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sábado, 2 de abril de 2011

Lenda do Orixá Eres

LENDA DOS ORIXÁS







ORIXÁ ERE

ADOÇÃO

Os ERES são filhos paridos por Iansã, mas abandonados por ela, que os jogou nas águas. Foram abraçados e criados por Oxum como se fossem seus próprios filhos.
Por esse motivo, os ERES passam a ser saudados em rituais específicos de Oxum e, nos grandes sacrifícios dedicados à deusa, também recebem oferendas.

DESENTENDIMENTO
Oiá andava pelo mundo disfarçada de novilha.
Um dia ODÉ a viu sem a pele e se apaixonou.
Casou-se com Oiá e escondeu a pele da novilha, para ela não fugir dele.
Oiá teve dezesseis filhos com ODÉ.
OXUM, que era a primeira esposa de ODÉ e que não tinha filhos, foi quem criou todos os filhos de Oiá.
O primeiro a nascer chamou-se Togum.
Depois nasceram os gêmeos, os Ibejis, e depois deles, Idoú.
Nasceu depois uma menina Alabá, seguida do menino Odobé.
E depois os demais filhos de Oiá e ODÉ.
Os meninos pareciam-se com o pai, as meninas, com a mãe.
Oiá tinha os filhos que Oxum criava e assim viviam na casa de ODÉ.
Um dia as duas mães se desentenderam.
Oxum mostrou a Oiá onde estava sua pele.
Oiá recuperou a pele de novilha, reassumiu sua forma animal e fugiu.


FAZ DE CONTA
Existiam num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces balas e brinquedos.
Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe.
O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a Orumilá que o levasse para perto do irmão. Sensibilizado pelo pedido, Orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.


FUGA
XAPANÃ sabendo-se leproso e que, por isto causava nojo e medo a todos que dele se aproximavam, procurava sempre se esconder, dando muito trabalho a IEMANJÁ para encontra-lo.
IEMANJÁ resolveu prender nas vestes de XAPANÃ, diversos chaurôs, que facilitava a sua localização .
Por isto que quando se toca adejá, se por ventura estejam criança ocupada e dançando fingem, ou melhor, simulam uma fuga.



OFERTÓRIO
Xangô e Iansã tiveram filhos gêmeos, os Ibejis. As crianças eram lindas e cresciam fortes para alegria e orgulho de seus pais. Houve, porém, na cidade em que viviam, uma peste avassaladora que infectava e matava crianças em poucas horas.
Para desespero de Iansã, um dos gêmeos foi vitima da doença e morreu sem que ninguém pudesse fazer nada para salvá-lo.
Iansã, a partir desse dia, entrou em profunda depressão, a vida já não apresentava motivos para seguir adiante. Soprou o vento que sempre trazia, para longe e já não comandava as grandes tempestades que passaram a destruir de forma implacável todas as terras. Em um de seus desvarios, arrumou um boneco de madeira e vestindo-o de maneira esmerada, colocou-o num lugar de honra em sua casa. Era o canto sagrado que ninguém podia transpor apenas ela podia ali entrar acompanhada de sua mágoa e dor.
Todos os dias entregava um pequeno presente aos pés do boneco e chorava copiosamente enquanto conversava como se fosse seu pequeno filho. Olorum, ao ver tamanha tristeza, teve tanto dó da mãe sofredora, que uma lágrima pura e límpida caiu de seus olhos exatamente sobre a cabeça do boneco. A pequena gota mágica fez o menino reviver e Iansã teve seu filho de volta.
Ainda hoje os Ibejis, com sua alegria infantil, correm pelos jardins do Orum, sempre observados com doçura pelo amoroso olhar materno da grande guerreira.

PODER DO BRINQUEDO
Os Ibejis, orixás gêmeos, viviam para se divertir, eram filhos de Oxum e Xangô.
Viviam tocando uns pequenos tambores mágicos que ganharam de sua mãe adotiva, Iemanjá.
Nesta época Iku, a morte, colocou armadilhas em todos os caminhos e começou a comer todos os humanos que caiam em suas arapucas.
Homens, mulheres, crianças ou velhos, Iku devorava todos. Iku pegava os seres humanos entes do seu tempo aqui no Aye. O terror se alastrou pelo mundo.
Sacerdotes, bruxos, adivinhos, curandeiros se reuniram, mas foram vencidos também por Iku, e os humanos continuavam a morrer antes do tempo.
Os Ibejis, então, armaram um plano para deter Iku.
Pegaram uma trilha mortal onde Iku preparara uma armadilha, um ia na frente e o outro seguia atrás escondido pelo mato a pouca distância.
O que seguia pela trilha ia tocando seu pequeno tambor e tocava com tal gosto e maestria que a morte ficou maravilhada, e não quis que ele morresse e o avisou da armadilha.
Iku se pôs a dançar inebriadamente, enfeitiçada pelo som mágico do tambor.
Quando um irmão cansou de tocar, sem que a morte percebesse o outro veio tocar em seu lugar. E assim foram se revezando, sem Iku perceber e ela não parava de dançar e a musica jamais cessava. Iku já estava esgotada e pediu para parar, e eles continuavam tocando para a dança elétrica.
Iku implorava uma pausa para descanso. Então os Ibejis propuseram um pacto.
A musica cessaria, mas Iku teria que jurar que tiraria todas as armadilhas.
Iku não tinha escolha, rendeu-se; os gêmeos venceram.
Foi assim que ibejis salvaram os homens e ganharam fama de muito poderosos, por que nenhum outro orixá conseguiu ganhar aquela peleja contra a morte.
Os Ibejis são poderosos, mas os que eles gostam mesmo é de brincar.

REPARAÇÃO
Era uma vez um homem que estava mal de vida. Decidiu buscar a sorte em outro lugar.
Chegando em uma fazenda pediu emprego, e o dono deu. Mas vendo a necessidade do pedinte o patrão tinha a clara intenção de explorá-lo.
Certa noite o trabalhador fez uma oferenda com 2 obís, 2 velas e 2 ovos, enterrando no meio do terreno. O proprietário estava vigiando, pois sempre desconfiava dos funcionários.
No dia seguinte o empregado estava todo alegre, e o patrão desconfiou que ele tinha roubado algo e escondido na propriedade. Mandou prendê-lo. Foram desenterrar o que havia enterrado, viram que não era dinheiro, nem algo de valor pertencente ao patrão.
O patrão foi obrigado a pagar os danos morais causado.



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