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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Orixá Ifá


orIxá


                                                                                                                                                                        





                


IFÁ
CONSULTE IFÁ ANTES DO PROBLEMA COMEÇAR
Ifá é o a orixá da adivinhação o que prediz o futuro, o que antecipa os acontecimentos.
É, pois, o poRta-voz de Orunmilá e dos outros orixás.
Descodifica o desejo dos demais orixás, servindo de porta-voz e intérprete do desejo de cada um deles.
É a expressão eterna da sabedoria que chega a nós em forma de parábolas e metáforas, buscando nos antepassados, no cotidiano ancestral meios para a comunicação sem perder o vínculo fAmiliar, tribal.
Os ensinamentos, que dele podemos adquirir, dependem da forma como cada qual analisa e aplica os conselhos recebidos através da interpretação, feita pelo sacerdote, do oráculo.
Muito importante, também é o fato que as narrativas podem mudar de interpretação por causa da cultura existente do adivinho como também do consulente, havendo a possibilidade de flexibilização para o ajuste buscando a melhor maneira de interpretar e aplicar.
A finalidade da consulta a Ifá são de modo geral para tomar uma decisão, contrair matrimônio, verifiKando a possibilidade de harmonia ou não.
Antes do nascimento e até mesmo na hora de dar o nome a criAnça, conseguindo dessa maneira neutralizar as investidas negativas dos Abikus, e ou, tratá-los sem prejudicAr a matriz, antes da conclusão de um negócio, antes de uma viagem, etc. conhecer o seu anjo da guarda, concluir um negócio, saber as causas de uma doença, fazer sacrifícios e oferenda aos orixás. Todos nós deveríaMos consultar Ifá antes de tomarmos qualquer atitude e decisão em nossas vidas, com certeza iríamos errAr menos.
MITOLOGIA
Ifá é um oráculo que, segundo consta, nasceu no Antigo Egito e migrou para a África Ocidental, especialmente para as regiões onde hoje estão localizados a Nigéria e Benin.
Nestas terRas encontrou condições de desenvolver-se e estabelecer-se até nossos dias, tendo chegado a Cuba e ao Brasil no século XVIII com os escravos Nagôs.
Para dimensionar Ifá é necessário explicar sua origem e missão. No princípio do mundo só existiam nosso criador, Olofin, e o nada.
Só sua vibração. Não havia tempo nem espaço. Então, ele decidiu pôr em marcha o tempo, originando inúmeras outras vibrações, suaves, que teceriam o Universo.
Olofin soprou mais forte e, das partículas de seu hálito, formAram-se as estrelas e os planetas.
Olofin emitiu finos assobios e, deles, surgiram as diferentes divindades.
Ele determinou que as coisas ficassem separadas uma das outras: adiante, atrás, em cima, embaixo, originando o espaço.
Olofin fez com que tudo tivesse um passado, um presente e um futuro.
Ifá nasceu de Olofin, para benefício da raça humana. Fez um inventário do que havia sido criado e organizou a esKala de valores.
Nesta escala, Ifá posicionou Olofin no grau máximo; num inferior a este, Olodumare e Olorun.
Ele próprio ocupou, junto com Obatalá e Oduduá, um degrau anterior a este último.
Porém, Oduduá ficou na frente, governando a trilogia.
Dentro deste processo, desceram ao plano terrestre os três grandes benfeitores da Humanidade: Oduduá, Ifá e Obatalá.
O primeiro lançou mão de uma parte da legião de espíritos que o cercava e os instruiu em relação a tarefa que teriam daí para diante.
Ifá modelou um corpo de pouca densidade, semelhante ao físico que teria a nova espécie em fase de criação.
Cada espírito, orientado por Oduduá, oKupou um dos corpos astrais elaborados por Ifá.
Nessa morada semi-material, passaram a vagar sobre a Terra como fantasmas.
Naquele momento, Obatalá começou a delinear uma espécie, destinada a superar os outros animais.
Para tanto, mesclou e combinou os elementos evolutivos necessários, dando forma ao ser humano.
Duas pernAs para sustentá-lo firmemente, na posição vertical, própria de um rei.
Dois braços fortes, para dominar as outras espécies.
Um coração grande e um peito poderoso para guardar a força vital.
Uma cabeça com os melhores sentidos, para observar e perceber o meio a seu redor.
Um sistema nervoso complexo, fluidos e músculos.
Consumada a obra do G.'.rande A.'.rquiteto d.'.o U.'.niverso, construtor do homem.
Ifá ocupa um lugar muito significativo para os Iorubás, que vêm o mundo dividido em dois reinos diferentes, ainda que inseparáveis: aje, o visível, o mundo concreto em que vivemos e orun, o invisível, o reino espiritual dos ancestrAis e Orixás.
