ENTIDADES GOVERNANTES DE 2016
“Não ser falso com o próximo.” Mandamento
do Odú Ossá
Estimado caminhante na estrada da
redenção, Mo jubá!!!
Pelo PAI clemente e
misericordioso, ... quer ir?...
Comece a caminhar!!!
Mais um ano que passa como água
sob a ponte.
Mais uma folhinha trocada.
Ano difícil para quase todos.
Ano que não foi uma ou duas vezes,
que tivemos nossas metas, nossos sonhos mutilados, castrados.
O desejo de abortar as metas e os
sonhos e a vontade de fugir, largar tudo...
Por muitas vezes sofremos o peso
da injustiça, pesado fardo das responsabilidades.
Ano este, que mesmo que tivéssemos
todo cuidado com a semente e com o plantio, na colheita a dor vinha pela abundância
de espinhos e no desfalecimento das flores.
Na estrada da vida, em casa,
quantas vezes falamos, damos, procuramos... mas não somos notados.
Causa perdida.
Sofrimento.
Vazio.
Solidão.
...Solidão mesmo entre a multidão!
No ano que findou, quantas vezes sentimos
o sentimento de derrota.
Quantas vezes aquela lágrima...
droga, novamente ela, teimosa, gélida, teima, cai... justamente agora que a
máscara estava pronta e não poderia
molhar, desnudando a face medrosa.
Desmascarando o super herói.
Mas Tu PAI clemente e
misericordioso, nunca nos deixasse sem resposta.
Com Tua força, sabedoria e luz.
A resposta sempre vem.
Sei lá como... Mas a resposta
vem...
Rasgamos a folhinha, orando por
aqueles que já não o fazem mais.
Por aqueles que o tempo não conta
mais.
Acreditando sempre em transformar,
partilhar e acreditar, acreditar que a resposta sempre vem.
Sei lá de que maneira.
Ah... um abraço, um aperto de mão,
um sorriso, ou uma lágrima teimosa...
Mas a resposta sempre vem.
ACREDITE a resposta sempre vem.
O ano de 2015 foi marcado pela
resposta das atitudes desenvolvidas em dois anos que se passaram, 2013 e 2014.
O ano de 2013 serviu de certa
forma como um portal.
Prevalecendo o espírito sobre o
corpo, sobre a matéria, o sentimento solidário sobre a arrogância e a
ostentação que tiveram como mediadores e gerenciadores os Odús ETA-OGUNDÁ
O ano de 2014, marcado pelas
mudanças envolvendo entidades marcantes, principalmente XANGÔ BARU, IANSÃ e no
período de agosto a outubro a presença de OXAGUIAN que de certa forma atinge
com energias propiciando mudanças radicais, mas com equilíbrio e bom senso.
Tornando o resultado mais
cometido, apesar de serem oriundos de mentes “rebeldes sem causa.”
A ostentação desmedida será
punida, o humilde será exaltado.
Mudança, separação, queda,
elevação.
Para uma passagem mais equilibrada
convém lembrar as entidades que estão saindo.
Na relação com entidades
agradecimentos são bem mais importantes que pedidos.
Recordamos então, as energias que
estão se desvinculando da relação ORIXÁS-HUMANOS no ano de 2015.
Mas não devemos dar prioridade aos
orixás que estão saindo ou energizando novo ano apenas.
O mais importante é estar devidamente
organizado com as próprias entidades, energias individuais, pois as energias
dos nossos guardiões, orixás individuais principais ou adjuntos estão
eternamente unidos conosco, como uma centelha divina rumando pela eternidade
até torna-se uma com a grande usina.
Aconselho sim, a cada um
individualmente organizar-se com seu Odú, seus orixás e entidades de ligação,
e, após sim se preocupar com as entidades do coletivo.
Resumindo...
O ano de 2015 foi energizado por
Ogun, na qualidade de Xoroquê, tendo como entidade de polarização no primeiro
trimestre IANSÃ, no segundo, OBÁ, no terceiro OXUN e finalizando na passagem de
2015 a 2016 com IEMANJÁ.
Ano de acerto de contas ou de
respostas para as atitudes, ações decorrentes de 2013 e 2014, ano este que XANGÔ
colocou na balança e expediu a OGUN a ordem do “executa-se.”
Ano de cautela, pois toda faísca
teve como resultado fogo na certa.
O fato de Ogun acompanhado de BARÁ
ou EXU, agindo como tal, determinou autonomia a toda e qualquer ação.
Sem controle, onde as emoções
estavam ativas.
Embora a entidade estivesse cumprindo ordens de execução devida no ano de
2014 e 2013, também muito AGÔ foi dado.
Ogum é também uma entidade muito
generosa, pensamento rápido como rápido também nas execuções.
Cautela, sim, temor, não, mas ela
marcou cada um dos seus eleitos e vai defender e defenderá a qualquer preço.
É bom considerar que as presenças
das IABÁS, com certeza alteram o curso
do andar da carruagem.
São todas entidades de
personalidades fortes e distintas.
Oscilamos no ano em mortes
violentas, brutais e descabidas, até curas miraculosas.
Da mesma forma a situação
financeira sofreu muitas oscilações ao longo do ano.
Ano de quem devia tinha que pagar.
“Não prometa o que não possa ou não tenha certeza de cumprir.”
No coletivo o ano de 2015, ano da
regência de Marte, astrologicamente, tivemos a influência do ODU ODÍ que nesse
parâmetro recebeu do ODÚ ETA-OGUNDÁ.
Observou-se então alguma
semelhanças e também discrepâncias que determinaram situações muito forte,
principalmente em questão de justiça e equilíbrio.
O período de transição deixou bem
claro pelo fato de XANGÔ BARU e OGUN AVAGÃ estarem juntos.
É importante que verifique-se que
nas duas entidades existem um vínculo, uma energia atuante e predominante: BARÁ
ou Exú, para muitos, com autonomia, tanto XANGÔ como OGUN julgaram
e executaram.
Importante frisar que ao longo de
2014 XANGô já atuava com seus julgamentos e separação.
Coube a OGUN concretizar e fazer cumprir.
Durante o período de 2015, como
foi nos anteriores e será nos posteriores as qualidades das entidades serão
alternadas, serão passagens, e com elas estarão também entidades de energias
opostas fazendo a polaridade.
A primeira a fazer a polaridade foi
a entidade Oiá-Iansã, a segunda Obá, a terceira Oxum e por última já na
passagem para 2016 Iemanjá, que continuará por um período.
Pela escala ficou bem claro a
predominância da energia OGUN, variando inclusive de forma, pois quando junto
com Oxum e anteriormente com Obá foi uma energia conhecida por nós como Ogun
Xoroquê.
Vejamos então a energia Odú Odí
Neste Odú temos a presença de Ogun
e Xangô.
Odí é o Odú das guerras
representado no nº 07, é ele quem nos mostra as demandas, as negatividades, os
feitiços e todo o tipo de energia que possa vir a prejudicar nossas vidas. Não
se pode, de maneira alguma, pronunciar o nome desse Odú sem antes soprar três
vezes.
Perfil:
As pessoas regidas por esse Odú,
são pessoas muito importantes, influentes em todas as camadas sociais (da mais
alta a mais baixa), gostam de todos os tipos de prazeres da vida,
principalmente os de sexo. São também ambiciosas, pensam em grandes lucros,
sonham demais com grandezas, viagem com propósitos de obter lucros elevados,
enfim, vivem sempre sonhando com uma melhora repentina da vida.
Fala na sétima casa do Oráculo de
Ifá. É representado por sete búzios abertos e nove búzios fechados. É Odu de
Exu, Omulu e Oxalufã, mas podem falar também Oxumaré, Ossain, Odé e Iemanjá.
Representa dores e embaraços.
PERSONALIDADE:
As pessoas ligadas a Odú Odí são
influentes, gostam dos prazeres, são ambiciosas, pensam em grandes lucros e
viagens. Neste Odú temos a presença de Ogun e Xangô. Sempre fracassam no amor,
sofrem perturbações por coisas simples, não sabem agir e perdem grandes
oportunidades, precisam sempre de orientação. Este Odu é o odu do embaraço,
pois as pessoas que o possuem costumam ter seus caminhos interrompidos. Começam
as coisas e quase sempre não terminam. Traz problemas de coluna e pernas. Este
Odu poderá ser muito bom quando bem tratado. Negativado significa desgostos,
banalidade, imoralidade, perda de virgindade com sofrimento. Para pessoa
doente, significa morte, traz problemas de egun. Grandes lutas que poderão ter
um bom desfecho se a pessoa tiver fé. Fala em guerra, barulho, fuxico,
perseguição. Indica que a pessoa está sempre sofrendo. Odi significa doença,
choro por morte. Significa dificuldades em tudo, principalmente com dinheiro.
São pessoas muito influentes, tanto nas camadas altas quanto nas baixas. Gostam
de prazeres, principalmente amorosos. Tendência a ser traído ou trair em todos
os sentidos, tendência a perda total de personalidade. São ambiciosos, pensam
em grandes lucros e mudanças de vida. Sofrem perseguição por inveja ou são
invejosos. São vingativos quando atacados por inveja. Infelizmente fracassam em
tudo, principalmente no amor se seu odu estiver negativo. Sofrem perturbação
por pouca coisa, e se agitam por tudo, movidos por influências negativas. Não
gostam de perder oportunidade. Quando perdem entram em pânico. Este Odu mexe
com o sistema nervoso, cabeça, sexo; traz dores nos ossos, coluna, pernas,
alergia pelo corpo, problema digestivo, queda de cabelo. Deve ser tratado
sempre na rua, com suas comidas propiciatórias regadas a mel.
Bem agora vamos um dedo de prosa
sobre os orixás e entidades envolvidas em 2016.
Tendo a regência do astro SOL,
portanto toda a linhagem de OXALÁS se farão presente ao longo do ano com várias
passagens. Como Oxalufã, Oxaguiã,
Obatalá, Orixalá.... estarão a frente deste ano.
A transição de ano trás
participação especial de OGUN e BARÁ.
Após a regência do Sol se fará
mais predominante e com a presença de Iemanjá que com Oxalá trem predominância
no primeiro e último dia do ano, serão então intercalados envolvendo Oxum, não
afastando a possibilidade de Iansã e Obá, pelos atritos e conturbações sociais
indicadas nos jogos.
Principalmente nos meses de junho
em diante.
Enquanto por termos Ogum, o
vanguardeiro no ano que finda(2015), acelerado... teremos 2016 mais lento, enrolado,
mais racional, emotivo.
CONSELHOS PARA O SUCESSO EM
2016
A calma, tranqüilidade, a
paciência, temperança estarão ativas no ano de 2016.
O caminhante deve buscar em si
próprio, mecanismo de preservação de energia, de paz, não se envolver em
conflitos, por menores que sejam, pois serão sempre de difícil organização e
esclarecimento.
Dar tempo ao tempo.
Todo fim do ano o assunto nos axés
é qual orixá vai reger o ano. O que fazer para agradá-los... Esse assunto é discutível,
pelo fato que cada casa terá uma entidade vinculada ao Odu do ano, e conseqüentemente
diferente de outras casas.
O fundamental é que cada pessoa,
cada individualidade se detenha com a sua própria entidade, nos seus objetivos.
