ORIXÁS
R-20-060418
Orixás são elementos da natureza, e cada Orixá representa uma foRça
distinta.
Quando cultuamos os Orixás, cultuamos também as forças elementares
oriundas da água, da terra, do ar, do fogo.
Essas forças em equilíbrio produzem uma energia, denominada axé, que nos
auxilia no nosso dia a dia, ajudando para que o nosso destino se torne cada vez
mais favorável.
Assim sendo, quando dizemos que adoramos Deuses, nos referimos a adorar
as forças da natureza, forças essas pertencentes á criAção do Deus Supremo.
Olorum.
A grande maioria das nações africanas, anteriores à era cristã,
conheciam a existência de Olorum como o grande criador, o Ser Fundamental.
Olorum é o Todo.
Os Orixás são a junção das energias de todo os elementos da natureza, e
cada elemento da natureza é representado por um Orixá.
Aprendemos a sentir e a manipular essas energias individualmente através
de Kada Orixá.
Os filhos nascidos sobre a influência do Orixá detém mais energia do seu
Orixá influente que os filhos de outros Orixás.
Os Orixás foram os primeiros seres que habitaram a Terra, e dividem-se
em duas qualidades: os Orixás Funfuns e os Orixás de Predominância.
Em total existem 401 Orixás.
Os Orixás Funfuns são os seres que criaram o nosso Universo.
Orixás de Predominância, são aqueles que descenderam dos Orixás Funfuns,
e a sua função era povoar o planeta, espalhando dublês por todo o mundo.
Durante a sua estadia na Terra, os Orixás tiveram muitas aventuras
fantásticAs, devido à sua força sobre os elementos da natureza.
Muitas das suas façanhas e ensinamentos são citadas em lendas.
Após a sua passagem pela Terra, os Orixás de predominância recolheram-se
no Orun, de onde têm como função auxiliar os seus semelhantes na Terra em busca
da evolução e da comunhão universal.
Os nossos Orixás, Imalés, cultuados na religião do axé.
No Rio Grande do Sul predominou o grupo sudanês, que identificam-se
pelos negros da costa do Guiné ou Nigéria, região de Benim, cidAde com mais de
6.000 anos.
Descendem deles os Geges, Igexá e Oyó.
Os Bantus representam os Congos, Angola, Cabulas e Cambinas.
A misturança se fez nos navios negreiros e na necessidade de cultivar a
religião ancestral.
A dispersão fez com que houvesse a mistura e dela surgiram não apenas
dialetos diferentes como também fizera com que Sudaneses e Bantos, praticassem
a mesma religião, porem com adaptação nas liturgias, nos fundamentos, feituras
dos orixás, hierarquia e axés.
No Brasil um outro ponto foi agravante para que se perdesse um pouco
mais a origem.
O sincretismo, misturando a crença em uma energia e seguindo as
pregações sobre determinada alma imortalizada pelo próprio homem.
Como é o caso dos santos católicos.
Situações grosseiras, pois Oxalá existe a mais de seis mil anos, sua
crença, sua manifestação, seu culto, assim poderíamos colocar, enquanto que
Jesus tem menos de 2000.
Quando Jesus veio, veio na vibração de Oxalá, sim, nisso concordamos, mas
não podeMos aceitar que esse Oxalá santificado pela Igreja como Jesus, receba
um crédito absurdo.
Além do mais nossos Oxalás não tem nada a ver com o que escreveram de
Jesus, o Cristo, como líder político, sim, mas não como Avatar.
Mas isso realmente não importa, o fundamental é manter o máximo possível
a cultura sudanesa, o nosso batuque, que embora tenha muito do sotaque
africano, tem em supremacia a nossa crença nos orixás, nas energias, nos Odús, ressurgidos
na senzala.
Para assistir aos desencarnados, os Orixás contam com o auxílio dos seus
servidores, espíritos de luz em diferentes estágios de evolução, entre os quais
estão Exús, Pombogiras, Erês e Caboclos.
Almas em evolução que não reencarnam, mas cumprem serviço no mundo
espirituAl como elementos de ligação.
Ou jafusi inanga.
28/10/1995
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