OSSAIM
R-18-270716
Ossaim é orixá masculino
de origem nagô, Iorubá que, como Odé Oxóssi habita a floResta.
É bastante cultuado no
Brasil, recebendo diversos nomes como Ossânin, Ossonhe, Ossãe e Ossanha, uma
das formas mais populares. Por causa do som feminino é frequentemente
confundido como figura feminina.
Orixá das ervas, no
cAndomblé Jeje é chamado de Agué é o Vodun da caça e das florestas e conhece os
segredos das folhas.
No Candomblé Bantu é
chamado de Katendê, Senhor das insabas, folhas.
É um orixá cujos filhos
são raros, bem menos numerosos do que Ogum, Xangô ou Oxum.
É orixá da kor verde, do
contato mais íntimo com a natureza. As áreas consagradas a Ossaim não são os
jardins cultuados de maneira tradicional, mas sim os recantos, onde só os
sacerdotes podem entrAr, nos quais as plantas crescem de maneira selvagem,
quase sem controle.
Orixá de grAnde
significação, pois todos os rituais importantes utilizam o sangue-escuro que
vem dos vegetais, seja em forMa de amassis, infusões ou para uso de bebida
ritualística.
É comum existir um certo
preconceito com dois Orixás que muitas vezes são esquecidos, mais existem em e
se faz necessário o culto: Ossâim e Oxumarê.
O primeiro está presente
em todos os rituais através das folhas e o segundo presente em quase todos os
rituais por ser o Orixá das mudAnças.
Ossaim originalmente dono
dos segrRedos da natureza, patrono da farmácia, dos sacerdotes, químicos que
usam plantas para fins curAtivos e, ou ritualísticos.
Protetor dos vegetais.
Ossaim é um mago, cheio do
espírito da aventura, autoKonfiança e força de vontade.
No interior da mata virgem
extrai seu axé, e os usa de acordo com seus objetivos.
Orixá calmo, mestre da
trAnquilidade e da resistência.
Prefere ficar trabalhando
nos bastidores.
Muito esperto,
comunicativo, fascinado pela ação.
Orixá provedor da família
e da aldeia, seu corAção sempre tem que fazer escolhas, sente que não pode mais
esperar por auxílio externo, tem que buscar forças dentro de si próprio para
assumir a responsabilidade pelas próprias decisões e resultados.
Ossaim é o senhor das
plantas medicinais e litúrgicas.
A sua importância é
fundaMental pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presençA, sendo ele
o detentor do axé.
O símbolo de Ossaim é uma
haste de feRro tendo ao alto um pássaro de ferro forjado, esta mesma haste é
cercada por seis vAretas pontuadas dirigidas em leque para o alto. O pássaro é
a representação do poder de Ossaim, é o mensageiro que vai à toda parte, volta
e se empoleira sobre a Kabeça de Ossaim
para lhe fazer o seu relato. Este símbolo do pássaro representa o Axé, o
poder bem conhecido das feiticeiras, elas mesmas frequentemente chamAdas Iamis
proprietárias do Pássaro-Poder.
No culto das Iamis as
folhas, são como as escamas dos peixes e as penAs dos pássaros, são e
representam o procriado, um eleMento essencial para os humanos.
Elas veiculam o ejè
dundun, a força dos orixás.
Cada Orixá tem suas ervas
e suas folhas particulares, dotadas de virtudes, de acordo com a personAlidade
do Orixá.
Ossaim vive na floresta, em companhia de Aroni, um
anãozinho, compaRável ao Saci-pererê, com uma única perna e, fumando
permanentemente um cachimbo feito de casca de caramujo, enfiada numa vara oca e
cheia de suas folhas favoritas.
Ossaim também é um Orixá
Olodê, um dos Orixás de rua, pois as folhas as plantas encontra-se em qualquer
lugar. Ele traz consigo o simbolismo da liberdade assim como toda a flora.
Patrono da vegetação, das
folhas e de seus preparados. As folhas, nascidAs das árvores, e as plantas
constituem uma emanação direta do poder sobrenatural da terra fertilizada pela
chuva que provem, com esse poder, a ação das folhas pode ser utilizada para
diversos fins no aspecto geral.
Os curandeiros, quando vão
reKolher plantas para seus trabalhos, devem fazê-lo em estado de pureza,
abstendo-se em relações sexuais na noite precedendo e indo à floresta, durante
a madrugada, sem dirigir a palavra a ninguém. Além disso, devem ter cuidado em
deixar uma oferenda com dinheiro, no chão, logo que cheguem ao local da
colheita.
Ossaim está estreitAmente
ligado a Orunmiláia, o senhor das adivinhações.
Estas relações, hoje
cordiais e de franca colaboração, atravessaram, no passado, períodos de
rivalidade.
As lendas refletem as
lutas de precedência e de prestígio entre adivinhos-babalaôs e curandeiros.
Os poderes de cada planta
estão em estreita ligação com o seu nome, e as palavras de encantamento que são
obrigatoriamente pronunciadas, no momento de seu uso, são indicadas pelos
adivinhos aos curandeiros, fato este que dá aos primeiros uma posição de
conhecimento maior sobre as virtudes das
plantas.
O ritmo dos cantos e das
danças de Ossaim é particulArmente rápido, saltitante e ofegante.
É o senhor da magia e da
medicina, como Bará ele é companheiro indispensável de Orunmiláia.
É o senhor absoluto das
vegetações.