E depois com a entidade grupo e objetivos alheios.
“A paciência é o fundamento de todos os prazeres como de
todos os poderes.”
O destino das pessoas e tudo ao seu
redor em nível espiritual e boa porcentagem material podem ser desvendados por
meio da consulta a IFÁ.
Observe que coloquei >desvendado<,
não alterado.
Por quê?
Bem, tenho certeza que podemos responder
a totalidade das perguntas, conhecer quase que a todas as situações, que fogem
do leigo o controle, no entanto, a alteração dos fatos, em outras palavras do
destino, bem, aí é diferente.
Não podemos fugir a lei do karma,
a lei da causa e efeito.
Lei esta que todos estão
sujeitos.
Sejam ricos, pobres, brancos, pretos
, mulatos, feios, bonitos, amarelos, magros, gordos, alegres, tristes, macumbeiros,
ateus, atoas, kardecistas, testemunhas de Jeová, evangélicos de última hora,
ortodoxo, católicos, muçulmanos, surfistas, não importa...
Mudar o que está escrito
jamais...
É, mas podemos servir de instrumento do
alto para modificar ou evitar o pior, simplesmente seguindo a lei, nada mais.
Independente disso está o babalaô ou ialorixá
prontos a cumprir as determinações de Ifá.
Que racionalmente se cumpra sua vontade.
Na consulta de Ifá cada pessoa e
inclusive a casa como micro comunidade, ou sociedade, tiram a força, o axé para
mais um ano.
O ano ritual varia no Brasil por causa
das diversas influências, mas a partir do conhecimento do Odu, o Oluô prescreve
os rituais para cada pessoa para o ano novo.
Que sejamos todos trabalhadores felizes.
ODÚ OSSÁ
Esse Odu tem o seu mandamento
firmado em cima de uma verdade: Não ser falso com o próximo
É o Odú que representa as grandes
cabeças e está associado ao crescimento espiritual e material.
Os Orixás que respondem neste Odú
são Oyá, Yemanjá, Obaluaê, Aganjú e às vezes Exú. Ossá é um Odú que também está
ligado a terra.
Olojí Berekan Ogbonu Agbá é um
Babalawô de muito conhecimento e sabedoria, pois é o guardião dos segredos do
Culto de Obaluaê. É o grande Esó da terra Yorubá, conhecedor de todos os
feitiços, magias e curas medicinais através das folhas.
Contou certa vez, que Ossá foi um
Odú que perambulou pela terra muitas vezes sem ter o que comer ou beber e toda
porta que batia as pessoas costumavam ignorá-lo.
Um dia cansou de tantas ofensas e
resolveu procurar um Babalawô que lhe mandou fazer uma oferenda de 09 aves
brancas, 09 tatus, 09 galinhas Angola, 09 acarajés e 09 acaçás. Mandou que
colocasse tudo dentro de um cesto de palha e que levasse para a terra de
Xapanã, Orixá conhecido como Rei das Pérolas. Lá chegando ofertaria tudo ao
Rei.
Ossá Mejí sentindo-se assustado
falou com o grande Orixá dizendo a ele que já não agüentava mais passar por
todas as dificuldades que vinha passando, pois todos os outros Odús tinham
muitos adeptos, eram festejados e prósperos, menos ele.
O Grande Rei Xapanã sentiu-se
penalizado ao ouvir aquela narrativa. Disse-lhe;
- Deixe aqui somente as aves
brancas e em troca lhe darei o poder feminino que me foi deixado de herança por
minha mãe, o Ibirí que levará contigo e por onde passar mostrará para todas as
pessoas que caçoarem de ti, pois terás o segredo da vida e o conhecimento dos
feitiços, serás temido e respeitado por todos que atravessarem teu caminho.
Levará o cesto até a região de Xeketé e entregará os acarajés e Rainha Oyá que
o receberá com grande festa e honra.
E assim foi Ossá até a distante
região de Xaketá e se surpreendeu com a recepção da rainha Oyá que já o
esperava e perguntou:
- O que tens pra me oferecer
gentil cavalheiro?
E ele respondeu:
- Tenho para lhe oferecer senhora,
a minha força de trabalho, dedicação e lealdade.
Oyá, encantada com aquele
estrangeiro, novamente falou:
- Mostra-me alguma coisa que
tenhas e que possa acrescentar ao meu poder.
E Ossá disse:
- Conheço o segredo da vida e os
mistérios da morte.
Oyá falou:
- Pois então me conheces, pois que
sou a massa que movimenta o ar e aquela que leva todos os que partem do Ayê de
volta para o Orun. Preciso de você Ossá, para que eu tenha filhos e será
padrinho de todos eles. Será a representação das mães que ganham e perdem seus
filhos, estarás presente no nascimento e no leito de morte e ninguém falará com
Oyá se não for através de Ossá.
ODU OSSÁ (9)
Fala na nona casa do Oráculo de
Ifá. É representado por nove búzios abertos e sete búzios fechados.É o Odu
principal de Iemanjá, também podendo responder nesta caída Oyá, Odé e Xangô.
Fecundação:
Obá Olokun, rei do mar, consultou
sua esposa Ilakun, rainha do mar, e a mesma falou da necessidade de um
guerreiro para chefiar seu exército. O rei então procurou Olodumare para se
aconselhar a respeito, tendo o mesmo lhe dito que o melhor seria construir um
guerreiro com todas as qualidades desejadas. Disse para o rei colocar na beira
do mar um pedaço de pano azul, um pedaço de pano vermelho, uma estrela do mar,
nove barras de ferro e nove acaçás doces feitos com leite de coco. Assim fez
Obá Olokun. Naquela madrugada então foi fecundado um príncipe que surgiu armado
com nove lanças, cavalgando um enorme cavalo marinho, dizendo chamar-se Odu
Ossá Meji, e nasceu com toda autoridade de um chefe de exército.
Personalidade:
Este é o Odú que representa as
grandes cabeças e está associado ao crescimento espiritual e material.
Os Orixás que respondem neste Odú
são Oyá, Yemanjá, Obaluaê, Aganjú e às vezes Exú. Ossá é um Odú que também está
ligado a terra. Odu ODU OSSÁ apresenta características próprias: pessoas
teimosas, caprichosas, com mania de limpeza, asseio, gostam de jóias e
perfumes. As pessoas que possuem este Odu no opalador ou como ancestral, choram
muito (derramam lágrimas), não gostam de ficar paradas, trocam de lugar sempre,
são ligadas à viagens, gostam de conhecer lugares novos, fixam residência e
arrumam emprego em lugares diferentes de onde nasceram. São pessoas com dúvida
constante em tudo. Iniciam as coisas e não terminam.
Negativado nos caminhos, fica
fechado. Traz problemas no amor. Dependendo da caída no jogo, traz problemas
com egun. Têm cortes de grandes projetos pelo lado de egun, têm muitas
perturbações, dores de cabeça, dores de barriga, perda de valores, transpiram
nas mãos e nos pés, têm pressão baixa. Risco de desastres, caminhos perigosos,
perseguição de mulher ou homem. Este é o Odu da autoridade. São pessoas
autoritárias, exigentes, líderes que não recebem ordens, não aceitam ser
governadas, são manhosas, são sempre perseguidas por pessoas invejosas. As
pessoas deste Odu têm a proteção especial de Oxalá e Xangô. Estão sempre
procurando alguma coisa. São pessoas falantes. Têm intuição através de sonhos.
Este Odu representa que a pessoa terá conflitos durante toda a vida. As
mulheres de Iemanjá com este Odu no Opalador possuem problemas de menstruação,
fala de mioma, fibroma, hemorragia, distúrbios uterinos e de ovários. Ossá é
conhecido como pai do útero. É o Odu da maternidade. O número 9 influi na
fecundação. Quando cai no jogo, este Odu fala de problemas sentimentais,
problemas na vida conjugal, separações. Fala ainda de falsidades, traições,
parentes distantes que não dão notícias. As pessoas correm risco de perder tudo
(casa, dinheiro, bens, etc.) e ficar na miséria.
OXALÁ
É o governante da vida, está
associado á matriz cósmica, como princípio masculino e feminino do poder
cosmogenético.
Criador do mundo inoRgânico.
Preside a passagem do sobrenatural
á existência física do nascimento e também da transição, a morte, quando a
pessoa perde a individualidade e volta ao pó físico e a essência matriz
espiritual.
É o pai de todos os orixás por
excelência, a metade superior da cabaça-mundo.
É o patrono da sabedoria, tal qual
Olodumarê é o senhor absoluto, do poder da fala, do Orum.
Oxalá é o detentor do poder
procriador masculino.
Todas as suas representações
incluem o branco.
É um elemento A dos primórdios,
massa de ar e massa de água, a pró-forma e a formação de todo tipo de criaturas
no Aie e no Orun.
Oxalá é alheio a todo o tipo de
violência, disputas e brigas, gosta de ordem, da limpeza e da pureza.
Na África, todos os Orixás
relacionados com a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun.
O mais importante entre todos eles
chama-se Orixalá, ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é
cultuado como Obatalá, rei do pano branKo.
Eram cerca de 154 os Orixás Fun
Fun, mas no Brasil e em Portugal a quantidade reduz-se significativamente,
sendo que dois, Oxalufã e Oxaguiã, se tornaram as suas expressões mais
conhecidas.
A designação de Orixá Fun Fun
deve-se ao fato de a cor branca se configurar como a cor da criação, guardando
a essência de todas as demais.
O branco representa todas as
possibilidades, a base de qualquer criação.
O nome Orixalá foi contraído e deu
origem à palavra Oxalá, e foi assim que passou a ser conhecido.
Todos os Orixás Fun Fun foram
reunidos em Oxalá e divididos em váriAs qualidades das suas duas configurações
principais: Oxalufã, Oxaguiã, sendo este último, jovem e guerreiro, filho do
primeiro, mais velho e paciente.
Todas as histórias que relatam a
criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá
concebido por Olodumarê e encarregado de criar não só o universo, como todos os
seres e todas as coisas que existiriam no mundo.
No Xirê, Oxalá é homenageado por
último porque é o grande símbolo da síntese de todas as origens. Ele representa
a totalidade.
Como Bará, reside em todos os
seres humanos.
Representa o céu, o princípio de
tudo, e foi encArregado de criar o mundo.
Equilíbrio positivo do universo,
da fraternidade entre os povos da terra e do cosmo.
É considerado o fim pacífico de
todos os seres.
A morte deve ser encarada com
naturalidade como encaramos os demais assuntos da nossa vida, pois ela faz
parte da natureza e sabeMos que tudo tem um início, um meio e um fim.
Bará inicia, Oxalá termina.
É assim nas rodas de Candomblé,
nos Xirês, quando louvamos todos os orixás.
É ele que sempre atuará como
mediador para acalmar discórdias em qualquer plano e produzindo uma solução,
uma definição.
Oxalá, porém, é o que traz consigo
a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos
semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que
cultuAva ativamente seus ancestrais.
Mitologia
Na mitologia iorubá o Deus supRemo
é Olorun, chamado também de Olodumarê.
Olorum criou o mundo, todas as
águas e terras e todos os filhos das águas e do seio das terras.
Criou plantas e animAis de todas
as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse o homem.
