ANO DE JÚPITER
Depois da dupla regência de
Saturno (pelo ciclo de 36 anos que começou em 2017 e pela regência planetária
do ano), podemos começar a comemorar a chegada de um 2018 mais alegre e de
colheita, depois de muito esforço e uma árdua plantação. Júpiter, o grande
beneficiador do zodíaco, nos acompanhará em todos os meses do ano, indicando
caminhos para nosso crescimento pessoal e profissional, além da expansão de
nossas vidas.
Lilás, roxo e violeta são as cores
que regem 2018
O grande ciclo de 36 anos
comandado por Saturno seguirá trazendo mudanças importantes nas próximas
décadas, com a sociedade pendendo para um caminho de maior seriedade. Júpiter,
o regente de 2018, é o maior planeta do zodíaco e, pode trazer consigo uma
tendência a exagero e excessos. Quando um planeta rege um ano, todas as áreas
da vida são afetadas: a pessoal, a política e a planetária.
Júpiter é o maior e mais benéfico planeta do
zodíaco, o que promete trazer boas novidades durante todo o novo ano astral.
Júpiter é o maior e mais benéfico
planeta do zodíaco, o que promete trazer boas novidades durante todo o novo ano
astral.
Em geral, sagitarianos serão
beneficiados pela presença de seu regente como influenciador deste ano, depois
de três difíceis anos sob a influência de Saturno em seu signo. No dia 20 de
dezembro de 2017, Saturno deixa Sagitário e começa a caminhar através de
Capricórnio, aliviando a carga emocional e a vida prática dos sagitarianos.
Além de Sagitário, Júpiter também
influencia em Escorpião, por isso é importante saber em qual setor do mapa
astral de cada um desses dois signos se encontra.
Além de maior, Júpiter é o planeta
mais benéfico do zodíaco, seguido de Vênus e do luminar, o Sol, o que pode
trazer boas novidades durante todo o novo ano astral, que começa em 20 de março
de 2018.
Júpiter costuma trazer algumas
bênçãos quando rege um ano. Associado à riqueza, o planeta traz progresso,
crescimento, expansão e melhoria nos negócios, na saúde, no amor e no trabalho.
Júpiter abre portas, traz novas oportunidades e facilita o fluxo da vida.
Depois de um ano de Saturno,
podemos esperar por algumas facilidades. No entanto, é claro que não devemos
ficar parados, esperando que a vida nos traga as bênçãos prometidas. Devemos
ter foco, decisão, determinação e correr atrás dos nossos sonhos e objetivos.
Júpiter também está relacionado à
euforia, por isso devemos tomar cuidados redobrados para não contarmos com algo
que ainda não foi devidamente concretizado. Às vezes, Júpiter “promete mais do
que cumpre” e é por isso que devemos manter nossos pés bem firmes no chão. Como
Júpiter aumenta e exagera tudo, estaremos mais propensos a dramatizações, ao
excesso de trabalho, aos vícios, à compulsão e ao estresse.
Na religião, pode haver ainda mais
fanatismo. Na política, maior número de demagogos. Devemos estar ainda mais
atentos já que muitas leis podem ser revistas e reformuladas.
O comércio exterior e o contato
com pessoas e empresas estrangeiras, assim como as viagens internacionais,
serão altamente favorecidos durante 2018. Em um ano de Júpiter, teremos mais
oportunidades de alcançar nossos sonhos e conseguiremos enxergar a
possibilidade de nossos projetos darem certo.
O melhor que temos a fazer é
abrirmos os braços e o coração para receber essa deliciosa energia que chega em
2018.
ORIXÁS
As religiões são mantidas
fundamentalmente por tradições, e uma delas é a de segunda feira ter a energia
predominante para alguns segmentos do orixá BARÁ, e em outras de OMULU-OBALUAIÊ,
o que esta em ambas situações corretas, e devemos acrescentar que a cada hora
existe também a regência de demais entidades..... Mas nesse caso especialmente,
teremos a supremacia de NANÃ e OMULU-OBALUAIÊ, que até 21 de março quando
passará a regência a cargo de XANGÔ e IANSÃ.
Cada uma dessas entidades tem como
ligação entre os humanos entidades que designamos guardiões e guardiãs, mas a
supremacia será do orixá BARÁ, em uma das suas formas denominada LEGBARÁ.
Nesse porem reside toda a cautela,
pois será um grande executador do carma, EFEITO-CAUSA-CONSEQUENCIA.
Todas essas energias estarão sob a
coordenação de uma energia maior.... Da soma numerológica do ano 2+0+1+8
obtemos o número 11 do Odu Owarim que confirma a força e presença das energias
de Bará, Nanã Omulu-Obaluaiê e Iansã.
PAPISA
A Papisa ou A Sacerdotisa no Tarot: é uma carta dirigida ao princípio feminino,
indica a sabedoria e a paciência de saber ouvir para poder concluir. A
Sacerdotisa está fortemente ligada ao poder de intuição e também a piedade.
Os principais atributos da carta
são: mistério, intuição, revelação, resignação, fé e sabedoria.
Há diversas interpretações para o
que significa a Sacerdotisa, a carta pode indicar o preparo para lidar com
diversos tipos de questões com sabedoria ou a falta de afeto e dificuldade em
expor sentimentos.
Ela deixa clara a necessidade de
introspecção para um trabalho de autoconhecimento. Manter seus planos em
segredo até poder colocá-los em prática é a melhor forma de chegar ao resultado
desejado.
No Tarot a Sacerdotisa mostra uma
mulher sentada com um livro em mãos. O livro conecta a figura da A Sacerdotisa
ao conhecimento que adquiriu ao longo de sua vida e mostra que, utilizando
esses elementos aprendidos, é possível superar qualquer obstáculo.
Ao mesmo tempo que ela possui o
livro aberto em seu colo A Sacerdotisa olha para a frente como se buscasse
encaixar a sabedoria que possui nas situações recorrentes da sua jornada.
O LADO NEGATIVO DA CARTA A SACERDOTISA
Você está com medo de refletir
sobre suas atitudes e sua vida e por isso evita ao máximo fazer uma reflexão.
Esse medo de pensar nas experiências traumatizantes e recordar momentos ruins
está te impedindo de evoluir, porque até mesmo nas piores lembranças e
acontecimentos podemos encontrar suporte e força para evoluirmos mentalmente e
espiritualmente.
ODÚ DO ANO 2018
ODÚ OWARIN
ÒWÓRIN: Surpresa, ingratidão, vingança oculta, dificuldade
de ter o que se deseja, achar-se tudo o que se quer por meio de muito esforço,
satisfação com aquilo que se deseja ter.Responde com 11 (onze) búzios abertos.
ÒWÓRIN MEJI é o 11º ODÚ no jogo de
búzios e o 6º na ordem de chegada do sistema Ifá, onde é conhecido pelo mesmo
nome. Em Ifá é conhecido entre os fon
(jêje) como “WENLE MEJI”, tendo a pronúncia do “E”final anasalada. Em yorubá, a
pronúncia correta é “uólin”, “uórin” ou “uárin”.
“Wó-ri” significa, em yorubá,
rodar ou virar a cabeça, um sentido figurado de morrer. “Wãlã-wãlã” em fon,
evoca a ideia de pintar (salpicar), matizar. Um antigo babalaô explica o nome
deste signo como a união da vida e da morte, simbolizando as duas coisas ao
mesmo tempo.
Corresponde, na geomancia
européia, à figura denominada “FORTUNA-MAJOR”. Equivale ao ponto cardeal
Oeste-sudoeste, à carta nº 17do Tarot (a “ESTRELA”) e seu valor numérico é o
13.
ÒWÓRIN MEJI é um ODÚ composto
pelos elementos terra sobre fogo, com predominância do primeiro, o que indica
proteção, ajuda, admissão, aceitação.
Suas cores são sempre luxuriantes
e quentes, principalmente o vermelho e o dourado.
É um ODÚ feminino, representado,
esotericamente, por dois triângulos superpostos, no meio dos quais estão
dispostos três pontos formando triângulos.
Cada ponto é de uma cor diferente,
o que transmite a ideia de colorido, matizado (são utilizadas seis cores
diferentes, não importando quais sejam elas).
Esse signo é o criador das cores,
transmitindo a idéia de colorido, estampado.
ÒWÓRIN MEJI é um ODÚ muito
poderoso, que revela inúmeras doenças localizadas no abdome, onde o signo
estabelece o seu reduto.
É, portanto, o assistente direto
de “IKÚ”, a morte, durante a noite, e de “GBÊ”, a vida, durante o dia.
ÒWÓRIN MEJI introduziu, neste
mundo, as rochas e as montanhas; as mãos e os pés dos seres humanos, as cólicas
femininas.
As pessoas nascidas sob este signo
ficam ricas ainda na juventude, realizam muito cedo tudo o que desejam na vida,
e obtêm precocemente filhos, mulheres, dinheiro e todas as boas coisas que a vida
pode proporcionar. São naturalmente bafejadas pela sorte, atraentes, excessivas
em tudo, generosas, dominadoras e entusiasmadas. Não conhecem desafios que não
possam vencer, nem obstáculos que não saibam sobrepujar. Gostam do que é bom,
do que é caro e nunca medem esforços para alcançar o que desejam.
Contudo, ÒWÓRIN MEJI predispõe as
estadias curtas sobre a terra, isto é, as pessoas do signo tendem a viver
pouco.
Por ser este ODÚ portador de acidentes,
é muito difícil que se possa desfrutar, por muito tempo, os seus benefícios.
Quando em IRÊ (Positivo), ÒWÓRIN
pode apontar: nobreza de atitudes, uma decisão que leva a um bom resultado,
planos que darão certo, um bom empreendimento, proteção do alto, ajuda de
terceiros, fartura, riqueza.
