ORIXÁ NANÃ
É na transição, condição para o renascimento e para fecundidade, que se encontram os mistérios de NANÃ. Respeitada e temida, NANÃ, deusa das chuvas, da lama, da terra, juíza na essência da vida, NANÃ é a sacerdotisa que, segura de suas experiências, sabe o momento e como agir.
Seu mundo é a natureza viva e morta, ela é capaz de sentir quando o peso da realidade exterior bloqueia as possibilidades de concretizar suas intenções, por isso quando a realidade está obscura, ela se senta, recolhe suas lembranças, medita e ESCUTA o caminho a seguir.
Considerada avó de todos os orixás.
Mãe de OMULU , OBALUAÊ e OXUMARÉ.
Sua dança é lenta, andar curvado, demonstrando sua idade madura, sua velhice.
Na síntese mitológica iorubana NANÃ é considerada a mais velha deusa da nação, predominando com associações diretas com a MORTE e com a posição reservada aos bem mais idosos.
O símbolo de NANÃ é o IBIRI confeccionado de palitos de dendezeiro, semelhante ao XAXARÁ de OBALUAÊ.
O IBIRI conduzido quando Orixá montado não é bramido como um instrumento de guerra, e sim mimado como se fosse uma criança.
NANÃ demonstra personalidade austera, justiceira e incapaz de brincadeiras e de explosão emocional.
Além de sua extrema associação como terra, NANÃ, avó de todos os Orixás é considerada a dona do habitat da lama, do lodo, dos terrenos pantanosos dos rios e dos mares.
É a poderosa AIABÁ dos primórdios, a senhora da lama, a mistura dos elementos água e terra, sendo cultuada nas lagoas de águas paradas, nos brejos e nos pântanos.
Segundo alguns mitos NANÃ é a mãe de OSSAIM.
Poderosa mãe apelidada carinhosamente de vovó, considerada a anciã dos orixás, representada por uma velha alquebrada, encurvada, mas perfeitamente lúcida e ciente de seu imenso poder.
NANÃ é a senhora da morte, a própria morte.
RESUMINDO...NANÃ, é um orixá bastante complexo, representa a memória transcendental do ser humano e o acervo das reações pré-históricas de nossos antepassados.
É uma divindade das águas paradas e dos pântanos, responsável pela matéria prima da vida [ barro ] que deu forma ao primeiro homem, assim da criação do mundo e dos seres.
NANÃ rege fisicamente o estômago, os intestinos, a memória e os pés, temida por todos que conhecem seus hábitos e costumes, este é o orixá representante da continuidade da existência humana e, portanto, da morte.
SALUBÁ NANÃ BURÚKU, entidade que separa os vivos dos mortos.
Permanece como uma imagem amedrontadora da mãe que tendo o poder da vida, possui também o poder da morte.
NANÃ ocupa um lugar específico, muito temida, parece manter a imagem mais ligada as antigas YÁMIS .Sendo a mais antiga das divindades das águas, ela representa a memória ancestral do nosso povo: é a mãe antiga (Iyá Agbà) por excelência. É respeitada como mãe por todos os outros orixás.
É dada como amante mais velha de OXALÁ que ao seduzi-la roubou parte de seus poderes, mas em troca faz dela mãe de OMULU e OXUMARÊ.
NANÃ também tem relações com XANGÔ. Outros tabus conservam igualmente características ameaçadoras ainda que veladas.
Apesar da aparência, tem extraordinária resistência física. Não gosta de homens, e é praticamente assexuada, possuindo grande capacidade de trabalho, e autossuficiente, tem hábitos austeros e intolerante a preguiça, falta de educação, desordem, desperdício.
Previdente, organizada e rigorosa nos princípios morais.
Zeladora dos bons costumes e princípios morais, não perdoa mentirosos, traições, desonestidades, tolerante, ranzinza, rabugenta, sábia e carinhosa.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE NANÃ.
As pessoas que recebem esta energia tem a tendência a impor respeito, de serem dominadoras por natureza. Sensatez, perseverança, ordem, objetividade, ou inverso: estupidez, preguiça, conservadorismo extremo, medo, avareza.
