Bom dia

Bom dia

Relógio

Peregrino na Estrada da Vida

Peregrino na Estrada da Vida
Peregrino na Estrada da Vida

Facebook

Facebook
Facebook Rakaama

Twitter

Twitter
@Pjrakaama

Pode copiar

Pode copiar

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Entidades Governantes 2016

ENTIDADES GOVERNANTES DE 2016



“Não ser falso com o próximo.” Mandamento do  Odú Ossá

Estimado caminhante na estrada da redenção, Mo jubá!!!
Pelo PAI clemente e misericordioso, ... quer ir?...
Comece a caminhar!!!
Mais um ano que passa como água sob a ponte.
Mais uma folhinha trocada.
Ano difícil para quase todos.
Ano que não foi uma ou duas vezes, que tivemos nossas metas, nossos sonhos mutilados, castrados.
O desejo de abortar as metas e os sonhos e a vontade de fugir, largar tudo...
Por muitas vezes sofremos o peso da injustiça, pesado fardo das responsabilidades.
Ano este, que mesmo que tivéssemos todo cuidado com a semente e com o plantio, na colheita a dor vinha pela abundância de espinhos e no desfalecimento das flores.
Na estrada da vida, em casa, quantas vezes falamos, damos, procuramos... mas não somos notados.
Causa perdida.
Sofrimento.
Vazio.
Solidão.
...Solidão mesmo entre a multidão!
No ano que findou, quantas vezes sentimos o sentimento de derrota.
Quantas vezes aquela lágrima... droga, novamente ela, teimosa, gélida, teima, cai... justamente agora que a máscara estava pronta e não poderia  molhar, desnudando a face medrosa.
Desmascarando o super herói.
Mas Tu PAI clemente e misericordioso, nunca nos deixasse sem resposta.
Com Tua força, sabedoria e luz.
A resposta sempre vem.
Sei lá como... Mas a resposta vem...
Rasgamos a folhinha, orando por aqueles que já não o fazem mais.
Por aqueles que o tempo não conta mais.
Acreditando sempre em transformar, partilhar e acreditar, acreditar que a resposta sempre vem.
Sei lá de que maneira.
Ah... um abraço, um aperto de mão, um sorriso, ou uma lágrima teimosa...
Mas a resposta sempre vem. ACREDITE a resposta sempre vem.

O ano de 2015 foi marcado pela resposta das atitudes desenvolvidas em dois anos que se passaram, 2013 e 2014.
O ano de 2013 serviu de certa forma como um portal.
Prevalecendo o espírito sobre o corpo, sobre a matéria, o sentimento solidário sobre a arrogância e a ostentação que tiveram como mediadores e gerenciadores os Odús   ETA-OGUNDÁ  

O ano de 2014, marcado pelas mudanças envolvendo entidades marcantes, principalmente XANGÔ BARU, IANSÃ e no período de agosto a outubro a presença de OXAGUIAN que de certa forma atinge com energias propiciando mudanças radicais, mas com equilíbrio e bom senso.
Tornando o resultado mais cometido, apesar de serem oriundos de mentes “rebeldes sem causa.”
A ostentação desmedida será punida, o humilde será exaltado.
Mudança, separação, queda, elevação.
Para uma passagem mais equilibrada convém lembrar as entidades que estão saindo.
Na relação com entidades agradecimentos são bem mais importantes que pedidos. 

Recordamos então, as energias que estão se desvinculando da relação ORIXÁS-HUMANOS no ano de 2015.
Mas não devemos dar prioridade aos orixás que estão saindo ou energizando novo ano apenas.
O mais importante é estar devidamente organizado com as próprias entidades, energias individuais, pois as energias dos nossos guardiões, orixás individuais principais ou adjuntos estão eternamente unidos conosco, como uma centelha divina rumando pela eternidade até torna-se uma com a grande usina.
Aconselho sim, a cada um individualmente organizar-se com seu Odú, seus orixás e entidades de ligação, e, após sim se preocupar com as entidades do coletivo.
Resumindo...
O ano de 2015 foi energizado por Ogun, na qualidade de Xoroquê, tendo como entidade de polarização no primeiro trimestre IANSÃ, no segundo, OBÁ, no terceiro OXUN e finalizando na passagem de 2015 a 2016 com IEMANJÁ.
Ano de acerto de contas ou de respostas para as atitudes, ações decorrentes de 2013 e 2014, ano este que XANGÔ colocou na balança e expediu a OGUN a ordem do “executa-se.”
Ano de cautela, pois toda faísca teve como resultado fogo na certa.
O fato de Ogun acompanhado de BARÁ ou EXU, agindo como tal, determinou autonomia a toda e qualquer ação.
Sem controle, onde as emoções estavam ativas.
Embora a entidade estivesse  cumprindo ordens de execução devida no ano de 2014 e 2013, também muito AGÔ foi dado.
Ogum é também uma entidade muito generosa, pensamento rápido como rápido também nas execuções.
Cautela, sim, temor, não, mas ela marcou cada um dos seus eleitos e vai defender e defenderá  a qualquer preço.
É bom considerar que as presenças das IABÁS,  com certeza alteram o curso do andar da carruagem.
São todas entidades de personalidades fortes e distintas.
Oscilamos no ano em mortes violentas, brutais e descabidas, até curas miraculosas.
Da mesma forma a situação financeira sofreu muitas oscilações ao longo do ano.
Ano de quem devia tinha que pagar. “Não prometa o que não possa ou não tenha certeza de cumprir.”

No coletivo o ano de 2015, ano da regência de Marte, astrologicamente, tivemos a influência do ODU ODÍ que nesse parâmetro recebeu do ODÚ ETA-OGUNDÁ.
Observou-se então alguma semelhanças e também discrepâncias que determinaram situações muito forte, principalmente em questão de justiça e equilíbrio.
O período de transição deixou bem claro pelo fato de XANGÔ BARU e OGUN AVAGÃ estarem juntos.
É importante que verifique-se que nas duas entidades existem um vínculo, uma energia atuante e predominante: BARÁ ou Exú, para muitos, com autonomia, tanto XANGÔ como OGUN  julgaram  e executaram.
Importante frisar que ao longo de 2014 XANGô já atuava com seus julgamentos e separação.
Coube a OGUN concretizar e fazer cumprir.
Durante o período de 2015, como foi nos anteriores e será nos posteriores as qualidades das entidades serão alternadas, serão passagens, e com elas estarão também entidades de energias opostas fazendo a polaridade.
A primeira a fazer a polaridade foi a entidade Oiá-Iansã, a segunda Obá, a terceira Oxum e por última já na passagem para 2016 Iemanjá, que continuará por um período.
Pela escala ficou bem claro a predominância da energia OGUN, variando inclusive de forma, pois quando junto com Oxum e anteriormente com Obá foi uma energia conhecida por nós como Ogun Xoroquê.
Vejamos então a energia Odú Odí

Neste Odú temos a presença de Ogun e Xangô.
Odí é o Odú das guerras representado no nº 07, é ele quem nos mostra as demandas, as negatividades, os feitiços e todo o tipo de energia que possa vir a prejudicar nossas vidas. Não se pode, de maneira alguma, pronunciar o nome desse Odú sem antes soprar três vezes.
Perfil:
As pessoas regidas por esse Odú, são pessoas muito importantes, influentes em todas as camadas sociais (da mais alta a mais baixa), gostam de todos os tipos de prazeres da vida, principalmente os de sexo. São também ambiciosas, pensam em grandes lucros, sonham demais com grandezas, viagem com propósitos de obter lucros elevados, enfim, vivem sempre sonhando com uma melhora repentina da vida.
Fala na sétima casa do Oráculo de Ifá. É representado por sete búzios abertos e nove búzios fechados. É Odu de Exu, Omulu e Oxalufã, mas podem falar também Oxumaré, Ossain, Odé e Iemanjá.
Representa dores e embaraços.

PERSONALIDADE:
As pessoas ligadas a Odú Odí são influentes, gostam dos prazeres, são ambiciosas, pensam em grandes lucros e viagens. Neste Odú temos a presença de Ogun e Xangô. Sempre fracassam no amor, sofrem perturbações por coisas simples, não sabem agir e perdem grandes oportunidades, precisam sempre de orientação. Este Odu é o odu do embaraço, pois as pessoas que o possuem costumam ter seus caminhos interrompidos. Começam as coisas e quase sempre não terminam. Traz problemas de coluna e pernas. Este Odu poderá ser muito bom quando bem tratado. Negativado significa desgostos, banalidade, imoralidade, perda de virgindade com sofrimento. Para pessoa doente, significa morte, traz problemas de egun. Grandes lutas que poderão ter um bom desfecho se a pessoa tiver fé. Fala em guerra, barulho, fuxico, perseguição. Indica que a pessoa está sempre sofrendo. Odi significa doença, choro por morte. Significa dificuldades em tudo, principalmente com dinheiro. São pessoas muito influentes, tanto nas camadas altas quanto nas baixas. Gostam de prazeres, principalmente amorosos. Tendência a ser traído ou trair em todos os sentidos, tendência a perda total de personalidade. São ambiciosos, pensam em grandes lucros e mudanças de vida. Sofrem perseguição por inveja ou são invejosos. São vingativos quando atacados por inveja. Infelizmente fracassam em tudo, principalmente no amor se seu odu estiver negativo. Sofrem perturbação por pouca coisa, e se agitam por tudo, movidos por influências negativas. Não gostam de perder oportunidade. Quando perdem entram em pânico. Este Odu mexe com o sistema nervoso, cabeça, sexo; traz dores nos ossos, coluna, pernas, alergia pelo corpo, problema digestivo, queda de cabelo. Deve ser tratado sempre na rua, com suas comidas propiciatórias regadas a mel.

Bem agora vamos um dedo de prosa sobre os orixás e entidades envolvidas em 2016.





Tendo a regência do astro SOL, portanto toda a linhagem de OXALÁS se farão presente ao longo do ano com várias passagens. Como  Oxalufã, Oxaguiã, Obatalá, Orixalá.... estarão a frente deste ano.
A transição de ano trás participação especial de OGUN e BARÁ.
Após a regência do Sol se fará mais predominante e com a presença de Iemanjá que com Oxalá trem predominância no primeiro e último dia do ano, serão então intercalados envolvendo Oxum, não afastando a possibilidade de Iansã e Obá, pelos atritos e conturbações sociais indicadas nos jogos.
Principalmente nos meses de junho em diante.
Enquanto por termos Ogum, o vanguardeiro no ano que finda(2015), acelerado... teremos 2016 mais lento, enrolado, mais racional, emotivo.