Oxalá tentou, mas o ser não tomava
forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se Konsumiu no próprio fogo. Fez
um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar.
Tentava e tentAva e nada.
Triste pelas suas tentativas
infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagAndo-o
sobre a sua preocupação.
Oxalá fala sobre o seu insucesso.
Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega laMa. Mergulha
novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é
flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as pernAs e, então, sopra-lhe a
vida.
ARQUÉTIPO
Os filhos deste orixá são
conselheiros natos e estão sujeitos a receber ingRatidão no decorrer da
existência.
Persistentes em seus objetivos,
principalmente no comércio e finanças.
Temperamento retraído,
desconfiado, jamais se abrem plenamente com alguém são ambiciosos, devido ao
seu caráter poderão não ter muito reconhecimento.
Que é o seu maior desejo: ser
reconhecido.
Têm geralmente problemas com queda
de cabelos, pouca visão, estatura baixa e forte, alguns Oxalás são esbeltos.
Seus aspectos positivos são a
afetividade, familiaridade, concordância, maternidAde, altruísmo, autoridade,
liberalismo, perfeccionismo, bondade, e seu lado inverso, inveja, vaidade
doentia, malidiência, autoritarismo, temperamentalidade.
Dependendo a qualidade do orixá
Oxalá, poderá seu filho ter constituição frágil, e freqüentemente ser marcado
por algum defeito físico, corcunda por exemplo.
São de atitudes deliKadas,
amáveis, qualquer excesso desregula a saúde, sua vida sexual é caracterizada
pela moderação, pela castidade, quando não pela frieza ou impotência.
Vive afastado do mundo real, dos
instintos carnais, e das paixões.
Tranqüilo, lentidão das suas ações
e reações emocionais, dramáticos.
Odeiam barulhos, desordem,
confusão, brigas, sujeiras.
Grande força morAl, tranqüilidade.
Consciência de sua inteligência e
do seu valor.
Irrepreensíveis, inflexíveis,
íntegros, incapaz de manter uma mentira, de uma traição.
Generosos, tolerantes, paternais e
hospitaleiros.
Observador e embora quieto,
percebe tudo, não esquece nada. Quando percebe uma ofensa, jamais perdoa,
porém, não demonstra rancor, agressividade, parecendo até indolente, apático,
indiferente a tudo.
Os filhos de Oxalá são pessoas
trAnquilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis, conseguem o
respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para o conseguir.
Os filhos dele não gostam de pedir
ajuda aos outros.
Seus ideais são levados até o fim,
mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Gostam
de doMinar e liderar as pessoas. São muito dedicados, caprichosos, mantendo
tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Os filhos de Oxalá são
sentimental, amoroso, carinhoso e hipersensual.
Com todas essas qualidades, é
natural que as mulheres se interessem por ele, costuma ter uma bela apArência
física.
A mulher de Oxalá é ideal para
qualquer homem, pois preocupa-se com ele, quer agradar, e faz tudo para
ajudá-lo a se projetar na vida.
Não tem vergonha de dizer que ama,
desde que realmente ame.
A filha de Oxalá é rigorosamente
sincera em tudo o que faz. Só que é tímida, o que significa que jamais
disputará um homem com outra mulher, e nunca demonstrará abertamente o seu
interesse por alguém.
Talvez por causa dessa sua forma
retraída de ser, chama a atenção dos homens, mas se interessa apenas por aquele
que for amável, romântico e um perfeito cavalheiro.
Esse se surpreenderá com a
sensualidade que ela vai revelar depois que tomar a iniciativa e poderá ficar
seguro quanto à sua fidelidade.
QUALIDADES E TÍTULOS
AJAGEMO : Para o qual durante a sua festa anual em Edé, dança-se
e representa-se com mímicas, um combate entre ele e Oluniwi, no qual este
último sai vencedor.
AJALÁ : Orixá modelador das cabeças, foi incumbido de moldar as cabeças, por
ser muito antigo, sábio e portanto capaz
de executar tarefa tão delicada. Ele faz as cabeças de barro e as cozinha no
forno. Pertence a Família dos Orixás
Funfun (brancos). Entre os homens é reconhecido como um ‘tipo’ de Oxalá. Não
roda na cabeça de ninguém e seu culto além de misterioso é conhecido no
Candomblé, como o Bori.
AKIRE ou IKIRE :
É um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo e mudo a quem
o negligencia.
ALASE ou OLÚOROGBO : Salvou o mundo fazendo chover
num período de seca.
BABAKUN : É mais velho que o Jobokun, é ele que permite que
os orixás saiam de Orun para ocupar seus cavalos. Faz Adjuntó com Iemanjá Bomi
BELERUN : Oxalá em forma adulta, mas mais velho, casa com
Oxum.
BOCUN : O mais novo dos Oxalás. É o abençoado Oxalá que
cuidava de Orumiláia por este ser muito velho, é o Orixá do crescimento e do
progresso.
DACUN : É o Oxalá de meia idade tendo uma passagem com
Xapanã. Seria o velho que se manifesta ereto, é o Oxalá do equilíbrio. Faz
Adjuntó com Oxum.
ETÉKO : Caminha com Oxaguiã, é inquieto. Vive nas matas e
come todo o tipo de carne branca.
ETETO OBÁ DUGBE : Outro guerreiro, ligado a
Orixalá.
JOBOCUN : É Oxalá velho com uma gama de nomes e outros Oxalás
que se perderam e foram unidos a essa qualidade.
OBATALÁ : É o pai de todos os
orixás, a metade superior da cabaça – mundo. Não suporta azeite-de-dendê.
Patrono da sabedoria. Água do céu, elemento ar, concebido como frio, associado
a criação e a paz.
OKÓ : Divindade da agricultura e colheita dos inhames
novos e a fertilidade da terra. Orixá nagô, pouco conhecido no brasil. Na época
da chegada dos escravos, não deram muita importância a este orixá, considerando
como Orixá da agricultura, em seu lugar Ogum e dos grãos Obaluaie. Quando
manifesta-se leva um cajado de madeira que revela sua relação com a árvores,
traz uma flauta de osso que lembra sua relação com a sexualidade e a
fertilidade.É confundido com Oxalá, pois veste-se de branco.
Seu Opaxoró, no Brasil, é
confeccionado em madeira. Sendo um Orixá raro, tem poucas qualidades
conhecidas. é um Orixá rico.
ORIXALÁ : É casado com Yemowo, suas imagens são colocadas uma
do lado da outra e cobertas com traços e pontos desenhados com efum, no ilésin,
local de adoração, dizem que Yemowo foi a única mulher de Orixalá .
ORUMILÁIA : Orixá da visão e o mais velho dos
Oxalás, apesar de ser cego. Iansã é a menina dos olhos dele, a qual carrega
seus olhos; ele é o orixá da visão, são os olhos de Olodumarê que tudo vê e
tudo sabe, e da adivinhação. Orixá da clareza, ele concede o jogo de búzios e
este o pertence.
OXAGUIÃ : Orixá jovem e guerreiro, cujo templo
principal encontra-se em Ejigbô,
valente, generoso, associado à fertilidade e ao culto da vegetação.
Claramente relacionado com a fecundidade. Tomou o título de Eleejigbô Rei de
Ejigbô uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán,
que lhe valeu o apelido de Orisa-Je-Iyán ou Orisájiyan. A tradição exige que os
habitantes de dois bairros Xolô e Oké Mapô lutem uns contra os outros a golpes
de varas.
Oxalufã: Orisá Olofon Ajigúna Koari - aquele que grita quando
acorda.
Orixá velho e sábio, cujo templo é
Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimônia de saudações é de dezesseis em
dezesseis dias.
Oxalá do sexo masculino, velho,
impotente e cansado, ligado a terra, responde na quarta-feira.
LIGAÇÃO
Seu elo de ligação ou seu
trabalhador é o Rei Das Sete Encruzilhadas. Têm atuação sobre as pequenas
cidades, altos de montanhas, estradas do interior, encruzilhadas e proximidades
de lugares santos, como templos e igrejas.
Sua apresentação é de um perfeito
cidadão, ou guerreiro medieval.
Dominando os caminhos cruzados.
Importante exu na hierarquia
comanda Sagathana e exu Nesbiros.
Sete encruzilhadas faz parte da
trindade Maioral.
ORIKI
Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru.
Rei das roupas brancas que nunca
teme a aproximação da morte.
Obà n'ille Ifon alabalase oba
patapata n'ille iranje.
Pai do Paraíso eterno dirigente
das gerações. Gentilmente alivia o fardo de meus amigos.
O yo kelekele o ta mi l'ore.
Dê-me o poder de manifestar a
abundância.
O gba a giri l'owo osika.
Revela o mistério da abundância.
O fi l'emi asoto l'owo.
Pai do bosque sagrado, dono de
todas as benções que aumentam minha sabedoria.
Oba igbo oluwaiye re e o ke bi owu
la.
Eu me faço como as Roupas Brancas.
O yi ala. Osun l'ala o fi koko ala
rumo.
Protetor das roupas brancas eu o
saúdo.
Obà igbo.
Pai do Bosque Sagrado.
CURIOSIDADES
FRASE DE IMPACTO : Oba Nla,Bàbá
O!Oh,Grande Rei,Meu Pai.
AVE : Galinha branca e galinha preta para
Oxalá de O Orumilaia
BALANÇA : Composta de 32, 16 ou 08 pessoas (homens e
mulheres).
BEBIDA: Água mineral se gás,
leite, vinho branco.
BICHOS : Caracol da terra.
COMIDA SECA : Canjica branca,
arroz branco, feijão branco, inhame , acaçá de inhame, peito de frango, arroz doce , merengue e
mel.
COR : Branco e branco com preto
para Oxalá de Orumilaia.
DIA : Domingo, sexta-feira.
DOENÇAS : Visão, de coração, cardiovasculares, calvície , impotência
sexual.
DOMÍNIO : Poder procriador
Masculino, Criação, Vida e Morte,
atmosfera, oceanos, alto das montanhas, céu.
ELEMENTO : Ar.
EMBLEMA : Igbim.
ERVAS : Boldo, algodão, girassol,
lírio, alecrim, Poejo, Camomila, Chapéu de Couro, Erva de Bicho, Cravo,
Coentro, Gerânio Branco, Arruda, Erva Cidreira, Erva de S. João, Alecrim do
Mato, Hortelã, Alevante, Folhas de Girassol, Folhas de Bambu.
FERRAMENTAS : Opassoro, bengalajóias em prata, caramujo,
sol, cajado, pomba de prata, moedas e búzios, para Oxalá de Orumiláia
acrescentamos olhos de prata.
FLORES : Rosa branca, copo de
leite, lírio branco.
FRUTAS : Uva Branca, Maracujá, Pêracoco, Pêra, uva
Branca, Pêssego Branco.
INSTRUMENTO : Apoxorô.
KIZILA : Azeite-de-dendê.
METAL : Prata, platina, ouro.
NATUREZA : Ar+.
NÚMERO : 6 , 12,08 .
ÓRGÃO : coração, olhos, garganta.
QUATRO PÉ : cabrita branca e cabrita branca
com pequenas manchas pretas para Oxalá de Orumiláia
SAUDAÇÃO : Epaô, epa bábá.
