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quinta-feira, 31 de março de 2011

Lenda do Orixá Egun

LENDA DOS ORIXÁS




















LENDA DE EGUN


CÓPIA
Certa feita EGUM vestiu roupas idênticas a de XANGÔ com bota, chapéu e tudo e saiu “ aprontando “.
Chegava nos lugares e fingia que era XANGÔ comendo as comidas e recolhendo as oferendas destinadas ao rei.

Como resultado: XANGÔ mandou cortar a cabeça de EGUM.

COROA da CABEÇA
Conta o mito que OIÁ estava trabalhando com OGUM, seu marido ferreiro, na oficina dele no dia dos ancestrais.
OGUM batia o ferro na bigorna enquanto OIÁ assoprava o fogo com o fole.
OIÁ alegre como sempre, trabalhava e produzia música.
Conseguindo involuntariamente atrair os EGUNGUNS para a porta da oficina.
OGUM ficou tão orgulhoso de OIÁ que tirou o próprio capacete da cabeça, ACORÔ, e ofereceu a OIÁ chamando-a acorô de minha cabeça.
DANÇARINA
Certa vez houve uma festa com todos os ORIXÁS presentes.
OBALUAÊ chegou vestindo seu capucho de palha. Ninguém o podia reconhecer sob o disfarce e nenhuma mulher quis dançar com ele.
Só OIÁ, corajosa, atirou-se na dança com o Senhor da Terra.
Tanto girava OIÁ na sua dança que provocava vento.
E o vento de OIÁ levantou as palhas e descobriu o corpo de OBALUAÊ.
Para surpresa geral, era um belo homem.
O povo o aclamou por sua beleza.
OBALUAÊ ficou mais do que contente com a festa, ficou grato e em recompensa, dividiu com ela o seu reino.
Fez de OIÁ a rainha dos espíritos dos mortos. Rainha que é Oiá Igbalé, a condutora dos EGUNS.
OIÁ então dançou e dançou de alegria para mostrar a todos seu poder sobre os mortos, quando ela dançava, agitava no ar o IRUQUERÊ, o espanta-mosca com que afasta os EGUNS para o outro mundo.
Rainha Oiá Igbalé, a condutora dos espíritos.
Rainha que foi sempre a grande paixão de OMULU.


DIREITO ADQUIRIDO
Em certa época, as mulheres eram relegadas a um segundo plano em suas relações com os homens.
Então elas resolveram punir seus maridos, mas sem nenhum critério ou limite, abusando desta decisão, humilhando-os em demasia.
OIÁ era a líder das mulheres, e elas se reuniram na floresta.
OIÁ havia domado e treinado um macaco marrom.
Utilizara para isso um galho de atori (ixan) e o vestia com uma roupa feita com várias tiras de pano coloridas, de modo que ninguém via o macaco sob os panos.
Seguindo um ritual, conforme OIÁ brandia o ixan no solo o macaco pulava de uma árvore e aparecia de forma alucinante, movimentando-se como fora treinado a fazer. Deste modo, durante a noite, quando os homens por lá passavam, as mulheres, que estavam escondidas faziam o macaco aparecer e eles fugiam totalmente apavorados.
Cansados de tanta humilhação, os homens foram ver o babalao para tentar descobrir o que estava acontecendo. Através do jogo de IFÁ, e para punir as mulheres, o babalao lhes conta a verdade. Ele os ensina como vencer as mulheres através de sacrifícios e astúcia.
OGUN foi o encarregado da missão. Ele chegou ao local das aparições antes das mulheres. Vestiu-se com vários panos, ficando totalmente encoberto, e se escondeu. Quando as mulheres chegaram, ele apareceu subitamente, correndo, berrando e brandindo sua espada pelos ares.
Todas fugiram apavoradas, inclusive OYÁ.
Desde então os homens dominaram as mulheres e as expulsaram para sempre do culto de EGUN.