CONSELHOS PARA O SUCESSO EM 2016

A calma, tranqüilidade, a paciência, temperança estarão ativas no ano de 2016.
O caminhante deve buscar em si próprio, mecanismo de preservação de energia, de paz, não se envolver em conflitos, por menores que sejam, pois serão sempre de difícil organização e esclarecimento.
Dar tempo ao tempo.
Todo fim do ano o assunto nos axés é qual orixá vai reger o ano. O que fazer para agradá-los... Esse assunto é discutível, pelo fato que cada casa terá uma entidade vinculada ao Odu do ano, e conseqüentemente diferente de outras casas.
O fundamental é que cada pessoa, cada individualidade se detenha com a sua própria entidade, nos seus objetivos. E depois com a entidade grupo e objetivos alheios.
 “A paciência é o fundamento de todos os prazeres como de todos os poderes.”
O destino das pessoas e tudo ao seu redor em nível espiritual e boa porcentagem material podem ser desvendados por meio da consulta a IFÁ.
Observe que coloquei >desvendado<, não alterado.
Por quê?
Bem, tenho certeza que podemos responder a totalidade das perguntas, conhecer quase que a todas as situações, que fogem do leigo o controle, no entanto, a alteração dos fatos, em outras palavras do destino, bem, aí é diferente.
Não podemos fugir a lei do karma, a lei da causa e efeito.
Lei esta que todos estão sujeitos.
Sejam ricos, pobres, brancos, pretos , mulatos, feios, bonitos, amarelos, magros, gordos, alegres, tristes, macumbeiros, ateus, atoas, kardecistas, testemunhas de Jeová, evangélicos de última hora, ortodoxo, católicos, muçulmanos, surfistas, não importa...
Mudar o que está escrito jamais...
É, mas podemos servir de instrumento do alto para modificar ou evitar o pior, simplesmente seguindo a lei, nada mais.
Independente disso está o babalaô ou ialorixá prontos a cumprir as determinações de Ifá.
Que racionalmente se cumpra sua vontade.
Na consulta de Ifá cada pessoa e inclusive a casa como micro comunidade, ou sociedade, tiram a força, o axé para mais um ano.
O ano ritual varia no Brasil por causa das diversas influências, mas a partir do conhecimento do Odu, o Oluô prescreve os rituais para cada pessoa para o ano novo.
Que sejamos todos trabalhadores felizes.



ODÚ OSSÁ

Esse Odu tem o seu mandamento firmado em cima de uma verdade: Não ser falso com o próximo
É o Odú que representa as grandes cabeças e está associado ao crescimento espiritual e material.
Os Orixás que respondem neste Odú são Oyá, Yemanjá, Obaluaê, Aganjú e às vezes Exú. Ossá é um Odú que também está ligado a terra.
Olojí Berekan Ogbonu Agbá é um Babalawô de muito conhecimento e sabedoria, pois é o guardião dos segredos do Culto de Obaluaê. É o grande Esó da terra Yorubá, conhecedor de todos os feitiços, magias e curas medicinais através das folhas.
Contou certa vez, que Ossá foi um Odú que perambulou pela terra muitas vezes sem ter o que comer ou beber e toda porta que batia as pessoas costumavam ignorá-lo.
Um dia cansou de tantas ofensas e resolveu procurar um Babalawô que lhe mandou fazer uma oferenda de 09 aves brancas, 09 tatus, 09 galinhas Angola, 09 acarajés e 09 acaçás. Mandou que colocasse tudo dentro de um cesto de palha e que levasse para a terra de Xapanã, Orixá conhecido como Rei das Pérolas. Lá chegando ofertaria tudo ao Rei.
Ossá Mejí sentindo-se assustado falou com o grande Orixá dizendo a ele que já não agüentava mais passar por todas as dificuldades que vinha passando, pois todos os outros Odús tinham muitos adeptos, eram festejados e prósperos, menos ele.
O Grande Rei Xapanã sentiu-se penalizado ao ouvir aquela narrativa. Disse-lhe;
- Deixe aqui somente as aves brancas e em troca lhe darei o poder feminino que me foi deixado de herança por minha mãe, o Ibirí que levará contigo e por onde passar mostrará para todas as pessoas que caçoarem de ti, pois terás o segredo da vida e o conhecimento dos feitiços, serás temido e respeitado por todos que atravessarem teu caminho. Levará o cesto até a região de Xeketé e entregará os acarajés e Rainha Oyá que o receberá com grande festa e honra.
E assim foi Ossá até a distante região de Xaketá e se surpreendeu com a recepção da rainha Oyá que já o esperava e perguntou:
- O que tens pra me oferecer gentil cavalheiro?
E ele respondeu:
- Tenho para lhe oferecer senhora, a minha força de trabalho, dedicação e lealdade.
Oyá, encantada com aquele estrangeiro, novamente falou:
- Mostra-me alguma coisa que tenhas e que possa acrescentar ao meu poder.
E Ossá disse:
- Conheço o segredo da vida e os mistérios da morte.
Oyá falou:
- Pois então me conheces, pois que sou a massa que movimenta o ar e aquela que leva todos os que partem do Ayê de volta para o Orun. Preciso de você Ossá, para que eu tenha filhos e será padrinho de todos eles. Será a representação das mães que ganham e perdem seus filhos, estarás presente no nascimento e no leito de morte e ninguém falará com Oyá se não for através de Ossá.
ODU OSSÁ (9)

Fala na nona casa do Oráculo de Ifá. É representado por nove búzios abertos e sete búzios fechados.É o Odu principal de Iemanjá, também podendo responder nesta caída Oyá, Odé e Xangô.

Fecundação:

Obá Olokun, rei do mar, consultou sua esposa Ilakun, rainha do mar, e a mesma falou da necessidade de um guerreiro para chefiar seu exército. O rei então procurou Olodumare para se aconselhar a respeito, tendo o mesmo lhe dito que o melhor seria construir um guerreiro com todas as qualidades desejadas. Disse para o rei colocar na beira do mar um pedaço de pano azul, um pedaço de pano vermelho, uma estrela do mar, nove barras de ferro e nove acaçás doces feitos com leite de coco. Assim fez Obá Olokun. Naquela madrugada então foi fecundado um príncipe que surgiu armado com nove lanças, cavalgando um enorme cavalo marinho, dizendo chamar-se Odu Ossá Meji, e nasceu com toda autoridade de um chefe de exército.

Personalidade:

Este é o Odú que representa as grandes cabeças e está associado ao crescimento espiritual e material. 
Os Orixás que respondem neste Odú são Oyá, Yemanjá, Obaluaê, Aganjú e às vezes Exú. Ossá é um Odú que também está ligado a terra. Odu ODU OSSÁ apresenta características próprias: pessoas teimosas, caprichosas, com mania de limpeza, asseio, gostam de jóias e perfumes. As pessoas que possuem este Odu no opalador ou como ancestral, choram muito (derramam lágrimas), não gostam de ficar paradas, trocam de lugar sempre, são ligadas à viagens, gostam de conhecer lugares novos, fixam residência e arrumam emprego em lugares diferentes de onde nasceram. São pessoas com dúvida constante em tudo. Iniciam as coisas e não terminam.
Negativado nos caminhos, fica fechado. Traz problemas no amor. Dependendo da caída no jogo, traz problemas com egun. Têm cortes de grandes projetos pelo lado de egun, têm muitas perturbações, dores de cabeça, dores de barriga, perda de valores, transpiram nas mãos e nos pés, têm pressão baixa. Risco de desastres, caminhos perigosos, perseguição de mulher ou homem. Este é o Odu da autoridade. São pessoas autoritárias, exigentes, líderes que não recebem ordens, não aceitam ser governadas, são manhosas, são sempre perseguidas por pessoas invejosas. As pessoas deste Odu têm a proteção especial de Oxalá e Xangô. Estão sempre procurando alguma coisa. São pessoas falantes. Têm intuição através de sonhos. Este Odu representa que a pessoa terá conflitos durante toda a vida. As mulheres de Iemanjá com este Odu no Opalador possuem problemas de menstruação, fala de mioma, fibroma, hemorragia, distúrbios uterinos e de ovários. Ossá é conhecido como pai do útero. É o Odu da maternidade. O número 9 influi na fecundação. Quando cai no jogo, este Odu fala de problemas sentimentais, problemas na vida conjugal, separações. Fala ainda de falsidades, traições, parentes distantes que não dão notícias. As pessoas correm risco de perder tudo (casa, dinheiro, bens, etc.) e ficar na miséria.



OXALÁ


É o governante da vida, está associado á matriz cósmica, como princípio masculino e feminino do poder cosmogenético.
Criador do mundo inoRgânico.
Preside a passagem do sobrenatural á existência física do nascimento e também da transição, a morte, quando a pessoa perde a individualidade e volta ao pó físico e a essência matriz espiritual.
É o pai de todos os orixás por excelência, a metade superior da cabaça-mundo.
É o patrono da sabedoria, tal qual Olodumarê é o senhor absoluto, do poder da fala, do Orum.
Oxalá é o detentor do poder procriador masculino.
Todas as suas representações incluem o branco.
É um elemento A dos primórdios, massa de ar e massa de água, a pró-forma e a formação de todo tipo de criaturas no Aie e no Orun.
Oxalá é alheio a todo o tipo de violência, disputas e brigas, gosta de ordem, da limpeza e da pureza.

Na África, todos os Orixás relacionados com a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun.
O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá, ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado como Obatalá, rei do pano branKo.
Eram cerca de 154 os Orixás Fun Fun, mas no Brasil e em Portugal a quantidade reduz-se significativamente, sendo que dois, Oxalufã e Oxaguiã, se tornaram as suas expressões mais conhecidas.
A designação de Orixá Fun Fun deve-se ao fato de a cor branca se configurar como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais.
O branco representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação.
O nome Orixalá foi contraído e deu origem à palavra Oxalá, e foi assim que passou a ser conhecido.
Todos os Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em váriAs qualidades das suas duas configurações principais: Oxalufã, Oxaguiã, sendo este último, jovem e guerreiro, filho do primeiro, mais velho e paciente.

Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumarê e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres e todas as coisas que existiriam no mundo.
No Xirê, Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as origens. Ele representa a totalidade.
Como Bará, reside em todos os seres humanos.
Representa o céu, o princípio de tudo, e foi encArregado de criar o mundo.
Equilíbrio positivo do universo, da fraternidade entre os povos da terra e do cosmo.
É considerado o fim pacífico de todos os seres.
A morte deve ser encarada com naturalidade como encaramos os demais assuntos da nossa vida, pois ela faz parte da natureza e sabeMos que tudo tem um início, um meio e um fim.
Bará inicia, Oxalá termina.

É assim nas rodas de Candomblé, nos Xirês, quando louvamos todos os orixás.
É ele que sempre atuará como mediador para acalmar discórdias em qualquer plano e produzindo uma solução, uma definição.
Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuAva ativamente seus ancestrais.