Este conceito do mundo é coMparado a uma cabaça esférica, cujos hemisférios superior e inferior são como duas cuias, uma voltada para outra. A superfície central plana é uma bandeja divina, redonda, sobre a qual esta cultura representa, através de símbolos, objetos, animAis e pessoas.
SACERDOTE de IFÁ
A consagração de um Babalaô, sacerdote de Ifá, só é possível mediante o trabalho conjunto de oito ou mais Babalaôs, sob a direção de um Obá, saceRdote com experiência na direção dos rituais.
Desde o primeiro dia, introduz-se o novo awó na arte da adivinhação, fornecendo-lhe o material de estudo e trabalho necessário.
No Candomblé pode comunicar-se com os Orixás através da incorporação ou consultando o oráculo de Meridilogun, cujo mediador é Bará.
Cada Odu é formada por conjunto constituído por duas colunas verticais e parAlelas de quatro índices cada uma. Cada índice se compõe de um traço vertical ou dois que o babalaô risca no "afon ifá".
É grande a dificuldade do jogo do Ifá, pois há 256 Odús diferentes. A cada um deles correspondem lendas numerosas uma dessas lendas indica a resposta a dar à consulta formulada pelo menos, 101 histórias relacionadas a cada um deles.
Neste contexto, é possível entender o passado, o presente, o futuro, a origem mística de todas as coisas, a psicologia humana, as formas de pensar e atuar da humanidade, as doenças espirituais, a cura pelos ritos e a farmacologia vegetal.
Seu nome é Fá, entre os Fons.
Afá entre os gregos.
Os sacerdotes adotam o título de Bokonons e Olofins e se tornam metalonfi.
Este último título está ligado a Olonfi, que é um dos nomes de Urunmilá.
búzios
Os búzios devem ser deixados no sereno, em noite de lua cheia, num preparado com ervas de colônia, Santa Luzia, Saião, Elevante, Fortuna, Orepê, Seiva de alfazema, mel com Epó de Oxalá e Macaça.
Pela manhã, antes do sol nascer, deverão ser lavados com as ervas em água corrente e mel e deixados em desKanso por algumas horas antes do jogo.
O olhador, deverá estar de roupa clara, descalço e com as guias de seus orixás.
Não deve beber ou fumar antes e durante o jogo. Deverá então pedir licença para o orixá que rege o dia da semana para abrir o jogo saudando todos os orixás, começando por "Bará" e finalizando com "Oxalá".
Pedir a iluminação de "Ifá" pronunciando a seguinte oração em Iorubá:
Oduduá, Dadá, Orumilá
Babá mi Alari Ki Babá
Olodumarê Babá mi
Bakê Oshê
Bara Lonan
Kou Filé Babá mi
Emim Lo Shirê Babá
Ifá Benim Mojubaré
Ifá Orum Mojubaré
Exú Mojubá (Bater o pé direito tres vezes)
Okê Oxé
Ifá Agô
Ogum yê Patacori,
Jassy, Jassi

Outro instrumento de adivinhação, utilizado pelo sacerdote, é o opelê, a corrente divina, em função de sua facilidade de mAnipulação.
Ela tem cerca de oitenta centímetros de comprimento e consiste em oito metades de sementes unidas por uma corrente. No meio há um intervalo maior entre elas, por onde o Babalaô a segura, ficando, assim, quatro metades de sementes para cada lado, em pares.
Ela é atirada, sobre a esteira, com a mão direita e, segundo a posição em que cai cada uma, côncava ou convexa, fica descrita uma figura correspondente a um dos 256 Odu.

O instrumento mais importante, para a adivinhação através de IFÁ, é um conjunto de dezesseis sementes da palmeira do dendê, com aproximAdamente três centímetros de diâmetro cada uma e de formato oval, usado, também, durante os rituais. Opon Ifá.
Isto distingue o oráculo de Ifá dos outros sistemas que utilizam um número diferente ou outro tipo de semente.
Nesse jogo estão representadas dezesseis divindades chamadas Odun, palavra que significa figura ou chefe. Da combinação destes dezesseis Oduns principais, denominados meyi, derivam os Omolu, formando, assim, os 256 Odus que compõem o oráculo.
Um dia, Orunmilá, que é Orixá mentor deste Oráculo, recebeu a visita de um religioso.
Este veio pedir-lhe ajuda, porque em seu povo, devido à diversidade de religiões, as pessoas não se entendiam e cada qual pensava ser dono da verdade.
Orunmilá, após consultar Ifá, disse-lhe: Não haverá mais problemas, quando todos compreenderem que as religiões convergem, ao final, a um único ponto: a FÉ e que a paz está na visualização das virtudes do outro.