MÃE DE EGUNS
OIÁ não podia ter filhos, procurou o conselho de um babalaô, ele revelou-lhe que somente teria filhos quando fosse possuída por um homem com violência.
Um dia XANGÔ a possuiu assim e dessa relação OIÁ teve nove filhos, desses filhos, oito nasceram mudos.
OIÁ procurou novamente o babalaô, ele recomendou que ela fizesse oferendas.
Tempos depois nasceu um filho que não era mudo, mas tinha uma voz estranha, rouca, profunda, cavernosa. Esse filho foi EGUNGUM, o antepassado que fundou cada família. Foi EGUNGUM, o ancestral que fundou a cidade.
Hoje, quando EGUNGUM volta para dançar entre seus descendentes, usando suas ricas máscaras e roupas coloridas, somente diante de uma mulher ele se curva. Somente diante de OIÁ se curva EGUNGUM.



MALDADE ANCESTRAL
Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com XANGÔ a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de EGUNGUN, vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas XANGÔ não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com XANGÔ e juraram vingança, em um certo momento em que XANGÔ estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente, subindo em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram, derrubaram a Adubaiyani filha de XANGÔ que ele mais adorava. XANGÔ ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito próspero, foi até ORUNMILÁ, que lhe disse que Iyami é quem havia matado sua filha, XANGÔ quis saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e ORUNMILÁ lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos, assim XANGÔ fez, seguindo a risca os preceitos de ORUNMILÁ.
XANGÔ conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios de EGUNGUN (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos EGUNS, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de OLORUN.
XANGÔ , Iku e dos próprios EGUNS, este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais.



MISTÉRIO DO JARDIM
NANÃ era considerada como a grande justiceira. Qualquer problema que ocorria em seu reino, os habitantes a procuravam para ser a juíza das causas. No entanto, NANÃ era conhecida como aquela que sempre castigava mais os homens, perdoando as mulheres.
NANÃ possuía um jardim em seu palácio onde havia um quarto para o EGUNS, que eram comandados por ela. Se alguma mulher reclamava do marido, NANÃ mandava prendê-lo chamando os EGUNS para assustá-lo, libertando o faltoso em seguida.
OXALUFÃ sabedor das atitudes da velha NANÃ resolveu visitá-la.
Chegou a seu palácio faminto e pediu a NANÃ que lhe preparasse um suco com igbins.
OXALUFÃ muito sabido fez NANÃ beber dele, acalmando-a e a cada dia que passava ela gostava mais do velho rei.
Pouco a pouco NANÃ foi cedendo aos pedidos do velho, até que um dia levou-o a seu jardim secreto, mostrando-lhe como controlava os EGUNS.
Na ausência de NANÃ, OXALUFÃ vestiu-se de mulher e foi ter com os EGUNS, chamando-os exatamente como NANÃ fazia, ordenando-lhes que deveriam obedecer a partir dali somente ao homem que vivia na casa da rainha. Em seu retorno NANÃ tomou conhecimento do fato ficando zangada com o velho rei. Foi então que rogou uma praga no velho rei que partir dali nunca mais usaria vestes masculinas.
Por isso até hoje OXALUFÃ veste-se com saia cumprida e cobre o rosto como as deusas rainhas.

NA MESMA MOEDA
Conta o mito que OIÁ disputava com o marido, OGUM o primeiro lugar em valentia.
Um belo dia, OIÁ convocou todas as mulheres na tarefa de pregar uma peça no senhor da guerra.
Para isto vestiram um macaco com panos coloridos dos pés a cabeça e soltaram o animal no local onde OGUM costumava passar. Quando OGUM viu o monstrengo correu, para deleite de OIÁ e das outras mulheres.
A façanha se repetiu por 3 dias, encarregando-se OIÁ de espalhar o ocorrido .
Após o terceiro dia de susto OGUN resolveu consultar ORUMILÁ, que o orientou a chegar no lugar dos fatos 2 horas antes do horário costumeiro e se escondesse na mata. Cumprindo o determinado pelo senhor da adivinhação OGUN colocou-se a espreita e viu todo o ocorrido com indignação.
Jurou vingança, furioso juntou os homens e deu o troco em OIÁ e nas demais mulheres, com a mesma moeda.
Vestiu um macaco do mesmo jeito e esperou que elas chegassem. Não deu outra, elas saíram gritando de medo e como punição as mulheres foram excluídas de participar do segredo do culto dos EGUNS.


