A VISÃO INTERNA É ETERNA
R-18-180316
Estimado caminhante na estrada da
redenção, Mo jubá!!!
Pelo PAI clemente e misericordioso, mesmo uma noite sem
estRelas pode anunciar um dia luminoso.
Não nego que gosto de andar na estrada da
vida com horários, parada, destino bem determinados, disciplinados de mAneira
bem organizados, o motivo é óbvio, falta tempo para executar todas as tarefas e
sendo organizadas a saída e retorno ao
ylê, com certeza aproveitarei melhor o tempo que tenho.
Mas tenha a certeza que nunKa me “arrelhio
”quando tenho o trajeto interrompido por
um companheiro que a muito não proseAva. Verdadeiro deleite, conversa fluir através
de recordações do passado, que no presente ajudam a fundamentar o futuro.
Mas o fato que lhes descreverei fugiu um
pouco da normalidade. Encontrei meu camArada (...), que por privacidade
vou trata-lo por ekodide, em mensão a
lentidão de movimento da lesma, que no caso dele também de raciocínio.
Encontrei-o desiludido da vida, problemas
com a companheira e com suas filhas lhe estavam branquindo a cabeça, digo, pois
ele apesar de ser mais novo do que eu já está praticaMente sem cabelo e o pouco
restante esta grisalho.
Bem, ele estava apavorado, na realidade
logo que me viu, e confiante desabou em lágrimas convulsivas.
Quase aos gritos, não chegando a tAl, por
providência minha quanto a discRição, mas o desespero dele era tal que chamava
a atenção. Por este motivo me afastei com ele conversando, dirigindo-me para a
beira da lagoa, onde tem árvores, bancos, jardins, aliás poucas coisas boas as
administrações públicas fizerAm ao longo
de anos anteriores, mas com certeza a perimetral, a saber a rua Henrique
Pancada ficou maravilhosa, e, claro,
aproveitamos a sombra de um salso e sentamos a conversar.
Mais contido, ele disse-me que a situação
do Kasamento estava consumindo suas energias, lhe pondo em dúvidas quanto a
atitude a tomar, decidido estava em separar, mas tinha medo da solidão.
Ao mesmo tempo tinha receio de como seria
a reação vindoura de convivência com a compAnheira e as filhas. Complicado.
Não enchergava , repetia, motivo para
acreditar que poderia ser feliz.
Todo e qualquer argumento que eu usava ele
refutava com meia dúzia de situações de angustia, sofrimento, penúria. InfelicidAde total.
Para culminar a situação derrotista, a
poucos dias de fazer nove anos em que sua esposa havia partido para a
eternidade, vítima de ataque anafilático, erro da dentista que lhe receitou um
medicaMento impróprio e da negligência de atendimento de sua clínica particular
que lhe deu como morta, e 30 minutos depois em outro hospital, um público
tentar e conseguir a lhe reanimar,
mas...a necrose cerebral foi mAior e o coma durou sete dias e no final seguiu
ela viajem com seu Bará,...
Sua filha mais nova sofReu um mau súbito
que a levaria a morte segundo o atendimento na urgência do convênio, pois a
criança havia trancado o glote, que a primeira vista seria estilo o
“grupe”.
Levada para o hospital público em
ambulância, desacordAda, que ao olhos do pai estaria se repetindo o mesmo
problema da mãe. Óbvio que o desespero tomou conta. Mas no hospital, no pronto
soKorro houve o diagnóstico preciso, profissional.
Ocorrera uma faringite e que teria havido
um inchaço fechando a garganta por momentos. Tratamento orientado e tudo não
passou de um grande susto.
Mas o problema de Ekodide não era só este
e nem terminAria por ali. Já que a situação com a companheira não era cômoda,
as duas meninas impunham resistência ao convívio. Ele teria que fazer a
escolha.
Fazer a vontade de uma filha de 11 anos e
outra de 17 ou a sua. De antemão prevaleceria a das filhas. Ele resoluto nesta
opinião, embora sofrendo.
Comecei a colocar a ele situAções que de
fora fica mais fácil de deslumbrar. As meninas na idade que estão querem ocupar
o espaço delas e de quem mais poderem, querem todos os direitos e nenhum dever,
dever este que sempre era cobrado pela coMpanheria, pois ele alegava nunca ter
tempo para coordenar a situação e por causa do serviço deixava estas tarefas, que
diga-se a princípio nenhum pouco agradáveis, nada simpática, para a companheira
resolver.
Simples, as meninas criAram raiva da
pessoa que lhes dava limites, que lhes chamava à responsabilidade comum a cada
integRante da família.