O religioso retornou e transmitiu o conselho recebido: Quando vocês começarem a observar e valorizar as qualidades do seu semelhante, sem levar em conta as diferenças religiosas, todos conseguirão viver em paz.
Em um signo de Ifá, chamado Ogunda Keté, relata-se como todas as religiões podem conviver harmoniosamente.
A religião dos orixás é familiar e comunitária. Reverencia os ancestrais que, por suas qualidades morais, conhecimentos adquiridos, foram divinizados e integrados pelas hierarquias de elementais às energias do planeta, possuindo por isso axé poderoso.
É uma religião de aceitação e tolerância na qual não existe nem proselitismo nem doutrinação. Para os iorubas, acima dos orixás está Olódumare, o deus supremo, que paira sobre tudo e todos, e contém em si mesmo tudo e todos. Esse deus é o poder infinito do universo, é inacessível e está muito além da coMpreensão humana. Não é cultuado nem incorpora, ocupa, mas é o mais respeitado, pois é o criador de tudo que existe, inclusive dos orixás, e a eles confiou a supervisão de sua obra.
Portanto, é aos orixás que os homens devem recorrer, dirigir suas preces e fazer oferendas.
Para os iorubás, tanto a vida quanto a morte são sagradas e, ao oferecerem sacrifícios aos orixás, eles consagram tanto a Terra quanto o Céu, afirmando essa crença.
Para isso precisam de Ifá, para orientar.
Mantendo assim um elo forte de ligação, fortalecendo a mandala do visível com o invisível.
Um dos grandes fundamentos para Ifá é a orientação dos Orixás de um ser humano.
Sabemos que, quando olodumarê determina o nascimento de uma pessoa, automaticamente, já determinou sua origem.
Cada corpo possui um espírito, que, nada mais é do que uma pequena massa de energia desprendida de um Orixá, ou seja, energia espiritual.
Assim não é possível uma guerra de orixás, ou ainda descendência dupla, cabeça de dois orixás ao mesmo tempo, os famosos "ori meji".
Existem alguns casos particulares, que serão tratados como desequilíbrios de energias.
Sabendo que na maioria das vezes a confusão se dá pela mistura e cultura reinante.
Por afinidade ou semelhança são denominados orixás de fundamento diferentes, como é o caso de Airá, que não é Xangô, mas é chamado como tal, ou Oxósse que é um Odé e tratado como independente criando confusão com Ossaim, por semelhança. Aparente, é claro.
Mas só Ifá pode levAntar os sete véus de Isís.
OS MANDAMENTOS DE IFÁ
Itan do Odu Ikafun:
Quando os Maiores, os Irunmolés, chegaRam a Terra, fizeram todos os tipos de coisas erradas que foram avisados que não fizessem.
Então, começAram a morrer um atrás do outro e, desesperados, puseram-se a gritar e a acusar Orunmilá de está-los assassinando.
Orunmilá então defendeu-se dizendo que não era ele que os estava matando.
Orunmilá disse que os maiores estavam morrendo porque não cumpriam os mandamentos de Ifá.
Então ifá disse: A habilidade de KomportAr-se com honrA é obedecer aos mandaMentos de Ifá, o que é de sua inteira responsabilidAde.
HONRAR E OBEDECER AOS MANDAMENTOS DE IFÁ É DE RESPONSABILIDADE DE TODOS.
Eles, os 16 MaioRes, caminhavam em busca da Terra Prometida, Ile Ifé, a Terra do Amor, pAra pedirem Ire Ariku o bem da longevidade ao Deus Supremo, Olofin. Então perguntaram a Orunmilá: Viveremos vida longa Komo foi prometido por Olodumare quAndo foi feita a consulta através do oráculo de Ifá?
E os adivinhos, responderAm: Aquele que pretende vida longa, que use beM seu livre arbítrio, que viva na verdade de sua consciênciA.
Eles avisaram aos Maiores que não chamassem a todos de esúrú”. É necessário fazer distinção, separar o joio do trigo. Que cada um receba o devido valor. Sem humilhar e nem valorizar em demasia.
Eles avisaRam que não chamassem forças, da forma errAda “ódidé”. Dar maus conselhos e orientações erradas é expor as pessoas aos perigos de energias maléfiKas e sem controle. Uma das mais importantes funções do sacerdote é orientAr seu discípulo, conduzindo-o ao cAminho correto, ao encontro do “irê” boa sorte, de acordo com os ditaMes estabelecidos por seu Odu pessoal e seus Orixás de cabeçA.