Aparência física pesada, truculenta, desgraciosa, fracasso na sexualidade e no amor pela falta de habilidade no trato social e pela agressividade. Sem beleza, sem vaidade.
São generosas, mas orgulhosas ao extremo, o suficiente para não estenderem a mão em agradecimento.
Suscetíveis a adulação, pois se consideram merecedoras de todos os elogios.
Via de regra são de estatura robusta, seu temperamento rabugento estimula a doenças nervosas e reumáticas. Os filhos de NANÃ são pessoas extremamente calmas, tão lentas no cumprimento das suas tarefas que chegam a irritar.
Agem quando interessa com benevolência, dignidade e gentileza. As pessoas de NANÃ parecem ter a eternidade à sua frente para acabar os seus afazeres; gostam de crianças e educam-nas com excesso de doçura e mansidão, assim como as avós. São pessoas que no modo de agir e até fisicamente aparentam mais idade.
Podem apresentar precocemente problemas de idade, como tendência a viver no passado, de recordações, apresentar infecções reumáticas e problemas nas articulações em geral.
Algumas pessoas de NANÃ podem ser teimosas e “ranzinzas”, daquelas que guardam por longo tempo um rancor ou adiam uma decisão. Porém agem com segurança e majestade. As suas reações bem equilibradas e a pertinência das suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
Embora se atribua a NANÃ um carácter implacável, os seus filhos têm grande capacidade de perdoar, principalmente as pessoas que amam.
Nana não roda na cabeça de homem.
Seus adeptos dançam com a dignidade que convém a uma senhora idosa e respeitável. Seus movimentos lembram um andar lento e penoso, apoiado num bastão imaginário que os dançarinos, curvados para frente, parecem puxar para si. Em certos momentos, viram para o centro da roda e colocam seus punhos fechados, um sobre o outro, parecendo segurar um bastão.
PRECE
NANÃ
Oh! Mãe dos mananciais. Senhora da renovação da vida. Mãe de toda criação.
Orixá das águas paradas. Mãe da sabedoria.
Dai-me a calma necessária para aguardar com paciência o momento certo para tomar minhas decisões.
Que a Tua luz neutralize toda as forças negativas à minha volta. Daí-me à tua serenidade e faz de mim um filho abençoado nos caminhos da paz, do amor e da prosperidade.
NANÃ
Mãe protetora de todos nós. Senhora das águas opulentas. Deusa das chuvas benévolas. Deixai cair sobre nós a chuva divina da tua bondade fecunda e infinita. Salubá NANÃ Buruquê! Purificai com tuas forças nossa atmosfera para que possamos ser envolvidos pelos teus olhos maravilhosos. Saluba NANÃ Buruquê!
NANÃ
Minha mãe ,
eu peço a benção e proteção para todos os passos de minha vida.
Minha mãe NANÃ, eu peço que abençoe o meu coração, minha cabeça, meu espírito e meu corpo. Que aos poderes dados somente à Senhora das Senhoras,
sejam caridosos e benevolentes, e me escondam de meus inimigos ocultos e poderosos.
Minha querida Mãe e Senhora,
tenha piedade de meu coração.
Minha querida Mãe e Senhora,
faça com que eu seja puro de coração
para merecer a sua proteção e caridade.
Sant'Ana, cujo nome em hebraico significa graça, pertencia à família do sacerdote Aarão e seu marido, São Joaquim pertencia à família real de Davi. Seu marido, São Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas Sant’Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Deus. Eram residentes em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se ergue a Basílica de Santana; e aí, num sábado, 8 de setembro do ano 20 a.C., nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao Templo de Jerusalém aos três anos, tendo lá permanecido até os doze anos.
A devoção aos pais de Maria é muito antiga no Oriente, onde foram cultuados desde os primeiros séculos de nossa era, atingindo sua plenitude no século VI. Em 1378, o Papa Urbano IV oficializou seu culto . Em 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant’Ana em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII a estendeu para toda a Igreja, em 1879.Em França, o culto da Mãe de Maria teve um impulso extraordinário depois das aparições da santa em Auray, em 1623. Tendo sido São Joaquim comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de Sant’Ana, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria Santíssima.