Mitologia

Na mitologia iorubá o Deus supRemo é Olorun, chamado também de Olodumarê.
Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio das terras.
Criou plantas e animAis de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse o homem.
Oxalá tentou, mas o ser não tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se Konsumiu no próprio fogo. Fez um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar.
Tentava e tentAva e nada.
Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagAndo-o sobre a sua preocupação.
Oxalá fala sobre o seu insucesso. Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega laMa. Mergulha novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as pernAs e, então, sopra-lhe a vida.


ARQUÉTIPO

Os filhos deste orixá são conselheiros natos e estão sujeitos a receber ingRatidão no decorrer da existência.
Persistentes em seus objetivos, principalmente no comércio e finanças.
Temperamento retraído, desconfiado, jamais se abrem plenamente com alguém são ambiciosos, devido ao seu caráter poderão não ter muito reconhecimento.
Que é o seu maior desejo: ser reconhecido.
Têm geralmente problemas com queda de cabelos, pouca visão, estatura baixa e forte, alguns Oxalás são esbeltos.
Seus aspectos positivos são a afetividade, familiaridade, concordância, maternidAde, altruísmo, autoridade, liberalismo, perfeccionismo, bondade, e seu lado inverso, inveja, vaidade doentia, malidiência, autoritarismo, temperamentalidade.
Dependendo a qualidade do orixá Oxalá, poderá seu filho ter constituição frágil, e freqüentemente ser marcado por algum defeito físico, corcunda por exemplo.
São de atitudes deliKadas, amáveis, qualquer excesso desregula a saúde, sua vida sexual é caracterizada pela moderação, pela castidade, quando não pela frieza ou impotência.
Vive afastado do mundo real, dos instintos carnais, e das paixões.
Tranqüilo, lentidão das suas ações e reações emocionais, dramáticos.
Odeiam barulhos, desordem, confusão, brigas, sujeiras.
Grande força morAl, tranqüilidade.
Consciência de sua inteligência e do seu valor.
Irrepreensíveis, inflexíveis, íntegros, incapaz de manter uma mentira, de uma traição.
Generosos, tolerantes, paternais e hospitaleiros.
Observador e embora quieto, percebe tudo, não esquece nada. Quando percebe uma ofensa, jamais perdoa, porém, não demonstra rancor, agressividade, parecendo até indolente, apático, indiferente a tudo.
Os filhos de Oxalá são pessoas trAnquilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis, conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para o conseguir.
Os filhos dele não gostam de pedir ajuda aos outros.
Seus ideais são levados até o fim, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Gostam de doMinar e liderar as pessoas. São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Os filhos de Oxalá são sentimental, amoroso, carinhoso e hipersensual.
Com todas essas qualidades, é natural que as mulheres se interessem por ele, costuma ter uma bela apArência física.

A mulher de Oxalá é ideal para qualquer homem, pois preocupa-se com ele, quer agradar, e faz tudo para ajudá-lo a se projetar na vida.
Não tem vergonha de dizer que ama, desde que realmente ame.
A filha de Oxalá é rigorosamente sincera em tudo o que faz. Só que é tímida, o que significa que jamais disputará um homem com outra mulher, e nunca demonstrará abertamente o seu interesse por alguém.
Talvez por causa dessa sua forma retraída de ser, chama a atenção dos homens, mas se interessa apenas por aquele que for amável, romântico e um perfeito cavalheiro.
Esse se surpreenderá com a sensualidade que ela vai revelar depois que tomar a iniciativa e poderá ficar seguro quanto à sua fidelidade.



QUALIDADES E TÍTULOS

AJAGEMO : Para o qual durante a sua festa anual em Edé, dança-se e representa-se com mímicas, um combate entre ele e Oluniwi, no qual este último sai vencedor.


AJALÁ : Orixá modelador das cabeças,  foi incumbido de moldar as cabeças, por ser  muito antigo, sábio e portanto capaz de executar tarefa tão delicada. Ele faz as cabeças de barro e as cozinha no forno.  Pertence a Família dos Orixás Funfun (brancos). Entre os homens é reconhecido como um ‘tipo’ de Oxalá. Não roda na cabeça de ninguém e seu culto além de misterioso é conhecido no Candomblé, como o Bori.

AKIRE ou IKIRE :  É um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo e mudo a quem o negligencia.

ALASE ou OLÚOROGBO : Salvou o mundo fazendo chover num período de seca.

BABAKUN : É mais velho que o Jobokun, é ele que permite que os orixás saiam de Orun para ocupar seus cavalos. Faz Adjuntó com Iemanjá Bomi

BELERUN : Oxalá em forma adulta, mas mais velho, casa com Oxum.

BOCUN : O mais novo dos Oxalás. É o abençoado Oxalá que cuidava de Orumiláia por este ser muito velho, é o Orixá do crescimento e do progresso.

DACUN : É o Oxalá de meia idade tendo uma passagem com Xapanã. Seria o velho que se manifesta ereto, é o Oxalá do equilíbrio. Faz Adjuntó com Oxum.

ETÉKO : Caminha com Oxaguiã, é inquieto. Vive nas matas e come todo o tipo de carne branca.

ETETO OBÁ DUGBE : Outro guerreiro, ligado a Orixalá.

JOBOCUN : É Oxalá velho com uma gama de nomes e outros Oxalás que se perderam e foram unidos a essa qualidade.

OBATALÁ : É o pai de todos os orixás, a metade superior da cabaça – mundo. Não suporta azeite-de-dendê. Patrono da sabedoria. Água do céu, elemento ar, concebido como frio, associado a criação e a paz.

OKÓ : Divindade da agricultura e colheita dos inhames novos e a fertilidade da terra. Orixá nagô, pouco conhecido no brasil. Na época da chegada dos escravos, não deram muita importância a este orixá, considerando como Orixá da agricultura, em seu lugar Ogum e dos grãos Obaluaie. Quando manifesta-se leva um cajado de madeira que revela sua relação com a árvores, traz uma flauta de osso que lembra sua relação com a sexualidade e a fertilidade.É confundido com Oxalá, pois veste-se de branco.
Seu Opaxoró, no Brasil, é confeccionado em madeira. Sendo um Orixá raro, tem poucas qualidades conhecidas. é um Orixá rico.


ORIXALÁ : É casado com Yemowo, suas imagens são colocadas uma do lado da outra e cobertas com traços e pontos desenhados com efum, no ilésin, local de adoração, dizem que Yemowo foi a única mulher de Orixalá .

ORUMILÁIA : Orixá da visão e o mais velho dos Oxalás, apesar de ser cego. Iansã é a menina dos olhos dele, a qual carrega seus olhos; ele é o orixá da visão, são os olhos de Olodumarê que tudo vê e tudo sabe, e da adivinhação. Orixá da clareza, ele concede o jogo de búzios e este o pertence.

OXAGUIÃ : Orixá jovem e guerreiro, cujo templo principal encontra-se em Ejigbô,  valente, generoso, associado à fertilidade e ao culto da vegetação. Claramente relacionado com a fecundidade. Tomou o título de Eleejigbô Rei de Ejigbô uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de Orisa-Je-Iyán ou Orisájiyan. A tradição exige que os habitantes de dois bairros Xolô e Oké Mapô lutem uns contra os outros a golpes de varas.

Oxalufã: Orisá Olofon Ajigúna Koari - aquele que grita quando acorda.
Orixá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimônia de saudações é de dezesseis em dezesseis dias.
Oxalá do sexo masculino, velho, impotente e cansado, ligado a terra, responde na  quarta-feira.

LIGAÇÃO

Seu elo de ligação ou seu trabalhador é o Rei Das Sete Encruzilhadas. Têm atuação sobre as pequenas cidades, altos de montanhas, estradas do interior, encruzilhadas e proximidades de lugares santos, como templos e igrejas.
Sua apresentação é de um perfeito cidadão, ou guerreiro medieval.
Dominando os caminhos cruzados.
Importante exu na hierarquia comanda Sagathana e exu Nesbiros.
Sete encruzilhadas faz parte da trindade Maioral.

ORIKI

Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru.
Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte.

Obà n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje.
Pai do Paraíso eterno dirigente das gerações. Gentilmente alivia o fardo de meus amigos.

O yo kelekele o ta mi l'ore.
Dê-me o poder de manifestar a abundância.

O gba a giri l'owo osika.
Revela o mistério da abundância.

O fi l'emi asoto l'owo.
Pai do bosque sagrado, dono de todas as benções que aumentam minha sabedoria.

Oba igbo oluwaiye re e o ke bi owu la.
Eu me faço como as Roupas Brancas.

O yi ala. Osun l'ala o fi koko ala rumo.
Protetor das roupas brancas eu o saúdo.

Obà igbo.
Pai do Bosque Sagrado.


CURIOSIDADES

FRASE DE IMPACTO : Oba Nla,Bàbá O!Oh,Grande Rei,Meu Pai.

 AVE : Galinha branca e galinha preta para Oxalá de O Orumilaia

BALANÇA :  Composta de 32, 16 ou 08 pessoas (homens e mulheres).

BEBIDA: Água mineral se gás, leite, vinho branco.

BICHOS : Caracol da terra.

COMIDA SECA : Canjica branca, arroz branco, feijão branco, inhame , acaçá de inhame,   peito de frango, arroz doce , merengue e mel.

COR : Branco e branco com preto para Oxalá de Orumilaia.

DIA : Domingo, sexta-feira.

DOENÇAS : Visão, de coração,  cardiovasculares, calvície , impotência sexual.

DOMÍNIO : Poder procriador Masculino, Criação, Vida e  Morte, atmosfera, oceanos, alto das montanhas, céu.

ELEMENTO : Ar.

EMBLEMA : Igbim.

ERVAS : Boldo, algodão, girassol, lírio, alecrim, Poejo, Camomila, Chapéu de Couro, Erva de Bicho, Cravo, Coentro, Gerânio Branco, Arruda, Erva Cidreira, Erva de S. João, Alecrim do Mato, Hortelã, Alevante, Folhas de Girassol, Folhas de Bambu.

FERRAMENTAS :  Opassoro, bengalajóias em prata, caramujo, sol, cajado, pomba de prata, moedas e búzios, para Oxalá de Orumiláia acrescentamos olhos de prata.

FLORES : Rosa branca, copo de leite, lírio branco.

FRUTAS  : Uva Branca, Maracujá, Pêracoco, Pêra, uva Branca, Pêssego Branco.

 INSTRUMENTO : Apoxorô.

KIZILA  : Azeite-de-dendê.

METAL : Prata, platina, ouro.

NATUREZA : Ar+.

NÚMERO : 6 , 12,08  .

ÓRGÃO : coração, olhos, garganta.

 QUATRO PÉ : cabrita branca e cabrita branca com pequenas manchas pretas para Oxalá de Orumiláia

SAUDAÇÃO  : Epaô, epa bábá.