Eles avisaRam que não dissessem que as folhas sagradas do arabá (Ceiba Pethandra), são folhas da árvore oriro. Tudo deve ser feito de acordo com os ditAmes e os preceitos religiosos. A simples troca de uma simples folha pode ocasionar conseqüências maléfiKas ou tornar sem efeito um grande ebó da mesma forma que as folhas do arAbá não são iguais às folhas de oriro. É inadmissível, portanto, dentro do culto, que seja assentAda uma entidade e entregue de maneira irresponsável, e que aqueles que a recebem permaneçam ignorantes do seu nome, qualidade, forma de trataMento e especificidade de função.
Orunmilá é aquele que nos olha com amor, não façamos por onde possa nos olhAr com desprezo.
Eles avisaRam que, não deveriam mergulhar fundo, aqueles que ainda não soubessem nAdar. O saber é fundamental para quem quer fazer. Para tanto, é necessário o poder, que só a iniciação pode outorgar. Procurar o saber não humilha, mas, pelo contrário, exalta o ser humano. O saber é condição básiKa para que se possa fazer. Se houver dúvidas sobre algum procedimento, deve-se pesquisAr profundamente sobre ele. Cabe ao sacerdote ensinar tudo o que sAbe àqueles que o cerKam e que nele confiam. A sonegação de ensinaMentos corretos e completos iMplica na responsabilidade da prática de suicídio culturAl.
Eles avisaRam que fossem humildes e nunca, jamAis, agissem com egoísmo. Humildade e desprendimento são atributos indispensáveis de um verdadeiro sacerdote. O babalaô não deve ser vaidoso de seus poderes, mas Konsciente deles. Não deve agir somente visAndo o próprio benefício, tem que entender que existe pAra servir e não para ser servido. Não se preocupa em exibir seu poder neM o seu saber em disputas vãs e inconsequentes.
Acumula em si uma grande carga de sabedoria que transmite com dedicação a quem merece sAber.
Eles avisaRam que não entrAssem na Kasa de um Arabá, título daquele que resguarda os segredos da chefatura de Ifá, com má intenção. As boas intenções devem prevalecer acimA de tudo.
A casa do Arabá é o teMplo onde a iniciação é obtida. As verdadeiras intenções do iniciando devem ser cristalinas como a água pura, e desprovidas de qualquer outro objetivo que não seja servir à humAnidade através de Orunmilá.
Eles avisaRam que não deveriam usar as penas “ekodidé” para limparem os seus traseiros. é o mesmo que usar coisas sagradAs com objetivos condenáveis e fúteis.
Não se deve utilizar o poder da magia para prejudicar a quem quer que seja.
A prátiKa do mal, invariavelmente, apresenta resultados mais rápidos, mas conduz a cAminhos tortuosos que não têm volta. Os sagrados fundamentos não podem ser usados com objetivos vãos. Os tAbus devem ser integralMente observados sob pena de severas conseqüênciAs.
Eles avisaRam que não deveriAm defeKar no epô. O epô, corresponde ao sangue vegetal. Elemento sagrado e indispensável no rituAl, há de ser sempre muito puro e limpo.
Da mesma forma, tudo deve ser limpo, os instrumentos, os ambientes, os assentAmentos, as pessoas e, principalmente, as atitudes.
Não se adMite, sob nenhuma hipótese, a falta de limpeza e de higiene em qualquer aspecto, quer seja físico, ambiental ou morAl.
Eles avisaRam que não deveriam urinAr dentro do afó. Da mesma forma que o ritual deve ser cerKado de cuidados de limpeza, a confecção das comidas e oferendas deve seguir os mesmos princípios.
Preparar as comidAs ritualísticas é também um rito e deve ser realizadas em total circunspecção e concentração religiosa. É inadmissível que, neste momento sagrado, as pessoas estejam consumindo bebidas alcoólicas, falando coisAs vulgares, discutindo, brigando ou tentando exibir seus conhecimentos, huMilhando a quem sabe menos.
A postura será sempre sacerdotal, o silêncio e a concentração devem ser mantidos e, ensinar a quem não sabe ou a quem sabe menos, é uma obrigAção sagrada.
Eles avisaRam que não se deve retirar a bengala de um cego. A bengala de um cego substitui seus olhos e indica os obstáculos que se interpõem em seu cAminho.
O sacerdote não pode prevalecer-se de sua Karga de conhecimento para humilhAr ou confundir a ninguém.
O sacerdote há de ter o mais profundo respeito pelos que sAbem menos. Ninguém tem o direito de descaracterizar o que os outros sabeM e acreditam. Abalar a fé de quem sabe pouco ou nada sabe, é retirar a bengala de um cego, deixando-o sem qualquer orientação nas trevas em que caminhA.