Quando em OSOGBÔ (negativo), este
ODÚ deve indicar: acidentes fatais, morte súbita ou prematura, vida curta.
Quando em OSOGBÔ ARUN (IGBIN) este
ODÚ aponta doença no olho direito, excesso de sangue, hipertrofia dos órgãos,
hipertensão, congestões e todos os tipos de doenças ocasionadas por abundância
ou excesso patológico de fluidos, tumores, matéria orgânica.
Neste ODÚ falam as seguintes
divindades:
Orisás Nagô: YEMONJÁ, YEWÁ, LOGUN-EDÉ, OBALUAYÊ,
OSUN, OSÓSI ÍNLÈ.
VODÚNS Jêje: LISÁ, KENNESÍS, DAN, GUN, HOHÔ, SAKPATÁ,
TOHOSÚ.
Dizem os antigos sacerdotes que
esse Odú é conhecido como Ojú Etá - o terceiro olho - aquele que rege Onã ou
Dono do caminho.
Um Babalawô, muito considerado na
região de Lagos, antiga capital da Nigéria, disse que esse Odú dá caminho para
Afefe, o vento.
Fala nesse Odú Exú e Oyá.
Ele contou que um vendedor de obí
chamado Ikin, passando por uma grande dificuldade, resolveu consultar o Oráculo
e o Odú que respondeu foi Owarin e o Babalawô mandou que fizesse um Ebó
contendo 11 moedas de ouro, 11 moedas de prata, 11 moedas de cobre, 11 búzios
brancos, 11 conchas do mar, 11 okutá inã, 11 igbin escuro, 11 fechos de palha
da costa trançadas e nas pontas de cada trança um saoro, 11 obis e 11 igbá.
Mandou que arrumasse tudo dentro de uma peneira coberta com palha da costa e
que levasse a onze caminhos e que em cada caminho que chegasse ele deixaria um
apetrecho de cada item.
ODÚ OWARIN
No primeiro caminho ele deveria
louvar Exú Marabô o dono da multiplicação também conhecido como Baba
Bara Exú.
No segundo caminho ele deveria
louvar Exú Lonan, porque ele é o dono dos caminhos, somente ele permitirá
que os caminhos se abram.
No terceiro caminho ele deveria
entregar a oferenda ao Exú Tiriri, pois este Exú é rápido, sensato e
procura cumprir com dignidade tudo aquilo que à ele se pede.
No quarto caminho deveria louvar Bara
Lojiki porque ele conhece como ninguém a transformação.
No quinto caminho deveria louvar Exú
Lalu porque é o senhor das coisas douradas, representante da realeza,
supremacia e das coisas caras, ou seja, ele é o apreciador do belo, pois
representa a própria riqueza.
No sexto caminho deveria entregar
à Exú Bará, pois é ele quem guarda e alimenta o corpo mantendo a
coordenação motora. É o padroeiro da sexualidade tendo o sêmem como sua maior
representação.
No sétimo caminho deveria entregar
a oferenda à Exú Olodê que é aquele que cobra e também é o comunicador,
quem leva todas as oferendas para o Orun e entrega ao Orixá o que foi ofertado,
pois sem ele o homem não conseguiria se comunicar com os Orixás.
No oitavo caminho deveria louvar
Exú Elerú senhor dos carregos, é ele quem recebe as oferendas é entregue á
Ikú, esse Exú é conhecido como Aukurijebo, senhor do carrego ou, carrego dos
Orixás.
No nono caminho deveria entregar a
Exú Odara, senhor da alegria, exuberância, poder, sedução e magia. É ele
quem transporta a negatividade, transformando os ambientes limpos.
No décimo caminho deveria ofertar
a Exú AJelu que é o representante do branco. É ele que mantém a ligação
entre o corpo e a atmosfera, ou seja, nos guarda e nos protege. É o primeiro a
partir após o nosso falecimento, sendo ele, quem devolve o corpo físico ao Ayé
e o Emi a sua própria atmosfera.
No décimo primeiro caminho deveria
ofertar a Exú Adaque, muito conhecido como Olobe representante da lâmina
afiada, a faca de dois gumes, aquele que guarda os metais, pai de Ejiokô
guardião de todas as armas que levam a morte, pois ele é quem mais nos livra
das brigas, envolvimento com a faca ou arma de fogo.
Somente após a entrega das onze
oferendas aos onze Exús, o ebó estaria concluído.
PERFIL:
São pessoas volúveis, de difícil
convivência. Tem forte tendência aos vícios em geral. Com fé e razão, saberão
vencer os obstáculos, caso contrário, terão dificuldades em resolver até
problemas pessoais.
ODU OWARIN (11)
Fala na décima primeira casa do
Oráculo de Ifá. É representado por onze búzios abertos e cinco búzios fechados.
É o Odu principal de Oyá, mas Exu também responde.
FECUNDAÇÃO:
Olodumare precisava de um
empregado. Depois de tanto procurar e não encontrar, resolveu gerá-lo para
dispor de seus serviços. Numa encruzilhada aberta, colocou pedaços de pano
preto, vermelho e branco, e sobre os panos, onze cabacinhas abertas, cheias de
mel, uma corrente de ferro com onze elos, uma garrafa de aguardente e onze
búzios abertos. No dia seguinte surgiu o Odu Owarin, que pariu Exu Òla, rei dos
Exus, que passou a servir Olodumare em seus desejos.
PERSONALIDADE:
Os filhos de Odu Owarin, são
pessoas de má influência, pois carregam consigo grande negatividade. Odú é
conhecido como Ojú Etá - o terceiro olho - aquele que rege Onã ou Dono do caminho.
Têm tendência a ser volúveis, principalmente os homens, são sujeitos a doenças,
perseguição, falação, injustiças, problemas com egun.
Traz sucesso no comércio, traz
grandes paixões. A felicidade parece sempre oculta e difícil. São pessoas
extremamente melindrosas. São no geral muito boas ou muito ruins. São
influentes. Os homens filhos deste Odu são geralmente sem fé. Lutam com
dificuldade para a realização de qualquer projeto. Gostam de luta. As mulheres
comumente separam-se no primeiro casamento, podendo casar outras vezes. Perigo
de se prostituírem. Este Odu fala de calúnias, perda de tudo, inclusive
emprego, doença passageira, carrego de eguns nos caminhos. Só vencem os
obstáculos da vida com muita razão, após sofrerem agruras e grandes sacrifícios.
Representa na oropemba surpresa, forte imaginação, dúvidas constantes - o que
atrapalha o êxito das conquistas, ingratidões, vinganças, perturbações para
pessoa, muita dificuldade na realização dos desejos. Quando reponde significa
que a pessoa tem que fazer ebó, pois está arriscado a perder tudo ou morrer,
pois este Odu traz morte repentina. Se tiver que viajar ou fazer cirurgia e
este Odu responder, é aconselhável não fazer. Quando cultuado e tratado, acaba
trazendo para seus filhos satisfação e êxito no atendimento de seus desejos,
podendo descortinar o ocultismo da felicidade para seus nativos. Toda pessoa
que carrega Owarin na cabeça tem tendências a queimaduras. Se o consulente
estiver doente e este Odu aparecer, não é motivo de preocupação, pois Owarin
tem uma filosofia que diz: “Quem tem que morrer não adoece, morre logo”. Este
Odu apresenta tendência à mendicância, ao vício da bebida e tóxicos. Traz para
seus filhos tendências para participar de casos baixos e escusos, trazendo
também envolvimento com polícia, proporciona falta de sentimento em razão dos
resultados dos erros dos seus filhos. É um Odu problemático e perigoso, por
isso tem de haver muito conhecimento por parte do zelador no seu culto, pois,
qualquer erro, ao invés de levantar, irá destruir seus escolhidos. Requer muita
competência e paciência. Suas kijilas são o sal, banha de ori e abóbora
vermelha.
ORIXAS DO ANO 2018
ORIXÁ NANÃ
Nanã é sem dúvida muito antiga,
suas características são muito diveRsas, Orixá dos mistérios é uma divindade de
origem simultânea à criação do mundo, pois quando Oduduá separou a água parada,
que já existia, e liberou o saco de criação a terra, no ponto de contato desses
dois elementos formou-se a lama dos pântanos, locAl onde se encontram os
maiores fundamentos de Nanã.
Senhora de muitos búzios, Nanã
sintetiza em si a morte, feKundidade e riqueza.
Seu nome designa pessoas idosas e
respeitáveis e, para os povos Jêje, da região do antigo Daomé, significa mãe.
Sendo a mais antiga divindade das águas, ela representa a memória ancestral.
É a mãe antiga, Ìyá Agbà por
excelência.
É a mãe dos orixás Irokô, Obaluaiê
e Oxumarê, é respeitada como mãe de todos os outros Orixás, nesse caso pela
antiguidade.
Nanã é o princípio, meio e o fim,
o nAscimento, a vida e a morte.
Ela é a dona do Axé por ser o
orixá que dá vida e a sobrevivência, a senhora dos Ibás que permite o
nascimento dos deuses e dos homens.
As águas paradas e lamacentas dos
pântanos têm uma aparência morta a primeira vista, mas existe a vida de plantas, micro organismos que como as plantas buscam nas profundezas
das lagoas, na lama, a vida e o sustento.
Nanã.
Senhora da morte, geradora de Iku,
morte.
Deusa dos pântanos e da LAma.
Nanã é o encantamento da própria
morte.
Seus cânticos são súplicas para que
leve Iku , a morte, para longe e quem permite que a vida seja mantida.