IEMANJÁ
Iemanjá é um orixá afRicano, cujo
nome deriva da expressão ioruba Yèyé Omo ejá, Mãe cujos filhos são peixes.
Iemanjá, a grAnde mãe, o oceano
que origina tudo.
De seu ventre saíram todos os
orixás, dos seus seios correm os rios que fertilizam a terra, simboliKamente, é
claro.
Como toda matriarca, é benevolente
e preocupada com o bem estar de todos, mas exerce uma autoridAde mais pela
astúcia que pela força.
No Brasil é a deusa do mAr, da
água salgada, enquanto na Nigéria, a deusa de um rio, e orixá dos Egbá, onde
existe o rio Yemonjà.
Iemanjá, também a deusa do
encontro das águAs do rio e do mar, dona, mas quero frizar que tem entidade
como Obá, que esta diretaMente ligada principalmente a pororoca.
No Brasil, Iemanjá é um orixá
muito popular e é reverenciada no
Candomblé, no Batuque, e na umbAnda.
Uma das maiores comemorações em
honRa à Iemanjá ocorre no último dia do ano em várias praias do litoral
brasileiro.
Antes e após a queima de fogos da
passagem do ano, os devotos fazem oferendas à Rainha do Mar, um dos
títulos dos quais ela é saudada.
O ano que entra é entregue a sorte
a Aquela que nos recebe quando nascemos.
Iemanjá mais antiga é Iyá Sagba,
que quer dizer, a Mãe que passeia sobre as ondas.
Iemanjá é a imperAtriz fecunda e
resoluta totalmente aberta a criatividade.
A umbanda por influência do
sincretismo, promoveu Iemanjá como nova entidade, criação puramente brasileira.
Moralizada como mãe de todos os
orixás.
Nela ficam condensadas as
característiKas das diversas entidades femininas.
Para as pessoas que querem crer em
uma mãe puritana, extremamente bondosa, etc, como as colocações de todos os
santos da igreja católica, com certeza vai se decepcionar com a realidade dos
Orixás que são em essência uma realidade do nosso mundo ou o nosso mundo é uma
realidade da dos orixás: Dual. Polarizado.
Iemanjá em suas manifestações:
POSITIVA: Magnitude, criatividade,
destemor, constância, gestação.
NEGATIVA: Rudeza, insensibilidade,
medo demasiado, excessivo, crueldade,
orgulho desmedido, gula.
Iemanjá, a Mãe é reconhecida como
estando na segunda posição de autoridade, mas é apática, falsa e pouco disposta
a atender as necessidades dos outRos.
A representação de Iemanjá que se
tem difundida o superou em muito a imagem de sereia ou de grande mãe cujos
seios descem até o chão.
Hoje é uma moça brAnca a sair do
mAr, cheia de luz, santa da igreja católica.
É gritante a semelhança imposta
pelos católicos, mesmo que apresente traços sedutores, é antes de tudo a mãe
boa, desafricanizada.
Sempre descrita como orixá mãe,
para quem esplêndidas oferendas florais são devotadamente depositadas em todas
as praias do Brasil.
Mas esta é apenas uma faceta da
Orixá, cujas qualidades negativas ficam ocultas para o grande público.
Iemanjá, é vista um pouKo menos
feminina que algumas outras Orixás, porque é mãe dos Orixás e é claro, mais
velha e inibida.
ApesAr de seus gestos meigos, ela
mostra menos interesse em dar-se ou prestar atenção nos outros.
Ela é em geral, mais distante e
sua meiguice é interpretada, simplesmente, como boas maneiras.
Ela é a deusa do mar e protetora
das mães e esposas.
Representa a gestação e a
procriação.
Iemanjá está associAda á foz dos
rios e quebra-mares, mãe dos peixes e de todos as cabeças.
É invocada para trazer
prosperidade e abundância.
É um orixá que tem o poder da
curar as doenças com água, sem derraMamento de sangue, com sua própria riqueza,
os peixes, pode curar um mau ori, no ato do ebóri.
É um dos orixás mais velhos entre
os irunmonlés, podendo algumas vezes comer junto com os eguns.
Iemanjá, por presidir a formação
da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os
rituais, especialmente no Bori.
Chamada também como a Deusa das
Pérolas, Iemanjá é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento do
nAscimento.
Se Bará fecunda e Oxum cuida da
gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entRegá-la ao
seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. Isto tem uma importância
muito grande, no sentido e na visão da Cultura Africana, sobre a fecundação e
concepção da vida humana.
Daí o titulo de Iyá , mãe, melhor,
Iyá – Ori, mãe da cabeça, e plasmadora de todas as cabeças, aquela que gera o
Ori, que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver
normAlmente como seres pensantes e inteligentes.
Essa força da natureza também tem
um papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que vai reger nossos
lares, nossas casas, é Iemanjá que vai dar o sentido de família a um grupo de
pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto.
Ela é a geradora e personalidade
ao grupo formado por pai, mãe e filhos, transformando-os num grupo coeso.
Iemanjá é o sentindo de educação que damos aos
nossos filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que aprenderam com
nossos avós.
Iemanjá rege até o castigo, as sanções que
apliKamos aos filhos.
É o sentido básico, é a base da
formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe
pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só,
poderoso, imbatível, que se perpetuará.
Iemanjá é a família! Rege as
reuniões de família, os aniversários, as festas de casamento, as comemorações
que se fazem dentro da família.
É o sentido da união, seja ligado,
por laços consanguíneos, ou não.
Dentro do culto, numa casa de
santo, Iemanjá também atua organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidAde
ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar.
Iemanjá também está presente nas
decisões, nos momentos de angústia e preocupação pelo ente querido, pois seus
sentimentos geram os nossos, a necessidade de saber se aqueles que amamos estão
bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Iemanjá, que não vai deixar
morrer dentro de nós o sentido de amor, do amor ao próximo, principalmente em
se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente, ou amigo muito
querido.
Iemanjá é a preocupação e o desejo
de ver aquilo que amamos a salvo, sem problemAs.
Iemanjá está presente nos mares e
oceanos.
É a Senhora das águas salgadas e
será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e
provendo o aliMento vindo de seu reino. Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a
praia em ressaca, a marola, Ela quem controla as marés, é ela quem protege a
vida no mAr.
MITOLOGIA
Olodumaré fez o mundo e repartiu
entre os orixás vários poderes, dando a cada, um reino paRa cuidar.
A Bará deu o poder da comunicação
e a posse das encruzilhadas.
A Ogum o poder de forjar os
utensílios para agricultura e o domínio de todos os caminhos.
A Odé o poder sobre a caça e a
fartura.
A Obaluaiê o poder de controlar as
doençAs de pele.
A Oxumaré seria o arco-íris, embelezaria
a terra e comandaria a chuva, trazendo sorte aos agricultores.
A Xangô o poder da justiça e sobre
os trovões.
A Oyá reinaria sobre os mortos e
teria poder sobre os raios.
A Ewá controlaria a subida dos
mortos para o Orum, bem como reinaria sobre os cemitérios.
A Oxum seria a divindade da
beleza, da fertilidade das mulheres e de todas as riquezas materiais da terra,
bem como teria o poder de reinar sobre os sentimentos de amor e ódio.
A Nanã a dádiva, por sua idade
avançada, de ser a pura sabedoria dos mais velhos, além de ser o final de todos
os mortais, nas profundezas de sua terra, os corpos dos mortos seriam
recebidos.
Alem disso do seu reino sairia a
lama da qual Oxalá modelaria os mortais, pois Odudua já havia criado o mundo.
Todo o processo de criação
terminou com o poder de Oxaguian que inventou a cultura material.
Para Iemanjá, Olodumare destinou
os cuidados da casa de Oxalá, assim como a criação dos filhos e de todos os
afazeres domésticos.
Iemanjá trabalhava e reclamava de
sua condição de menos favorecida, afinal, todos os outros deuses recebiam
oferendas e homenagens e ela, vivia como esKrava.
Durante muito tempo Iemanjá
reclamou dessa condição e tanto falou, nos ouvidos de Oxalá, que este
enlouqueceu. O ori de Oxalá não suportou os reclamos de IemAnjá.
Oxalá ficou enfermo, Iemanjá
deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias curou Oxalá.
Oxalá agrAdecido foi a Olodumarê
pedir para que deixasse a Iemanjá o poder de cuidar de todas as cabeças. Desde
então Iemanjá recebe oferendas e é hoMenageada quando se faz o bori e demAis ritos à cabeça.
Olodumare-Olofim vivia só no
Infinito, ceRcado apenas de fogo, chamas e vapores, onde quase nem podia
caminhar.
CansAdo desse seu universo
tenebroso, cansado de não ter com quem falar, cansado de não ter com quem
brigar, decidiu pôr fim àquela situação.
Libertou as suas forças e a
violência delas fez jorrar uma tormenta de águas.
As águas debateram-se com rochas
que nasciam e abriram no chão profundas e grandes cavidades.
A água encheu as fendas oKas,
fazendo-se mares e oceanos, em cujas profundezas Olocum foi habitar.
Do que sobrou da inundAção se fez
a terra.
Na superfície do mAr, junto à
terra, ali toMou seu reino Iemanjá, com suas algas e estrelas-do-mar, peixes,
corais, conchas, madrepérolas.
Ali nasceu Iemanjá em prata e
azul, coroAda pelo arco-íris Oxumarê.
AJÊ SALUGÁ
Ajê Salugá é a irmã mais nova de
Iemanjá.
Ambas são as filhas pRediletas de
Olokun.
Quando a imensidão das águas foi
criada, Olokun dividiu os mares com suas filhas e cada uma reinou numa
diferente região do oceano.
Ajê Salugá ganhou o poder sobre as
marés.
Eram nove as filhas de Olokun e
por isso se diz que são nove as Iemanjás.
Dizem que Iemanjá é a mais velha
Olokun e que Ajê Salugá é a Olokun caçula.
Olokun deu às suas filhas os mares
e também todo o segredo que há neles.
Mas nenhuma delAs conhece os
segredos todos, que são os segredos de Olokun.
Ajê Salugá era, porém, menina
muito curiosa e sempre ia bisbilhotar em todos os mares.
Quando Olokun saía para o mundo,
Ajê Salugá fazia subir a maré e ia atrás
cavalgando sobre as ondas.
Ia disfarçada sobre as ondas, na
forma de espuma borbulhante.
Tão intenso e atrativo era tal
brilho que às vezes cegava as pessoas que olhavam.
Um dia Olokun disse à sua filha
caçula:
O que dás para os outros tu também
terás, serás vista pelos outros como te mostrares. Este será o teu segredo, mas
sabe que qualquer segredo é sempre perigoso.
Na próxima vez que Ajê Salugá saiu
nas ondas, aKompanhando, disfarçada, as andanças de Olokun, Seu brilho era
ainda bem mAior, porque maior era seu orgulho, agora detentora do segredo.
Muitos homens e mulheres olhavam
admirAdos o brilho intenso das ondas do mar e cada um com o brilho ficou cego,
seu poder cegava os homens e as mulheres.
Mas quando Ajê Salugá taMbém
perdeu a visão, ela entendeu o sentido do segredo.
Iemanjá está sempre com ela,
quando sai para passear nas ondas.