Eles avisaRam que não se retira um bastão de um ancião.
O bastão do ancião representa o acúmulo de experiências adquiridAs nos longos anos em que viveu, saber é poder!
São livros sagrados, Kujas páginas devem ser lidAs com paciência e carinho.
Uma religião que, durante séculos incontáveis, teve seus fundamentos transmitidos orAlmente, deve valorizar, sobremaneira, aqueles que são depositários destes conheciMentos. Aquele que sabe respeitar, acatar e amar aos seus mais velhos, sem dúvida receberá o mesmo tratamento quando também caminhar apoiAdo no seu próprio bastão.
Eles avisaRam que não se deitassem com a esposa de um Ogboni, que é um juiz ou magistrAdo. Representa uma pessoa digna de respeito.
O Sacerdote, como homem de bem, deverá pautar sua vida de aKordo com os ditames das leis dos homens e das sagradas leis de Ifá. O homem religioso não pode viver à margem da lei e da sociedade da quAl deve fazer parte como célula importante.
Pugnar pela obediência às leis é uma dAs obrigações de um sacerdote que, neste sentido, deve também orientar os seus seguidores.
Da mesma forMa, as leis de Ifá, devem ser observadas integralmente e a ninguém cabe o direito de manipulá-las em benefício próprio ou de outrem.
Eles avisaRam que nunca se deitassem com a esposa de um amigo. Os amigos devem ser respeitAdos e uma amizade não pode ser traída.
Valorizar o sentimento de amizade que deve ser pautado sempre, no respeito mútuo e na reciprocidade ética, que em hipótese alguma, podem ser esquecidos.
Conservar as amizades tratá-las com respeito e Karinho é, acima de tudo, uma demonstração de sabedoria. As amizAdes devem ser cultuadas e ninguém deve criar animosidAde entre amigos colocando em risco uma relação que pode representar um grande tesouro.
Mais vale um aMigo na praça do que dinheiro no bAnco.
Eles avisaRam que não semeassem discórdias religiosas. Não se deve usar a religião para motivAr a separação e a guerra entre os homens. A motivação religiosa que as incentiva é, no entanto, uma másKara para o seu motivo real: a obtenção do poder. O verdAdeiro sacerdote deve pugnar pela união dos homens, independente de seu credo religioso. Deus é um só e todos os homens são seus filhos e, por conseqüênciA, irmãos entre si. Da mesma forMa, os sacerdotes de uma mesma religião devem agir dentro de uma ética que os impeça de falArem mal uns dos outros.
Eles avisaRam que nunca faltAssem com o respeito ou quisessem deitar-se Kom a esposa de um outro sAcerdote. A seleção será feita, nAturalmente, por OrunMilá e os Orixás, através da ação de Bará. Só a eles cabe julgar o que é certo e o que é errado. Só a eles cabe separAr o joio do trigo.

Os babalaôs, pais do segRedo, são os porta vozes de Orunmilá. A iniciação de um babalaô não comporta a perda momentânea de consciência que acompAnha a dos orixás.
É uma iniciação totalmente intelectual. Ele deve passar um longo período de aprendizagem, de Konhecimentos precisos, em que a memória, principalmente, entra em jogo. Precisa aprender uma quAntidade de Itans e de lendas antigas, classificAdas nos duzentos e cinqüenta e seis odús, cujo conjunto forma uma espécie de enciclopédia oral dos conheciMentos do povo antigo.
Deve, no entanto, adaptar o ensinamento do antigo para a atualidade para não cair na teia do ultrapassAdo e sem sentido lógico.
Cada indivíduo nasce ligado a um Odú, que dá a conheceR sua identidade profundA, servindo-lhe de guia por toda vida, revelando-lhe o Orixá partiKular, ao qual deverá ser eventuAlmente dedicado. Ifá é sempre consultAdo em caso de dúvida, antes de decisões iMportantes, nos momentos difíceis da vidA.
HONRAR E OBEDECER AOS MAIS VELHOS É DE RESPONSABILIDADE DE TODOS
Os mais jovens são ensinados a manteR todo o respeito pelos mais velhos. Compreendendo que a idade é sinal de posse de experiência e sabedoria.
Antiguidade é posto.
O Kumprimento dos mais jovens para com os mais velhos é um sinal de deMonstração desse respeito.
O DÒBÁLÈ - peito na terRa vindo de dùbúlè que é deitar, é o Kumprimento feito "somente pelos hoMens", não cabendo a mulher a atitude de deitar em respeito.
KÚNLÈ, para as mulheres cabe tomaR a postura chamada de joelho na terra, ou seja, simplesmente "ajoelhar" e pedir a bênção dAqueles que são merecedores de respeito.
