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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Esquecer

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MISSIVA do PEREGRINO


 





ESQUECER


Não! Definitivamente não é fácil esquecer alguém que "foi' nosso amor. Principalmente quando tal qual dor de dente,.. quanto mais negamos mais dói, e quanto mais chamamos de falecido(a), mais dói, não o dente mas a dor da saudade que mascaramos de raiva do estropício(a).
Sim, o ato de negar afunda mais na certeza de querer resolver algo pendente, acertar o que ficou a certo modo sem uma explicação plausível.
Sempre podemos alterar algo, sempre podemos colar aqui ou ali, quando o vaso quebra, no entanto antes de destroçar nem nos tocamos do seu valor.
Só vemos e valorizamos as flores.

Mas é sempre assim e com quase a maioria das pessoas.
Somente quando não tem mais volta desejamos lutar.
Descobrimos então que não conhecemos suficientemente a pessoa a quem nos entregamos e nos dá desprezo no momento.
Esquecer não é fácil, ficamos atrelados ao passado, buscando nele respostas para nossa decadência, nossa perca de espaço e de felicidade.
Procuramos, nos outros, os defeitos que desejamos sejam suficientes para que possamos esquecer através da aniquilação por falta de compatibilidade.
Descobrimos muitas vezes, que na realidade somos iguais em defeitos e virtudes.
Nunca um só é culpado quando um relacionamento amoroso não dá mais certo.
Mas um só é culpado por querer se enganar para toda a vida.
Deixar de lado o amor antigo por um novo pode ser perca de tempo, principalmente se quando você percebe que procura em outros evidências e semelhanças do seu ex-amor.
Esquecer amor passado é enterrar parte de sua vida, pois você depositou esperanças a dois, e, de repente, para tudo. Você esta só.
Não há ninguém para dar um bafão na primeira hora da manhã, disputar banheiro, chuveiro, quem prepara o café, quem sai primeiro,... não ter em quem jogar culpas de seus fracassos, de quem esperar um elogio por algo repetidas vezes tentadas e só naquele momento conseguido.
Listar as coisas pendentes que deixamos de fazer quando não estamos a dois, seria no mínimo cansativo por ser imenso demais.
A realidade é uma: SOLIDÃO.


Sim, pois quando desejamos estar com alguém e não podemos, o sentimento de vazio é tamanho que pouco importa a multidão a sua volta. Pouco interessa quem esta lhe chamando exaustivamente para ter de você um simples e simplório olá.
O tempo, sim. Só o tempo pode alterar o curso do rio, mas o deságüe é certo, esse não muda vai direto para o oceano.
Mas como conviver assim?
Fórmula para esquecimento?
Amnésia sentimental?
Palpites de soluções, simples ideias desejando amenizar uma dor que corroe, e, só quem vive pode descrever, mas jamais vivenciar o de outra ou alguém sentir a sua.
Única. Exclusiva. Solitária e maltratante companheira.
Através de indução e orientação religiosa alcança-se um progresso lento e gradual para o esquecimento. Será mesmo? Ou apenas a substituição por algo equivalente no momento até ser constatado ser melhor para a sequência de sua caminhada, sim o gostar PODE vir com o tempo, diz o povo cigano.
Mas para que mude é necessário desprender-se das algemas do passado. Não apenas coisas boas que faziam recordar e manter-se em sintonia com a pessoa amada mesmo depois de muitos anos de separação.
As coisas ruins também, pois embora torturem a mente com coisas desagradáveis, a sintonia é mantida de maneira igual, ou pior, pois nas coisas ruins houveram esforço de superação, resgate.
Caminhante, adote uma postura de quem troca as roupas do guarda roupa de inverno para a primavera.
Raciocínio voltado para a necessidade do momento. VIVER.
Quando não se tem o que se ama, ama-se o que se tem.
Não busque algo idêntico ao que se foi, não almeje ideias, feições, manifestações de carinho, respeito com a mesma intensidade vivida no passado.
Abra-se de par em par para algo novo. Vivencia cada momento como se fosse seu primeiro dia em cima de uma bicicleta, com os seus medos, pequenas quedas, novas tentativas, mas nunca desistência e o resultado já é sabido e nunca mais será esquecido.

Aceite o novo, não por perecer o velho.
Aceite o novo pelo ensejo do recomeçar.
A semente colocada na terra tem que apodrecer para germinar, e a terra complacente deixa se rasgar, e tem como prêmio o florescer.


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