Ela é a irmã mais nova de IemAnjá.
Quando se encontRava no céu perto
de Mawu, o caramujo Aje se chamava Aina e era do sexo feminino.
Naquela época, Fa Ayedogun passava
por sérias dificuldades financeiras e, por ser muito pobre, não era convidAdo a
participar de qualquer festa ou reunião social.
Aina, recém nascida, era muito
feia.
Sua aparência terrível fazia com
que todos evitassem sua companhia e ninguém aceitava tê-la em casa.
Depois de ser rejeitada em todas
as casas, Aina bateu na porta de Fa Ayidogun, que apesar do estado de miséria
em que se enKontrava, acolheu a menina.
Uma bela noite, Aina acordou Fa,
anunciando que estava prestes a vomitar.
O hospedeiro apresentou-lhe uma
tigela para que vomitasse, mas ela recusou-se.
Uma cabaça foi trazida e também
recusada e depois, uma jarra foi objeto de nova recusa.
Fá perguntou então, o que poderia
fAzer para ajudá-la e Aina disse:
Lá no lugar de onde venho, costuma-se
vomitar todos os dias, no quarto.
Conduzida ao quarto, Aina começou
a vomitar todos os tipos de pedras preciosas, brancas, azuis,vermelhas, verdes,
etc.
Naquele momento, um mArabu que passava,penetrou
na casa de Fá e perguntou por Aina.
-Ela está no quarto, acometida por
uma crise de vômitos. Respondeu Fá. O estrangeiro foi ver o que se passava e ao
deparar com Aina vomitando pedras preciosas, exclamou:
Ha! Nós não conhecíaMos os poderes
de Aina, hoje revelados!
Disposto a serví-la, colocou-lhe o
nome de Anabi ou Ainayi, que emYoruba quer dizer: Aina vomita, Aina deu todA
riqueza a Fá Ayidogun.
ARQUÉTIPO
São imponentes, calmas, sensuais,
fecundas e cheias de dignidade e dotados de irResistível fascínio, pelo menos a primeira vista, pois geralmente
as pessoas tendem a desconfiar das maneiras de atuação dos filhos de Iemanjá,
por isso são campeões de descasamentos, de encontros desmarcados, após um
primeiro encontro.
São voluntariosos, fortes,
rigorosos, protetores, altivos e, algumas vezes, impetuosos e arrogAntes, nesse
item ganham o troféu disparado.
Têm o sentido da hierarquia,
fazem-se respeitar e são justas, mas formais.
Põem à prova as amizades que lhes
são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a
esquecem jamais.
As mulheres de Iemanjá
preoKupam-se com os outros, são maternais e sérias.
Sem possuírem a vaidade de Oxum,
gostam do luxo, das coisas vistosas, das jóias caras, isso serve para os filhos
também que gostam de exageros, tendência à vida suntuosa mesmo se as
possibilidades do cotidiano não lhes permitem.
As filhas de Iemanjá são boas
donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de
outros. Não perdoam facilmente, quando ofendidas.
São possessivAs e muito ciumentas.
São pessoas muito voluntariosas e
que tomam os problemas dos outros como se fossem seus.
São pessoas fortes, rigorosas e
decididas.
Gostam de viver em ambientes
confortáveis com certo luxo e requinte.
Esses filhos põem a prova as suas
amizades, que tratam com um carinho maternal, mas são incapazes de guardar um
segredo, por isso não merecem total confiança.
Eles costumam exagerar em suas
verdades, para dizer que não mentem e fazem uso de chantagens emocionais e
afetivas.
São pessoas que dão grande
importância aos seus filhos, mantêm com eles os conceitos de respeito e
hierarquia sempre muito claros.
Sempre nas grandes famílias, há um
filho de Iemanjá, pronto a se envolver com os problemas de todos, pois gosta
tanto disso que pode se revelar um excelente psicólogo.
Fisicamente, os filhos de Iemanjá
tendem a obesidade, ou a uma certa desArmonia no corpo.
As mulheres, por exemplo, acabam
ficando com os seios caídos e as nádegas contidas e preferem os cabelos
compridos.
São extrovertidos e sempre sabem
de tudo, mesmo que não saibam.
Os filhos de Iemanjá são quase
sempre sensíveis, emotivos, e podem ter dupla personalidade.
São metódicos, aceitam com revolta
seu destino, sentem fascinação por tudo que seja oculto.
Tendência a mais de um casamento.
Sua revolta intensa é comparada as
ondas do mar.
Num constante vai e vem por toda a
vida.
Propensa a obesidade, câncer de
mama, problemas de coluna, doença mental. Seus filhos sentem-se donos da
verdade, passam a aparência de calmos, polidos, meigos, huMildes, mas no fundo
são muito arrogantes, e você não sabe o que na realidade estão pensando.
O aspecto físico é marcado pelo
corpo e a ossadura grande, ancas largas, seios generosos.
As mulheres de Iemanjá são muito
mais mãe do que esposa, bastante independente em relação aos homens, maridos,
amantes, ou pai.
Seus sentimentos maternais
exprimem-se antes no zelo e no amor com que se dedicam á educação de crianças
que podem até nem ser delas do que dando a luz inúmeros rebentos.
Não gostam de anarquias, brigas.
Dificilmente um filho de Iemanjá
fala bem de alguém. Muitas vezes são mesquinhos, conformistas, mas não duvide
que traia alguém pAra conseguir alguma coisa.
ENTIDADE DE LIGAÇÃO
EXU MARABÔ
Ligado a Iemanjá, tem atuação
sobre toda a orla marítima e áreas de pesquisa científica. Encarregado de
fiscalizar o plano físico, distribuindo ordens aos seus comandados, nos mais
diversos planos de sua jurisdição.
Dificilmente baixa em terreiros.
Fala e escreve perfeitamente o francês.
Quando incorpora, usa o nome de
seu companheiro Agalieraps , exu Mangueira.
ORÍKÌ
Iyemoja mo pe
Iemanjá eu te chamo
Yèyé awon eja mo pe
Mãe dos filhos peixes eu te chamo
Eniti nso agan di olomo mo pe
A pessoa que tornou aquela mulher
fértil para ter filhos, eu te chamo
Eniti nso talaka di olowo mo pe
A pessoa que tornou pobre em rico,
eu te chamo
Inu re ni Olokun ti jade
Dentro de você, saiu Olokun
Inu re ni Òsóòsí ti jade
Dentro de você, saiu Oxossí
Inu re ni Ode ti jade
Dentro de você, saiu Odé
Inu re ni Olosa ti jade
Dentro de você, saiu Olosá
Ko wa gbo igbe ebe mi.
Para você ouvir o meu grito de
clamor.
Báálé
Báálé !
Iyemoja ágbódò dáhùn ire
Iemanjá , de dentro das água,
responde com o bem.
Ìyá mi.
Minha mãe,
Aseperiola.
Que pode ser chamada para trazer
prosperidade.
Abèrìn èye lénu
A que sorri elegantemente.
Iwo l'oko mi
Você é minha senhora.
Abìrìn iyì lésè méjèjì
Louváveis são os passos de seus
pés.
Olówó orí mi
Dona do meu orí.
Omi owó kò wón nílé wa
A água que traz prosperidade não
falta em nossa casa.
Omi là bureke
Água em abundância.
Iyemoja a tó f'ara tì bí òkè
Iyemanjá,firme como a montanha,
nela podemos nos apoiar.
O l'ómi nílé bí egbele
Possui casa formada por muitas
águas.
Òrìsà tí nfi omi tútù wo àrùn
Orixá que cura doenças com água
fria.
A wo àrùn fún olomo má gba èjé
Que cura as doenças sem pedir
sangue aos familiares do doente.
Iyemoja a tún orí eni tí kò sunwòn
se
Iemanjá , que melhora o mau ori.
Túbò tún orí mi se kalé o.
Melhora mais e mais o meu ori, até
o fim da minha vida.
Agbe ni igbe're ki Iyemoja Ibikeji
odo.
É o pássaro que leva fortuna boa
ao Espírito da Mãe da Pesca, a Deusa do Mar.
Aluko ni igbe're k'losa, ibikeji
odo.
É o pássaro Aluko que leva fortuna
boa ao Espírito da Lagoa, o Assistente para a Deusa do Mar.
Ogbo odidere i igbe're k'oniwo.
É o papagaio que leva fortuna boa
ao Chefe de Iwo.
Omo at'Orun gbe 'gba aje ka'ri w'aiye.
É crianças que trazem fortuna boa
de Céu para Terra.
Olugbe-rere ko, Olugbe-rere ko,
Olugbe-rere ko,
Ó Grande que dá coisas boas, Ó
Grande que dá coisas boas, Ó Grande que dá coisas boas.
Gbe rere ko ni olu-gbe-rere
Me dê Coisas Boas do Grande que dá
Coisas Boas
Axé!
PRECE
Oh! Iemanjá, seReia do mar.
Canto doce, acalanto dos aflitos.
Mãe do mundo, tenha piedade de
nós.
BenditAs são as benções
que vem do teu reino.
Meu coração e minha alma se
abrem para receber as suas
bênçãos.
Mãe que protege, que sustenta,
que leva embora toda dor.
Mãe dos Orixás, mãe que Kuida
e zela pelos seus filhos
e os filhos de seus filhos.
IemAnjá, tuA luz
norteia meus pensaMentos
e tuas águas lavam minha cAbeça.
TÍTULOS E QUALIDADES
AKURÁ: Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do
mar e coberta de algas marinhas,cujo olhar é insustentável; é muito altiva e
escuta apenas virando-se de costas ou inclinando-se ligeiramente de perfil; é
perigosa e voluntariosa; mata afogado os maus pescadores que pescam pela prazer
e não por necessidade. Usa uma corrente de prata no tornozelo; foi a mulher de
Orunmilá, apesar de ter usado um dos intrumentos da adivinhação quando ele
estava ausente, tanto que dizem que indignado, Orunmilá teria expulsado-a momentaneamente,
vindo posteriormente a reinar.
Muito rica e pouco vaidosa. Adora
carneiro.
Come com Nanã.
BOMÍ, ASDGBA OU SOBASOBA : É a mais velha, manca de uma
perna devido a uma luta com Bará, rabugenta, e feiticeira, fala de costas,
gosta de fiar seu cristal. Comanda as caçadas mais profundas do oceano, tem
afinidade com Nanã. Veste branco.
ATARAMABA : Nessa forma ela está no colo de seu pai
Olokun.
ATARAMOGBA/ IYÁKU
: Vive na espuma da ressaca da maré.
AYIO : Muito velha.
Veste sete anáguas para se proteger. Vive no mar e descansa nas lagoas. Come
com Oxum e Nanã.
BOSÁ ou OLOSSÁ : Come com Oxum e Nanã. Veste
verde-claro e suas contas são branco cristal. É a Iemanjá mais velha da terra
de Egbado.
IYEMOYO, AWOYÓ; YEMUO; YÁ ORI OU IEMOWO
: É uma das mais velha, possui ligação com Oxalá, o seu fundamento está
no ori, representa a vida, pode curar doenças da cabeça. Veste branco e
cristal.
IYA IYÁ MASSÉ MASEMALE OU IAMASSE
:Iemanjá unida a Orânhaiã.