IEMANJÁ


Iemanjá é um orixá afRicano, cujo nome deriva da expressão ioruba Yèyé Omo ejá, Mãe cujos filhos são peixes.
Iemanjá, a grAnde mãe, o oceano que origina tudo.
De seu ventre saíram todos os orixás, dos seus seios correm os rios que fertilizam a terra, simboliKamente, é claro.
Como toda matriarca, é benevolente e preocupada com o bem estar de todos, mas exerce uma autoridAde mais pela astúcia que pela força.
No Brasil é a deusa do mAr, da água salgada, enquanto na Nigéria, a deusa de um rio, e orixá dos Egbá, onde existe o rio Yemonjà.
Iemanjá, também a deusa do encontro das águAs do rio e do mar, dona, mas quero frizar que tem entidade como Obá, que esta diretaMente ligada principalmente a pororoca. 
No Brasil, Iemanjá é um orixá muito popular e é reverenciada   no Candomblé, no Batuque, e na umbAnda.

Uma das maiores comemorações em honRa à Iemanjá ocorre no último dia do ano em várias praias do litoral brasileiro.
Antes e após a queima de fogos da passagem do ano, os devotos fazem oferendas à Rainha do Mar, um dos títulos dos quais ela é saudada.
O ano que entra é entregue a sorte a Aquela que nos recebe quando nascemos.
Iemanjá mais antiga é Iyá Sagba, que quer dizer, a Mãe que passeia sobre as ondas.
Iemanjá é a imperAtriz fecunda e resoluta totalmente aberta a criatividade.
A umbanda por influência do sincretismo, promoveu Iemanjá como nova entidade, criação puramente brasileira.
Moralizada como mãe de todos os orixás.
Nela ficam condensadas as característiKas das diversas entidades femininas.
Para as pessoas que querem crer em uma mãe puritana, extremamente bondosa, etc, como as colocações de todos os santos da igreja católica, com certeza vai se decepcionar com a realidade dos Orixás que são em essência uma realidade do nosso mundo ou o nosso mundo é uma realidade da dos orixás: Dual. Polarizado.
Iemanjá em suas manifestações:
POSITIVA: Magnitude, criatividade, destemor, constância, gestação.
NEGATIVA: Rudeza, insensibilidade, medo demasiado,  excessivo, crueldade, orgulho desmedido, gula.

Iemanjá, a Mãe é reconhecida como estando na segunda posição de autoridade, mas é apática, falsa e pouco disposta a atender as necessidades dos outRos.
A representação de Iemanjá que se tem difundida o superou em muito a imagem de sereia ou de grande mãe cujos seios descem até o chão.
Hoje é uma moça brAnca a sair do mAr, cheia de luz, santa da igreja católica.
É gritante a semelhança imposta pelos católicos, mesmo que apresente traços sedutores, é antes de tudo a mãe boa, desafricanizada.
Sempre descrita como orixá mãe, para quem esplêndidas oferendas florais são devotadamente depositadas em todas as praias do Brasil.
Mas esta é apenas uma faceta da Orixá, cujas qualidades negativas ficam ocultas para o grande público.
Iemanjá, é vista um pouKo menos feminina que algumas outras Orixás, porque é mãe dos Orixás e é claro, mais velha e inibida.
ApesAr de seus gestos meigos, ela mostra menos interesse em dar-se ou prestar atenção nos outros.
Ela é em geral, mais distante e sua meiguice é interpretada, simplesmente, como boas maneiras.
Ela é a deusa do mar e protetora das mães e esposas.
Representa a gestação e a procriação.
Iemanjá está associAda á foz dos rios e quebra-mares, mãe dos peixes e de todos as cabeças.
É invocada para trazer prosperidade e abundância.
É um orixá que tem o poder da curar as doenças com água, sem derraMamento de sangue, com sua própria riqueza, os peixes, pode curar um mau ori, no ato do ebóri.
É um dos orixás mais velhos entre os irunmonlés, podendo algumas vezes comer junto com os eguns.
Iemanjá, por presidir a formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente no Bori.
Chamada também como a Deusa das Pérolas, Iemanjá é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento do nAscimento.

Se Bará fecunda e Oxum cuida da gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entRegá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. Isto tem uma importância muito grande, no sentido e na visão da Cultura Africana, sobre a fecundação e concepção da vida humana.
Daí o titulo de Iyá , mãe, melhor, Iyá – Ori, mãe da cabeça, e plasmadora de todas as cabeças, aquela que gera o Ori, que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver normAlmente como seres pensantes e inteligentes.
Essa força da natureza também tem um papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que vai reger nossos lares, nossas casas, é Iemanjá que vai dar o sentido de família a um grupo de pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto.
Ela é a geradora e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos, transformando-os num grupo coeso.
 Iemanjá é o sentindo de educação que damos aos nossos filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que aprenderam com nossos avós.
 Iemanjá rege até o castigo, as sanções que apliKamos aos filhos.
É o sentido básico, é a base da formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará.
Iemanjá é a família! Rege as reuniões de família, os aniversários, as festas de casamento, as comemorações que se fazem dentro da família.
É o sentido da união, seja ligado, por laços consanguíneos, ou não.
Dentro do culto, numa casa de santo, Iemanjá também atua organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidAde ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar.
Iemanjá também está presente nas decisões, nos momentos de angústia e preocupação pelo ente querido, pois seus sentimentos geram os nossos, a necessidade de saber se aqueles que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Iemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor, do amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente, ou amigo muito querido.
Iemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo, sem problemAs.
Iemanjá está presente nos mares e oceanos.
É a Senhora das águas salgadas e será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o aliMento vindo de seu reino. Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, Ela quem controla as marés, é ela quem protege a vida no mAr.



MITOLOGIA

Olodumaré fez o mundo e repartiu entre os orixás vários poderes, dando a cada, um reino paRa cuidar.
A Bará deu o poder da comunicação e a posse das encruzilhadas.
A Ogum o poder de forjar os utensílios para agricultura e o domínio de todos os caminhos.
A Odé o poder sobre a caça e a fartura.
A Obaluaiê o poder de controlar as doençAs de pele.
A Oxumaré seria o arco-íris, embelezaria a terra e comandaria a chuva, trazendo sorte aos agricultores.
A Xangô o poder da justiça e sobre os trovões.
A Oyá reinaria sobre os mortos e teria poder sobre os raios.
A Ewá controlaria a subida dos mortos para o Orum, bem como reinaria sobre os cemitérios.
A Oxum seria a divindade da beleza, da fertilidade das mulheres e de todas as riquezas materiais da terra, bem como teria o poder de reinar sobre os sentimentos de amor e ódio.
A Nanã a dádiva, por sua idade avançada, de ser a pura sabedoria dos mais velhos, além de ser o final de todos os mortais, nas profundezas de sua terra, os corpos dos mortos seriam recebidos.
Alem disso do seu reino sairia a lama da qual Oxalá modelaria os mortais, pois Odudua já havia criado o mundo.
Todo o processo de criação terminou com o poder de Oxaguian que inventou a cultura material.
Para Iemanjá, Olodumare destinou os cuidados da casa de Oxalá, assim como a criação dos filhos e de todos os afazeres domésticos.
Iemanjá trabalhava e reclamava de sua condição de menos favorecida, afinal, todos os outros deuses recebiam oferendas e homenagens e ela, vivia como esKrava.
Durante muito tempo Iemanjá reclamou dessa condição e tanto falou, nos ouvidos de Oxalá, que este enlouqueceu. O ori de Oxalá não suportou os reclamos de IemAnjá.
Oxalá ficou enfermo, Iemanjá deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias curou Oxalá.
Oxalá agrAdecido foi a Olodumarê pedir para que deixasse a Iemanjá o poder de cuidar de todas as cabeças. Desde então Iemanjá recebe oferendas e é hoMenageada quando se faz o bori  e demAis ritos à cabeça.

Olodumare-Olofim vivia só no Infinito, ceRcado apenas de fogo, chamas e vapores, onde quase nem podia caminhar.
CansAdo desse seu universo tenebroso, cansado de não ter com quem falar, cansado de não ter com quem brigar, decidiu pôr fim àquela situação.
Libertou as suas forças e a violência delas fez jorrar uma tormenta de águas.
As águas debateram-se com rochas que nasciam e abriram no chão profundas e grandes cavidades.
A água encheu as fendas oKas, fazendo-se mares e oceanos, em cujas profundezas Olocum foi habitar.
Do que sobrou da inundAção se fez a terra.
Na superfície do mAr, junto à terra, ali toMou seu reino Iemanjá, com suas algas e estrelas-do-mar, peixes, corais, conchas, madrepérolas.
Ali nasceu Iemanjá em prata e azul, coroAda pelo arco-íris Oxumarê.


AJÊ SALUGÁ

Ajê Salugá é a irmã mais nova de Iemanjá.
Ambas são as filhas pRediletas de Olokun.
Quando a imensidão das águas foi criada, Olokun dividiu os mares com suas filhas e cada uma reinou numa diferente região do oceano.
Ajê Salugá ganhou o poder sobre as marés.
Eram nove as filhas de Olokun e por isso se diz que são nove as Iemanjás.
Dizem que Iemanjá é a mais velha Olokun e que Ajê Salugá é a Olokun caçula.
Olokun deu às suas filhas os mares e também todo o segredo que há neles.
Mas nenhuma delAs conhece os segredos todos, que são os segredos de Olokun.
Ajê Salugá era, porém, menina muito curiosa e sempre ia bisbilhotar em todos os mares.
Quando Olokun saía para o mundo, Ajê Salugá  fazia subir a maré e ia atrás cavalgando sobre as ondas.
Ia disfarçada sobre as ondas, na forma de espuma borbulhante.
Tão intenso e atrativo era tal brilho que às vezes cegava as pessoas que olhavam.
Um dia Olokun disse à sua filha caçula:
O que dás para os outros tu também terás, serás vista pelos outros como te mostrares. Este será o teu segredo, mas sabe que qualquer segredo é sempre perigoso.
Na próxima vez que Ajê Salugá saiu nas ondas, aKompanhando, disfarçada, as andanças de Olokun, Seu brilho era ainda bem mAior, porque maior era seu orgulho, agora detentora do segredo.
Muitos homens e mulheres olhavam admirAdos o brilho intenso das ondas do mar e cada um com o brilho ficou cego, seu poder cegava os homens e as mulheres.
Mas quando Ajê Salugá taMbém perdeu a visão, ela entendeu o sentido do segredo.
Iemanjá está sempre com ela, quando sai para passear nas ondas.
Ela é a irmã mais nova de IemAnjá.