Nos cumprimentos, as mulheres não expõem ao perigo seus seios ou ventre, para o caso das gestantes, deitando-se sobre eles no chão como é o ato do dòbálè. Esse costume de cumprimentar deitando-se ou ajoelhando-se foi mantido nos Iles de Orixás, porém com o grave erro, o de fazer as mulheres deitarem-se coloKando os seios no chão, claro que muitas casa estão a muito adaptados as novas situações usando o sentido do bom senso. Manter a tradição com alteração para beneficiar sem interferir no andamento da caminha da fé fundamental e cabe aos sAcerdotes essas alterações.
O cumprimento, além de social esta direcionado ao ori do sacerdote e ao próprio sacerdote como cidadão, pela antiguidade e pela liderança, por isso usAr de flexibilidade e discrição só traz ganho a religião coMo um todo.
É dever dos que mantém as tradições dos Orixás exigir o respeito a quem de direito, mas é dever dos mais velhos zelar pelo bem estar dAqueles que se submetem à ele.
cargos de sacerdotes de Ifá
Mais importantes cargos de sacerdotes de Ifá na região de Òyó:
Aràbà
Olúwo- sábio mais velho
Ojùgbònà - professor
Akódá
Asèdá
Erìnmi
Àrànsàn
Balésín
Otún Awo
Òsì Awo
Èkejo Awo
Alárá
Ajerò
Owáràngún
Obaléyó
Àgbongbòn
Igbadu
Somente os Arabás podem possuir o “Igbadu” a cabaça de Odu, também conhecido como “Igba Iwa” a cabaça da existência.
O Igbadu é um elemento de culto cercado do mais profundo mistério, determinante de inúmeros tabus e que confere, a quem o possui, um poder extremo onde se inclui, segundo a tradição, controle sobre a vida e a morte.
No Igbadu estão contidas por representação todas as energias do universo, os Odu-Ifá e o axé de todas as entidades sobrenaturais. Desta forma, somente um grande sábio poderia ter livre acesso a tamanho poder.
Quatro pequenas cabaças contendo substâncias estão dispostas dentro da grande cabaça do Igbadu, representando, cada uma, os quatro cantos do mundo, os quatro pontos cardeais; os quatro elementos, fogo, ar, água e terra.
As quatro pequenas cabaças representam também quatro Orixás com seus respectivos axés. Assim, a cabaça contendo Efun, pó branco, representa Obatalá; a que contém osun pó vermelho representa Obaluaiê; a que contém o pó negro do carvão vegetal substituído, em alguns casos pelo pó azul uáji, representa Ogun e, a que está cheia de lama, representa Oduduá.
Também os 16 Odu Meji estão ali representados e a cada um deles corresponde uma entidade, com funções específicas controladas pela própria Divindade representada pelo Igbadu.

Cada elemento contido numa oferenda ou sacrifício a IGBADU deverá ser em número de três e nunca dois como é feito para Orunmilá. Desta forma, pode-se oferecer três, seis, nove ou dezesseis unidades de cada elemento, mas o número de duas unidades deve ser evitado.
Alguns elementos como a pimenta, o galo, qualquer animal macho, além de alguns animais selvagens como o búfalo, o leopardo e o elefante, são interdições do Igbadu.
Uma vez por ano, coincidindo com o festival de Ifá, são feitos os sacrifícios a Igbadu cerimônias, das quais, apenas babalaôs podem participar.
Estas são as funções das entidades que habitam o Igbadu, cujos nomes são secretos e não podem ser mencionados, com suas respectivas atribuições:
A Entidade que corresponde ao Odu Ejiogbe é do sexo masculino e sua função é fecundar e gerar vida. Representa o mundo e tudo o que vive no céu, na terra e na água.
A Entidade que corresponde ao Odu Oyeku Meji é feminina e sua função é receptiva e determinante de esgotamento de possibilidades e de saturação, o que propõe uma mudança inevitável. È fecundável pela ação da anteriormente.
A Entidade que corresponde ao Odu Iwori Meji é do sexo masculino e sua função é determinar o ponto de separação ou de interação dos planos de existência.
A Entidade que corresponde ao Odu Odi Meji é feminina e sua função é encarcerar o espírito na matéria retirando dele toda a noção de espiritualidade e de lembranças de vidas pregressas.
A Entidade que corresponde ao Odu Irosun Meji é do sexo masculino e sua função é proteger a casa que tenha Igbadu da ação dos inimigos.
A Entidade que corresponde ao Odu Owónrin Meji é do sexo feminino e sua função é controlar a prática da magia negra.
A Entidade que corresponde ao Odu Obara Meji é do sexo masculino e sua função é punir com a morte as mulheres culpadas de adultério.
