R-18-0309
MITOLOGIA
Segundo a mitologia, Xangô teria sido o quarto rei da
cidade de Oyó, que foi o mais poderoso dos impérios iorubás.
Depois de sua moRte, Xangô foi divinizado, como era
comum acontecer com os grAndes reis e heróis daquele tempo e lugar, e seu culto
passou a ser o mais importante da sua cidade, a ponto de o rei de Oyó, a partir
daí, ser o seu primeiro sacerdote.
O Konhecimento do passado pode ser buscAdo nos mitos,
transmitidos oralmente de geração a geração e hoje difundido atrAvés de livros
e principalmente em trabalhos de formação acadêmica.
Assim, a mitologia nos conta a história de Xangô, que
começa com o surgiMento dos povos iorubás e sua primeira capital, Ilê-Ifé, fala
da fundação de Oyó e narra os momentos cruciais da vidA de Xangô...:
Num tempo muito antigo, na África, houve um guerReiro
chamado Oduduá, que vinha de uma cidade do Leste, e que invadiu com seu
exército a capital de um povo então chamado ifé.
Quando Oduduá se tornou seu governAnte, essa cidade
foi chamada Ilê-Ifé.
Oduduá teve um filho chamado Acambi, e Acambi teve
sete filhos, e seus filhos ou netos foram reis de cidades importantes.
A primeira filha deu-lhe um neto que governou Egbá, a
segunda foi mãe do Alaqueto, o rei de Queto, o terceiro filho foi Koroado rei
da cidade de Benim, o quarto foi Orungã, que veio a ser rei de Ifé, o quinto
filho foi soberano de Xabes, o sexto, rei de Popôs, e o sétimo foi Oraniã, que
foi rei da cidade Oió, mais tarde governada por Xangô.
“Esses príncipes governavam as cidAdes que mais tarde
foram conhecidas como os reinos que formam a terra dos iorubás, e todos pagavam
tributos e homenagens a Oduduá.
Quando Oduduá morreu, os príncipes fizeram a partilha
dos seus domínios, e Acambi ficou como regente do reino de Oduduá até sua
morte, embora nunca tenha sido coroAdo rei.
Com a morte de Acambi, foi feito rei Oraniã, o mais
jovem dos príncipes do império, que tinha se tornado um homem rico e poderoso.
O obá Oraniã foi um grande conquistador e consolidou o
poderio de sua cidade.
Um dia Oraniã levou seus exércitos para combater um
povo que habitava uma região a leste do império.
Era uma guerra muito difícil, e o oráculo o aconselhou
a ficar acampado com os seus guerreiros num determinado sítio por um certo
teMpo antes de continuar a guerra, pois ali ele haveria de muito prosperar.
Assim foi feito e aquele acampamento a leste de Ifé
tornou-se uma cidade poderosa.
Essa próspera povoação foi chamada cidade de Oyó e
veio a ser a grande capital do império fundado por Oduduá.
Com a morte de Oraniã, seu filho Ajacá foi coroAdo
terceiro Alafim de Oió.
Ajacá, que tinha o apelido de Dadá, por ter nascido
com o cabelo comprido e encaRacolado, era um homem pacato e sensível, com pouca
habilidade para a guerra e nenhum tino para governar.
Dadá-Ajacá tinha um irmão que fora criAdo na terra dos
nupes, também chamados tapas, um povo vizinho dos iorubás.
Era filho de Oraniã com a princesa Iamassê, embora
haja quem diga que a mãe dele foi Torossi, filha de Elempê, o rei dos nupes.
Esse filho de Oraniã tinha o nome Xangô, e era o
grande guerreiro que governava Cossô, pequena cidade loKalizada nas cercanias
da capital Oyó.
Ele fez sua passagem pela Terra por volta de 1450 a.
C., filho de Oranian e Torossi. Governou com mãos de ferro, sendo, ao mesmo
tempo, temido e adorado pelo povo. Muitas vezes comportou-se como tirano, na
sua ânsia pelo poder.
Alguns relatos afirmam que Xangô destronou seu próprio
irmão, Dadá-Ajaká, para tomar o seu lugar, e o exilou como rei de uma pequena e
distAnte cidade, onde usava uma pequena coroa de búzios, chamada coroa de
Baiani.
Xangô foi assim coroado o quarto Alafim de Oyó, o obá
da capital de todas as grandes cidades iorubás.
Quando não fazia a guerra, cuidava de seu povo. No
palácio recebia a todos e julgAva suas pendências, resolvendo disputas, fazendo
justiça.
Pois um dia
mandou sua esposa Iansã ir ao reino vizinho dos baribas e de lá trazer para ele
uma tal poção mágica, a respeito da qual ouvira contar maravilhas.
Iansã foi e encontrou a mistura mágica, que tratou de
transportar nuMa cabacinhA.
Xangô ficou
entusiasmado com a nova descobeRta.
Num desses dias, Xangô subiu a uma elevação, levando a
cabacinha mágica, e lá do alto começou a lançAr seus assombrosos jatos de fogo.
Os disparos incandescentes atingiam a terra
chamuscando árvores, incendiando pastagens, fulminando animais.
O povo, amedrontado, chamou aquilo de raio.
Da fornalha da boca de Xangô, o fogo que jorrava
provocava as mais impressionantes explosões.
De longe, o povo esKutava os ruídos assustadores, que
acompanhavam as labaredas expelidas por Xangô.
Aquele barulho intenso, aquele estrondo fenomenal, que
a todos atemorizava e fazia correr, o povo chamou de trovão.
Num daqueles exercícios com a nova arma, errou a
pontAria e incendiou seu próprio palácio, queimando todas as casas da cidade.
Os conselheiros do reino se reuniram, e enviaram o
ministro Gbaca, um dos mais valentes generais do reino, para destituir Xangô.
Gbaca chamou Xangô à luta e o venceu, humilhou Xangô e
o expulsou da cidade. Para manter-se digno, Xangô foi obrigado a cometer
suicídio.
Era esse o costume antigo. Se uma desgrAça se abatia
sobre o reino, o rei era sempre considerado o culpado.
Os ministros lhe tiravam a coroa e o obrigavam a tirar
a própria vida.
Cumprindo a sentença imposta pela tradição, Xangô se
retirou para a floresta e numa árvore se enforcou.
Mas ninguém encontrou seu corpo e logo correu a
notícia, alimentada com fervor pelos seus partidários, que Xangô tinha sido
transforMado num orixá.
O rei tinha ido para o Orum, o céu dos orixás. Por
todas as partes do império os seguidores de Xangô proclamAvam:
Oba ko so! O rei não se enforcou!
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