É a força da Natureza que o homem
mais teme, pois ninguém quer morrer! Ela é a Senhora da passagem desta vida
para outras, coMandando o portal mágico, a passagem das dimensões.
Em terras da África, Nanã é
chamada de Iniê e seus assentamentos, objetos sagrados, são salpicAdos de
vermelho.
Nanã é lama, é terra com contato
com a água.
Nanã também é o pântano, o lodo,
sua pRincipal morada e regência.
Ela é a chuva, a tempestade, a
garoa.
O banho de chuva, por isso, é uma
espécie de lavagem do corpo, homenagem que se faz à Nanã, lavando-se no seu
elemento.
A chuva é a parte da vida, que vai
irrigar a terra, se ela cai demais, é porque a força da Natureza, Nanã, está
insatisfeita.
ConsiderAda a Iabá Orixá feminina
mais velha, foi anexada pelos iorubanos nos rituais tal a sua importância. Nanã
é a possibilidade de se conhecer a morte para se ter vida.Considerada a Iabá
Orixá feminina mais velha, foi anexada pelos iorubanos nos rituais tal a sua
importância. Nanã é a possibilidade de se conhecer a morte para se ter vida.
É agradar a morte, para viver em
paz.
Nanã é a mãe, boa, querida,
carinhosa, compreensível, sensível, bondosa, mas que, irada, não reKonhece
ninguém.
Entre os símbolos de Nanã está o
ibiri, que é feito com palitos do dendezeiro que representa a multidão de
Eguns, que são seus filhos na terra dos homens, e Nanã o carrega como mimasse
uma criança.
Os búzios que simbolizam morte por
estarem vazios e fecundidade porque lembram os órgãos genitais femininos,
também pertencem a Nanã.
Contudo, o símbolo que melhor
sintetiza o caráter de Nanã é o grão, pois ela domina também a agricultura e
todo o grão tem que morrer para germinar.
Nanã é a morte que reside no âmago
da vida, que possibilita o renascimento.
Nanã não roda na cabeça de homem.
Seus adeptos dançam com a
dignidade que convém a uma senhora idosa e respeitável.
Seus movimentos lembrAm um andar
lento e penoso, apoiado num bastão imaginário.
Em certos momentos, viram para o
centro da roda e colocam seus punhos fechados, um sobre o outro, parecendo
segurar um bastão.
Em determinada atribuição cuida
dos mortos enquanto seus corpos se decompõem no lodo, se preparando para
formarem novos seres.
Protege contra feitiços e perigos
de morte.
Nanã, vive voltada para a
comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outras
Nanã é a sacerdotisa que, segura
de suas experiências sabe o momento de agir.
Seu mundo é a natureza viva e
morta, ela é capaz de sentir quando o peso da realidade exterior bloqueia as
possibilidAdes de concretizar suas intenções, por isso quando a realidade está
obscura, ela se senta, recolhe suas lembranças, medita e escuta o caminho a
seguir.
Considerada avó de todos os
orixás.
Sua dança é lenta, andar curvado,
deMonstrando sua idade madura, sua velhice.
Na síntese mitológica iorubana
Nanã é considerada a mais velha deusa da nação, predominando com associações
diretas com a morte e com a posição reservada aos bem mAis idosos.
Segundo alguns mitos Nanã é a mãe
de Ossaim.
Nanã é um orixá bastante complexo,
repResenta a memória transcendental do ser humano e o acervo das reações
pré-históricas de nossos antepassados.
É uma divindAde das águas paradas
e dos pântanos, responsável pela matéria prima da vida, barro, que deu forma ao
primeiro homem, assim da criação do mundo e dos seres.
Nanã rege fisiKamente o estômago,
os intestinos, a memória e os pés, temida por todos que conhecem seus hábitos e
costumes, este é o Orixá representAnte da continuidade da existência humana e,
portanto, da morte.
Salubá Nanã Burúku, entidade que
separa os vivos dos mortos.
Nanã muito temida, parece manter a
imagem mais ligada as antigas Iyámi.
É dada como amante mais velha de
Oxalá que ao seduzi-la roubou pArte de seus poderes, mas em troca faz dela mãe
de Omulu e Oxumarê.
Nanã também tem relações com
Xangô.
Outros tabus conservam igualmente
características ameaçadoras ainda que veladas.
Não gosta de homens, e é
praticaMente assexuada, possuindo grande capacidade de trabalho, e
autossuficiente, tem hábitos austeros e intolerante a preguiça, falta de
educação, desordem, desperdício.
Previdente, organizada e rigorosa
nos princípios morais.
Zeladora dos bons costumes e
princípios morais, não perdoa mentirosos, trAições, desonestidades.
Nanã, é um Orixá feminino de
oRigem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia ioruba, quando o
povo nagô conquistou o povo do Daomé, atual República do Benin, assimilando sua
cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já
estabelecida.
Resumindo esse processo cultural,
Oxalá, mito ioruba ou nagô, continua sendo o pai e quase todos os Orixás.
Iemanjá, mito igualmente ioruba, é a mãe de seus filhos nagô e Nanã jeje assume
a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunKa se questionando a paternidade de
Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das
primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá
não existia.
Os mitos daomeanos eram mais
antigos que os nagôs, pois vinham de uma cultura ancestral que se mostra
anterior à descoberta do fogo.
A melhor maneira para entendimento
e estudo futuro antes de se perder totalmente, foi acertar essa cronologia com
a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fAtos anteriores ao
encontro de Oxalá e Iemanjá.
Nanã é uma velhíssima divindade
das águas, vinda de muito longe e há muito tempo.
E Ogum é um poderoso chefe
guerreiro que anda, sempre, à frente dos outros Imalés.
Eles vão, um dia, a uma reunião.
É a reunião dos duzentos Imalés da
direita e dos quatrocentos Imalés da esquerda.
Eles discutem sobre seus poderes.
Eles falam muito sobre Obatalá,
aquele que criou os seres humanos.
Eles falam sobre Orunmilá, o
senhor do destino dos homens.
Eles falam sobre Bará, Um
importAnte mensageiro!
Eles falam muita coisa a respeito
de Ogum, que graças a seus instrumentos podem viver. Declarando que é o mais
importante entre todos.
Nanã contesta então:
-Não digam isto. Que importância
tem, então, os trabalhos que ele realiza?
Os demais orixás respondem:
-É graças a seus instrumentos que
trabalhamos pelo nosso alimento. É graças a seus instrumentos que cultivamos os
campos. São eles que utilizamos para esquartejar e guerrear.
Nanã conclui que não renderá
homenagem a Ogum.
Por que não haverá um outro Imalé
mais importante? Ogum diz:
-Ah! Ah! Considerando que todos os
outros Imalés me rendem hoMenagem, me parece justo, Nanã, que você também o
faça.
Nanã responde que não reconhece
sua superioridade. Ambos discutem assim por muito tempo.
Ogum perguntando:
-Você pretende que eu não seja
indispensável?
Nanã garantindo que isto ela podia
afirmar dez vezes. Ogum diz então:
-Muito bem! Você vai saber que eu
sou indispensável para todas as coisas.
Nanã, por sua vez, declara que, a
partir daquele dia, ela não utilizará absolutamente nada fabricado por Ogum e
poderá, ainda assim, tudo realizar.
Ogum questiona:
-Como você fará? Então não sabe que sou o proprietário de
todos os metais? Estanho, aço, chumbo, ferro, cobre. Eu os possuo todos.
Os filhos de Nanã eram caçadores.
Para matar um animal, eles passaram a se servir de um pedaço de pau, afiado em
forma de faca, para o esquartejar.
Os animais oferecidos a Nanã são
mortos e decepados com instrumentos de madeira.
Não pode ser utilizada a fAca de
metal para cortar sua carne, por causa da disputa que, desde aquele dia, opôs
Ogum a Nanã.
Nanã, Senhora de Dassa Zumê,
elegante senhora, nunca se meteu ou se pReocupou com o que este ou aquele fazia
de sua própria vida. Tratou sempre de si e dos filhos, de forma nobre, embora
tenha sido sempre precoce em tudo.
Entretanto, Nanã sempre exigiu
respeito àquilo que lhe pertencia.
O que era seu, era seu mesmo.
NuncA fora radical, mas exigia que todos respeitassem suas propriedades.
E, vemos novamente Ogum
“quizilado”com ela.
Viajante, conquistador, numa de
suas viagens, Ogum aproximou-se das terras de Nanã.
Sabia que o lugar era governado
por uma velha e poderosa senhora.
Sabia que se quisesse, não seria
difícil tomar as terras de Nanã, pois para Ogum, não havia exército, nem força
que o detivesse.
Mas Ogum estava ali apenas de
passagem.
Seu destino era outro, mas seu
caminho atravessava as terras de Nanã.
Isto ele não podia evitar e nem o
importava, uma vez que nada o assustava. Ogum nada temia.
Na saída da floresta, Ogum
deparou-se com um pântano, lamacento e traiçoeiro, limite das terras de Nanã.
Era por ali que teria que passar.
Seu Kaminho, em linha reta, era
aquele, por pior que fosse e não importando quem dominava o lugar.
O destino e objetivo de Ogum era o
que realmente lhe importavam.
Parou à beira do pântano e já ia
atravessá-lo quando ouviu a voz rouca e firme de Nanã:
- Esta terra tem dono. Peça
licença para penetrar nela!
No que Ogum respondeu em voz alta:
- Ogum não pede, toma! Ogum não
pede, exige! E não será uma velha que impedirA meu objetivo!
- Peça licença, jovem guerreiro,
ou se arrependerá! Retrucou Nanã com a voz baixa e pausada.
