quarta-feira, 2 de março de 2022

Boêmios


 MISSIVA    do     PEREGRINO   
















BOÊMIOS




R-75-K-ME-M-
Estimado caminhante na estRada da redenção, Mo jubá!!!
Pelo PAI clemente e misericordioso, viva para aprender e aprenda para melhor viver.
Caminhante a maneira como você pensa hoje, determinará a maneira do seu viver amanhã. Decida por tanto hoje, a espécie de pessoa que você quer ser.
Os boêmios, peregrinos na estrada da vida definem-se como uma ordem de cavalaria espiritual e moral.


Trata-se de um viver de reintegração que se mantém ativo desde o antigo Sudão. De modo bem sucinto, dizemos que a cavalaria é a expressão do espírito do SERVIR, é a busca da FELICIDADE através do conhecimento e da luta, pela transformação interior do homem de desejo.
O Sudão é o maior país da África, localizado no centro-leste do continente.
Seu território divide-se em duas regiões bem distintas: uma área desértica ao norte e uma área de savanas e florestas tropicais ao sul.
O nome Sudão deriva da expressão árabe Bilad-al-Suden, que significa “país ou terra dos negros”.
A história do Sudão tem uma forte ligação com o Egito.
Quando houve a unificação do Baixo e Alto Egito no terceiro milênio a.C., quase toda a região banhada pelo Rio Nilo foi dominAda pelos egípcios.
Na antiguidade, o Sudão era conhecido como Núbia, considerada a mais antiga civilização da África e seus habitantes foram denominados etíopes, primeiro pelos gregos e depois pelos romanos.
Os árabes muçulmanos chegaram à Núbia no século VII com a intenção de pregar o islamismo, mas os cristãos dali fizeram um aKordo para conseguir manter sua religião intacta. 
No século XIII, porém, os muçulmanos mamelucos investiram pesado para impor a religião islâmicA e, dessa forma, aumentar sua influência e poder no país. Os mamelucos conseguirAm dominar toda a Núbia: derrubaram o rei cristão Dongola, colocando um príncipe muçulMano em seu lugar, e aboliram o tributo. Nos cinco séculos seguintes, o Sudão foi governado por reis muçulmAnos.
Bem isto foi um pouco de história mas vamos a religião, a parte espiritual da missiva...




 Os rituais do candomblé são diferenciados por suas origens e influências.
Do ponto de vista histórico, a organização do candomblé no Brasil está visivelmente próxima ao processo histórico que resultou no espalhamento dos negros pelo território. Ao longo dos séculos, a predominância e as experiências de diferentes agrupamentos negros pelo país resultaram na formulação múltipla das religiões de influência africana.
Paulatinamente, pela observância das diferenças na forma do culto e na natureza das divindades adotadas, o candomblé brasileiro foi sendo subdividido em diferentes nações. A definição de uma nação acontece pela interação desenvolvida entre as diferentes experiências religiosas trazidas da África.
Nesse âmbito, a predominância das influências sudanesas ou ioruba é um dos mais importantes referenciais no reconhecimento de nações distintas.
Os ritos nagôs, que incluem, entre outras, as nações ketu, ijexá, nagô egbá e xambá, valorizam o legado proveniente das religiões do Sudão.
 O ritual nagô estaria dotado de uma maior “pureza” e “originalidade” que as outras nações que aceitam a presença de santos católicos.
As nações pertencentes a este rito cultuam os voduns, orixás, caboclos e erês. Além disso, utilizam atabaques tocados com aguidavis e geralmente entoam canções em dialeto africano.
As nações ligadas ao rito angola ou candomblé de angola são influenciadas pelos elementos ritualísticos das religiões bantas.
Em seus terreiros, os atabaques são executados com as mãos e os cantos são marcados por um amplo leque de expressões em português. Aberto às experiências religiosas cristãs e indígenas, esse tipo de ritual aparece com grande ênfase em diferentes regiões do Brasil.
No Rio de Janeiro ficou conhecido como macumba; e na Bahia, candomblé de caboclo.
A pureza ou fidelidade junto às matrizes africanas determinam uma disputa de legitimidade que encobre o desenvolvimento histórico das nações do candomblé. Nenhuma prova documental, até hoje, sugeriu que as religiões trazidas da África tenham sido fielmente preservadas pelos escravos deslocados até o Brasil.
O que de fato se observa é que várias pessoas de ascendência não africana participaram da estruturação e do desenvolvimento do candomblé.”


A parte do texto diferenciada foi de autoria de  Rainer Sousa, Graduado em HistóRia da Equipe Brasil Escola.
Fiz de acrescentar pela maneira clara em que coloca a realidade não difundida querendo fazerem crer que se é baiana é conhecedor da religião, mas não conhece nada da verdade escondida atrás das divulgações que basicamente tem interesses outros como principalmente financeiro e deturpatório na questão cultural.
Estamos nós atentos e atuantes, embora não nos possam ver estamos presentes, mantendo a tradição em nome da cultura, da ética e da moral.
Quanto a moral, não é para o boêmio simplesmente um conjunto de conceitos ditados por Kákos ou Bábás ou qualquer outro sacerdote. Devemos considerar que determinados atos podem ser analisado de várias maneiras, segundo a cultura, tradição, período histórico, habitat e outros fAtores de acordo com o meio que se manifeste.

Portanto, cautela no proceder e julgar.
O boêmio ou peregrino estando atento, reconhecendo os impulsos nobres, justos e altruísta do seu interior, terá condições de respeitar a si mesmo, e por consequência conceder aos outros o justo valor.
Em essência, a verdadeira moral é uma gnose iniciática muito sutil.
É muito comum a indagação do costume de um boêmio iniciado usar chapéu, mesmo no momento de uma ceia, bem como em loKais que socialmente é taxado como impróprio .
Acontece que o chapéu é o símbolo de proteção da hipófise, para o eu superior como a capa é para o corpo, evitando que as farpas energéticas negativas penetrem em seu âmago podendo assim o manuche tirar proveito dos dois grandes livros: O homem e a natureza; tornando seu o conhecimento transmitido, reconhecido e assimilado.

Cabe ao boêmio iniciado e seus discípulos cumprir a missão onde a providência Divina os colocar.
Graças as ações providenciais cotidiAnas, sempre de maneira impessoal e desinteressada, pouco a pouco em sua caminhada, o boêmio iniciado reveste seu coração de caridade, preparando-se para conquistar o castelo da aventura maior, buscando a urna, cujo o líquido saciará a sede de maior evolução.
Esclareça-se que caridade verdadeira não é o ato de dar o que sobra, ou dar algo qualquer a fim de ficar com a consciência limpa , ou impregnação religiosa que consiste em comprAr um lugar no "paraíso". É sim, caridade, um compartilhamento .É ação de resposta a um impulso do coração espiritual exteriorizado   com paixão.
Caminhar pela estrada para um boêmio significa renunciar a si mesmo ,em primeiro lugar .
O nosso ego defende-se como pode, fechando-se em seus limites, por medo do infinito, da iMensidão da alma, temos que aceitar a "morte" do velho errante para renascer das próprias cinzAs o novo peregrino.
Um poderoso e consciente boêmio.
Que o PAI ilumine e esclareça.
Ou jafusi Inanga.
Original.Rio Grande01/3/1993.





Nenhum comentário:

Postar um comentário