Quando se encontRava no céu perto de Mawu, o caramujo Aje se chamava Aina e era do sexo feminino.
Naquela época, Fa Ayedogun passava por sérias dificuldades financeiras e, por ser muito pobre, não era convidAdo a participar de qualquer festa ou reunião social.
Aina, recém nascida, era muito feia.
Sua aparência terrível fazia com que todos evitassem sua companhia e ninguém aceitava tê-la em casa.
Depois de ser rejeitada em todas as casas, Aina bateu na porta de Fa Ayidogun, que apesar do estado de miséria em que se enKontrava, acolheu a menina.
Uma bela noite, Aina acordou Fa, anunciando que estava prestes a vomitar.
O hospedeiro apresentou-lhe uma tigela para que vomitasse, mas ela recusou-se.
Uma cabaça foi trazida e também recusada e depois, uma jarra foi objeto de nova recusa.
Fá perguntou então, o que poderia fAzer para ajudá-la e Aina disse:
Lá no lugar de onde venho, costuma-se vomitar todos os dias, no quarto.
Conduzida ao quarto, Aina começou a vomitar todos os tipos de pedras preciosas, brancas, azuis,vermelhas, verdes, etc.
Naquele momento, um mArabu que passava,penetrou na casa de Fá e perguntou por Aina.
-Ela está no quarto, acometida por uma crise de vômitos. Respondeu Fá. O estrangeiro foi ver o que se passava e ao deparar com Aina vomitando pedras preciosas, exclamou:
Ha! Nós não conhecíaMos os poderes de Aina, hoje revelados!
Disposto a serví-la, colocou-lhe o nome de Anabi ou Ainayi, que emYoruba quer dizer: Aina vomita, Aina deu todA riqueza a Fá Ayidogun.


ARQUÉTIPO

São imponentes, calmas, sensuais, fecundas e cheias de dignidade e dotados de irResistível fascínio,   pelo menos a primeira vista, pois geralmente as pessoas tendem a desconfiar das maneiras de atuação dos filhos de Iemanjá, por isso são campeões de descasamentos, de encontros desmarcados, após um primeiro encontro.
São voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores, altivos e, algumas vezes, impetuosos e arrogAntes, nesse item ganham o troféu disparado.
Têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas, mas formais.
Põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais.
As mulheres de Iemanjá preoKupam-se com os outros, são maternais e sérias.
Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das coisas vistosas, das jóias caras, isso serve para os filhos também que gostam de exageros, tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem.
As filhas de Iemanjá são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros. Não perdoam facilmente, quando ofendidas.
São possessivAs e muito ciumentas.
São pessoas muito voluntariosas e que tomam os problemas dos outros como se fossem seus.
São pessoas fortes, rigorosas e decididas.
Gostam de viver em ambientes confortáveis com certo luxo e requinte.
Esses filhos põem a prova as suas amizades, que tratam com um carinho maternal, mas são incapazes de guardar um segredo, por isso não merecem total confiança.
Eles costumam exagerar em suas verdades, para dizer que não mentem e fazem uso de chantagens emocionais e afetivas.
São pessoas que dão grande importância aos seus filhos, mantêm com eles os conceitos de respeito e hierarquia sempre muito claros.
Sempre nas grandes famílias, há um filho de Iemanjá, pronto a se envolver com os problemas de todos, pois gosta tanto disso que pode se revelar um excelente psicólogo.
Fisicamente, os filhos de Iemanjá tendem a obesidade, ou a uma certa desArmonia no corpo.
As mulheres, por exemplo, acabam ficando com os seios caídos e as nádegas contidas e preferem os cabelos compridos.
São extrovertidos e sempre sabem de tudo, mesmo que não saibam.
Os filhos de Iemanjá são quase sempre sensíveis, emotivos, e podem ter dupla personalidade.
São metódicos, aceitam com revolta seu destino, sentem fascinação por tudo que seja oculto.
Tendência a mais de um casamento.
Sua revolta intensa é comparada as ondas do mar.
Num constante vai e vem por toda a vida.
Propensa a obesidade, câncer de mama, problemas de coluna, doença mental. Seus filhos sentem-se donos da verdade, passam a aparência de calmos, polidos, meigos, huMildes, mas no fundo são muito arrogantes, e você não sabe o que na realidade estão pensando.
O aspecto físico é marcado pelo corpo e a ossadura grande, ancas largas, seios generosos.
As mulheres de Iemanjá são muito mais mãe do que esposa, bastante independente em relação aos homens, maridos, amantes, ou pai.
Seus sentimentos maternais exprimem-se antes no zelo e no amor com que se dedicam á educação de crianças que podem até nem ser delas do que dando a luz inúmeros rebentos.
Não gostam de anarquias, brigas.
Dificilmente um filho de Iemanjá fala bem de alguém. Muitas vezes são mesquinhos, conformistas, mas não duvide que traia alguém pAra conseguir alguma coisa.

ENTIDADE DE LIGAÇÃO

EXU MARABÔ

Ligado a Iemanjá, tem atuação sobre toda a orla marítima e áreas de pesquisa científica. Encarregado de fiscalizar o plano físico, distribuindo ordens aos seus comandados, nos mais diversos planos de sua jurisdição.
Dificilmente baixa em terreiros. Fala e escreve perfeitamente o francês.
Quando incorpora, usa o nome de seu companheiro Agalieraps , exu Mangueira.


ORÍKÌ

Iyemoja mo pe
Iemanjá  eu te chamo

Yèyé awon eja mo pe
Mãe dos filhos peixes eu te chamo

Eniti nso agan di olomo mo pe
A pessoa que tornou aquela mulher fértil para ter filhos, eu te chamo

Eniti nso talaka di olowo mo pe
A pessoa que tornou pobre em rico, eu te chamo

Inu re ni Olokun ti jade
Dentro de você, saiu Olokun

Inu re ni Òsóòsí ti jade
Dentro de você, saiu Oxossí

Inu re ni Ode ti jade
Dentro de você, saiu Odé

Inu re ni Olosa ti jade
Dentro de você, saiu Olosá

Ko wa gbo igbe ebe mi.
Para você ouvir o meu grito de clamor.

Báálé
Báálé !

Iyemoja ágbódò dáhùn ire
Iemanjá , de dentro das água, responde com o bem.

Ìyá mi.
Minha mãe,

Aseperiola.
Que pode ser chamada para trazer prosperidade.

Abèrìn èye lénu
A que sorri elegantemente.

Iwo l'oko mi
Você é minha senhora.

Abìrìn iyì lésè méjèjì
Louváveis são os passos de seus pés.

Olówó orí mi
Dona do meu orí.

Omi owó kò wón nílé wa
A água que traz prosperidade não falta em nossa casa.

Omi là bureke
Água em abundância.

Iyemoja a tó f'ara tì bí òkè
Iyemanjá,firme como a montanha, nela podemos nos apoiar.

O l'ómi nílé bí egbele
Possui casa formada por muitas águas.

Òrìsà tí nfi omi tútù wo àrùn
Orixá que cura doenças com água fria.

A wo àrùn fún olomo má gba èjé
Que cura as doenças sem pedir sangue aos familiares do doente.

Iyemoja a tún orí eni tí kò sunwòn se
Iemanjá , que melhora o mau ori.

Túbò tún orí mi se kalé o.
Melhora mais e mais o meu ori, até o fim da minha vida.

Agbe ni igbe're ki Iyemoja Ibikeji odo.
É o pássaro que leva fortuna boa ao Espírito da Mãe da Pesca, a Deusa do Mar.

Aluko ni igbe're k'losa, ibikeji odo.
É o pássaro Aluko que leva fortuna boa ao Espírito da Lagoa, o Assistente para a Deusa do Mar.

Ogbo odidere i igbe're k'oniwo.
É o papagaio que leva fortuna boa ao Chefe de Iwo.

Omo at'Orun gbe 'gba aje ka'ri w'aiye.
É crianças que trazem fortuna boa de Céu para Terra.

Olugbe-rere ko, Olugbe-rere ko, Olugbe-rere ko,
Ó Grande que dá coisas boas, Ó Grande que dá coisas boas, Ó Grande que dá coisas boas.

Gbe rere ko ni olu-gbe-rere
Me dê Coisas Boas do Grande que dá Coisas Boas
Axé!

 PRECE

Oh! Iemanjá, seReia do mar.
Canto doce, acalanto dos aflitos.
Mãe do mundo, tenha piedade de nós.
BenditAs são as benções
que vem do teu reino.
Meu coração e minha alma se
abrem para receber as suas bênçãos.
Mãe que protege, que sustenta,
que leva embora toda dor.
Mãe dos Orixás, mãe que Kuida
e zela pelos seus filhos
e os filhos de seus filhos.
IemAnjá, tuA luz
norteia meus pensaMentos
e tuas águas lavam minha cAbeça.


TÍTULOS E QUALIDADES
  
AKURÁ: Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas,cujo olhar é insustentável; é muito altiva e escuta apenas virando-se de costas ou inclinando-se ligeiramente de perfil; é perigosa e voluntariosa; mata afogado os maus pescadores que pescam pela prazer e não por necessidade. Usa uma corrente de prata no tornozelo; foi a mulher de Orunmilá, apesar de ter usado um dos intrumentos da adivinhação quando ele estava ausente, tanto que dizem que indignado, Orunmilá teria expulsado-a momentaneamente, vindo posteriormente a reinar.
Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro.
Come com Nanã.

BOMÍ, ASDGBA OU SOBASOBA : É a mais velha, manca de uma perna devido a uma luta com Bará, rabugenta, e feiticeira, fala de costas, gosta de fiar seu cristal. Comanda as caçadas mais profundas do oceano, tem afinidade com Nanã. Veste branco.

ATARAMABA : Nessa forma ela está no colo de seu pai Olokun.

ATARAMOGBA/ IYÁKU   : Vive na espuma da ressaca da maré.

AYIO  : Muito velha. Veste sete anáguas para se proteger. Vive no mar e descansa nas lagoas. Come com Oxum e Nanã.

BOSÁ  ou OLOSSÁ : Come com Oxum e Nanã. Veste verde-claro e suas contas são branco cristal. É a Iemanjá mais velha da terra de Egbado.

IYEMOYO, AWOYÓ; YEMUO; YÁ ORI OU IEMOWO  : É uma das mais velha, possui ligação com Oxalá, o seu fundamento está no ori, representa a vida, pode curar doenças da cabeça. Veste branco e cristal.