- Ogum não pede licença, avança e
conquista! Para trás, velha, ou vai conhecer o fio da minha espada e a ponta de
minha lança!
Ogum avançou pela pântano, atirando lanças com
pontas de metal contra Nanã.
Ela, com as mãos vaziAs, cerrou os
olhos e determinou ao pântano que tragasse o imprudente e impetuoso guerreiro.
E assim aconteceu...
Aos poucos, Ogum foi sendo tragado
pela lama do pântano, obrigando-o a lutar bravamente para salvar sua própria
pele, debatendo-se e tentando voltar atrás.
Ogum lutou muito, observado por
Nanã, até que conseguiu salvar sua vida, livrando-se das águas pantanosas e
daquela lama que quase o devorava.
Ofegante e assustado, Ogum foi
forçado a recuar, mas sentenciou:
- Velha feiticeira! Quase me
matou! Não atravessarei suas terras, mas vou encher este de pântano de aço
pontudo, para que corte sua carne!
Nanã, iMpassível e calma, voltou a
observar:
- Tu és poderoso, jovem e impetuoso,
mas precisa aprender a respeitar as coisas. Por minhas terras não passarás,
garanto!
E Ogum teve que achar outro
cAminho, longe das terras de Nanã.
ORIXÁ NANÃ ARQUÉTIPO
Pessoas muito calmas, e muito
lentas.
Gostam de crianças. SempRe
aparentam mais idade.
São pessoas de ímpeto boas,
decididas, simpáticas, mas que quando em vez se tornam ranzinzas e rancorosas,
do tipo que guardam rancor.
Às vezes, porém, exige atenção e
respeito que julga devido, mas não obtido dos que a cercAm.
É o tipo de pessoa que não
consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos
pensem da mesma forma que ela.
Suas reações bem equilibradas e a
pertinência das decisões, manter sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
Todos esses dados indicam também
serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da
sociedade, desejando a volta de situações do passado, modos de vida que já se
foram.
Querem um mundo previsível,
estável ou até voltando para trás.
Reclamam dos novos costumes, da nova
moralidade.
Quanto à dados físicos, são
pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente
têm. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos
incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas.
Ao mesmo tempo, tem uma grande
capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que
sua própria existência.
Por causa desse fator, o perdão
aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural.
Sensatez, perseverança, ordem,
objetividade, ou inverso: estupidez, preguiça, conservadorismo extremo, medo,
avareza.
Aparência física pesada,
truculenta, desgraciosa, fraKasso na sexualidade e no amor pela falta de
habilidade no trato social e pela agressividade.
Sem beleza, sem vaidade.
Apesar da aparência, tem
extraordinária resistência física.
0 tipo psicológico feminino tem um
temperAmento severo e austero. Rabugenta, é mais temida do que amAda.
Pouco feminina, não tem maiores
atrativos e à muito afastada da sexualidade. Por medo de aMar e de ser
abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição
sociAl.
ORIXÁ NANÃ CURIOSIDADE
Frase de impacto: Sálù bá nàná
burúku
Divindade que separa os espíritos
trevosos da morte
Animais: Rã, galinha branca, pata branca, cabra branca, rã.
Bebida: Água da chuva, água de coco, mel e dendê.
Comida: Acaçá, pipoca, farofa de dendê, peixe cozido com
pouco sal, farofa de amendoim torrado, aipim cozido no dendê, Aberem, mugunzá,
efó, sarapatel, feijão com coco, pirão com batata roxa.
Cor: Branco com traços azuis ou roxos, cor anil, branco e
roxo, também pode ser lilás, roxo ou azulão.
Dia: Quarta-feira.
Doenças: Erisipela, artrite, estomatite.
Domínios: Pântanos, chuva, morte.
Elemento: Água – e terra +.
Emblema: Iberim, cetro da nervura do dendezeiro.
Ervas: Avenca, alfavaca, hortência, sempre-viva roxa. folha
da fortuna, viuvinha (trapoeraba roxa), samambaia, melão de São Caetano,
manacá.
Essências: Guiné, noz moscada, camomila, cravo.
Flores: Crisântemo branco e lilás, campânula, hibisco,
violetas, flores do campo de cor lilás, lírio, orquídea, narciso, begônias.
Frutas: Laranja lima, figo, ameixa, melancia, uva escura,
melão, limão, fruta do conde, coco seco, banana da terra, abacaxi, jaca.
Função: Criação e transformação.
Kizilas: multidões, instrumentos de metal.
Metal: Ouro branco, estanho, latão.
Morada: Cemitério, pântano, lamaçal.
Natureza: Pântanos, lama.
Números: 06 e 13.
Partes do corpo: Barriga, o útero, a parte genital
feminina, protege as mulheres gestantes.
Pedra: Ametista.
Ritmo: O toque Jêje sató, um ritmo vagaroso e pesado,
apropriado aos lentos movimentos dessa deusa que dança curvada,
"varrendo" o mal. No Ketu, seu toque é o kiribotô.
Saudação: Salubá.
Símbolo: Ibiri e os bradjas , contas feitas com búzios, dois
a dois, e cruzados nos peitos, indicando ascendente e descendente.
ORIXÁ NANÃ
PRECE
Oh! Mãe dos mananciais.
Senhora da renovação da vida.
Mãe de toda criação.
Orixá das águas paradas.
Mãe da sabedoria.
Dai-me a calma necessária para
aguardar
com paciência o momento certo
para tomar minhas decisões.
Que a tua luz neutralize
toda as forças negativas à minha
volta.
Daí-me à tua serenidade e faz de
mim
um filho abençoado nos caminhos da
paz,
do amor e da prosperidade.
Salubá!!!
ORIXÁ NANÃ ORIKI
Okiti Kata, Ekùn A Pa Eran Má Ni
Yan Okiti Katala
leopardo que mata um animal e o
como sem assá-lo
Olu Gbongbo Ko Sun Ebi Eje
Dono de uma bengala, não dorme e
tem sede de sangue
Gosungosun On Wo Ewu Eje Salpicado
com Osun,
seu traje parece coberto de sangue
KO Pá Eni Ko Je Oka Odun
Ele só poderá comer massa no dia
da festa, se tiver matado algúem
A Ni Esin O Ni Kange
Ele tem o cavalo, ele tem o quizo
Odo Bara Otolu Rio Omi a Dake Je
Pa Eni
Água adormecida que mata alguém
sem preveni-lo
Omo Opara Ogan Ndanu
Filho de Opara
Sese Iba
O Orixá , respeito
Iba Iye Ni Mo Mo Je Ni Ko Je Ti
Aruní
Louvo a vida e não a cabeça
Emi Wa Foribale Fun Sese
Venho prosternar-me diante do
Orixá
Oluidu Pe O papa
Presto homenagem aos ancestrais
Ele Adie Ko Tuka
Aquele que tem frango, não depena
vivo
Yeye Mi Ni Bariba Li Akoko
Minha mãe estava primeiramente em
Bariba
Emi Ako Ni Ala Mo Le Gbe Agada
Eu o primeiro a poder usar a
espada
Emi A Wa Kiyà Onile Ki Ile
Venho saudar o dono da terra para
que ele me proteja
ORIXÁ NANÃ
QUALIDADES
Muitos são os nomes, títulos ou
qualidades conhecidas como Asainan ou
Asenàn , Iyabahin ou Lànbáiyn , Inselè, Sùsùré, Elegbé, Bíodún, ìkúrè,
Asaiyó, etc., mas abaixo estão as mais conhecidas e trabalhadas
atualmente.
ABENEGI: Dessa Nanã nasceu o Ibá Odu, que é a cabaça que traz
Oxumarê, Odé, Olodé, Oiá e Iemanjá.
ADJAOCI OU AJÀOSI: É a guerreira e agressiva que
veio de Ifé, às vezes confundida com Obá. Mora nas águas doces e veste-se de
azul.
AJAPÁ OU DEJAPÁ: É a guardiã que mata, vive no
fundo dos pântanos, é um Orixá bastante temido, ligado a lama, a morte, e a
terra. Veio de Ajapá. Está ligada aos mistérios da morte e do renascimento.
Destaca-se como enfermeira, cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos
moribundos. Nela predomina a razão.
BURUKU OU BÚKÙÚ: Também é chamada Olú waiye
senhora da terra, ou Oló wo senhora do dinheiro ou ainda Olusegbe. Este Orixá
veio de Abomey, ligado à água doce dos pântanos, usa um ibirí azul.
OBAIA OU OBÁÍYÁ: É ligada a água e a lama. Mora
nos pântanos; usa contas cristal vestes lilás.
OMILARÉ: É a mais velha, acredita-se ser a verdadeira esposa
de Oxalá. Associada aos pântanos profundos e ao fogo. É a dona do universo, a
verdadeira mãe de Omolu Intoto. Veste musgo e cristal.
SAVÈ: Veste-se de azul e branco, e usa uma coroa de
búzios.
YBAIN: É a mais temida. Orixá da varíola. Usa cor vermelha,
é a principal, come direto na lagoa, dando origem a outros caminhos. Para
chamá-la, a ekeji tem que ir batendo com seus otás para fazê-la pegar suas
filhas.
OPORÁ : Veio de Ketu, coberta de òsun vermelho. É a mãe de
Obaluaiê, ligada a terra, temida, agressiva e irascível.
XALÁ : Muito ligada ao Branco e a Oxalá.
OBALUAIÊ OU XAPANÃ,
É o Orixá da transformação.
Padroeiro dos pobres, humildes e
doentes, assim é conhecido o orixá Obaluaiê ou Xapanã, um dos mais temidos e
respeitados.
Tem o poder de cuRa, mas também
pode provocar doenças, principalmente como a varíola, e as enfermidades de pele
de todos os gêneros infecciosos.