Orixá das folhas e de suas
aplicações litúrgicas e toda composição mágica do candomblé.
Nada se faz sem Ossaim,
ele é o detentor da força do axé indispensável para as divindades.
Como necessária é Oxum com
sua água.
Foi Ossaim quem ensinou a
Ifá a arte de curar.
É sempre evocado quando as
coisas não vão bem.
Assim como os Orixás das
florestas, Ossaim é cultuado as quintas-feiras, muito embora existam qualidades
que são cultuadas na segunda-feira, quarta e sexta-feira também.
Como é um orixá voltado ao
culto em si e à religião como forma organizada de coMunicação entre os homens e
o sobrenatural, todos os seus ritos exigem muitos detalhes e inúmeros cuidados
para não se quebrar as regras de como se colhe uma folha de uma árvore ou se
arrumam os ingredientes para uma obrigação de Ossaim.
É vinculado a figura de Saci Pererê, figura
mitológica que traduziria a função de encantado da mata, aquele que existe e ao
mesmo tempo não.
O deus das ervas, dono das
matas, orixá da medicina, da cura, da convalescença. Mestre do poder curativo
das ervas, que proporciona o Axé das plantas, ou seja, a força vital,
imprescindível à realização de qualquer ritual nos cultos africAnos.
Ossaim é a mágica das
folhas, tornando mágica, também, sua convivência com os seres humanos.
Nos rituais do Candomblé o
banho de ervas, Abô, é vital, imprescindível.
Tudo é passado no Abô.
Desde louças, travessa de barro, moedas, pulseiras, búzios, quartinhas, facas,
colheres de pau, gamelas, até o próprio homem, que vai se banhar e se purificar
pelas ervas.
O Abô é algo que não pode
faltar nos rituais, que vai dar o encanto, vai possibilitar a presença da força
cósmica do Orixá.
Mesmo nos sacrifícios
animais, canta-se para Ossaim, mesmo que o sacrifício não seja para ele, pois
dele dependerá o encantamento daquele ato sagrado.
É Ossaim que trará a
calma, a paz, o encanto, para que o ritual transcorra bem.
Ossaim é o encanto, a
magia.
Quando se vai à mata
buscar ervas leva-se fumo de rolo, mel e moedas, para dar o Senhor das matas e
facilitar a busca da erva desejada, pois Ossaim pode escondê-la de nós, criar
uma ilusão de ótica e não permitir que a vejamos, mesmo que esteja à nossa frente,
debaixo de nossos olhos.
Ossaim está presente nos
momentos importantes da vida, é o alquimista, o químico, o farmacêutico, o
Senhor das poções mágicas e curativas.
É o feiticeiro, o bruxo, o
médico dos Orixás, conhecedor profundo do segredo de todas as ervas.
É o pai da homeopatia,
aquele que gera a capacidade de cura, pela ingestão ou aplicação de plantas
medicinais.
O sangue das folhas, que
traz em si o poder do que nasce, abundantemente, é um dos axés mais poderosos,
pois o primeiro ato que se faz quando deita uma pessoa para o santo è a
sasanha, a retirada do sangue negro das folhas. E o ultimo dia de preceito dos
iniciados è o ità.
Pois sem as folhas não se
faz nada...
Ossaim possui o poder ao
mesmo tempo benéfico e perigoso, a depender dos vários empregos das folhas,
pois existem folhas que possui veneno e folhas benéficas.
Seu culto é mais ou menos
secreto e, mesmo que não constitua uma sociedAde secreta, seus ritos não são
públicos e a maioria de seus adeptos são homens.
Um pequeno pássaRo que o
representa, é o pássaro Eye. Nos templos
consagrados a Ossaim, na África, diz-se que este pássaro habita no Igba Ossaim
e que ele fala quando Ossaim é consultado.
Este mesmo pássaro è o que
acompAnha as Yamis Xorongà.
Outro que fala por
Ossaim é Aroni, pois Ossaim não fala,
para não contar seus segredos a ninguém.
Aroni é um anãozinho, sem
uma perna que fuma cachimbo.
Ele anda dentro de um
redemoinho, seu cachimbo feito com a casca do caraKol, enfiado num taryokó, uma
varinha de bambu, com suas folhas prediletas. Carrega um pássaro que voa por
toda parte e pousa em sua cabeça, contado-lhe tudo que viu ou se alguém se
aproxima.
É um Orixá encantado, não
viveu na forma humAna.
É filho direto de
Olodumarê, o Deus Supremo.
Ossaim conversa com os
espíritos sagrados que moram dentro das árvores, sendo eles e os animais seus
companheiros na floresta.
Assim como Odé Oxóssi,
também conhece a linguagem dos animAis e dos pássaros, imitando-os com
perfeição.
O seu sacerdote é o Babá
Olossaim.
É o detentor do axé (força,
poder, vitalidade), de que nem mesmo os Orixás podem privar-se. Esse axé
encontra-se em folhas e ervas específicas. O nome dessas folhas e o seu emprego
é a parte mais secreta do ritual do culto dos Orixá, Vodun e Inkice.
CoManda as folhas
medicinais e litúrgicas, muitas vezes é representado com uma única perna. Cada
Orixá tem a sua folha, mas só Ossaim detém seus segredos. E sem as folhas e
seus segredos não há axé, portAnto sem ele nenhuma cerimônia é possível.
Ou jafusi Inanga
218/06/1983
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