IYA IYÁ MASSÉ MASEMALE OU IAMASSE  :Iemanjá  unida a Orânhaiã.
Deu início a sagrada dinastia dos primeiros reis de Oió. Trabalhadora, briguenta, violenta, feiticeira, baila com uma cobra enrolada no braço.
É representanda como uma sereia de longos cabelos pretos. Rege a maternidade, e a mãe dos peixes que representam fecundidade.
Seu dia à sábado. Nas grandes "obrigações", são oferecidos cabra branca, pata ou galínha branca.
Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento. Sua cor é a branca com azul.
Usa um adé com franjas de missangas que esconde o rosto. Leva na mão um   leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro.
É a mãe de Xangô e quem cuidou de Oxumarê.
Esposa de Oranian e muito festejada durante as festas consagradas ao seu filho Xangô. As suas contas são branco leitosas, rajadas de vermelho e azul.

KONLÁ  :  Filha de Olóòkun, vodun (Deus), em Benin, ou conhecida como uma Deusa, em Ifé, do mar. Konlá veste-se de verde água e suas contas são verdes cristais claros, gosta de muitos peixes de água salgada, camarão e uma bacia bem cheia de pêras e   ovos de pata.


MALELEO OU MAIYELEWO  : Esta Iemanjá  vive no meio do oceano no lugar onde se encontram as sete correntes oceânicas.

ODO  : Tem aproximação com Oxum, e vive na água doce sendo muito feminina e vaidosa.

OGUNTÉ  : Considerada   guerreira, dona da espada, esposa de Ogum ferreiro,Alagbedé ,e mãe de Ogum Akorô e Odé. O seu nome significa aquela que contém Ogum. Vive perto das praias, no encontro das águas com as pedras. Traz na cintura um facão e todas as ferramentas de Ogum. Veste branco; azul marinho, cristal, ou verde e branco.

OYO  : Benéfica, muito feminina, saudada na cerimónia do Padê, veste de branco, rosa e azul claro.

SABA  : Fiadeira de algodão, foi esposa de  Orunmilá.

SUSURE : Ligada à gestação. Voluntariosa e respeitável, mensageira de Olokun, o deus do mar. Vive nas águas sujas do mar e é muito esquecida e lenta. Come com Obaluaiê e Ogum. Além do próprio assentamento, tem que se assentar Oxum e Obaluaiê. Veste branco, verde água e suas contas branco cristal.

YINAÉ OU MALELÉ  : Aquela que os filhos sempre serão peixes. Também conhecida como Marabô, mora nas águas mais profundas. É a sereia, ligada à reprodução dos peixes, vem sempre a beira do mar apanhar as suas oferendas, está ligada a Oxalá e Bará.



CURIOSIDADES


Frase De Impacto:
Íyá mí nsé owó pélé-pélé nínu omi
 Minha mãe esta erguendo as mãos, suavemente dentro das águas.

ANIMAIS :Patas, galinha branca , cabra e ovelha branca.


BALANÇA : Composta de 32, 16 ou 08 pessoas, homens e mulheres.

BEBIDAS : Água de coco, mel, água salgada ou potável, champanha ,vinho branco e suco de suas próprias ervas e frutos.

COMIDAS : São também brancas como  ebó de milho branco com mel, arroz e angu. Canjica branca, peixe fritos,assados, arroz, arroz-doce com mel, acaçá, pudim, manjar.

CONTAS : Vidro transparente.

CORES : Branco, rosa-claro , azul-claro tradicional além da cor prata.

DIA : Sábado, algumas qualidades na sexta-feira.

DOENÇAS : Barriga e seios, obesidade, câncer de mama.

DOMÍNIO : Maternidade adulta e a pesca, atividades econômicas desenvolvidas no mar em geral.

ELEMENTO : Água salgada.

ERVAS PARA BANHO E DEFUMAÇÃO: Jasmim, araticum-da-praia, folha-da-costa, graviola, capeba, mãe-boa, musgo marinho encontrado nas pedras marinhas, alcaparra.

FERRAMENTAS :  Âncora e o leme.Todos adornos femininos em prata, peixe, leque, caramujos, barco, conchas, lua, moedas e búzios .

FLORES: Rosas e palmas brancas.

FRUTAS: Mamão, graviola, uvas brancas, melancia ,Coco ,Uva dedo de dama .

LOCAL PREFERIDO : Água salgada.

METAL : Prata e platina.

NÚMEROS :   8 e 16.

PARTES DO CORPO : Cabeça , cérebro .

SAUDAÇÃO : Odoiá!!! ou Odô-fé-iabá ou Odofiabá!!!!

SÍMBOLO : Abebé, leque de metal prateado com a figura de um peixe.




OXUM

Oxum genitora por excelência, ligada paRticularmente à procriação. Deusa das águas doces reina sobre os rios, também divindade do ouro e dos metais amArelos.  Vaidosa, foi a segunda esposa de Xangô, tendo vivido anteriormente com Ogun, Orunmilaiá, Odé Oxossi. Maternal, carinhosa e muito afeita às crianças, amante da beleza e do adorno.
Também é chamada de Iyálòóde, título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre todas as mulheres da cidade.      
Oxum representa a mãe da criação que toma Konta dos filhos dos outros em gestação até o décimo sexto dia de nascimento.
Diz-se que ela é provedora, atende as necessidAdes dos outros e que, portanto, merece o reconhecimento dado a uma mãe :Rora Yeyé Gbémi!  Mãe Grandiosa, Proteja-Me.
Orixá que recebe o nome de um rio da NigériA, em Ijexá e Igebú.
Á Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesMo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem.
Dona da água doce, gosta de usar colares, joiAs, brincos de ouro e tudo que se relaciona com a vaidade, flores, etc.

Poder claRamente relacionado com a fecundidade, é personagem de um mito muito conhecido em que um simbolismo transparente mostra que mesmo Oxalá supera o tabu da menstruação para prosternar-se aos seus pés. Transformando em penas vermelhas o papagaio da costa, o sangue que gotejava do corpo de uma sacerdotisa.
Por um lAdo é a moça faceira e sedutora, por outro preside os mistérios femininos, a maternidade, a magia, profundezas da imaginação, a riqueza, crescimento e a fecundidade.
Oxum a estrela, mostrando sua luz na imensa escuridão da mente humana.
Oxum, a senhora das águas doces, e de parte das águas do mar, é a aiabá da beleza, da fertilidade, da feminilidade e do charme.
Poderosa rainha que Konquistou o coração de Xangô também de Bará, ou Ogum, recebendo o nome de Ápara sendo muito semelhante com Iansã.
Dona de uma elegância e de uma astúcia surpreendente.
Dama da mais alta hierarquia.
Foi ela que criou a gAlinha da angola, ave que por ter o corpo pintado e ostentar um osu na cabeça é tido como feito -iniciado- .
Entidade da medicina curativa, madrinha da procriação e da gestação que tomA sob sua proteção todos os seres humanos desde a concepção até que comecem a andar e adquirir conhecimento.
Evita abortos e coMplicação durante a gravidez.
Oxum é a água que produz todas as qualidades de som, a senhora do Ijexá.
A graciosa rainha, cuja idés de ouro imitavam o burburinho das cascatas.
Ela se vestia de ouro e de bronze, tinha dentes belos e era muito elegAnte e esperta.
Cantava muito lindo.
Quem queria ter dinheiro pedia a Oxum que ela dava.
Oxum meticulosa cozinheira.

É a gRaciosa mãe das águas profundas, divindade dos rios, fontes e regatos.
Orixá que enfeita seus filhos com ouro e fica muito tempo no fundo das águas gerando riquezAs.
Que conhece o segredo, o segredo da vida, nas não o revela.
Mãe procriadora, está associado a fisiologia feminina presidindo a menstruação, gestação e nascimento. É Konsiderada a dona do ovo, símbolo da fertilidade, a maior célula viva, e que evoca a ideia de fartura e riqueza.
Em um das suas qualidades, tem-se Oxum Apara senhorA das águas frescas, dotada de força positiva, guerreira que, ao se fazer presente, rodopia como o vento, sem que possAmos vê-la, apenas ouvi-la, com sua voz afinada que se asseMelha ao canto do ègá.
É sensual, exibicionista, consciente de sua rara beleza. Se utiliza desses atributos com jeito e carinho para seduzir as pessoAs e conseguir seus objetivos.

Dança de preferência sob o ritmo de sua terra: Ijexá. Sua dança lembra o compoRtamento de uma mulher vaidosa e sedutora.

Ela faz a qualquer um o que o médico não faz, é a Orixá que cura o doente com a águA fria.

Se cura a criança, não apresenta honorários ao pai.

É a Orô, um pássaro que tem uma pena brilhante na cabeça, e a Yalodê, que ajuda as crianças a terem uma mãe.

Manda a Kabeça má ficar boa.

Oxum é doce e poderosa como Oni.

Oxum não concede as más coisas do mundo. Ela tem remédios grAtuitos e faz as crianças tomarem mel.

Quando Orumilá estava criando o mundo, escolheu Oxum para ser a protetora das crianças. Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, ate que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso, Oxum é considerada o orixá da fertilidade e da maternidade.
Por sua belezA, Oxum também é tida como a deusa da vaidade, sendo vista como uma orixá jovem e bonita, mirando-se eM seus espelhos e abanando-se com seu leque, abebê.

Governa as ervas antissépticas e desinflamatórias. Seu domínio é subsolo do universo, suas características são a vaidade e a faceirice.

Mãe ancestral suprema, Oxum é considerada a patrona dos peixes, mAs é também representada pelos pássaros. O ovo é um dos seus símbolos.


MITOLOGIA

"Iya Mi Ti To So Oku De À Iy É”...
“...ela transforma a morte em vida.”

“Odi Ona Ku Ita Ò Run” ...
“... ela fecha o caminho da morte.”

Sempre que Oxalá queRia saber de algo, consultava Ifá, o Senhor da adivinhação, para que ele visse o destino  a ser seguido. Ifá, por sua vez, sempre dizia à Oxalá:
- Pergunte a Bará, pois ele tem o poder de ver os búzios!
E este acontecimento se repetia a cada vez que Oxalá precisava saber de algo.
Isto intrigou Oxum, que pediu ao pai para aprender a ver o destino. E Oxalá disse à filha:
- Oxum, tal poder pertence a Ifá, que proporcionou a Bará o conhecimento de ler e interpretAr os búzios. Isto não posso lhe dar!
Curiosa Oxum procurou, então, uma saída. Sabia que o segredo dos búzios estava com Bará e procurou-o para lhe ensinasse.
- Ensina-me, Bará ! Eu também quero saber como se vê o destino.
Ao que Bará respondeu:
- Não, não! O segredo é meu, e me foi dado por Ifá. Isso eu não ensino!
Bará estava intransigente. Oxum sabia disso e sabia que não conseguiria nada Kom ele.
Partiu, então, para a floresta, onde viviam as feiticeiras Yámi  Oxorongá.
Cuidadosa, foi se aproximando pouco a pouco do âmago da floresta. Afinal, sua curiosidade e a decisão de desbancar Bará eram mais fortes que o medo que sentia.
Em dado momento deparou-se com as Yámi, empoleiradas nas árvores. Entre risos e gritos alucinantes, perguntaram À jovem Oxum:
- O que você quer aqui mocinha?
- Gostaria de aprender a mAgia! Disse Oxum, em tom amedrontado.
- E por que quer aprender a magia?
- Quero enganar Bará e descobrir o segredo dos búzios!
Mas advertiram que, sempre que Oxum usasse o feitiço, teria que fazer-lhes uma oferenda. Oxum concordou e partiu.
Em seu reino, Oxalá já se preocupava com a demora da filha que, ao chegar, foi diretamente ao encontro de Bará. Ao encontrar-se com este, Oxum insistiu:
- Ensina-me a ver os búzios, Bará?
- Não! Foi sua resposta.
Oxum, então, com a mão cheia de um pó brilhante, mandou que Bará olhAsse e adivinhasse o que tinha escondido entre os dedos.
Bará chegou perto e fixou o olhar.
Oxum, num movimento rápido, abriu a mão e soprou o pó no rosto de Bará, deixando-o temporariamente cego.
- Ai! Ai! Não enxergo nada, onde estão meus búzios? Gritava Bará.