Deu início a sagrada dinastia dos primeiros
reis de Oió. Trabalhadora, briguenta, violenta, feiticeira, baila com uma cobra
enrolada no braço.
É representanda como uma sereia de
longos cabelos pretos. Rege a maternidade, e a mãe dos peixes que representam
fecundidade.
Seu dia à sábado. Nas grandes
"obrigações", são oferecidos cabra branca, pata ou galínha branca.
Gosta muito de flores e é costume
oferecer-lhe sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para
agradecimento. Sua cor é a branca com azul.
Usa um adé com franjas de missangas
que esconde o rosto. Leva na mão um
leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia
recortada no centro.
É a mãe de Xangô e quem cuidou de
Oxumarê.
Esposa de Oranian e muito
festejada durante as festas consagradas ao seu filho Xangô. As suas contas são
branco leitosas, rajadas de vermelho e azul.
KONLÁ : Filha de Olóòkun, vodun (Deus), em Benin, ou
conhecida como uma Deusa, em Ifé, do mar. Konlá veste-se de verde água e suas
contas são verdes cristais claros, gosta de muitos peixes de água salgada,
camarão e uma bacia bem cheia de pêras e
ovos de pata.
MALELEO OU MAIYELEWO
: Esta Iemanjá vive no meio do
oceano no lugar onde se encontram as sete correntes oceânicas.
ODO : Tem
aproximação com Oxum, e vive na água doce sendo muito feminina e vaidosa.
OGUNTÉ : Considerada guerreira, dona da espada, esposa de Ogum
ferreiro,Alagbedé ,e mãe de Ogum Akorô e Odé. O seu nome significa aquela que
contém Ogum. Vive perto das praias, no encontro das águas com as pedras. Traz
na cintura um facão e todas as ferramentas de Ogum. Veste branco; azul marinho,
cristal, ou verde e branco.
OYO : Benéfica, muito feminina, saudada na
cerimónia do Padê, veste de branco, rosa e azul claro.
SABA
: Fiadeira de algodão, foi esposa de
Orunmilá.
SUSURE : Ligada à gestação. Voluntariosa e respeitável,
mensageira de Olokun, o deus do mar. Vive nas águas sujas do mar e é muito
esquecida e lenta. Come com Obaluaiê e Ogum. Além do próprio assentamento, tem
que se assentar Oxum e Obaluaiê. Veste branco, verde água e suas contas branco
cristal.
YINAÉ OU
MALELÉ : Aquela que os filhos sempre serão peixes.
Também conhecida como Marabô, mora nas águas mais profundas. É a sereia, ligada
à reprodução dos peixes, vem sempre a beira do mar apanhar as suas oferendas,
está ligada a Oxalá e Bará.
CURIOSIDADES
Frase De Impacto:
Íyá mí nsé owó pélé-pélé nínu omi
Minha mãe esta erguendo as mãos, suavemente
dentro das águas.
ANIMAIS :Patas, galinha branca ,
cabra e ovelha branca.
BALANÇA : Composta de 32, 16 ou 08
pessoas, homens e mulheres.
BEBIDAS : Água de coco, mel, água
salgada ou potável, champanha ,vinho branco e suco de suas próprias ervas e
frutos.
COMIDAS : São também brancas
como ebó de milho branco com mel, arroz
e angu. Canjica branca, peixe fritos,assados, arroz, arroz-doce com mel, acaçá,
pudim, manjar.
CONTAS : Vidro transparente.
CORES : Branco, rosa-claro ,
azul-claro tradicional além da cor prata.
DIA : Sábado, algumas qualidades
na sexta-feira.
DOENÇAS : Barriga e seios, obesidade,
câncer de mama.
DOMÍNIO : Maternidade adulta e a
pesca, atividades econômicas desenvolvidas no mar em geral.
ELEMENTO : Água salgada.
ERVAS PARA BANHO E DEFUMAÇÃO:
Jasmim, araticum-da-praia, folha-da-costa, graviola, capeba, mãe-boa, musgo
marinho encontrado nas pedras marinhas, alcaparra.
FERRAMENTAS : Âncora e o leme.Todos adornos femininos em
prata, peixe, leque, caramujos, barco, conchas, lua, moedas e búzios .
FLORES: Rosas e palmas brancas.
FRUTAS: Mamão, graviola, uvas
brancas, melancia ,Coco ,Uva dedo de dama .
LOCAL PREFERIDO : Água salgada.
METAL : Prata e platina.
NÚMEROS : 8 e 16.
PARTES DO CORPO : Cabeça , cérebro
.
SAUDAÇÃO : Odoiá!!! ou Odô-fé-iabá
ou Odofiabá!!!!
SÍMBOLO : Abebé, leque de metal
prateado com a figura de um peixe.
OXUM
Oxum genitora por excelência,
ligada paRticularmente à procriação. Deusa das águas doces reina sobre os rios,
também divindade do ouro e dos metais amArelos.
Vaidosa, foi a segunda esposa de Xangô, tendo vivido anteriormente com
Ogun, Orunmilaiá, Odé Oxossi. Maternal, carinhosa e muito afeita às crianças,
amante da beleza e do adorno.
Também é chamada de Iyálòóde, título
conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre todas as mulheres da
cidade.
Oxum representa a mãe da criação
que toma Konta dos filhos dos outros em gestação até o décimo sexto dia de
nascimento.
Diz-se que ela é provedora, atende
as necessidAdes dos outros e que, portanto, merece o reconhecimento dado a uma
mãe :Rora Yeyé Gbémi! Mãe Grandiosa,
Proteja-Me.
Orixá que recebe o nome de um rio
da NigériA, em Ijexá e Igebú.
Á Oxum pertence o ventre da mulher
e ao mesMo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem.
Dona da água doce, gosta de usar
colares, joiAs, brincos de ouro e tudo que se relaciona com a vaidade, flores,
etc.
Poder claRamente relacionado com a
fecundidade, é personagem de um mito muito conhecido em que um simbolismo
transparente mostra que mesmo Oxalá supera o tabu da menstruação para
prosternar-se aos seus pés. Transformando em penas vermelhas o papagaio da
costa, o sangue que gotejava do corpo de uma sacerdotisa.
Por um lAdo é a moça faceira e
sedutora, por outro preside os mistérios femininos, a maternidade, a magia,
profundezas da imaginação, a riqueza, crescimento e a fecundidade.
Oxum a estrela, mostrando sua luz
na imensa escuridão da mente humana.
Oxum, a senhora das águas doces, e
de parte das águas do mar, é a aiabá da beleza, da fertilidade, da feminilidade
e do charme.
Poderosa rainha que Konquistou o
coração de Xangô também de Bará, ou Ogum, recebendo o nome de Ápara sendo muito
semelhante com Iansã.
Dona de uma elegância e de uma
astúcia surpreendente.
Dama da mais alta hierarquia.
Foi ela que criou a gAlinha da
angola, ave que por ter o corpo pintado e ostentar um osu na cabeça é tido como
feito -iniciado- .
Entidade da medicina curativa,
madrinha da procriação e da gestação que tomA sob sua proteção todos os seres
humanos desde a concepção até que comecem a andar e adquirir conhecimento.
Evita abortos e coMplicação
durante a gravidez.
Oxum é a água que produz todas as
qualidades de som, a senhora do Ijexá.
A graciosa rainha, cuja idés de ouro
imitavam o burburinho das cascatas.
Ela se vestia de ouro e de bronze,
tinha dentes belos e era muito elegAnte e esperta.
Cantava muito lindo.
Quem queria ter dinheiro pedia a
Oxum que ela dava.
Oxum meticulosa cozinheira.
É a gRaciosa mãe das águas
profundas, divindade dos rios, fontes e regatos.
Orixá que enfeita seus filhos com
ouro e fica muito tempo no fundo das águas gerando riquezAs.
Que conhece o segredo, o segredo
da vida, nas não o revela.
Mãe procriadora, está associado a
fisiologia feminina presidindo a menstruação, gestação e nascimento. É
Konsiderada a dona do ovo, símbolo da fertilidade, a maior célula viva, e que
evoca a ideia de fartura e riqueza.
Em um das suas qualidades, tem-se
Oxum Apara senhorA das águas frescas, dotada de força positiva, guerreira que,
ao se fazer presente, rodopia como o vento, sem que possAmos vê-la, apenas
ouvi-la, com sua voz afinada que se asseMelha ao canto do ègá.
É sensual, exibicionista,
consciente de sua rara beleza. Se utiliza desses atributos com jeito e carinho
para seduzir as pessoAs e conseguir seus objetivos.
Dança de preferência sob o ritmo
de sua terra: Ijexá. Sua dança lembra o compoRtamento de uma mulher vaidosa e
sedutora.
Ela faz a qualquer um o que o
médico não faz, é a Orixá que cura o doente com a águA fria.
Se cura a criança, não apresenta
honorários ao pai.
É a Orô, um pássaro que tem uma
pena brilhante na cabeça, e a Yalodê, que ajuda as crianças a terem uma mãe.
Manda a Kabeça má ficar boa.
Oxum é doce e poderosa como Oni.
Oxum não concede as más coisas do
mundo. Ela tem remédios grAtuitos e faz as crianças tomarem mel.
Quando Orumilá estava criando o
mundo, escolheu Oxum para ser a protetora das crianças. Ela deveria zelar pelos
pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, ate que
pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso, Oxum é
considerada o orixá da fertilidade e da maternidade.
Por sua belezA, Oxum também é tida
como a deusa da vaidade, sendo vista como uma orixá jovem e bonita, mirando-se
eM seus espelhos e abanando-se com seu leque, abebê.
Governa as ervas antissépticas e
desinflamatórias. Seu domínio é subsolo do universo, suas características são a
vaidade e a faceirice.
Mãe ancestral suprema, Oxum é
considerada a patrona dos peixes, mAs é também representada pelos pássaros. O
ovo é um dos seus símbolos.
MITOLOGIA
"Iya Mi Ti To So Oku De À Iy
É”...
“...ela transforma a morte em
vida.”
“Odi Ona Ku Ita Ò Run” ...
“... ela fecha o caminho da
morte.”
Sempre que Oxalá queRia saber de
algo, consultava Ifá, o Senhor da adivinhação, para que ele visse o
destino a ser seguido. Ifá, por sua vez,
sempre dizia à Oxalá:
- Pergunte a Bará, pois ele tem o
poder de ver os búzios!
E este acontecimento se repetia a
cada vez que Oxalá precisava saber de algo.
Isto intrigou Oxum, que pediu ao
pai para aprender a ver o destino. E Oxalá disse à filha:
- Oxum, tal poder pertence a Ifá,
que proporcionou a Bará o conhecimento de ler e interpretAr os búzios. Isto não
posso lhe dar!
Curiosa Oxum procurou, então, uma
saída. Sabia que o segredo dos búzios estava com Bará e procurou-o para lhe
ensinasse.
- Ensina-me, Bará ! Eu também
quero saber como se vê o destino.
Ao que Bará respondeu:
- Não, não! O segredo é meu, e me
foi dado por Ifá. Isso eu não ensino!
Bará estava intransigente. Oxum
sabia disso e sabia que não conseguiria nada Kom ele.