OS FILHOS DO FAZENDEIRO
Havia na cidade do Oió um fazendeiro chamado Alapini, que tinha três filhos chamados Ojéwuni, Ojésamni e Ojérinlo.
Um dia Alapini foi viajar e deixou recomendações aos filhos para que colhessem os inhames e os armazenassem, mas que não comessem um tipo especial de inhame chamado ‘ihobia’, pois ele deixava as pessoas com uma terrível sede.
Seus filhos ignoraram o aviso e o comeram em demasia. Depois, beberam muita água e, um a um, acabaram todos morrendo.
Quando Alapini retornou, encontrou a desgraça em sua casa.
Desesperado, correu ao BABALAWÔ, que jogou Ifá para ele. O sacerdote disse que ele se acalmasse, e que após o l7º dia fosse ao ribeirão do bosque e executasse o ritual que foi prescrito no jogo.
Ele deveria escolher um galho da árvore sagrada chamada atori e fazer um bastão que é chamado ixan.
Na margem do ribeirão, deveria bater com o bastão na terra e chamar pelos nomes dos seus filhos, que na terceira vez eles apareceriam. Mas ele também não poderia esquecer de antes fazer certos sacrifícios e oferendas.
Assim ele o fez; seus filhos apareceram.
Mas eles tinham rostos e corpos estranhos; era então preciso cobri-los para que as pessoas pudessem vê-los sem se assustarem.
Pediu que seus filhos ficassem na floresta e voltou à cidade. Contou o fato ao povo, e as pessoas fizeram roupas para ele vestir seus filhos.
Deste dia em diante ele poderia ver e mostrar seus filhos a outras pessoas; as belas roupas que eles ganharam escondiam perfeitamente sua condição de mortos.
Alapini e seus filhos fizeram um pacto: em um buraco feito na terra pelo seu pai (ojubô), no mesmo local do primeiro encontro (igbo igbalé), ali seriam feitas as oferendas e os sacrifícios e guardadas as roupas, para que eles as vestissem quando o pai os chamasse através do ritual do bastão.
Seguindo o pacto e as instruções do babalawo, de que sempre que os filhos morressem fosse realizado o ritual após o l7º dia, pais e filhos para sempre se encontraram. E, para os filhos que ainda não tiverem roupas, é só pedir às pessoas que elas as farão com imenso prazer.


PODER
Nos primórdios da criação, OLODUMARÉ, o Ser Supremo que vive no orun, mandou vir ao aiyé (universo conhecido) três divindades: Ogun (senhor do ferro), Obarixá (senhor da criação dos homens) (2) e Odu, a única mulher entre eles. Todos eles tinham poderes, menos ela, que se queixou então a OLODUMARÊ. Este lhe outorgou o poder do pássaro contido numa cabaça (igbá eleiye) e ela se tornou então, através do poder emanado de OLODUMARÊ, Ìyáwon, nossa mãe para eternidade também chamada de IYAMI OXORONGA, minha mãe Oxorongá. Mas OLODUMARÊ a preveniu de que deveria usar este grande poder com cautela, sob pena de ele mesmo repreendê-la.
Mas ela abusou do poder do pássaro. Preocupado e humilhado, Obarixá foi até ORUNMILÁ fazer o jogo de IFÁ, e ele o ensinou como conquistar, apaziguar e vencer ODU, através de sacrifícios, oferendas e astúcia.
Obarixá e Odu foram viver juntos. Ele então lhe revelou seus segredos e, após algum tempo, ela lhe contou os seus, inclusive que adorava EGUN. Mostrou-lhe a roupa de EGUN, o qual não tinha corpo, rosto nem tampouco falava. Juntos eles adoraram EGUN.
Aproveitando um dia quando Odu saiu de casa, ele modificou e vestiu a roupa de EGUN. Com um bastão na mão, Obarixá foi à cidade (o fato de EGUN carregar um bastão revela toda a sua ira) e falou com todas as pessoas. quando ODU viu EGUN andando e falando, percebeu que foi Obarixá quem tornou isto possível.
Ela reverenciou e prestou homenagem a EGUN e a Obarixá, conformando-se com a supremacia dos homens e aceitando para si a derrota. Ela mandou então seu poderoso pássaro pousar em EGUN, e lhe outorgou o poder: tudo o que EGUN disser acontecerá. Odu retirou-se para sempre do culto de EGUNGUN.