É o médico dos pobres, é um orixá
ambivalente e a ele são atribuídas as doenças contagiosas.
A febre, doença de pele, cegueira
,surdez, catapora e sarampo são considerados manifestação de Obaluaiê-Xapanã,
que leva seres humanos a regeneração de algum mau costume. Dono do interior da
terra, está ligado ao mistério, ao oculto.
É reverenciado no silêncio da
morte.
Ao mesmo tempo em que o orixá Bará
desfaz os fluídos grosseiros e pesAdos, Obaluaiê-Xapanã desintegra as pequenas
cargas de energia negativa.
Recorre-se a Obaluaiê-Xapanã em
praticamente todos os tipos de problemas do cotidiano.
Com suas polaridades e inversões,
faz lembrar que Obaluaiê-Xapanã, com seu
Bará, seu princípio dinâmico do existir não é apenas sofrimento e morte, mas
também transformação e vida.
Bará e Obaluaiê-Xapanã encontram-se na pele.
Obaluaiyê quer dizer rei e dono da
terra, sua veste é palha e esconde o segredo da vida e da morte.
Usa o aze, capacete de palha da
Costa, ou o filah, capuz de palha da Costa e carrega na mão o xaxará, feixe de
fibra de palmeira, enfeitado com búzios.
Sua vestimenta é utilizada
principalmente em ritos ligados à morte e o sobrenatural, sua presença indica
que algo deve ficar oKulto.
Compostos de duas partes o filá e
o azé, a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz
trançado de palha da costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam
da cintura, o azé, seu asó-ìko roupa de palha é uma saia de palha da costa que
vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por baixo desta
saia vai um xokotô, espécie de calça, também chamado cauçulú, em que oculta o
mistério da morte e do renascimento.
Nesta vestimenta acompanha algumas
cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com
ìko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte.
Sua festa anual é o Olubajé,
Olu-aquele que, ba-aceita, jé-comer; ou ainda aquele-que-come, são feitas
oferendas e são servidAs suas comidas votivas.
Obaluaiê-Xapanã está presente em
nosso dia-a-dia, quando sentimos dores, agonia, aflição, ansiedade.
Está presente quando sentimos
coceira e comichões na pele.
Rege também o suor, a transpiração
e seus efeitos.
Rege aqueles que têm problemas
mentais, perturbações nervosas e todos os doentes.
Está relacionado a terra quente e
seca, como o calor do fogo e do sol, calor que lembra a febre das doenças
infectocontagiosas.
Obaluaiê-Xapanã está no organismo, no
funcionamento do organismo.
Na dor que sentimos pelo mal
funcionamento dos órgãos.
Está presente nos hospitais, casa
de saúde, ambulatórios, postos de saúde, clínicas, sempre próximo aos leitos.
Como também em locais onde existam
pesquisas, estudos. Rege os mutilados, aleijAdos, enfermos.
Ele proporciona a doença mas,
principalmente, a cura, a saúde. É o Orixá da misericórdia.
Obaluaiê-Xapanã é à força da natureza que rege
o incômodo de um modo geral.
Rege o mal estar, o enjôo, o mal
humor, a intranquilidade.
É o Orixá do abafaMento e está
presente nele, bem como na má digestão e na congestão estomacal.
Gera o ácido úrico e seus efeitos.
Obaluaiê-Xapanã está presente em todas as enfermidades e sua
invocação, nessas horas, pode significar a cura, a recuperação da sAúde.
22/08/1999
IANSÃ-OIÁ
É a divindade dos ventos,
guerreira, foRte e destemida.
Orixá veloz, que nos golpeia com a
rapidez de um piscar de olhos.
Está presente no tempo e no
espaço, é a mãe das nove partes do céu, o grande vendaval que faz a limpeza do
ar que respiramos.
O ar em movimento caracteriza a
sua essência, é como o fogo que nos queima, sem que tenhamos posto a mão nele.
É O orixá que faz as coisas
simultAneamente, graças a sua agilidade de espalhar o seu axé no mundo dos
vivos e dos mortos.
Iansã ou Oiá. Deusa guerreira,
divindade dos ventos, das tempestades, dos raios e dos redemoinhos.
É dona do ylê, a casa.
Iansã-Oiá em muitas oKasiões é
descrita como uma mulher masculinizada. (ver lenda dos orixás), com uma
personalidade quase andrógena, não poupando esforço para alcAnçar seus objetivos.
Segundo algumas lendas, Iansã-Oiá,
em passado distante foi homem, e tornou-se mulher em tempo mais recente.
Da mesma forma que a orixá Nanã,
ela tem ligação diretA com Eguns, com sua forMa de feitiçaria bem definida e
estabelecida, comandando os espíritos dos mortos ou Egungun, o que é visto como
a mais masculina de todas as tarefas possíveis, afinal só os homens podem
oficializar e ajudar nos rituais dedicAdos aos espíritos dos mortos.
Iansã-Oiá tem um vasto campo de
ação e desenvolve o encaminhamento de espíritos desvaiRados, enviando-os ao
Orun onde serão equilibradas suas energias.
Mas no mundo espiritual não serão
as entidades apenas encaminhadas, serão organizadas para que o equilíbrio venha
em benefício individual e, ou coletivo.
Desta maneira então,
reequilibrá-los e redirecioná-los, só optando por enviá-los a um campo onde o
magnetismo os esvAzia quando vê que um esgotamento total em todos os sete
sentidos é necessário.
Iansã-Oiá em tempos remotos, era
padroeira de uma sociedade secreta feminina, que cultuava os ancestrais, que
denominamos Egungun.
Foi o orixá Ogun que conseguiu
aKabar com a primazia das mulheres nesse culto, que passou a ser exclusivamente
masculino, (Ver lenda dos orixás ), mas, apesar disto, Iansã-Oiá é reverenciada
nessa sociedade.
O sacerdote dos Eguns, o babalogê,
só consegue ligação com o reino dos defuntos mediante a interferência de
Iansã-Oiá, porém, não guia os Eguns, não conduz as almas: isso é tArefa de Exu.
A relação de Iansã-Oiá é de luta.
Ela combate os Eguns e sempre vence, assegurando, assim, a supremacia dos
orixás sobre o universo e os seres de qualquer natureza.
Além do contato com os mortos,
Iansã-Oiá também favorece a fecundidade, atributo inerente aos deuses. É
descrita como orixá guerreira que carrega uma espAda e exibe seu temperamento
agressivo.
É a força impulsiva e firme que
por experiência própria diz que, não convém se deixar levar pelas emoções.
Orixá dos ventos, mas também dos
raios e tempestades, orixá guerreira, possui uma espada ou sabre como símbolo
da sua índole guerreira.
Orixá irrequieta, autoritária,
sensual, de temperamento muito forte, doMinadora e impetuosa.
A sua versatilidade energética
atua em união com os demais orixás de energia positivos, onde acontece o
equilíbrio recorrendo aos aspectos positivos da Orixá planetária Iansã-Oiá.
Da mesma forma orixás de energia
negativos, recorrem aos aspectos negAtivos da orixá planetária Iansã-Oiá.
Iansã-Oiá, reportemo-nos a seu
elemento pRimeiro o ar. Presente em nível de mudança, transformação, como
energia propulsora e renovadora.
Em nível de terra este Orixá está
diretamente relacionada ao intelecto, tal como Xangô, mas de forma distinta,
pois o Xangô é de energia refreadora, em termos práticos, coloca o método no
pensamento ágil gerado pela Orixá Iansã-Oiá. Consequentemente, esta Iabá está
diretamente ligada aos avanços tecnológicos, e não apenas as mudanças
climáticas.
Em função de sua característica
básica de estar ligada diretamente ao intelecto, a Orixá Iansã-Oiá foi
associada ao planeta Mercúrio, logo, seu campo escuro localiza-se nos domínios
do orixá Omulú, que rege o cemitério.
Iansã-Oiá é uma Deusa ligada à
manifestação do feminino na fase crescente, trazendo em si a qualidade do
movimento. Une passado com o futuro, o lado sombrio da Lua com o lado
iluminado, que anuncia um novo começo. Iansã-Oiá está ligada com o número 9,
que é o movimento puro.
Está associada ao ar, ao vento, a
tempestade, ao relâmpago/raio (ar+movimento e fogo) e aos ancestrais (Eguns).
Deusa das tempestades, contribui
para a fertilidade do solo.
Divindade eóliKa, sopram os ventos
que afastam as nuvens, para a passagem dos raios desferidos por Xangô. E é o
raio que abre os reservatórios do céu, para fazer cair a chuva, relação comum
em todas as mitologias.
Iansã-Oiá é muito parecida com
Xangô, uma cópia feminina do senhor do trovão.
E a esposa do Xangô mais jovem,
guerreia com ele e detém o poder sobre o fogo, é a compAnheira de lutas e
conquistAs, de causas e dissabores.
Segundo a mitologia iorubá,
Iansã-Oiá foi a única esposa de Xangô, que o acoMpanhou até o fim de seus dias,
ao passo que as demais debandaram, deixando Xangô na companhia da fidelíssima
esposa mais jovem.
Xangô escutava Iansã-Oiá, que era
justa e generosa.
Iansã-Oiá cozinhava para xangô e
também gostava muito de comer.
Iansã-Oiá o grande vendaval, a
charmosa, era a esposa que se vestia de fogo e comia pimenta crua, ela comia
fogo com Xangô.
Com Iansã-Oiá, Xangô dividia sua
causa, ele confiava em Iansã-Oiá, a leopArdo fêmea.