Partiu, então, para a floresta,
onde viviam as feiticeiras Yámi
Oxorongá.
Cuidadosa, foi se aproximando
pouco a pouco do âmago da floresta. Afinal, sua curiosidade e a decisão de
desbancar Bará eram mais fortes que o medo que sentia.
Em dado momento deparou-se com as
Yámi, empoleiradas nas árvores. Entre risos e gritos alucinantes, perguntaram À
jovem Oxum:
- O que você quer aqui mocinha?
- Gostaria de aprender a mAgia!
Disse Oxum, em tom amedrontado.
- E por que quer aprender a magia?
- Quero enganar Bará e descobrir o
segredo dos búzios!
Mas advertiram que, sempre que
Oxum usasse o feitiço, teria que fazer-lhes uma oferenda. Oxum concordou e
partiu.
Em seu reino, Oxalá já se
preocupava com a demora da filha que, ao chegar, foi diretamente ao encontro de
Bará. Ao encontrar-se com este, Oxum insistiu:
- Ensina-me a ver os búzios, Bará?
- Não! Foi sua resposta.
Oxum, então, com a mão cheia de um
pó brilhante, mandou que Bará olhAsse e adivinhasse o que tinha escondido entre
os dedos.
Bará chegou perto e fixou o olhar.
Oxum, num movimento rápido, abriu
a mão e soprou o pó no rosto de Bará, deixando-o temporariamente cego.
- Ai! Ai! Não enxergo nada, onde
estão meus búzios? Gritava Bará.
Oxum, fingindo preocupação e
interesse em ajudar, disse a Bará :
- Eu os procuro, quantos búzios,
formam o jogo?
- Ai! Ai! São 16 búzios.
Procure-os para mim, procure-os!
- Tem certeza de que são 16, Bará
? E por que seriam 16?
- Ora, ora, porque 16 são os Odus
e cada um deles fala 16 vezes, num total de 256.
- Ah! Sei. Olha, Bará, achei um,
ele é grande!
- É Okanran! Ai! Ai! Não enxergo nada!
- Olha, achei outro, é menorzinho.
- É Eji-okô, me dê, me dê!
- Ih! Bará. Achei um coMpridinho!
- E Etá-Ogundá, passa para cá....
E assim foi, até chegAr ao ultimo
Odu.
Inteligente, Oxum guaRdou o
segredo do jogo e voltou ao seu reino.
Atrás de si, deixou Bará com os olhos ardidos e desconfiados de que
fora engSnado.
- Hum! Acho que essa garota me
passou para trás!
No reino de Oxalá, Oxum disse ao
seu pai que proKurara as Yámi, que com elas aprendera a arte da magia e que
tomara de Bará o segredo do Jogo de Búzios.
Ifá, o Senhor da adivinhAção,
admirado pela coragem e inteligência de Oxum, resolveu dAr-lhe, então, o poder
do jogo e advertiu que ela iria regê-lo juntaMente com BArá .
ARQUÉTIPO
A Orixá Oxum transmite a seus
filhos energia, vibração que esta relacionada com ela, poRtanto seus filhos
acabam por ter a personalidade influenciada
e manifesta tanto de maneira positiva como negativa.
As filhas e filhos da entidade
Oxum, não se zangam com facilidades.
Não gostam de brigas.
Não sabem recusar. AdorAm crianças
pequenas.
Algumas são ambiciosas, adoram o
luxo, o conforto e a riqueza, julgam que para vencer na vida consiste em usar
seus encantos para conseguir o que querem.
Feminina, sensual, ingênua, dócil
e infantil, desejosa de curar, ajudar e cuidar dos fracos.
Afetividade, familiaridade,
conKordância, maternidade, altruísmo, tendo seu destacado lado inverso:
maledicência, seu lado intrigante, hipócrita, mentirosa, interesseira.
É bom esclarecer que o
comportamento também sofre a influência do orixá que faz a dualidade com ela e
claro a cultura, educação e orientação individual.
Podemos acrescentar que são
meigas, sedutoras, com voz suave, olhos brilhantes, sorriso alegre, um rosto
inocente, mulheres sensuais como já disse e voluptuosas.
Os homens também sofrem o efeito
desta energia quando ela faz polAridade com a entidade principal do homem,
claro que existem muitos casos em que ela é a principal, pelo menos é a que tem
a atuação mais forte, e, isto ocorre principalmente quando o homem é filho de
determinados Oxalá, Ossaim, Odé, tornando-os pessoas extremamente emotivas,
instáveis, inconstantes, podendo ser infiéis, levianos, fúteis.
Algumas filhos ou filhas são
ingênuos, crédulas, infantis, preguiçosos, moles, indecisos,precisando sempre
de um sacudidão.
Não se zangam com facilidades. Não
gostam de brigas. Não sabem recusar. Mas se pegarem alguém para inimigo vão ao
extremo. Tornando-se principAlmente caluniadores e mentirosos.
Muito criativos e péssimos
competidores. Trapaceiros.
As pessoas que sofrem a influência
da energia Oxum, são pessoas muito apegadas a beleza física. Narcisistas.
Colocam a aparência em primeiro
lugar.
Gostam de serem observadas, são
extremamente vaidosas.
Se preocupam com que os outros vão
pensar e falar.
Quase sempre preveem
acontecimentos futuros, distinguem sinceros amigos com simples trocas de
palavras.
Muito sentimentais, ofendem-se com
facilidade, mas não costumam expor suas feridas.
Gostam de trabalhos manuais onde
sua adaptação é rápida e possa ser admirada pelos outros.
Inclinadas a arquitetura, às
ciências ocultas, religiões, comércio, eletricidade, publicidade, culinária,
desenho.
Meigas, mas rancorosas aos
extremos.
Ciumentas em demasia.
Seu ponto fraco fisicaMente são a
garganta e o aparelho genito-urinário. Também neste ponto sofrem a influência
negativa do orixá de parceria.
São de estatura mediana, corpo
mais franzino que de outros orixás femininos e masculinos.
Possuidoras de grande
sensibilidade espiritual, via de regra boAs espiritualistas.
ENTIDADE DE LIGAÇÃO
EXU VELUDO : ligado a Oxum, atua nas cachoeiRas,
rios, lagos, penitenciárias e maternidades.
Exu Veludo ( Sagathana )
assistente direto do exu Rei das sete encruzilhAda, possui vibrante força
magnética.
Sua apresentação é a do mais fino
cavalheiro, riKamente vestido num belo traje com gola de veludo, e um fino
cachecol da mais pura seda de cor vermelha, também usa uma cApa de veludo
preta, forrAda com cetim vermelho.
Prefere conhaque de gengibre,
seMpre servido em uma pequena bandeja.
Gosta de trabalhar só ou com uma
pomba-gira.
Seus pés têm formAto de pés de
cabra.
QUALIDADES
As Oxuns ligadas as fontes são
levianas, jovens.
As Oxuns ligadas ao mar são
traiçoeiras, maduras.
As Oxuns ligadas as águas
profundas são honestas, velhas.
As Oxuns ligadas ao pântano são
feiticeiras.
ABALU, Agba ilu -
É uma velha Oxum, a mais idosa de todas, e chefe das mulheres. Maternal
avó amorosa é uma mulher que tem numerosos filhos e netos. Mas é bastante
severa e autoritária. Usa azul claro. E abèbé.
ABOTO - Oxum
muito jovem e vaidosa, que usa colares de contas de louça amarelo claro.
AJAGURA, - Oxum guerreira que leva espada, jovem, casada com
Aganju, rival de Iansã. Representa um tipo semelhante a Apará; Apara parece,
porém mais agressiva, e Ajugura mais orgulhosa.
AJÍMU - Ijimu ou Jimu - é outro tipo de Oxum velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa.
Leva abèbé e seus colares são feitos de contas de cristal amarelo escuro.
Representa um tipo semelhante a Abalu, mas talvez mais meiga.
APARÁ -seria a mais
jovem das Oxum, e um tipo guerreiro que acompanha Ogun ou Xangô vivendo com ele
pelas estradas; dança com ele quando se manifestam, juntos numa festa; leva uma
espada na mão e pode vestir-se de cor de rosa.
AYALÁ ou Alanlá -
a avó que foi a mulher de Ogum. Uma das mais velhas que também tem
ligação com as bruxas
ÊWUJ Í - é uma
Oxum maternal e generosa, saudada no
pàdé.
IJUMÚ - rainha entre
todas as Oxuns, tendo estreita ligação com as Iyami-Ajé. Essa estreita ligação
é que faz com que as Oxuns alcancem a vitória em suas brigas ou vinganças.
OXOGBÔ - recebe o
nome de uma importante cidade Iorubá. É a ela que devem se dirigir todas as
mulheres que queiram dar à luz ou que procuram saúde para toda a gestação.
POPOLÓKUM - que reina nas lagoas.
YEYÉ IBERIN - feminina e elegante.
YEYE KARÉ -
é um tipo de Oxum mais velha, autoritária é guerreira e agressiva.
IYANHÁ - vó, casada
com Ogum Algbedé, Ogum da forja.
IYA OMI - é a
Oxum saudada no siré, também idosa. É
aquela que faz as perguntas a Bará no jogo divinatório de Ifá.
YEYE ODO -
é a Oxum das fontes reina nas nascentes
dos rios.
YEYE OGA -
é uma Oxum velha e rabugenta.
YEYE OKE -
é a mesma que Yeye Loke, tipo muito
guerreiro,mulher de Odé Oxossi .
YEYÉ OLÓKO - que vive nas florestas.
YEYÉ ONIRA – Oxum guerreira .
YOPONDÁ - é também uma
Oxum guerreira, casada com odé i Iboalama, mãe de Logun Edé . Yeye Pondá é a
verdadeira Oxum ijexá. Vive no mato com
o marido, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro. E desconfiada,
astuta, rica, bela observadora,
intuitiva.
- YEYE IPETU -
ingênua e sensual.Vaidosa, maternal, sensual, esposa mais rica do rei de Oió.
ORIKÍ
Òsun Òpàrà
Yèyé Òpàrà !
Yèyé Opàrà !
Obìnrin Bí Okùnrin Ní Òsun
Oxum é uma mulher com força
masculina.
A Jí Sèrí Bí Ègà.
Sua voz é afinada como o canto do
ega.
Yèyé Olomi Tútú.
Graciosa mãe, senhora das águas
frescas.
Opàrà Òjò Bíri Kalee.
Opàrà, que ao dançar rodopia como
o vento, sem que possamos vê-la.
Agbà Obìnrin Tí Gbogbo Ayé N'pe
Sìn.
Senhora plena de sabedoria, que
todos veneramos juntos.
Ó Bá Sònpònná Jé Pétékí.
Que como pétékí com Sapanã.
O Bá Alágbára Ranyanga Dìde.
Que enfrenta pessoas poderosas e
com sabedoria as acalma.
PRECE
Orá iiê Oxum,
Salve douRada senhora da pele de
ouro,
benditas são suas águas, e essas
mesmas águas lavam meu ser, e me livrAm do mal.
Oxum, Divina Rainha, bela orixá,
venha a mim Kaminhando na Lua
cheia.
Traga mãe, em suas mãos, os lírios
do amor e da paz.
Torne-me doce, sedutora, suAve,
como és.
