De Lá para Cá

DE LÁ PARA CÁ

R-20-120517

Estimado caminhante na estrada da redenção, Mo jubá !!!

Pelo PAI clemente e misericordioso, uma casa sem livros é como um quaRto sem janelas.

Até chegarem com os escravos para o Brasil, as tradições religiosas e sociais, fundidas entre si, com certeza das nações como Jeje, Nagô, Banto e outras, eram distintas e bem marcAdas.

Entretanto na terra nova misturaram tudo até por sobrevivência.

O negro teve que deixar levar-se pela cultura mais forte, afim de não perder por todo sua identidade.
Nesta situação prevaleceu a sociedade mais forte, forte por ser mais organizada.

Os iorubás.

E até hoje o predomínio desta vertente com conhecimento milenar, sofistiKado, ofuscou as outras e ainda ás confunde.

O que aconteceu não é para ser lamentado, mas sim para servir de alerta.

A qualidade e preservação do culto aos orixás como na origem e de maneira ortodoxa depende com certeza da forma de trAnsmissão do conhecimento sagrado.
Sabe-se que a maior culpa da perca da personalidade religiosa se deu pelo fato de que todo o ritual, costumes, lendas, bem, enfim tudo que se relacionava com o culto e deveria ser perpetuado, foi na realidade passado de boca em boca, óbvio que houve perca não só na qualidAde como também de conteúdo.
Mas não pense você que esta modalidade de transmitir o conhecimento deu-se por deterMinação dos orixás, muito ao contrário, mas sim, simplesmente pela precariedade cultural; pelo limite.

Quem sabia ler e escrever?

Foi aí que tudo ou quase tudo se transformou ou quando muito foi perdido.

Desta maneira somente alguns detinham o conhecimento e os preceitos mais fundAmentais.
Que o PAI ilumine e esclareça.

Ou jafusi Inanga.

Rio Grande,15/7/1996

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