IANSÃ-OIÁ CARACTERÍSTICA
Faz paRte de sua indumentária a
espada curva, alfanje, o erukere, que usava para sua defesa, além de muitos
braceletes e objetos de cobre.
Sua dança é muito expAnsiva,
ocupando grande espaço e chamando muita atenção.
Iansã-Oiá é a mulher que sai em
busKa do sustento, ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la.
Desperta pronta para a guerra,
para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence. Oiá é
cheia de magia, determinAção, desapego, destemor, distinção ou inverso:
falsidade, ciúme exagerado, violenta, fútil, luxúria.
Sete atuam junto aos pólos
magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás regentes dos pólos positivos, onde
entrAm como aplicadoras da Lei segundo os princípios da Justiça Divina,
recorrendo aos aspectos positivos da Orixá planetária Iansã-Oiá.
Sete atuam junto aos pólos
magnéticos absorventes e auxiliam os orixás regentes dos pólos negativos, onde
entram como aplicadoras da Lei segundo seus princípios, recorrendo aos aspectos
negativos da orixá planetária Iansã-Oiá.
Dona da aliança atua em todos os
caMpos que envolvam o relacionamento amoroso, por isso é muito solicitada para
resolver casos de união. Identifica-se com pessoas vaidosas e impetuosas, cuja
velocidade de pensamento, a tagArelice e alegria são traços fortes.
IANSÃ-OIÁ MITOLOGIA
O maior e mais importante rio da
Nigéria chama-se Níger, é imponente e da mesma maneiRa que o rio Amazonas na
América do Sul atravessa mais de um país, rasgando territórios, espalhando-se
pelas principais cidades através de seus afluentes, ele recebeu o título
pomposo de Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar.
A mãe dos nove orum, dos nove
filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn).
Iansã-Oiá, segundo a mitologia, é
um orixá muito forte, enfrentAndo a tudo e a todos por seus ideais.
Não aceita a submissão ou qualquer
tipo de prisão.
Quem pode aprisionar o vento?
Conhecida no Brasil como Yansã,
cujo nome advém de algumas formas prováveis: Oyamésàn.
Embora seja saudada como a deusa do
rio Níger, está relacionada com o elemento fogo.
Na realidade, indiKa a união de
elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um
raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.
Algumas passagens de Iansã-Oiá a
identificam com antigos cultos africanos ligados à fecundidade, e é por isso
que a menção aos chifres de búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas
suas histórias.
Apesar de seus milindres, encantos
e atributos inegavelmente femininos, Iansã-Oiá é capaz de atitudes das mais
virís possíveis como, por exemplo, segurar os chifres de um búfalo, pois essa
mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornAr-se
mulher da guerra e da caça.
Através do vento que transforma,
transporta, renova a natureza contribuindo para a preservação das espécies,
fertilidade, a biodiversidade através do vento, que ela manipula , renova-se.
O vento que pode acariciar um
rosto, acalentando e amenizando o efeito do sol escaldante, também pode
destruir uma cidade.
Mas na natureza nada se cria, nada
se perde e tudo é transformado Iansã-Oiá esta sempre em atividade de renovação,
havendo uma reciclagem natural.
Através da brisa, calma, serena,
as sementes são espalhadas de maneira natural, Iansã-Oiá estimula a brisa, que,
com sua doçura, espalha a criAção, sementes, que irão germinar na terra e fazer
brotar uma nova vida.
Não podemos esquecer da atuação do
vento no processo de evaporação de todas as águas da terra, atuando junto aos
rios e mares. Esse fenômeno é vital para a renovação dos recursos naturais,
que, ao provocar as chuvas, estarão fertilizando a terra.
Apesar de doMinar o vento,
Iansã-Oiá originou-se na água, assim como as outras iabas, que possuem o poder
da procriação e da fertilidAde.
IANSÃ-OIÁ ARQUÉTIPO
Os filhos e filhas de Iansã-Oiá
são audaciosos, intrigantes, autoritários, vaidosos, pessoas sensuais,
volúveis, com tendência a ter diversos relacionamentos sexuais, inclusive
extRaconjugais.
Seu filho é conhecido por seu
temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e
extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua
vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois
não gosta de dialogar.
Em estado normal é muito alegre e
decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros,
gritos e choro.
Tem um prazer enorme em contrariar
todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida,
quando fica tentado por uma aventura.
Em seus gestos demonstra o momento
que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza.
Não tem medo de nada. Enfrenta
qualquer situação de peito aberto.
É leal e objetivo. Sua grande
qualidade, a gArra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe
prejudica o convívio social
Dotados de inesgotável energia,
suas filhas e filhos são dinâmicos, nervosos, irrequietos, intensos.
Na vida sexual, as mulheres são
provocantes que conquistam e dominam os homens.
Mulher de sexualidade intensa e
assumida.
São pessoas muito animadas e
felizes, pois fazem festa com tudo.
Tem um forte dom para a magia e
uma incrível capacidade de adaptação.
Os filhos de Iansã-Oiá estão
sempre apaixonados ou se apaixonando, pois este orixá é a regente dos sentimentos
fortes e audaciosos.
Atrevidas, gostam de se fazerem
notar, são ciumentas e não toleram rivais, nem serem enganadas, não hesitam em
armar tremendos escândalos e pouco ligam pelo que delas podem dizer.
São muito orgulhosas, teimosas,
rebeldes e impertinentes, impacientes, colériKas, cruéis, sempre dispostas a
brigas.
Não gostam muito dos afazeres
domésticos.
Quando apaixonadas são
extremamente dedicadas ao seu homem.
São extremamente ciumentas. No
entanto quando se dedicam a uma pessoa são ótimas companheiras.
As filhas de Iansã-Oiá são
mulheres audaciosas, poderosas, autoritárias e dinâmicas. Estão sempre
procurando algo para se ocupar, são cheias de iniciativa e determinação. São
mulheres que nunca passam despercebidas, pois são combativas, teimosas e
temperamentAis, mas também podem ser doces e meigas, quando possuem interesse
em seduzir algum homem.
Iansã-Oiá é o tipo de mulher que
está mais voltada para o amor sensual do que para o amor maternal. Ama os
filhos, mas consegue maior expressão quando se sente admirada e desejada por um
homem, o que geralmente provoca o ciúme e a inveja das outras mulheres.
É também uma mulher que está
ligada ao passado, ao coletivo, pela origem comum da necessidade fertilizadora
do feminino e está ligada ao futuro pela necessidade de diferenciação, que a
tirará do coletivo e a jogará sempre para frente, para o novo.
É inconformada e inquieta, está
voltada para o impulso de empreender coisas, de realizar seu poder criativo. A
atualização dessa força criadora dependerá da forma como ela direcionar esta
energia, que muitas vezes pode ser desviada para outros fins, ou ser esvaziada.
O perigo é permitir que as
barreiras sociais a entravem, desviando a energia criativa parA a neurose. E, a
neurose é parada de movimento.
Todo aquele que se recusa a viver
o futuro, apegando-se ao passado, estagna.
A mulher que sente impulso para
criar, para dar significado ao seu mundo, precisa ser fiel aos seus conteúdos
internos, à Deusa dentro de si. O ato criativo é o processo de se arriscar, de
se jogar no desconhecido, de mergulho nas fontes fertilizadoras, da viagem
interna em busca da essência das coisas. O desejo de criar move o contato com o
informe pela necessidade de dar forma, de arrancar da terra coisas vitais para
aliMentar a consciência.
Talvez seja a mais polêmica das
energias que influência os seres humanos, os filhos desta energia são bastante
volúveis, gostam de honras e homenagens, mas não valorizam os méritos alheios.
São desconfiadas e vivem
paralelamente um mundo de fantasias, não dão muita importância a opiniões
alheias, raramente adoecem.
Devem cuidar mais do trato
digestivo e principalmente vesícula.
Adoram expor suas qualidades,
gostam de semi-jóias e pinturAs.
IANSÃ-OIÁ QUALIDADES
Existe uma difeRença de nomes,
fundamentos, entre as casas de santos para cada orixá, seus títulos que se
confundem com suas personalidades, e, isso para todas as entidades, sendo
assim, Iansã-Oiá não fugirá a essa realidAde.
Cada zelador administra seus
orixás seguindo uma linha mestra, geral, deixada pelos ancestrais, mas
adaptando para garantir a continuidade, para que não se perKa a essência,
continuando assim a mandala firme e forte.
Mas a necessidade de preservação
exije alguns cuidados entre eles o mascaramento de elementos que, se divulgAdos
podem ser mal interpretados,mal utilizados e por algumas facções
marginalizados.
Esconder embaixo da unha não é
para quem quer, mas sim para quem pode e deve.
Aqui estão algumas denominações
mais comuns de Iansã-Oiá, nomes de qualidades, vertentes, preceitos, etc, de
nações diversas, sem o aprofundamento, pois cabe a cada zelador passar a seus
filhos conforme o fundAmento da casa e cada casa tem seus mistérios, embora
seguindo uma coluna de objetivo único, ou seja: a elevação dos mortais a um
estado de imortalidade através do conhecimento e trabalho.
Muitos nomes são apenas títulos
antigos repassados, mas não com tanta ênfase que as deMais, como por exemplo:
Oyà Yapopo ,Oyà Gbale Toningbe
,Oyà Gbale De ,
Oyà Gbale Min, Oyà Gbale Lario,
que não existe consideráveis manifestações, sendo restritos a algumas regiões.
Vejamos algumas mais atuAntes:
ABOMI: Tem fundamento com Xangô.
ADAGANGBARÁ: Tem fundamento com Bará.
AFAKAREBÒ: A quem são entregues todos os ebós. Não
é feita em seus eleitos. Seus caminhos levam diretamente a Bará e Egun.