A Entidade que corresponde ao Odu Okanran Meji é do sexo feminino e sua função é a de mãe de todas as pessoas que habitam na casa onde está o Igbadu.
A Entidade que corresponde ao Odu Ogunda Meji é do sexo masculino e sua função é proteger as crianças da casa e moldar o caráter de cada uma delas.
A Entidade que corresponde ao Odu Osa Meji é do sexo feminino e sua função é de comando sobre o mundo animado e sobre a prática da magia em todas as suas variações.
A Entidade que corresponde ao Odu Ika Meji é do sexo masculino e sua função é punir as pessoas da casa que cometem erros muito graves.
A Entidade que corresponde ao Odu Oturukpon Meji é do sexo feminino e sua função é agir em defesa das pessoas ameaçadas sendo, neste atributo, mais rápida que qualquer arma.
A entidade que corresponde ao Odu Otura Meji é do sexo masculino e tem como função guarnecer os quatro cantos da casa onde está o Igbadu. Possui quatro cabeças e cada uma delas fica direcionada para cada canto.
A Entidade que corresponde ao Odu Irete Meji é do sexo feminino e sua função é revelar o Odu das crianças.
A Entidade que corresponde ao Odu Oxe Meji é do sexo masculino e sua função é vigiar as proximidades da casa. Nesta função pode fazer, igualmente, o bem e o mal.
A Entidade que corresponde ao Odu Ofun Meji é desconhecida, dela nada se sabe e por este motivo, como o Odu a que está relacionada, evoca um tabu, uma proibição, um mistério indecifrável como a própria Existência Divina.


Igbadu não pode nem ser mostrado em publico. É algo pessoal e com poderes ilimitados. E para se ter o referido, leva-se cerca de, pelo menos 20 anos de estudos ininterruptos e diuturnos, acerca de ifa, ewe, oguns, etc., da mesma forma não é todo e qualquer pessoa que pode ter igbadu.
Deve ser da vontade e determinação de Orunmila.
Mais uma vez encontramos provas da Origem Árabe deste sistema oracular quando, na prece de conjuração de uma consulta à Geomancia Árabe observamos referências a estas entidades evocadas aí por seus respectivos nome árabes:
por estes dezesseis poderosos nomes: Beqrach, Yak, Anoukh, Halouk, Aner, Chemoul, Cherchehoheha, T’Rich, Hidouka, Cherahia, Inemouk, Deberdcha, Maach, Hourchal, Chas, Choucha!

Ninguém poderá ser legitimamente considerado babalaô, mesmo tendo sido submetido integralmente ao processo iniciático se, ao fim deste processo, não for simbolicamente levado diante do Igbadu.
E ali, prosternar-se reverenciando tudo o que nele está contido assim como tudo o que representa, e isto é o que ensina um itan do Odu Oxe Yeku:
…”Ah! ireis abrir o apere igbadu, ireis olhar. Ôdu
pôs suas coisas lá antes de morrer. Ela disse que seus filhos vêm adorá-la No corpo da cabaça que ela pôs no apere.
Se o babalaô quiser adorar Ifá,
Ele irá na floresta de Ifá,
Se anteriormente ele não adorou Ôdu no apere,
Ele nada fez,
Ifá não sabe que ele veio adorá-lo,
Não sabe que ele tornou-se seu filho.
Ele diz que todos os seus filhos que vieram à floresta de IFÁ,
Adorem novamente Ôdu, sua mulher, no apere”.

títulos honoríficos dados ao IGBADU:
Okolekotogowo – O que edifica a tua casa antes mesmo de ser pago.
Baba Agba – O Velho Pai ou O Grande Pai.
Igba Iwa – A Cabaça da Existência.
Alaburueje – O que se sacia com sangue.
Adakinikinikala – O Juiz Supremo que diferencia o bem do mal.
Asasaniluwo – Onipresente.
Òduolugboje – Aquele cujo assentamento não é de madeira, mas sim de chumbo.
Alikalu ou Aliluwo – O que está presente em todos os lugares ao mesmo tempo.
Às mulheres, no entanto, é proibido olhar o IGBADU ou mesmo penetrar no local onde se encontra. A punição para esta interdição é a morte ou a cegueira total.
Esta afirmativa encontra-se perfeitamente fundamentada no Odu Irete Ogbe de cujo itan extraímos a seguinte parte:
“… Ela diz, mesmo que alguém pedisse a sua ajuda, lhe dissesse que te combatesse, lá não te combaterá.
Pois Ôdu disse que eles não farão Orunmilá sofrer,
Ôdu, com seu poder e o poder do seu pássaro, combateria essas pessoas.