LENDAS
Dizem que quando OLORUM encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que NANÃ veio em seu socorro e deu a OXALÁ a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é NANÃ. OXALÁ criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de OLORUM ele caminhou. Com a ajuda dos Orixá povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de NANÃ.
NANÃ deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.
NANÃ andava muito preocupada com EUÁ, solitária e silenciosa, que vivia isolada do convívio de todos.
EUÁ muito linda, tão linda como as manhãs ensolaradas, e tinha inúmeros pretendentes, mas não queria contrair matrimônio com nenhum deles.
Queria permanecer solteira e casta.
Sua vida se resumia na tarefa de fazer cair a noite, puxando o sol com o ARPÃO, ela era o próprio horizonte, o exato lugar de encontro entre ÔRUN e o AIÊ.
NANÃ preocupada foi consultar um BABALAÔ, pedindo ajuda a ORUMILÁ: que fosse feito algo que mudasse a cabeça de donzela tão teimosa.
Quando EUÁ soube da intenção de NANÃ, chorou tanto, que OXUMARÊ, apiedou-se e levou-a para o céu, escondendo atrás do arco-íris, num local onde NANÃ não tem acesso .
NANÃ tem medo de alturas .
NANÃ era rainha de um povo e tinha poder sobre os mortos. Para roubar esse poder, Oxalá casou com ela, mas não ligava para a mulher. Então, NANÃ fez um feitiço para ter um filho. Tudo aconteceu como ela queria mas, por causa do feitiço, o filho Omolu nasceu todo deformado, horrorizada, NANÃ jogou-o no mar para que morresse. Como castigo pela crueldade, quando NANÃ engravidou de novo, Orunmilá disse que o filho seria lindo mas se afastaria dela para correr mundo. E nasceu Oxumaré, que durante 6 meses vive no céu como o arco-íris, e nos outros 6 é uma cobra que se arrasta no chão.
Na aldeia chefiada por NANÃ, quando alguém cometia um crime, era amarrado a uma árvore e então Nanã chamava os Eguns para assustá-lo. Ambicionando esse poder, Oxalá foi visitar Nanã e deu-lhe uma poção que fez com que ela se apaixonasse por ele. Nanã dividiu o reino com ele, mas proibiu sua entrada no Jardim dos Eguns. Mas Oxalá espionou-a e aprendeu o ritual de invocação dos mortos. Depois, disfarçando-se de mulher com as roupas de NANÃ, foi ao jardim e ordenou aos Eguns que obedecessem "ao homem que vivia com ela "(ele mesmo). Quando NANÃ descobriu o golpe, quis reagir mas, como estava apaixonada, acabou aceitando deixar o poder com o marido. Hoje no Culto aos Egungun só os homens são iniciados para chamar os Eguns.
De volta de uma de suas viagens à África, NANÃ BURUQUÊ deu a luz a um menino, OBALUAÊ.
Verificando, a seguir que seu filho tinha adquirido a lepra, não quis saber dele e o abandonou. IEMANJÁ irmã de OBALUAÊ apiedou-se do irmão e resolveu tomar conta dele.
Criou OBALUAÊ dando- lhe pipoca com mel. Cuidava suas feridas com dendê.
OXALÁ seduz NANÃ e rouba-lhe a exclusividade do poder sobre os espíritos dos mortos. Para tanto se vestiu de mulher, fingiu que era NANÃ, e, por assim dizer, domesticou os terríveis EGUNGUN que até então, faziam tudo que ela mandava. Mas para tirar o poder da grande mãe teve que pagar um preço. OXALÁ usa saia até hoje.
EBÓS, MACUMBAS E FEITIÇOS
GUERRA ESPIRITUAL
Se você esta em meio a uma demanda e esta difícil vence-la ou ter sossego, faça este axé com NANÃ e os ÈGÚN:
sacrifica-se um pombo branco pedindo a NANÃ o que deseja e outro preto aos ÈGÚN.
Nunca use faca para puxar para NANÃ, devendo seus axés de corte ser feito com as mãos.