AFEFE: comanda os ventos. Tem caminhos
com Obaluaiê e Egun. Veste vermelho e branco, usa o coral e o chorão de seu adé
é alaranjado .
AFEFE IKU FUNÃ: senhora do fogo e dos ventos da
morte. Caminha com Ogum e Obaluaiê e tem caminhos, também, com Egun e Iku .
Veste branco ou azul-claro.
AGANGBELE: Nesse caminho mostra a dificuldade
relativo a geração de filhos.
ARIRA: Uma de suas formas. Iansã-Oiá com Bará Adaqui, as
vezes com Bará Lanã ou com Bará Agelú ou Ogum Onira ou Xangô Aganjú ou Xapanã.
ATE OJU: Orixá Igbale num aspecto sombrio de Oiá quando
caminha com Nanã.
BAGAN: Não tem cabeça. Come com Bará, Ogum e Odé . Tem
caminhos com Egun E Ossaim.Guerreira dos ventos das matas.
BAGBURE: Não tem fundamento com nenhum Orixá. Identifica-se
exclusivamente com o culto de Egunguns.
BAMILA – Eró Olufon.
BINIKÁ - A senhora do vento quente, ligada a Oxumarê e Omolu.
DIRÃ: Vibrando com Ogum Avagã, Iansã com Bará Lodê, com
Ogum Olobedé, com Xangô Agodô, com Xapanã Belujá ou com Xapanã Sapatá. Oiá
ligada aos Eguns, muito semelhante a Oyà Gbale ou Igbale.
DOLUO: Eró Ossaim.Culto Nagô.
EGUNITA: fundamento com Ogum Wari e Ode.
Aqui vive com os mortos ,eguns,
veste branco e mariwo, ligada a Oxalá, Nanã, e ao vento do bambuzal. VER: OGUNNITA
FILIABA: Tem fundamento com Ọmọlú.
FUNAN-IGABALÉ: a que encaminha os mortos, eguns
veste branco e mariwo, ligada a Oxalá, Nanã e ao centro do bambuzal.
FUNAN IKU: A senhora do fogo e dos ventos da Morte.
Caminha com Ogun e Ọbaluaiê. Têm caminhos também com Egun e
Ikú. Veste branco e pode usar azul-claro, embora receba oferenda de animais
inteiramente pretos.
FÚNKA: senhora das tempestades, que espalha ao redor .
FURÉ: Usa uma foice na mão esquerda e um aruexim na
direita, veste branco e por cima de suas vestes a palha da costa. Dança como se
estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes vão pequenas
cabaças dependuradas, no tornozelo direito uma pulseira de aço, tem ligação
direta com o culto a morte e aos Eguns e preside a vida e a morte.
GBALE ou IGBALE: estão ligadas ao culto dos
mortos, quando dançam parecem expulsar as almas errantes com seus braços. Tem
forte fundamento com Omulu, Ogun e Bará.
Maria Madalena é sincretizada com
Iansã de balé ou Iybalé, é a deusa dos mortos, ligada diretamente ao culto de
Egun, por isso senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sobre os mortos,
trazendo consigo uma falange de Eguns que ela controla e administra, pois todos
temem o seu terrível poder. Devido a sua relação com Egun, é proibido vesti-la
de vermelho. Sua vestimenta é branca. Também pode ser totalmente colorida.
GBÁLẸ̀ GUERE: Tem forte fundamento com Ogun e Ọmọlú.
GUNÁN: Tem fundamento com Xangô.
IAMESAN: É a que foi esposa de Odé, meio animal e meio
mulher, só come caça, mãe dos nove filhos. Come com Oxóssi nas matas.
IJIBÉ OU IJIBÍ : Veste branco ligada a Oxalá ao
vento frio.
KARÁ: Veste vermelho, ligada a Xangô, ao fogo, aquela que
carrega o ajerê fervendo na cabeça.
KEDIMOLU: Eró Oxumare e Omolu.
KODUN:
Eró com Oxaguian.
LARIWO: Como o trovão.
LEIÉ: O vento dos pássaros, veste estampado, ligada a Ewá.
LESSEYEN: Uma das Igbales que mora no próprio
Lesseyen.
MAGANBELLE: Esse caminho mostra a dificuldade quanto
à geração de filhos. Tem fundamento com Iroko e Xangô. Seu assentamento deve
ser feito aos pés de Iroko.
MÉSÀN: Um de seus epítetos. Espírito meio animal meio
mulher, foi esposa de Oxóssi e Xangô .É dona do ylê , casa.
OMO MÉSÀN: Mãe de nove crianças, Iansã, que da
lenda á criação da roupa de Egungun por Oià. Ìyámésàn "a mãe,transformada
em nove", que vem da história de Ifá, da sua relação com Ogun.
É um orixá que faz as coisas
simultaneamente, graças a sua agilidade de espalhar o seu axé no mundo dos
vivos e dos mortos, por seu poder e onisciência.
MESAN ORU: São nove divindades das nove cabeças,
oito tem fundamento com Ogum e Omulú a nona com Bará.
ODO: ligada as águas, apaixonada pelos sentimentos carnal
e muito louca por amor.
OGARAJU: uma das mais antigas no Brasil.
OGUNNITA ou EGUNITÁ: Ligada ao culto de Egun,
sendoseu fundamento mais forte. É a senhora que caminha com os mortos. Algumas
facções tendem a separar esta manifestação de Iansã das demais, criando assim
um orixá feminino individual. Egunitá nessa visão seria a senhora da espada
flamejante, a mãe ignea associada a Santa Brígida ou mesmo a Santa Sara Kali
dos ciganos.
ONIRÁ : É uma orixá das águas doces cujo culto no Brasil
confundiu-se com o de Iansã por ser uma guerreira. Seu culto na África era
independente. Tem ligação com o culto a Egun e laços de amizade com Oxum, pois
foi Onira quem ensinou Oxum Opará a guerrear.
É a dona do atori, uma pequena
vara usada no culto de Oxalá para chamar os mortos na intenção de fazê-los
participar da cerimônia. Também é usado para fazer reinar a paz no local ou na
vida de alguém e trazer-lhe abundância e tem o poder de mandar chover
regularmente para trazer a prosperidade.
Ela deu a Oxaguiã o atori e seu
poder de exercê-lo, além de ter lhe ensinado o fundamento e como usá-lo.
É ainda a mãe de criação de
Logunedé Apanan. Por isso, toda oferenda para ela deve ser acompanhada de um
agrado a essa qualidade do orixá Logunedé. É uma Orixá muito perigosa por sua
ligação e caminhos com Oxaguiã, Ogum e Obaluaiê. Veste o coral e amarelo,
contas iguais.Guerreira e agressiva.
ONISONI : Fundamento com Omulú.
PADÁ – IGBALE : a que ilumina o caminho aos
eguns, veste branco, mariwo ligada a Oxalá e Nanã, ao bambuzal.
PETU: ligada aos ventos e as árvores. Esposa de Xangô, que
vai sempre na frente anunciando sua chegada. Confunde-se com ele, senhora dos
ventos, esposa de Xangô e amante o Ossaim, fundamento com as árvores e suas
folhas, guerreira que usa cobre.
SEMI : Tem fundamento com Ọbaluaiê.
SENÓ O - Oiá raríssima, ligada Iemanjá e Airá.
SINSIRÁ - Tem fundamento com Ọbaluaiê.
SIRE – Tem fundamentos com Ossaim.
TIMBOÁ : Vibração com Bará Legba ou com Ogum Avagã, Ligada
aos desapegado, sem rumo, ligada aos que moram na rua, fundamneto taambém com
Bará Olode.
TOPE : mora no tempo ligada a Oxun e Bará, fundamento com
Ogum Xoroquê, tem ligação forte com Xangô. Veste branco.
YGBALÈ ou IYBALÉ: é a deusa dos mortos, ligada
diretamente ao culto de Egun, por isso senhora dos cemitérios. Tem pleno
domínio sobre os mortos, trazendo consigo uma falange de Eguns que ela controla
e administra, pois todos temem o seu terrível poder. Devido a sua relação com
Egun, é proibido vesti-la de vermelho. Sua vestimenta é branca.
OS NOVE FILHOS DE OIÁ
1 . Imalegã - Nasceu no primeiRo dia. Foi tirado do ventre de Oiá
pelas Iyamis e envolvido em abanos.
2. Iorugã - Foi envolvido em palha seca e alimentado com talos de
bananeira. Nasceu com a vaidAde de Oiá e é o preferido.
3. Akugã - Nasceu do terceiro dia da tempestade e foi criado nas
touceiras de bambu. É rebelde. Não se deve toKar o chão do bambuzal.
4. Urugã - Alimenta-se das folhas das banAneiras e esconde-se nas
florestas. Faz buracos.
5. Omorugã - Alimenta-se do pó do bambu que está caído no chão. Vive
no milharal e fica escondido nos bambuzAis observando os seres humanos.
6. Demó - Oiá cobriu-o de lama para saber os segredos de seus
inimigos. Usa pele de búfalo para acoMpanhar Oxóssi.
7. Reigá - Acompanha os mortos e ronda os cemitérios. Esconde-se nas
grandes árvores dos cemitérios e ronda as sepulturas à procura de objetos
perdidos ou esquecidos pelAs pessoas.
8. Heigá - É violento e vive perseguindo o Ori do ser humano. Propicia
desastres e desordens.
9. Egungun - Oiá preparou-o para combater. Apossa-se do ser humano,
fazendo-o cometer desatinos.
IANSÃ-OIÁ ORIKIS
Oyà A To Iwo Efòn Gbé.
Ela é grande o bastante para
carrega o chifre do búfalo.