Oxum, fingindo preocupação e interesse em ajudar, disse a Bará :
- Eu os procuro, quantos búzios, formam o jogo?
- Ai! Ai! São 16 búzios. Procure-os para mim, procure-os!
- Tem certeza de que são 16, Bará ? E por que seriam 16?
- Ora, ora, porque 16 são os Odus e cada um deles fala 16 vezes, num total de 256.
- Ah! Sei. Olha, Bará, achei um, ele é grande!
- É Okanran! Ai! Ai!  Não enxergo nada!
- Olha, achei outro, é menorzinho.
- É Eji-okô, me dê, me dê!
- Ih! Bará. Achei um coMpridinho!
- E Etá-Ogundá, passa para cá....
E assim foi, até chegAr ao ultimo Odu.

Inteligente, Oxum guaRdou o segredo do jogo e voltou ao seu reino.
Atrás de si, deixou Bará  com os olhos ardidos e desconfiados de que fora engSnado.
- Hum! Acho que essa garota me passou para trás!
No reino de Oxalá, Oxum disse ao seu pai que proKurara as Yámi, que com elas aprendera a arte da magia e que tomara  de Bará  o segredo do Jogo de Búzios.
Ifá, o Senhor da adivinhAção, admirado pela coragem e inteligência de Oxum, resolveu dAr-lhe, então, o poder do jogo e advertiu que ela iria regê-lo juntaMente com BArá .


ARQUÉTIPO


A Orixá Oxum transmite a seus filhos energia, vibração que esta relacionada com ela, poRtanto seus filhos acabam por ter a personalidade influenciada  e manifesta tanto de maneira positiva como negativa.
As filhas e filhos da entidade Oxum, não se zangam com facilidades.
Não gostam de brigas.
Não sabem recusar. AdorAm crianças pequenas.
Algumas são ambiciosas, adoram o luxo, o conforto e a riqueza, julgam que para vencer na vida consiste em usar seus encantos para conseguir o que querem.
Feminina, sensual, ingênua, dócil e infantil, desejosa de curar, ajudar e cuidar dos fracos.
Afetividade, familiaridade, conKordância, maternidade, altruísmo, tendo seu destacado lado inverso: maledicência, seu lado intrigante, hipócrita, mentirosa, interesseira.
É bom esclarecer que o comportamento também sofre a influência do orixá que faz a dualidade com ela e claro a cultura, educação e orientação individual.
Podemos acrescentar que são meigas, sedutoras, com voz suave, olhos brilhantes, sorriso alegre, um rosto inocente, mulheres sensuais como já disse e voluptuosas.
Os homens também sofrem o efeito desta energia quando ela faz polAridade com a entidade principal do homem, claro que existem muitos casos em que ela é a principal, pelo menos é a que tem a atuação mais forte, e, isto ocorre principalmente quando o homem é filho de determinados Oxalá, Ossaim, Odé, tornando-os pessoas extremamente emotivas, instáveis, inconstantes, podendo ser infiéis, levianos, fúteis.
Algumas filhos ou filhas são ingênuos, crédulas, infantis, preguiçosos, moles, indecisos,precisando sempre de um sacudidão.
Não se zangam com facilidades. Não gostam de brigas. Não sabem recusar. Mas se pegarem alguém para inimigo vão ao extremo. Tornando-se principAlmente caluniadores e mentirosos.
Muito criativos e péssimos competidores. Trapaceiros.
As pessoas que sofrem a influência da energia Oxum, são pessoas muito apegadas a beleza física. Narcisistas.
Colocam a aparência em primeiro lugar.
Gostam de serem observadas, são extremamente vaidosas.
Se preocupam com que os outros vão pensar e falar.
Quase sempre preveem acontecimentos futuros, distinguem sinceros amigos com simples trocas de palavras.
Muito sentimentais, ofendem-se com facilidade, mas não costumam expor suas feridas.
Gostam de trabalhos manuais onde sua adaptação é rápida e possa ser admirada pelos outros.
Inclinadas a arquitetura, às ciências ocultas, religiões, comércio, eletricidade, publicidade, culinária, desenho.
Meigas, mas rancorosas aos extremos.
Ciumentas em demasia.
Seu ponto fraco fisicaMente são a garganta e o aparelho genito-urinário. Também neste ponto sofrem a influência negativa do orixá de parceria.
São de estatura mediana, corpo mais franzino que de outros orixás femininos e masculinos.
Possuidoras de grande sensibilidade espiritual, via de regra boAs espiritualistas.


ENTIDADE DE LIGAÇÃO

EXU VELUDO : ligado a Oxum, atua nas cachoeiRas, rios, lagos, penitenciárias e maternidades.
Exu Veludo ( Sagathana ) assistente direto do exu Rei das sete encruzilhAda, possui vibrante força magnética.
Sua apresentação é a do mais fino cavalheiro, riKamente vestido num belo traje com gola de veludo, e um fino cachecol da mais pura seda de cor vermelha, também usa uma cApa de veludo preta, forrAda com cetim vermelho.
Prefere conhaque de gengibre, seMpre servido em uma pequena bandeja.
Gosta de trabalhar só ou com uma pomba-gira.
Seus pés têm formAto de pés de cabra.

QUALIDADES

As Oxuns ligadas as fontes são levianas, jovens.
As Oxuns ligadas ao mar são traiçoeiras, maduras.
As Oxuns ligadas as águas profundas são honestas, velhas.
As Oxuns ligadas ao pântano são feiticeiras.


ABALU, Agba ilu -  É uma velha Oxum, a mais idosa de todas, e chefe das mulheres. Maternal avó amorosa é uma mulher que tem numerosos filhos e netos. Mas é bastante severa e autoritária. Usa azul claro. E abèbé.

ABOTO  -  Oxum  muito jovem e vaidosa, que usa colares de contas de louça amarelo claro.

AJAGURA,  - Oxum   guerreira que leva espada, jovem, casada com Aganju, rival de Iansã. Representa um tipo semelhante a Apará; Apara parece, porém mais agressiva, e Ajugura mais orgulhosa.


AJÍMU  -  Ijimu ou Jimu -  é outro tipo de Oxum  velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva abèbé e seus colares são feitos de contas de cristal amarelo escuro. Representa um tipo semelhante a Abalu, mas talvez mais meiga.


APARÁ  -seria a mais jovem das Oxum, e um tipo guerreiro que acompanha Ogun ou Xangô vivendo com ele pelas estradas; dança com ele quando se manifestam, juntos numa festa; leva uma espada na mão e pode vestir-se de cor de rosa.

AYALÁ ou Alanlá -  a avó que foi a mulher de Ogum. Uma das mais velhas que também tem ligação com as bruxas


ÊWUJ Í  - é uma Oxum  maternal e generosa, saudada no pàdé.

IJUMÚ  - rainha entre todas as Oxuns, tendo estreita ligação com as Iyami-Ajé. Essa estreita ligação é que faz com que as Oxuns alcancem a vitória em suas brigas ou vinganças.


OXOGBÔ  - recebe o nome de uma importante cidade Iorubá. É a ela que devem se dirigir todas as mulheres que queiram dar à luz ou que procuram saúde para toda a gestação.

POPOLÓKUM - que reina nas lagoas.


YEYÉ IBERIN - feminina e elegante.

YEYE KARÉ -  é um tipo de Oxum mais velha, autoritária é guerreira e agressiva.

IYANHÁ  - vó, casada com Ogum Algbedé, Ogum da forja.


IYA OMI -   é a Oxum  saudada no siré, também idosa. É aquela que faz as perguntas a Bará no jogo divinatório de Ifá.


YEYE ODO  - é a Oxum  das fontes reina nas nascentes dos rios.

YEYE OGA  - é uma Oxum  velha e rabugenta.

YEYE OKE  - é  a mesma que Yeye Loke, tipo muito guerreiro,mulher de Odé Oxossi .


YEYÉ OLÓKO - que vive nas florestas.

YEYÉ ONIRA – Oxum guerreira .

YOPONDÁ  - é também uma Oxum guerreira, casada com odé i Iboalama, mãe de Logun Edé . Yeye Pondá é a verdadeira Oxum  ijexá. Vive no mato com o marido, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro. E desconfiada, astuta,  rica, bela observadora, intuitiva.


- YEYE IPETU  - ingênua e sensual.Vaidosa, maternal, sensual, esposa mais rica do rei de Oió.


ORIKÍ      

Òsun Òpàrà
Yèyé Òpàrà !
Yèyé Opàrà !

Obìnrin Bí Okùnrin Ní Òsun
Oxum é uma mulher com força masculina.

A Jí Sèrí Bí Ègà.
Sua voz é afinada como o canto do ega.

Yèyé Olomi Tútú.
Graciosa mãe, senhora das águas frescas.

Opàrà Òjò Bíri Kalee.
Opàrà, que ao dançar rodopia como o vento, sem que possamos vê-la.

Agbà Obìnrin Tí Gbogbo Ayé N'pe Sìn.
Senhora plena de sabedoria, que todos veneramos juntos.

Ó Bá Sònpònná Jé Pétékí.
Que como pétékí com Sapanã.

O Bá Alágbára Ranyanga Dìde.
Que enfrenta pessoas poderosas e com sabedoria as acalma.



PRECE

Orá iiê Oxum,
Salve douRada senhora da pele de ouro,
benditas são suas águas, e essas mesmas águas lavam meu ser, e me livrAm do mal.
Oxum, Divina Rainha, bela orixá,
venha a mim Kaminhando na Lua cheia.
Traga mãe, em suas mãos, os lírios do amor e da paz.
Torne-me doce, sedutora, suAve, como és.
Mamãe Oxum, me proteja, orixá.
Que o amor seja constante em minha vida.
Que eu possa amAr a tudo que existe.
Me proteja contra as mandigas e feitiçarias.
Dê a miM o néctar da sua doçura.
E que eu consiga (faça o pedido).
Mãe de ouro, da beleza e do amor,
senhora do mAis puro Axé,
valha-me hoje e sempre.