Mamãe Oxum, me proteja, orixá.
Que o amor seja constante em minha
vida.
Que eu possa amAr a tudo que
existe.
Me proteja contra as mandigas e
feitiçarias.
Dê a miM o néctar da sua doçura.
E que eu consiga (faça o pedido).
Mãe de ouro, da beleza e do amor,
senhora do mAis puro Axé,
valha-me hoje e sempre.
CUROSIDADES
FRASE DE IMPACTO:
Rora yéyé,gbémi
Mãe grandiosa, proteja-me
Animal de Oxum é a Abelha.
Animais : Cabra , galinha, angolista, pombo, pata,
bode castrado.
Atuação : Amor, fertilidade.
Axés : 8 e 16.
Balança : Composta de 32, 16 ou 08
pessoas homens e mulheres .
Comida Votiva : Omolocum com 16
ovos.
-Omolokun - feijão fradinho,
camarão e ovos cozidos.
-Ipetè - massa de inhame cozida
temperado com cebola e camarão seco
-Ariokô - feito com feijão
fradinho, galinha e mel.
-Wuado - milho torrado e moído com
mel.
-Moinmoin - parecido com o vatapá.
Cor: Todos os tons de amarelo, a
escolha do tom depende da característica da MãeCores: dourado, amarelo, azul
escuro
Dia : é sexta-feira.
Doenças : doenças venéreas
femininas, abortos, infertilidade.
Elemento : Água - .
Emblema : abebé.
ERVAS :
Abiu-abieiro: Sem uso na liturgia,
tem folhas curativas e as casca da árvore cozidas tem efeito cicatrizante.
Agrião-do-Pará – Jambuaçu: É usado
nas obrigações de cabeça e nos abô, para purificação de filhos. A medicina
caseira usa-o para combater tosses e corrigir
carência de vitamina C , também é
excitante.
Alfavaca-de-cobra: É usada em
todas as obrigações de cabeça. A
medicina caseira a indica como combatente ao mau-hálito.
Arapoca-branca: Suas folhas são
utilizadas nas obrigações de cabeça, sacudimentos pessoais. Na medicina caseira utiliza as folhas como
antitérmico, contra febres.
Arnica-montana: Na medicina
popular e muito usada, após alguns dias de infusão no otin ,cachaça. Age como
cicatrizante, recompondo o tecido lesado nas escoriações.
Azedinha - Treco-azedo – Três
corações: É popularmente conhecida como três-corações, sem função ritualística,
é apenas empregada na medicina popular como: combatente da disenteria,
eliminador de gases e febrífugo.
Bananeira: Muito empregada na
culinária dos Orixás. Suas folhas forram o casco da tartaruga, para arriar-se o
ocaséo a Oxum. A medicina caseira prepara de sua seiva um xarope de grande
eficácia nos males das vias respiratórias ou doenças do peito.
Brio-de-estudante –
Barbas-de-baratas: Desta erva apenas a raiz é utilizada. Na medicina popular utiliza o chá, meia hora
antes de dormir, para ter sono tranquilo.
Caferana-alumã: São utilizadas nas
aplicações de cabeça . Usado na medicina
popular como laxante, fazendo uma limpeza geral no estômago e intestinos, sem
causar danos é ótima combatentes; poderoso vermífugo e energético tônico.
Camará-cambará: Utilizada em
quaisquer obrigações de cabeça e nos banhos de purificação. A medicina caseira
a emprega muito em xarope, contra a tosse e rouquidão e ainda põe fim às
afecções catarrais.
Camomila-marcela: É usada nos banhos de descarrego . No uso popular é de grande finalidade em
lavagens intestinais das crianças, contra cólicas e regularizadora das funções
dos intestinos. O chá das flores é tônico e estimulante, combate as dispepsias
e estimula o apetite.
Cana-fístila – Chuva-de-ouro:
Aplicada nos abô e nas obrigações de cabeça, usada também nos banhos de
descarrego dos filhos de Oxum. Seu uso popular é contra os males dos rins,
areias e ardores. O sumo das folhas misturado com clara de ovo e sal mata impigens.
Chamana-nove-horas – Manjericona:
Usada em obrigações de cabeça e nos banhos de purificação dos filhos de Oxum. O
povo a utiliza em disenterias.
Erva-cidreira – Melissa: Sem uso
na liturgia, sua aplicação se restringe ao âmbito da medicina caseira, que a
usa como excitante e antiespasmódico, enérgico tônico do sistema nervoso. O chá
feito das folhas adocicado ou puro combate as agitações nervosas, histerismos e
insônia.
Erva-de-Santa-Maria: São
empregadas em obrigações de cabeça e em banhos de descarrego. Como remédio
caseiro é utilizada para combater lombrigas
das crianças, também é ótimo remédio para os brônquios.
Ervilha-de-Angola – Guando: É
empregada em quaisquer obrigações. O povo usa as pontas dos ramos contra
hemorragias e as flores contra as moléstias dos brônquios e pulmões.
Fava-pichuri: No ritual da Umbanda
e do Candomblé, usa-se a fava reduzida a pó, o defumações que trazem bons
fluidos e afugenta Eguns. O povo usa o pó na preparação de chá, que é eficaz
nas dispepsias e diarréias.
Ipê-amarelo: Aplicada somente em
defumações de ambientes. Na medicina popular é usada em gargarejos, contra
inflamações da boca, das amígdalas e estomatite. O que vai a cozimento são a
casca e a entrecasca.
Mãe-boa: É erva sagrada de Oxum.
Só é usada nas obrigações ritualísticas, que se restringe aos banhos de
limpeza. Muito usada pelo povo contra o reumatismo, em chá ou banho.
Malmequer – Calêndula: É usada em
todas as obrigações de ori e nos banhos
de purificação dos filhos de Oxum. As flores são excitantes, reguladoras do
fluxo menstrual. As folhas são aplicadas em fricções ou fumigações para
facilitar a regra feminina.
Malmequer-do-campo: Não é aplicada
nas obrigações do ritual. Na medicina popular tem função cicatrizante de
feridas e úlceras, colocando o sumo de flores e folhas sobre a ferida.
Vassourinha-de-botão: Muito usado
nos sacudimentos pessoais. Não possui qualquer uso na medicina popular.
Essência: Angélica.
Ferramentas : Leque e correntes
douradas.
Frutas : Mamão, banana ouro, melão
amarelo e bergamota.
Kizilas : Barata, peixe de pele,
cajá, carambola.
Libação : Espumante .
Metal : Cobre, ouro.
Natureza : Água doce.
Numerologia : 5 (oxê), 16 (alafia)
Oferenda : Canjica amarela cozida
e quindim e omolucum.
Número : 08 e seus múltiplos.
Ponto De Força : Rios e
cachoeiras.
Saudação : Arieieiei.
Símbolo: Abebe.
SUGESTÃO PARA A MESA
BARÁ
Espalhar pipoca sem sal.
Distribuir na mesa
pãezinhos.
Vela vermelha, enfeitada
de prateado.
Limão. Romã. Ovos de
codorna cozidos.
Rabanada. Carne vermelha
mal passada. Pimenta. Farofas. Peixe rei frito.
Todas bebidas não
adocicadas. Preferência para conhaque de gengibre. Wisque. Cachaça amarga. Gim.
Lombo de porco assado com
fatias de abacaxi.
Flor vermelha. Cravo
vermelho.
OXALÁ
Arroz a grega. Arroz com
camarão. Arroz com peixe salgado. Arroz com leite. Merengue. Carneiro. Porco. Pêra,
uva branca.
Canjica branca com leite
de coco.
Vinho branco. Leite. Água
mineral sem gás. Pudim de leite. Rabanada. Manjar com amêndoas e coco.
Flor: Lirio da
paz.Coco-de-leite.
OXUM
Canjica amarela com
costelinha de porco salgada. Quindim. Quindão. Fios de ovos. Mamão. Melão. Ovos
de ave cozidos e recheados. Frango desfiado. Peixe de água doce. Camarão. Sobre
coxa de frango assada, com bacon e tempero verde enfeitando.
Vinho branco suave.
Sucos de frutas variadas.
Flor amarela
principalmente. Lírio da paz.
IEMANJÁ
Todas as frutas
principalmente a melancia. Uva e morango. Canjica branca com coco. Peixe
assado, desfiado, etc... camarão. Ovelha. Cocada. Vinho branco suave. Manjar.
Flor Crisântemo.
BANHO
LIMPEZA
MATERIAL :
-4 PUNHADOS DE PIPOCA
SECA.
-4 LITROS DE ÁGUA FERVIDA.
-1 VELA VERMELHA.
-1 BANDEJA PEQUENA DE
PAPELÃO.
-PAPEL DE SEDA VERMELHA .
-1 VELA VERMELHA.
-1 VELA BRANCA.
PROCEDIMENTO :
Retire um punhado de
pipoca tendo como medida a mão
Coloque essa pipoca
separada em um pedaço de papel de seda e faça uma espécie de um pacote.
Reserve.
As demais pipocas coloque
na água fervida e deixe tampada por 13 minutos.
Acenda a vela branca e
ofereça a BARA AGELU.
Coe a água retirando as
pipocas,deixe reservado.
Jogue a água em seu corpo
do pescoço para baixo.
Não se seque.Passe
simbolicamente a vela vermelha no seu corpo.
Quebre-a em três partes.
Reserve.
Passe o simbolicamente o
ovo no corpo.
Reserve.
Passe o simbolicamente o
pacote de pipoca enrolado na folha vermelha.
Reserve.
Quando a vela branca
terminar de queimar,junte todo material reservado ,ou seja :a pipoca no
pacote,que deve ser a primeira a ir para a bandeja de papelão,depois a vela
vermelha, o ovo e por último o material coado cobrindo tudo.
Despache esse axé em um local
limpo e que os envolvidos não passem até 7 dias depois.
BANHO DE LIMPEZA OU DE DEFESA PESSOAL
MATERIAL :
-ALECRIM,
-ALFAZEMA.
-ARRUDA .
-1 VELA BRANCA DE 30 CM
PROCEDIMENTO :
Alecrim, Alfazema e arruda
nos livram dos males e, ao mesmo tempo, reenergizam. Se as folhas estiverem
frescas, macere-as e coloque-as na água quando ela estiver fervendo e apague o
fogo. Se estiverem secas, deixe em infusão por no mínimo 20 minutos.
Não se seque e coloque uma
roupa clara, acenda a vela em local mais alto que a sua cabeça e descanse uns
minutos.
Executar qualquer dia, lua
e horário.
Para quem é LIVRE jogue
arroz branco cru quando estourar os espumantes, por cima das pessoas.
Solte balões previamente
cheios e enfeitando o ambiente nas cores DOURADO ou AMARELO, PRATA ou BRANCO e
logicamente VERMELHO.
A cor da roupa para romper
o ano é aconselhável o branco, prata, amarelo e suas matizes claras, azul e
suas matizes clara.
Para filhos de Bará não é
desaconselhável o uso do vermelho, mas para filhos de Oxum e Oxalá sim.
CONTATO
Skype: peregrino rakaama
Twitter @Pjrakaama.
linkedin- Peregrino Rakaama pjrakaama






















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