Bem ao lado em que estávamos sentados
estão dispostos alguns brinquedos infantis como escorregador, balanço, pneus
amarrados em cordas, etc, e algumas crianças brincavam, mas uma se destacava
pela alegria, embora estivéssemos numa situAção constrangedora com o problema do Ekodide, eu podia ver a
alegria estampada no rosto daquelas crianças e, sentia de alguma forma que determinado
menino estava voltado com suas atenções para nosso lado, não entendia o porque,
para nós, especifiKamente para meu companheiro.
Eu já conheço o menino a muito tempo.
Tamanha foi minha surpresa quando ele se aproximou a galope e entregou nas
mãos, ou melhor colocou na frente do rosto de meu companheiro uma flor. Flor
retirAda do canteiro da pracinha.
Ekodide relutou em aceitar, nem olhAndo
para a criança. Eu surpreso via estampando o sorriso, a alegria, o prazer de
viver da criança.
O menino rosto suando, sorrindo disse:
-amigo esta flor tem um cheiro ótimo, e é
linda. Veja. Veja... por isso apanhei para dar ao senhor.
Ekodide estendeu a mão e me deu uMa
olhadela meio sem graça, pois estendia a mão para pegar a flor só por que o
menino insistia e ele sabia que se não o fizesse o garoto não arredaria o pé do
local, além é claro de ter minha reprovação pela má educação para com a
criAnça. Com o desprezo pela alegria alheia.
A criança exalava alegRia pela vida.
Ekodide estendeu a mão olhando para a flor
e não para a criança. Reprovava o fato de a flor estar murcha e não ser uma
flor bonita vistosa, uma rosa, ou sei lá o que.
Meio arrilhado estendeu a mão e notou que
a mão da criança estava no ar, pArada. Aí então ele pela primeira vez encarou
os olhos da criança e viu que era uma criança cega. Deficiente visual. Que não
tinha condições de ver o que tinha nas mãos.
...-amigo esta flor tem um cheiro ótimo, e
é linda. Veja. Veja... por isso apanhei para dar ao senhor.
A voz de Ekodide saiu roKa, antes
embargada pelo choro do desespero, agora a voz sumia, lágrimas vertia brilhante
ao reflexo do sol refletindo na lagoa dos patos. Agradecia ao pirralho por ter
lhe dado a melhor flor do jardim, e teve como resposta um vibrante -de nada, meu
amigão!
E a criança saiu sorrindo sentindo o vento
livre como ele bater-lhe a fAce.
Por muito tempo Ekodide fez silêncio. Sim,
eu não conseguiria escutar um respiro dele. Mas em sua mente, refletindo em sua
alma, com certeza um turbilhão de pensamento como peçAs de um quebra cabeça se
encaixavam na grande engrenagem.
CoMeçava a ver de maneira diferente após
receber uma flor de uma criança cega. Deficiente.
Mas, mas como aquela criança distinguiu um
homem autopiedoso. Sofrido. Ranzinza, ali?
A criança com um 'simples' gesto conseguiu
mudAr a vida de Ekodide com toda a certeza e firmeza.
Mantive-me todo o tempo calado obseRvando
as crianças e de soslaio o meu companheiro, sua expressão de quando em vez se
alterava. Evidenciava o conflito de suas ideias e o impacto que a providência
divina havia executado.
A criança com certeza embora tenha perdido
a visão física atrAvés dos olhos, tenha recebido, sido abençoado com a
verdadeira visão.
Através dos olhos de uma criança cega ele
pode ver, finalmente entender que o problema não era somente suas filhas, sua
companheira, ou o 'pentelho' de seu Kolega de serviço. O problema não era o
mundo. Mas sim e principalmente ele.
Por todo período de sua vida foi cego, pondo
limites em tudo que iria executar e querendo cobrar dos outros a expansão das
atividAdes. Sentiu-se mesquinho por achar estar sempre no seu limite. “Não
aquento mais”.
Os outros, ah, os outros podem melhor mais
e mais.
Viver cobrando. Receber, receber. Nunca
dar? Por que não tenho tempo. Estou cansAdo. Não vê que preciso descansar....? Resolve
tu... [ah ,tá. E reclama depois...]
Aquela criança não teve limites para abrir
os olhos da alma. Não deu desculpa, não aceitou obstáculos para fazer o que era
certo.
Dar amor.
E quanto a mim. Estou atrasado em 30
minutos com o comproMisso que eu tinha. Fui obrigado pelo destino a não sentar
em minha poltrona a frente da televisão e assistir o noticiário em que
suspeita-se que pai e madrastra mataram uma criança...e fui espectador de uma
criança que deu a luz do esclArecimento
contido em um simples gesto.
Tomara que eu perca tantos quantos for
possível 30 minutos desta maneira.
Que o PAI ilumine e esclareça.
Ou jafusi Inanga.
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