PROIBIÇÃO
OIÁ não podia ter filhos, e foi consultar o babalao. Este lhe disse, então, que, se fizesse sacrifícios, ela os teria. Um dos motivos de não os ter ainda era porque ela não respeitava o seu tabu alimentar (euó) que proibia comer carne de carneiro. O sacrifício seria de 18.000 mil búzios (o pagamento), muitos panos coloridos e carne de carneiro. Com a carne ele preparou um remédio para que ela o comesse; e nunca mais ela deveria comer desta carne. quanto aos panos, deveriam ser entregues como oferenda.
Ela assim fez e, tempos depois, deu à luz nove filhos. Daí em diante ela também passou a ser conhecida pelo nome de ‘Iyá omo mésan’, que quer dizer ‘a mãe de nove filhos’ e que se aglutina Iyansan.


PUNIÇÃO DUPLA
OLORUN enviou NANÃ e OXALÁ para viverem na Terra e criarem a humanidade. Os dois foram dotados de grandes poderes para desempenharem essa tarefa, mas somente NANÃ tinha o domínio do reinado dos eguns, e guardava esses segredos, bem como o da geração da vida, em sua cabaça.
OXALÁ não se conformava com esta situação, queria poder compartilhar desses segredos. Tentava agradar sua companheira com oferendas para convencê-la a revelar seu conhecimento.
NANÃ, sentindo-se feliz com as atitudes de OXALÁ, decide mostrar-lhe egun, mas apenas ela era reconhecida nesse reinado.
Certa vez, enquanto NANÃ trabalhava com a lama, OXALÁ, disfarçando-se com as roupas dela, foi visitar egun, sem lhe pedir autorização.
Quando NANÃ, sentiu a falta de OXALÁ e de sua própria vestimenta, teve certeza de que ele havia invadido o seu reinado, atraiçoando-a gravemente. Enfurecida com a descoberta, resolveu fechar a passagem do mundo proibido, deixando OXALÁ preso.
Enquanto isso, OXALÁ caminhava no reinado de NANÃ, tentando descobrir seus mistérios, mas apenas ela conseguia comunicar-se com os eguns.
EGUN, sempre envolto em seus panos coloridos, não tinha rosto, nem voz. OXALÁ, usando um pedaço de carvão, criou um rosto para ele, como já havia feito com os seres humanos, e, com seu sopro divino, abriu-lhe a fala. Assim, ele conseguiu desvendar os segredos que tanto queria, mas, quando se deu conta, viu que não conseguia achar a saída.
NANÃ não sabia o que fazer, por isso fechou a passagem para mantê-lo preso até encontrar uma forma de castigá-lo. Contou a OLORUN sobre a traição de OXALÁ, que não aprovou a atitude de ambos. NANÃ errou ao revelar a OXALÁ os segredos que o próprio OLORUN lhe confiara. Para castigá-la, tomou o seu reinado e o entregou a OXALÁ, pois ele desempenhara melhor a tarefa de zelar pelo EGUNS. OXALÁ também foi castigado, pois invadiu o domínio de um outro orixá. Daquele dia em diante, OXALÁ seria obrigado a usar as roupas brancas de NANÃ, cobrindo o seu rosto com um chorão, que somente as yabás usam.


SEGURANÇA
OIÁ queria XANGÔ só para ela, pois sofria quando ele saía. Para impedir que XANGÔ saísse de casa, chamou os mortos a sua presença, e a casa de OIÁ ficou cercada de EGUNS, assim XANGÔ tornou-se prisioneiro de OIÁ .
Cada vez que ele tentava sair e abria a porta, os EGUNS vinham ao seu encontro chiando.
XANGÔ aterrorizado não saía a rua, um dia na ausência de OIÁ, OXUM foi visitar XANGÔ que lhe contou tudo. OXUM preparou uma garrafada com aguardente, mel, e pó de efum.



