.
Chegado o dias, ambos foram chamados, mas somente Sacrifício respondeu ao apelo, saindo vivo e vitorioso o da cova.
Remédio saiu depois e Ossaim questionou o porque de seu ato.
Ele contou ao pai sobre o pacto feito.
Orunmilá ganhou e foi considerado mais importante que Ossaim, porque o Sacrifício é mais eficaz que o Remédio.




RESSENTIMENTO

Quando Ossaim nasceu, os pais o deixaram nu.
Por isso, ele cresceu cheio de ressentimento contra eles. Vivia mais na floresta que em casa, e assim aprendeu os segredos das folhas.
Um dia, jogou um feitiço sobre o pai, que não conseguia respirar, e só o curou quando o pai lhe deu uma roupa e um gorro; e assim Ossaim não precisou mais se vestir de folhas.
Depois, jogou um feitiço na mãe, que ficou com dor de barriga; e só a curou quando ela lhe deu um pano listado. Quando teve um filho, Ossaim teve medo de que ele o tratasse como ele tratara o pai; então, matou-o e fez um pó de seu corpo. Mais tarde, usou esse pó para curar o rei, que em recompensa o cobriu de honrarias.




TEIMOSO

Conta-se que Iemanjá fora alertada por um babalaô para não deixar Odé ir para o mato, pois poderia se perder e ter conseqüências desastrosas .
Iemanjá alertou Odé; teimoso não deu ouvidos.
Como avisara o babalaô, Odé se perdeu e foi recolhido por Ossaim, que se afeiçoou a Odé, vestindo-o de penas e deu-lhe arco e flecha e ensinou-lhe o manejo.
Iemanjá quando sentiu falta do filho, começou a procurar com a colaboração de Ogum.
Odé foi encontrado três anos após, por Ogum mas não queria retornar, pois apaixonara-se por Ossaim, e, quando voltou continuou a usar arco e flecha.




TRANSFORMAÇÃO DOS ORIXÁS


Irocô era uma árvore, muito importante, importante a valer.
Olofin determinou que os orixás e Êres fossem cultuados pelos viventes, e eles saíram pelo mundo à procura de seus filhos com isto haveria a aproximação do mundo dos encantados com o das pessoas.
Irocô era muito cultuado e trabalhava muito, perto de onde estavam havia uma feira cheia de movimento, Irocô soprou e seu hálito em forma de vento que foi cair sobre a cabeça da moça que vendia na feira, a moça começou a rodar a rodar, a rodar e foi cair nos pés de Irocô, nascendo a primeira locosi.
Isso quer dizer que Irocô chega no axé, chega para dançar e ficar.
Todos os orixás correram para o pé de Irocô, para uma grande junção, chegaram trazendo suas comidas prediletas:
XANGÔ > levou amalá.
OGUM>levou inhame assado.
ODÉ> levou milho amarelo.
OMULU>levou pipoca e feijão preto.
OSSAIM>levou farofa de mel de abelhas.
OXUMARÊ>levou farofa de feijão.
OXALUFÃ>levou milho branco.
OXAGUIÃ > levou bolos de inhame cozido.
ORUMILÁ>levou ossos.
BARÁ > chegou correndo e levou cachaça. Ajoelhou-se nos pés de Irocô e jogou 3 pingos no chão, cheirou 3 vezes e bebeu um pouco. Neste momento Irocô transformou-se em árvore, Ogum em cachorro, Odé em vaga-lume, Omulu em aranha, Oxalá em lesma, Oxumarê em cobra, Xangô em cágado e as comidas ficaram no pé da árvore.

TUDO TEM SEU PREÇO

Desde pequeno Ossaim andava metido mata adentro.
Conhecia todas as folhas e seus segredos.
De cada qual sabia o encantamento apropriado.
Sabia empregá-las na cura de doenças e outros males e com elas preparava beberagens, banhos e unguentos, que carregava consigo em miraculosas cabacinhas.
Um dia Ossaim resolveu partir pelo mundo, sempre portando seus mágicos pós, as cabacinhas.
Sua fama o antecipava.
Por onde andava era aclamado o grande curandeiro.
Certa vez salvou a vida de um rei, que em troca quis lhe dar muitas riquezas.
Ossaim não aceitou nada daquilo, somente recebia os honorários justos que eram pagos a qualquer médico ou feiticeiro.
Tempos depois sua mãe caiu enferma e seus irmãos foram buscá-lo para tratar dela.
Ossaim chegou com suas folhas e potes de remédios, mas estipulou um pagamento de sete búzios pela cura.
Os irmãos se espantaram com a exigência, porém, mesmo a contragosto, pagaram a quantia pedida e a mãe foi salva.
O dinheiro era parte da magia, que tem seus encantamentos, fórmulas e preceitos, que nem mesmo Ossaim pode mudar.
Ossaim curou a mãe e seguiu seu caminho, como a folha que é livre e o vento leva.





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