sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Atabaques



ATABAQUES 



 
Os ATABAQUES, são os principais instrumentos da música do Candomblé, cuja execução é da responsabilidade dos Ogãs, mas não apenas para marcar os toque, pois sua finalidade maior é chamar os ORIXÁS para o mundo dos humanos encarnados.
Os ATABAQUES são sagrados tanto como os OTÁS, e renovam seus AXÉS anualmente.
Defendo a normativa de serem usados somente no âmbito religioso, dentro do local consagrado, se, ritual outro for necessário devem ser utilizados instrumentos BURUBURU.
São feitos das peles retiradas dos animais que foram sacrificados nos rituais da casa. Não devem receber a luz solar, e de quando em vez receber luz de vela branca.
O ATABAQUE maior tem o nome de RUM, possui o registro grave; o segundo tem o nome de RUMPI tem o registro médio; e o menor tem o nome de LE possui o registro agudo.
Os ATABAQUES do candomblé só podem ser tocados pelo ALABÊ (nação Ketu), Xicarangoma (nações Angola e Congo) e Runtó (nação Jeje) que é o responsável pelo Rum (o atabaque maior), e pelos Ogãs nos atabaques menores sob o seu comando.
É o ALABÊ que começa o toque, e é através do seu desempenho no Rum que o Orixá vai executar a sua coreografia de dança, sempre acompanhando o floreio do Rum. O Rum é que comanda o Rumpi e o Le. É o Ogan responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e preservação dos instrumentos musicais sagrados ATABAQUES. Nos ciclos de festas é obrigado a se levantar de madrugada para que faça a alvorada. Se uma autoridade de outro AXÉ chegar no terreiro, o ALABÊ tem de lhe prestar as devidas homenagens.
Coimo também recebe as homenagens por ser o controlador do AXÉ ILÚ,  AJÊS E AYAN

ILÚS são os chamados instrumentos de percussão que executam a música sacra do Batuque. Os orins são entoados ao som dos ILÚS, tambores de dois couros, Tambor de duas peles presas por cordas. Instrumento musical africano, da nação IJEXÁ, é usado nos afoxés de Salvador. Em Pernambuco, denomina um pequeno tambor feito de barril, com couro nas duas extremidades. É utilizado no xangô, percutido com duas baquetas de madeira chamadas birros.. Junto com os tambores na orquestra ritual aparecem os Ajês.
Cada Ilú é consagrado a uma Divindade. É costume ter num Ilê o Ilú, o Ilú otun e o Ilú osi, e em alguns Ilês a Ayan, tipo de tambor Batá, mais alongado, que tem suas origens no Reino de Oyo. Este tambor, a Ayan, leva o nome da deusa Ayan, que é a protetora dos Alabês na cidade de Oyo. Aqui no Brasil a Ayan é consagrada a Oya e a Sango. Executa alguns dos toques de Sango, Oya, bem como toques para Ibeji e para Yemoja. O tambor Ayan está em franco desaparecimento na maioria dos Ilês de Nações que compõe a tradição afro-gaúcha do Batuque (Ijexá, Oyo, Jêje, Cabinda, Moçambique, Nagô).

AJÊS, Instrumento feito de cabaça, que é um fruto da família do melão e da abóbora, em diferentes formatos e tamanhos. A cabaça é envolta por contas que, ao deslizarem, produzem acentos e ritmos. É bastante empregado em ritmos afro-brasileiros. cabaças revestidas de contas coloridas, que ao serem agitadas reproduzem um som parecido ao de um chocalho. Em outros lugares do Brasil este instrumento é chamado de Xequerê.



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