SÓ COM PERMISSÃO
Os AJÉS se tinham como os todos poderosos sobre os EGUNS fazia-os aparecer e desaparecer, obrigando-os a satisfazer todos os seus desejos sem o consentimento de OIÁ. Sabendo disto, OIÁ resolveu pregar uma peça nos ajés.
Vestiu-se de EGUM e saiu pela floresta. Vendo aquilo os ajés pegaram os ixãs e saíram em sua perseguição de repente OIÁ viu um buraco na terra e ali entrou.
Os ajés disseram: ele entrou por aqui e por aqui tem que sair. Ali ficaram até o anoitecer e quando, ao longe, ouviram o ilá de OIÁ perceberam no alto da montanha que ela tirava a roupa de EGUM. E desde daquele dia só com o consentimento de OIÁ pode-se fazer qualquer coisa para EGUN.


TEIMOSA
Conta a lenda que IANSÃ era uma das esposa de XANGÔ, mas diferente das outras duas que era OBÁ e OXUM, IANSÃ era mais teimosa e tinha espírito desafiador um belo dia ela resolveu pegar para si os cristais de XANGÔ os quais controlavam as almas, XANGÔ percebendo que tinha sido roubado foi consultar o IFÁ que lhe disse que uma das esposas o havia traído lhe roubando os cristais então seguiu o conselho dado pelo IFÁ chamou as suas três esposas e perguntou quem tinha roubado os cristais então IANSÃ foi abrir a boca para falar que não havia sido ela e saiu raios pela sua boca então XANGÔ logo percebeu quem foi a culpada antes que XANGÔ pudesse castiga-la ela fugiu para as matas. E levou com ela os cristais é claro e tornou-se uma condutora de EGUNS.



TRÊS CABAÇAS
Conta umas das lendas de IANSÃ, a primeira esposa de XANGÔ, teria ido, a seu mandato, a um reino vizinho buscar 3 cabaças que estava com OBALÚAIÉ. Foi dito a ela que não abrisse estas cabaças, as quais ela deveria trazer de volta a XANGÔ. IANSÃ foi e lá OBALÚAIÈ recomendou mais uma vez que não deixasse as cabaças caírem e quebrarem e, se isto acontecesse, que ela não olhasse e fosse embora.
IANSÃ ia muito apressada e não agüentava mais segurar o segredo. Um pouco mais à frente quebrou a primeira cabaça, desrespeitando a vontade de Obalúaié. Saíram de dentro da cabaça os ventos que a levou para o céu. Quando terminaram os ventos, IANSÃ voltou e quebrou a segunda cabaça. Da segunda cabaça saíram os EGUNS. Ela se assustou e gritou: Reiiii! Na vez da terceira cabaça XANGÔ chegou e pegou para si, que era a cabaça do fogo, dos raios.
Ela tinha um temperamento ardente e impetuoso. Foi a única entre as mulheres de XANGÔ que, no fim do seu reinado, o seguiu em sua fuga para Tapá. Quando ele recolheu-se para baixo da terra em Cosso, ela fez o mesmo em Yiá.

VISITA
De quatro em quatro dias, uma semana iorubana, Iku vinha à cidade de Ilê-Ifé munida de um cajado (opá iku) e matava indiscriminadamente as pessoas. Nem mesmo os Orixás podiam com Iku.
Um cidadão chamado Ameiyegun prometeu salvar as pessoas. Para tal, confeccionou uma roupa feita com várias tiras de pano, em diversas cores, que escondia todas as partes do seu corpo, inclusive a própria cabeça, e fez sacrifícios apropriados.
No dia em que a Morte apareceu, ele e seus familiares vestiram as tais roupas e se esconderam no mercado.
Quando a Morte chegou, eles apareceram pulando, correndo e gritando com vozes inumanas, e ela, apavorada, fugiu deixando cair seu cajado. Desde então a Morte deixou de atacar os habitantes de Ifé.
Os babalaos disseram a Ameiyegun que ele e seus familiares deveriam adorar e cultuar os mortos por todas as suas gerações, lembrando como eles venceram a Morte.
EGUN é a terminação do nome de Ameiyegun, e é como hoje são conhecidos os ancestrais do seu clã, EGUN ou EGUNGUN. É a vitória da vida pós-morte: como no mito em que a vida venceu a morte, da mesma forma os EGUNS se apresentam, hoje, cobertos de panos e portando um cajado.



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