CILADAS
R-18-300317
Na trajetória humana em
favor do desenvolvimento moral e intelectual, o Espírito, não poucas vezes,
defronta armadilhas bem urdidas, nas quais tomba, de maneira irreversível,
comprometendo-se por largo período...
Constituem testes à
resistência moral de todo jornadeiro que se aprimora através das experiências
da evolução.
Ninguém, que desempenhe
funções ou papéis relevantes, que não seja surpreendido por esses mecanismos
perigosos que lhe põem à prova a capacidade mental e as resistências morais.
Sutis, algumas vezes,
apresentam-se como dourados atrativos que seduzem e terminam por envelhecer o
caráter de quem lhes aquiesce ao convite..
Noutras ocasiões, surgem
de inupto, ameaçadoras e voluptuosas, surpreendendo e obrigando as vítimas a
capitular, inermes, interrompendo o ritmo do ideal, da conduta, do trabalho a
que se afervoram.
Algumas anunciam favores e
glórias fascinantes que atingem a sensibilidade emocional, levando a paixões de
afetividade doentia...
Inúmeras outras assumem o
odioso aspecto da animosidade e da perseguição inclemente e gratuita, que
termina por desestruturar aquele que lhe padece o cerco.
Normalmente, fazem-se
insinuantes e agradáveis, sem aparente malícia nem mácula, culminando pelo
envolvimento daquele que se permite fascinar pelo engodo de que se revestem.
Semelhante ao que ocorre
com os insetos colhidos nas malhas brilhantes da teia de aranha que os
espreita, a fim de devorá-los depois, logra êxito em razão dos fios viscosos e
de aparência inocente que retêm as presas incautas, impossibilitadas de
qualquer forma de libertação.
Existem as ciladas
licenciosas, vulgares, insensatas, em que muitos corações gentis e dóceis se
enleiam, comprazendo-se, irresponsavelmente, no comportamento divertido que se
torna chulo e perturbador.
Diversas outras são
refinadas e trabalham a presunção do indivíduo invigilante, afastando-o do
convívio social saudável que parece asfixiá-lo, isolando-o na alienação da
falsa autossuficiência....
As ciladas constituem
recursos perturbadores durante a experiência humana que têm a finalidade de
proporcionar a aquisição de resistências espirituais e de valores pessoais ao
indivíduo, mediante os quais o Espírito se enriquece de sabedoria.
Todos os seres humanos, de
uma ou de outra maneira, experimentam-nas durante a vilegiatura terrestre.
Há, porém, outro gênero de
ciladas perversas que merecem atenção redobrada. Trata-se daquelas que são
programadas no mundo espiritual inferior, nas quais se comprazem os Espíritos
invejosos, atrasados, primários e os malvados que se transformam em obsessores,
verdadeiros verdugos das demais criaturas humanas, individualmente, assim como
da sociedade terrestre como um todo...
Odiando o progresso moral,
do qual se alijaram por vontade própria, elegendo o sofrimento decorrente da
ignorância em relação à Verdade como diretriz de segurança pessoal, esses
Espíritos infelizes transformam-se em inimigos do Bem, que pensam impedir de
expressar-se, assim como da felicidade do próximo que invejam.
Quando alguém se alça acima
da craveira comum e chama a atenção pelos valores éticos, culturais, políticos,
religiosos ou de qualquer outra natureza, investem, furibundos, contra, gerando
situações embaraçosas, complicando-lhes os relacionamentos e comprazendo-se em
afligi-los...
São hábeis nas técnicas de
inspiração doentia, trabalhando as reflexões mentais daqueles a quem
antipatizam com vibrações perniciosas e extravagantes que desajustam as suas
vítimas.
Noutras ocasiões, trata-se
de inimigos de existências passadas, que mantêm ressentimento em forma de
rancor e desejo incontrolável de vingança na sua morbidez dominadora.
Insinuam ideias de
enfermidades simulacros, transmitem sensações doentias, envolvem em ondas
mentais depressivas, suspeitosas ou de violência, em contínuas tentativas de
alienar aqueles que lhes caem nas ciladas mentais.
Ociosos e insensíveis à
compaixão ou à fraternidade, persistem com virulência nos seus propósitos
infelizes, tornando-se inflexíveis na razão direta em que encontram resistência
naqueles que pretendem azorragar.
Atiram pessoas
irresponsáveis e igualmente ignorantes contra quem se esforça por superar as
inclinações inferiores, tornando-se patrulheiros inconseqüentes dos seus atos,
em razão de não desejarem sintonia com as suas mazelas.
Estimulam a sensualidade e
provocam paixões tórridas de consequências desastrosas, desrespeitam os
sagrados vínculos do matrimônio, da fidelidade, da consideração que todos se
devem reciprocamente.
Acompanham aqueles que
estão sob a sua alça de mira na condição de vigias impiedosos, sempre
aguardando qualquer brecha mental, emocional ou moral, a fim de iniciarem as
vinculações obsessivas, mediante as quais pensam em destruí-los.
No que diz respeito aos
trabalhadores do Evangelho de Jesus através da revelação espírita, iracundos e
violentos tudo investem, na sua sanha alucinada, para impedir-lhes o
cumprimento dos nobres deveres abraçados.
Certamente, ninguém se
encontra sem a proteção do Senhor da Vinha através dos Seus emissários e dos
Seus próprios benfeitores que Lhe executam a vontade.
Nada obstante, as ciladas
que padecem os trabalhadores do Bem, fazem parte do esquema para a aprendizagem
superior a respeito da realidade imortal no qual todos nos encontramos
mergulhados.
Essas experiências também
ensinam como se deve comportar o obreiro de Jesus diante dos famigerados
enfermos da alma, que se demoram na erraticidade necessitados de compaixão e de
socorro.
Constituem treinamento
para o futuro, quando convocado às tarefas de misericórdia em regiões dolorosas
onde os mesmos se homiziam.
CONTATO
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