Coloque no alguidar o pombo da NANÃ, e enfeite com deburu feita no dendê. O pombo de ÈGÚN coloque no alguidar e regue com cachaça. As cabeças devem ser jogadas em uma praça bem distante de sua casa.
Despache os pombos em um local em que seje pantanoso, ou que tenha barro, acenda uma vela vermelha para exu MULO, uma vela lilás para NANÃ, e nove velas de sebo para as ALMAS.
PEDIR ALGO IMPOSSÍVEL.
MATERIAL
-1 LITRO DE ÁGUA
-40 PEDAÇOS PEQUENOS DE MACAXEIRA ,MANDIOCA,AIPIM
-1/2 CEBOLA MÉDIA ROXA PICADA
-4 DENTE DE ALHO
-1 PEITO DE FRANGO
-SAL
-PIMENTA DO REINO
-SALSA PICADA
-AZEITE-DE-DÊNDE
-Em uma panela cozinhe os cubinhos de macaxeira e o frango. Por 20 minutos. Deixe a macaxeira com a água e retire o frango, e deixe reservado.
-Frite a cebola e o alho com dendê e coloque na panela onde estava a macaxeira, misture bem e amasse com o socador de madeira.
-Desfie a galinha e misture com o purê da macaxeira, bem como a salsa picada.
-Após tudo misturado coloque em tigela branca, após enfeite com folhas inteira de salsa.
MARIDO ABANDONADO ACEITAR MULHER DE VOLTA
Para que marido abandonado aceite mulher de volta, a mulher tem que fazer ebó com uma galinha d́ angola, camisa que estiver usando mais um pedaço de pano branco e 27 moedas antigas e l3 moedas correntes.
Oferenda para garantir a paz e livrar-se de sentimentos ruins: Compre uma cestinha de vime, com alça. Enfeite-a com pano e fita na cor lilás. Forre com arroz com casca e aveia. Coloque: 13 buzios brancos, 13 contas de cristal na cor lilás, um obi e um orobô. Cubra com 13 flores artificiais nas cores lilás e branco. Caso queira, pode acrescentar o Ibiri (insígnia de Nanã).
VENCER UMA GUERRA
Para vencer uma guerra coloca-se no quintal, uma panela de barro com água, dentro 13 moedas . Trocar a água diariamente, e quando o problema for resolvido, despacha-se tudo na esquina, mais próxima.-
DETALHES
ANIMAIS> rã
AXÉ>cuida dos mortos enquanto seus corpos se decompõem no lodo, se preparando para formarem novos seres. Protege contra feitiços e perigos de morte.
BEBIDA> água da chuva, água de coco, mel e dendê.
CARACTERÍSTICAS> introvertida, austera, madura, protetora, mártir, rabugenta, vingativa, intrigante.
COME> acaçá, pipoca, farofa-de-dendê, peixe cozido com pouco sal, farofa de amendoim torrado, aipim cozido no dendê ,efó, mungunzá, sarapatel, feijão com coco, pirão com batata roxa. Jaca. Mocotó com as qualeira e sem os osso.
COR> lilás, roxo, azulão.
DIA> Quarta-feira.
DOENÇAS> erisipela, artrite, estomatite
DOMÍNIOS> os pântanos e a morte.
ELEMENTO> água e terra -
EMBLEMA> iberim, vassoura de palha, bastão de hastes de palmeira (Ibiri)cetro da nervura do dendezeiro.
ERVAS> avenca, alfavaca, hortênsia, sempre-viva roxa. folha da fortuna, viuvinha (trapoeraba roxa), samambaia, melão de São Caetano, manacá.
FRASE DE IMPACTO> Sálù bá nàná burúku > Divindade que separa os espíritos trevosos da morte.
FUNÇÃO> criação e transformação.
FRUTA> melão, abacaxi.
KIZILAS> multidões, instrumentos de metal
METAL> ouro branco e estanho.
MINERAL>terra (é mais velha que a descoberta dos metais), lodo.
MORADIA> cemitério, pântano, lamaçal.
NATUREZA> pântanos, lama
RISCOS DE SAÚDE>problemas de coração e circulação; saúde geral fraca.
SAUDAÇÃO> Salubá.
SÍMBOLO> Ibiri.
CONTATO
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