CUROSIDADES


FRASE DE IMPACTO:     

Rora yéyé,gbémi
Mãe grandiosa, proteja-me

Animal de Oxum é a Abelha.

Animais  : Cabra , galinha, angolista, pombo, pata, bode castrado.

Atuação : Amor, fertilidade.

Axés :  8 e 16.

Balança : Composta de 32, 16 ou 08 pessoas homens e mulheres .

Comida Votiva : Omolocum com 16 ovos.
-Omolokun - feijão fradinho, camarão e ovos cozidos.
-Ipetè - massa de inhame cozida temperado com cebola e camarão seco
-Ariokô - feito com feijão fradinho, galinha e mel.
-Wuado - milho torrado e moído com mel.
-Moinmoin - parecido com o vatapá.

Cor: Todos os tons de amarelo, a escolha do tom depende da característica da MãeCores: dourado, amarelo, azul escuro

Dia : é sexta-feira.

Doenças : doenças venéreas femininas, abortos, infertilidade.

Elemento : Água - .

Emblema : abebé.

ERVAS :

Abiu-abieiro: Sem uso na liturgia, tem folhas curativas e as casca da árvore cozidas tem efeito cicatrizante.

Agrião-do-Pará – Jambuaçu: É usado nas obrigações de cabeça e nos abô, para purificação de filhos. A medicina caseira usa-o para combater tosses e corrigir   carência de vitamina C , também é  excitante.

Alfavaca-de-cobra: É usada em todas as obrigações de cabeça.  A medicina caseira a indica como combatente ao mau-hálito.

Arapoca-branca: Suas folhas são utilizadas nas obrigações de cabeça, sacudimentos pessoais.  Na medicina caseira utiliza as folhas como antitérmico, contra febres.

Arnica-montana: Na medicina popular e muito usada, após alguns dias de infusão no otin ,cachaça. Age como cicatrizante, recompondo o tecido lesado nas escoriações.

Azedinha - Treco-azedo – Três corações: É popularmente conhecida como três-corações, sem função ritualística, é apenas empregada na medicina popular como: combatente da disenteria, eliminador de gases e febrífugo.

Bananeira: Muito empregada na culinária dos Orixás. Suas folhas forram o casco da tartaruga, para arriar-se o ocaséo a Oxum. A medicina caseira prepara de sua seiva um xarope de grande eficácia nos males das vias respiratórias ou doenças do peito.

Brio-de-estudante – Barbas-de-baratas: Desta erva apenas a raiz é utilizada.  Na medicina popular utiliza o chá, meia hora antes de dormir, para ter sono tranquilo.

Caferana-alumã: São utilizadas nas aplicações de cabeça  . Usado na medicina popular como laxante, fazendo uma limpeza geral no estômago e intestinos, sem causar danos é ótima combatentes; poderoso vermífugo e energético tônico.

Camará-cambará: Utilizada em quaisquer obrigações de cabeça e nos banhos de purificação. A medicina caseira a emprega muito em xarope, contra a tosse e rouquidão e ainda põe fim às afecções catarrais.

Camomila-marcela:  É usada nos banhos de descarrego  . No uso popular é de grande finalidade em lavagens intestinais das crianças, contra cólicas e regularizadora das funções dos intestinos. O chá das flores é tônico e estimulante, combate as dispepsias e estimula o apetite.

Cana-fístila – Chuva-de-ouro: Aplicada nos abô e nas obrigações de cabeça, usada também nos banhos de descarrego dos filhos de Oxum. Seu uso popular é contra os males dos rins, areias e ardores. O sumo das folhas misturado com clara de ovo e sal mata impigens.

Chamana-nove-horas – Manjericona: Usada em obrigações de cabeça e nos banhos de purificação dos filhos de Oxum. O povo a utiliza em disenterias.

Erva-cidreira – Melissa: Sem uso na liturgia, sua aplicação se restringe ao âmbito da medicina caseira, que a usa como excitante e antiespasmódico, enérgico tônico do sistema nervoso. O chá feito das folhas adocicado ou puro combate as agitações nervosas, histerismos e insônia.

Erva-de-Santa-Maria: São empregadas em obrigações de cabeça e em banhos de descarrego. Como remédio caseiro é utilizada para combater lombrigas  das crianças, também é ótimo remédio para os brônquios.

Ervilha-de-Angola – Guando: É empregada em quaisquer obrigações. O povo usa as pontas dos ramos contra hemorragias e as flores contra as moléstias dos brônquios e pulmões.

Fava-pichuri: No ritual da Umbanda e do Candomblé, usa-se a fava reduzida a pó, o defumações que trazem bons fluidos e afugenta Eguns. O povo usa o pó na preparação de chá, que é eficaz nas dispepsias e diarréias.

Ipê-amarelo: Aplicada somente em defumações de ambientes. Na medicina popular é usada em gargarejos, contra inflamações da boca, das amígdalas e estomatite. O que vai a cozimento são a casca e a entrecasca.

Mãe-boa: É erva sagrada de Oxum. Só é usada nas obrigações ritualísticas, que se restringe aos banhos de limpeza. Muito usada pelo povo contra o reumatismo, em chá ou banho.

Malmequer – Calêndula: É usada em todas as obrigações de ori  e nos banhos de purificação dos filhos de Oxum. As flores são excitantes, reguladoras do fluxo menstrual. As folhas são aplicadas em fricções ou fumigações para facilitar a regra feminina.

Malmequer-do-campo: Não é aplicada nas obrigações do ritual. Na medicina popular tem função cicatrizante de feridas e úlceras, colocando o sumo de flores e folhas sobre a ferida.

Vassourinha-de-botão: Muito usado nos sacudimentos pessoais. Não possui qualquer uso na medicina popular.

Essência: Angélica.

Ferramentas : Leque e correntes douradas.

Frutas : Mamão, banana ouro, melão amarelo  e bergamota.

Kizilas : Barata, peixe de pele, cajá, carambola.

Libação : Espumante .

Metal : Cobre, ouro.

Natureza : Água doce.

Numerologia : 5 (oxê), 16 (alafia)

Oferenda : Canjica amarela cozida e quindim e   omolucum.

Número : 08 e seus múltiplos.

Ponto De Força : Rios e cachoeiras.

Saudação : Arieieiei.
                                                         
Símbolo: Abebe.



SUGESTÃO PARA A MESA


BARÁ                                  

Espalhar pipoca sem sal.
Distribuir na mesa pãezinhos.
Vela vermelha, enfeitada de prateado.
Limão. Romã. Ovos de codorna cozidos.
Rabanada. Carne vermelha mal passada. Pimenta. Farofas. Peixe rei frito.
Todas bebidas não adocicadas. Preferência para conhaque de gengibre. Wisque. Cachaça amarga. Gim.
Lombo de porco assado com fatias de abacaxi.
Flor vermelha. Cravo vermelho.


OXALÁ

Arroz a grega. Arroz com camarão. Arroz com peixe salgado. Arroz com leite. Merengue. Carneiro. Porco. Pêra, uva branca.
Canjica branca com leite de coco.
Vinho branco. Leite. Água mineral sem gás. Pudim de leite. Rabanada. Manjar com amêndoas e coco.
Flor: Lirio da paz.Coco-de-leite.





OXUM

Canjica amarela com costelinha de porco salgada. Quindim. Quindão. Fios de ovos. Mamão. Melão. Ovos de ave cozidos e recheados. Frango desfiado. Peixe de água doce. Camarão. Sobre coxa de frango assada, com bacon e tempero verde enfeitando.
Vinho branco suave.
Sucos de frutas variadas.
Flor amarela principalmente. Lírio da paz.






IEMANJÁ

Todas as frutas principalmente a melancia. Uva e morango. Canjica branca com coco. Peixe assado, desfiado, etc... camarão. Ovelha. Cocada. Vinho branco suave. Manjar.
Flor Crisântemo.



BANHO

 LIMPEZA
MATERIAL :
-4 PUNHADOS DE PIPOCA SECA.
-4 LITROS DE ÁGUA FERVIDA.
-1 VELA VERMELHA.
-1 BANDEJA PEQUENA DE PAPELÃO.
-PAPEL DE SEDA VERMELHA .
-1 VELA VERMELHA.
-1 VELA BRANCA.

PROCEDIMENTO :
Retire um punhado de pipoca tendo como medida a mão 
Coloque essa pipoca separada em um pedaço de papel de seda e faça uma espécie de um pacote.
Reserve.
As demais pipocas coloque na água fervida e deixe tampada por 13 minutos.
Acenda a vela branca e ofereça a BARA AGELU.
Coe a água retirando as pipocas,deixe  reservado.
Jogue a água em seu corpo do pescoço para baixo.
Não se seque.Passe simbolicamente a vela vermelha no seu corpo.
Quebre-a em três partes.
Reserve.
Passe o simbolicamente o ovo no corpo.
Reserve.
Passe o simbolicamente o pacote de pipoca enrolado na folha vermelha.
Reserve.
Quando a vela branca terminar de queimar,junte todo material reservado ,ou seja :a pipoca no pacote,que deve ser a primeira a ir para a bandeja de papelão,depois a vela vermelha, o ovo e por último o material coado cobrindo tudo.
Despache esse axé em um local limpo e que os envolvidos não passem até 7 dias depois.


BANHO DE LIMPEZA OU DE DEFESA PESSOAL 

MATERIAL :
-ALECRIM,
-ALFAZEMA.
-ARRUDA .
-1 VELA BRANCA DE 30 CM

PROCEDIMENTO :
Alecrim, Alfazema e arruda nos livram dos males e, ao mesmo tempo, reenergizam. Se as folhas estiverem frescas, macere-as e coloque-as na água quando ela estiver fervendo e apague o fogo. Se estiverem secas, deixe em infusão por no mínimo 20 minutos.
Não se seque e coloque uma roupa clara, acenda a vela em local mais alto que a sua cabeça e descanse uns minutos.
Executar qualquer dia, lua e horário.



Para quem é LIVRE jogue arroz branco cru quando estourar os espumantes, por cima das pessoas.
Solte balões previamente cheios e enfeitando o ambiente nas cores DOURADO ou AMARELO, PRATA ou BRANCO e logicamente VERMELHO.
A cor da roupa para romper o ano é aconselhável o branco, prata, amarelo e suas matizes claras, azul e suas matizes clara.
Para filhos de Bará não é desaconselhável o uso do vermelho, mas para filhos de Oxum e Oxalá sim.



Nenhum comentário:

Postar um comentário