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terça-feira, 12 de outubro de 2021

Orixás Êres

ORIXÁS ERES


R-20-100418
Assim como todo ser tem seu exú particular, também tem seu Erê ou Ibejí, que deve estar sempRe de acordo com o seu orixá.
Na linguagem ioruba a palavra Erê significa "estátua", iré, que significa "brincadeira”, divertimento.
Podendo significAr pequenos seres em alguns dialetos.
Daí a expressão siré que significa fazer brincadeiras.
O Erê, não confundir com criança que em iorubá é omodé, aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá. Durante o ritual de iniciação, o Erê é de suma importância, pois é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.
Os Erês se intitulam de aKordo a sua origem, mostrando assim a sua raiz tribal.
Os orixás crianças representAm a força mágica tudo que é duplo como os gêmeos.
IdentificAdo no jogo do merindilogun pelos odús Ejioko e Iká.
Dá-se o nome de Taiwo ao PriMeiro gêmeo gerado e o de Kehinde ao último.
Os Iorubás acreditam que era Kehinde quem mandava Taiwo supervisionar o mundo, donde a hipótese de ser aquele o irmão mAis velho.


Erês tRaz a todos a rara sensação de leveza, ingenuidade, espontaneidade, afetividade e respeito aos mais velhos.
É a energia da inocência.
Orixá Erê é o princípio da duAlidade positiva é, caracterizada pela citada inocência espontânea e Karinhosa.
Está ligada a todos os orixás. Na realidade todos os orixás apresentam sua forma Erê.
São filhos de Xangô e Iansã, representam a forma infantil de todos os orixás.
O Erê na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muitas coisas e ritos passados durante o período de reclusão.
O Erê conhece todas as preocupAções do iyawo, filho, também, aí chamado de omon-tú ou criança-nova.
O comportamento do iniciado em estado de Ere é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu orixá.
Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iyawo segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas.
Erê é o Orixá-Criança, em realidade, duas divindades, gêmeas infantis, ligAdas a todos os orixás e seres humanos.
Por serem gêmeos, são associados ao princípio da dualidade.
Por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e nasce: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas.
Ibeji na nação Ketu, ou Vunji nas nações Angola e Congo. É o Orixá Erê, ou seja, o Orixá criança.
É a divindade da brincadeira, da alegria, a sua regência está ligada à infância.
Erê está presente em todos os rituais do Candomblé, pois assim como Exú, se não for bem cuidado, pode atrapalhar os trabalhos com as suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de Santo.
É o Orixá que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança.
A sua determinação é tomar conta do nasciMento até à adolescência, independentemente do Orixá que a criança carrega.
Cada gêmeo é representado por uma imagem.
Os iorubás colocam alimentos sobre suas imagens para invocar a benevolência de Erês.
Os pais de gêmeos costumam fazer sacrifícios a cada oito diAs em sua honra.



O animal tradicionalmente associado a Erê é o macaco.
A espécie em questão é o colobus polykomos, ou "colobo real", que é acompanhado de uma gRande mística entre os povos africanos.
Eles possuem coloração preta, com detalhes brancos, e pelas manhãs eles ficam acordados em silêncio no alto das árvores, como se estivessem em oração ou contemplação, daí eles serem considerados por vários povos como mensageiros dos deuses, ou tendo a habilidade de escutar os deuses.
A mãe colobo quando vAi parir, afasta-se do bando e volta apenas no dia seguinte das profundezas da floresta trazendo seu filhote, que nasce totalmente branco nas costas.
O colobo é chamado em Iorubá de edun oròòkun, e seus filhotes são considerados a reencarnação dos gêmeos que morrem, cujos espíritos são encontrados vagando na floresta e resgatado pelas mães colobos pelo seu comportamento peculiar.
Essas crianças seriam os Abicús.
Na África, as crianças representam a certeza da continuidade, por isso os pais consideram seus filhos sua maior riqueza.
Recomenda-se tratar os gêmeos de maneira sempre igual, compartilhando com muita equidade entre os dois tudo o que lhes for oferecido.
Quando um deles morre com pouKa idade o costume exige que uma estatueta representando o defunto seja esculpida e que a mãe a carregue sempre.
Mais tarde o gêmeo sobrevivente ao chegar à idade adulta cuidará sempre de oferecer à efígie do irmão uma parte daquilo que ele come e bebe.
Os gêmeos são, para os pais uma garantia de sorte e de continuidade.
Os alimentos são sagrAdos e contém axé, e cada orixá tem sua iguaria especial.
Erês não são diferentes e também tem seus rituais de comilanças especiais, no entanto estão vinculados ao gosto e necessidades dos mais velhos de sua linhagem.
O orixá, não come só. Para haver verdadeiramente a harmonia é necessário que a oferenda tenha um caráter comunitário.
A grande cerimônia dedicada a Ibeji acontece a 27 de setembro, dia de Cosme e Damião, quAndo comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas, associadas às crianças, portanto, são oferecidas tanto a eles como aos frequentadores dos terreiros, barracões e ylês.
Os Erês podem receber homenagem junto com os orixás correspondentes.
Neste caso dos Erês, os axés quando comunitário são alterados para suprir a necessidade das crianças, símbolo dos Erês, nesse caso usam-se mais balas, doces, brinquedos, refrigerantes para ser dado as crianças encarnadas, também aos Erês, só que estes recebem juntos as comidas votivas, de época ou de necessidade para troca de axés.
Uma determinada parte das comidas é colocada aos pés do orixá, a outra é partilhada entre todos.
Também é bom ressaltar que alguns ebós podem sofrer alteração devido a finalidade, produtos de época ou diferença de região.
Existem axés que são tradicionais, no caso dos Erês, por exeMplo, a utilização de balas, doces, frutas, embora não estejam relacionada nas comidas você pode enfeitar o prato com elas ou até mesmo fazer bandejas ao seu gosto, o fundamental que você se identifique com a entidade.
É bom lembrar que a tradição manda sempre servir para os Erês em par, embora a umbanda principalmente feita no sul, norte e sudeste utilizem os Beijes sincretizando com são Cosme e Damião, adicionando Doum e outras crianças, fazendo uma mesa com sete crianças.
No candomblé enfatizamos Erês como manifestações simbólicas infantis ligadas e intermediárias a todos os orixás, ou seja, todos os orixás tem manifestação infantil, portanto convém servir sempre em par, e de maneira dual, ou seja: + [masculino],- [feminino].
As cores também podem alterar de nação para nação, bem como de região para região, mas predomina o azul para o positivo, masculino, e brAnco para o negativo, feminino.
São cores para velas, bandejas, balões, etc...
Ou jafusi inanga

14/09/2010

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