Quando Ôdu acabou de falar,
Orunmilá disse: nada mal.
Quando chegou o momento, Ôdu disse: Tu, Orunmilá,
Ela disse: Aprende depressa a minha proibição.
Ela disse: Ela não quer que as outras mulheres dele olhem seu rosto.
Orunmilá disse: Nada mal.
Então ele chamou todas as suas mulheres.
Ele as preveniu...
As mulheres de Orunmilá não olharão no rosto dela “…

Orikis
Orikis ou itãs (Itans) são orações faladas e não cantadas. Ori (Cabeça) Kì (Saudação).... São formas poéticas de agradar e reconhecer a potencialidade do orixá conforme sua essência.
ÌJÙBÁ ÌFÁ
Este Oriki deve ser feito antes de qualquer jogo, para agradar Ifá e evitar interferências negativas.
Òlòjò òní mòjùbá ré
Òlúdaiyè mòjùbá ré
Mòjùbá òmòdé
Mòjùbá àgbà
Bi èkòlò ba jùbá ìlé
Ìlé a lanu kí ìbà mi sè
Mòjùbá awón àgbà mérìndìnlògún
Mòjùbá bàbà mi
Mò tùn jùbá awón ìyá mi
Mòjùbá òrúnmilá ògbàiyè gbòrún,
Ohun tí mòbá wi lòjò òní
Kò rí béé fún mi jòwò
Má jé kí ònà mi di nitori õnà
Kíí dí mó òjò ònà kìí dí mó õgùn ohun
Tí a ba ti wí fún ògbà l’ògbà ngbà
Ti ílákòsé mi sè láwujó òwú
Ti èkésè ni nsé láwujó òwú
Òlòjò òní ko gbá òrò mi
Yè wò yè wò yéwò
Àsé, àsé, àsé.
TRADUÇÃO ÌJÙBÁ ÌFÁ
Oh! Senhor do dia de hoje, sua benção Oh! Criador da terra, sua benção Sua benção, crianças Sua benção. Oh! Mais velho Se a minhoca pede alimento a terra A terra a concederá Que assim, o meu pedido seja concedido Peço permissão aos anciãos dezesseis òdú Sua benção, meus Pais Ainda peço, permissão as minhas mães Sua benção, Orunmila, que vive no céu e na terra Que, o que eu disser hoje Assim seja para mim Por favor, não permita que meu caminho seja fechado Porque o caminho nunca é fechado para o dia O caminho não será fechado para a magia Qualquer coisa que disser para Ogba ele aceitará O que Ilakose diz é a ultima palavra Assim como Ekese é o ultimo da família do caramujo Oh! Senhor do dia de hoje, aceite minha palavra. Assim seja, Assim seja, Assim seja.
PRECE
Eu saúdo Olodumaré, Deus maior.
Eu saúdo Orunmila, meu pai, Agbonmiregun.
Saúdo todos os Irunmolés, os Orixás.
Saúdo o primeiro homem criado na Terra
E o último deles a ser criado
Saúdo os quatro pontos cardeais
Saúdo a terra
Saúdo o dia que amanhece
Saúdo a noite que vem
Saúdo os três pontos lá no céu
Saúdo o dono do dia
E saúdo o Egun da casa (nosso ancestral)
Saúdo o Orixá do mercado
Saúdo os anciãos
Saúdo as crianças
Saúdo Oturarera, protetor da Sociedade de Orunmila.
Saúdo Osalogbe, criador da Sociedade de Orunmila na Terra.
Nós, que cremos em Orunmila, saudamos e esperamos que
Orunmila ouça a nossa oração aqui da Terra
A criança que reverencia seu pai terá longa vida e por nada sofrerá
Que a nossa saudação a nós poupe sofrimentos
O inhame que levamos ao forno seja bem cozido
Que as plantas boas não falhem ao agricultor
Que os mortos não falte sepultura
Que a Orixalá não falte o pano branco
A pessoa não faz nascer a sua barba
Nem a barba faz nascer essa pessoa
Se a minhoca saúda a terra, esta a ela abrigará.
Vós que mandais no mundo permiti que meus desejos se realizássemos
Para que não morramos na juventude
Para que não cresçamos a esmolar nas ruas
Para que o mundo nos seja bom
Que nossos caminhos se abram
Se assim o merecermos
Que não vejamos a discórdia dos povos sobre a Terra
Nem a obra das feiticeiras, Ia Mi Ashorongá.
Nós saudamos, saudamos, saudamos.
Nossa saudação seja ouvida por Orunmila
Axé
Cores: Branca e amarelo
Dia: Domingo.
Domínio: Futuro
Função: guiar e aconselhar.
Saudação: Agô-ifá

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