Oyà Olókò Àra.
Oyà, que possui um marido
poderoso.
Obìnrin Ogun,
Mulher guerreira.
Obìnrin Ode.
Mulher caçadora.
Oya Òrírì Arójú Bá Oko Kú.
Oyà, a charmosa, que dispõe de
coragem para morrer com seu marido.
Iru Èniyàn Wo Ni Oyà Yí N Se, Se?
Que tipo de pessoa é Oyà?
Ibi Oya Wà, Ló Gbiná.
O local onde Oyà está, pega fogo
Obìnrin Wóò Bi Eni Fó Igbá.
Mulher que se quebra ao meio como
se fosse uma cabaça
Oyà tí awon òtá rí,
Oyà foi vista por seus inimigos
Tí Won Torí Rè Da Igbá Nù Sì Igbó.
E eles, assustados, fugiram
atirando as bagagens no mato
Héèpà Héè, Oya ò!
Eeepa He! Oh, Oyà!
Erù Re Nikan Ni Mo Nbà O.
És a única pessoa que temo
Aféfé Ikú.
Vendaval da Morte
Obìnrin Ogun, Ti Ná Ibon Rè Ní À
Ki Kún
A mulher guerreira que carrega sua
arma de fogo
Oyà ò, Oyà Tótó Hun!
Oh, Oyà, à Oyà respeito e
submissão!
Oyà, A P'Agbá, P'Àwo Mó Ni Kíákíá,
Ela arruma suas coisas sem demora
Kíákíá, Wéré Wéré L' Oyà Nse Ti È
Rapidamente Oyà faz suas coisas
A Rìn Dengbere Bíi Fúlàní.
Ela vagueia com elegância, como se
fosse uma nômade fulani
O Titi Tí Nfi Gbogbo Ará Rìn Bí
Esin
Quando anda, sua vitalidade é como
a do cavalo que trota
Héèpà, Oya Olómo Mesan, Ibá Re Ò!
Eeepa Oya, que tem nove filhos, eu
te saúdo!
IANSÃ-OIÁ CURIOSIDADES
ANIMAL DE ESTIMAÇÃO: Barata.
AVE: Galinha vermelha arrepiada para Oiá Timboá ou
carijó. Galinha vermelha para as demais ou carijó.
BALANÇA: Composta de 14 ou 07 pessoas,homens e mulheres.
BEBIDA: Gengibre com água da chuva, champanhe doce.
COME: Cabra, angolista, galinha, acarajé, batata doce e
pipoca.
COMIDA VOTIVA : Akàrà ou acarajé, ekuru e
abará.
COR: Vermelha ou Vermelho e Branco.
DIA DA SEMANA: Terça-feira.
DOENÇAS: Cegueira (homens), loucura (mulheres), asma, falta
de ar.
ELEMENTO: Ar.
EMBLEMA: Irúkere, rabo de boi preto.
ERVAS: Bambu, levante, pinhão, espada de Santa Bárbara,
arruda fêmea e folha de pitangueira.
ERVAS PARA O BANHO DE DESCARREGO: Catinga de mulata, Cordão de
frade, Gerânio cor-de-rosa ou vermelho, Açucena, Folhas de Rosa Branca, Erva de
Santa Bárbara.
FERRAMENTAS: O raio, sabre espada, par de aliança,
cálice, moedas, búzios.
FLOR: Rosa vermelha.
FRUTAS: Romã, manga-rosa, framboesa, caju, pêssego, pitanga,
Ameixa, Caqui, Maçã, Mamão, Manga, Maracujá, Morango, pêssego, Uva.
GUIA: Conta vermelha, contas brancas.
INCOMPATIBILIDADES: Rato, Abóbora.
LUGAR DE OFERENDAS: Mata, cemitério, encruzilhada e
pedreira, Peji, taquaral..
METAL: Cobre.
NÃO COME: Abóbora.
NATUREZA: Vento, raio, montanhas de dois cumes.
NÚMERO: 7, 8, 9 e 15.
OFERENDA: Rodelas de batata doce frita no azeite
doce, Iapeté de batata doce, batata doce amassada com as mãos misturado o
azeite de dendê.
PEIXE: Pintado.
QUATRO PÉ: Cabrita Malhada escura;
SAUDAÇÃO: Epaiêio, eparrêi.
IANSÃ-OIÁ
PRECE
Prece para afastar o medo
Gloriosa virgem e mártir Santa
Bárbara, que pelo vosso ardente zelo da honra de Deus padecestes, em tenebroso
cárcere, fome, sede e cruéis açoites; que antes de serdes degolada pelo vosso
próprio pai, milagrosamente, pudestes ainda serdes confortada pelo santo
Viático no caminho para a eternidade; nos vos rogamos, ó santa virgem-mártir,
nos alcanceis de Deus onipotente a mercê de nos indicar sempre o verdadeiro
modo de praticar o bem, a fim de que, vivendo no seu santo temor e amor e
sofrendo nesta vida com paciência as tribulações que nos acometerem, possamos
um dia expirar santamente no ósculo de Deus, confortados pelo Pão da Vida, no
caminho para a bem-aventurança eterna.
Atende-nos, ó Santa Bárbara,
Não ter morte repentina;
E que nossa alma contrita
Entre na mansão divina.
Assim Seja!
Deus do raio, do trovão, da
justiça e do fogo.
ContraRiamente ao Orixá Ogun que
utiliza fogo artificial, Xangô manipula o fogo em estAdo selvagem, o fogo que
os homens não sabem utilizar.
É um orixá temido e respeitado,
viril e violento, porém justiceiro.
Costuma se dizer que Xangô Kastiga
os mentirosos, os ladrões e malfeitores.
Seu símbolo principal é o machado
de dois gumes e a balança, símbolo da justiça em melhor análise do equilíbrio.
Deus do fogo, que pune aos que lhe
querem mAl com febres e ervas que lhe são atribuídas.
Joga sobre os inimigos sua bola de
fogo através dos raios, chamAdas edunara, pedra de raio que representa o corpo
de Xangô, seu símbolo por excelência, pela mitologia do elemento procriado por
um lado e que irmana Xangô a Bará por outro lado.
Xangô tem no seu ritmo de dança o
Alujá, a manifestação com toques diferentes, como a dança do machado, a dança
da guerra.
Branda orgulhosamente o seu Oxé o
seu símbolo ora cortando para o bem, ora cortando para o mal.
Na cadência, faz o gesto de que
vai pegar as pedras de raio e lançá-las sobre a terra, deMonstrando seu lado
atrevido.
Em certas festas traz sobre a
cabeça uma gamela de madeira, que contém fogo que começa a engolir, revelando a
origem de seu fundAmento.
Xangô antigo orixá do fogo
celeste, visto pelos moRtais como símbolo de justiça divina, já que o raio
atinge a cabeça de quem os deuses resolvem punir.
Sendo o grande justiceiro que
governa com retidão.
Xangô, chefe do vermelho, rei de
Oyó, dono do fogo é um evidente símbolo solar, com seus 12 Obás, seus 12 pares,
seus 12 cavalheiros e, portanto, um símbolo de vida, de erotismo e
sensualidade, no seu melhor sentido, presidindo inclusive o amor, e, odiAndo
acima de tudo a morte, a doença.
A pior quizila de Xangô é Egum. A
dor e o sofrimento.
É tanta a aversão de Xangô pela
morte que ele se afasta de seu filho, mal ele caia doente.
É chamado de leopardo dos olhos
faiscantes, de fogo ou de dragão faiscante.
Em alguns mitos ele usa Kabelo
transado e se veste de saia vermelha e búzios.
Detesta mentirosos, adora argolas
de ouro e põem fogo pela boca.
Ora na paz, ora na guerra, mas
sempre resolvendo o enigma bipolar, vez que o caminho da iluminAção para os
nagôs é o caminho da doçura, da calma, da gentileza.
Xangô, ser humano deusificado,
representado pelas forças violentas da natureza.
Foi associado a jakuta, divindade
que luta através do raio e do trovão.
É um orixá que persegue os
ladrões, mentirosos e malfeitores, pAra esfregar suas caras no chão, sem
piedade.
Usa seu pilão para amassar o
cérebro de seu inimigo oculto.
Depois que o vence gosta de comer
seu carneiro bem temperado e assado nas brasas. Com muita pimenta é claro.
Isso ocorre porque Xangô é um
orixá que rola no chão quem o ofende, da mesma maneira que um novelo de lã.
Por isso, seus adeptos sempre
pedem a ele para que não os deixem infringir as leis dos hoMens, e que de suas
bocas não saiam palavras que venham a ofender alguém.
Aprecia roupas feitas com pele de
animais selvagens, adora também uma fruta chamada orobô que muitas vezes é
também usada pAra adivinhação.
XANGÔ MITOLOGIA
Segundo a mitologia, Xangô teria
sido o quarto rei da cidade de Oyó, que foi o mais poderoso dos impérios
iorubás.
Depois de sua moRte, Xangô foi
divinizado, como era comum acontecer com os grAndes reis e heróis daquele tempo
e lugar, e seu culto passou a ser o mais importante da sua cidade, a ponto de o
rei de Oyó, a partir daí, ser o seu primeiro sacerdote.
O Konhecimento do passado pode ser
buscAdo nos mitos, transmitidos oralmente de geração a geração e hoje difundido
atrAvés de livros e principalmente em trabalhos de formação acadêmica.
Assim, a mitologia nos conta a
história de Xangô, que começa com o surgiMento dos povos iorubás e sua primeira
capital, Ilê-Ifé, fala da fundação de Oyó e narra os momentos cruciais da vidA
de Xangô...:
Num tempo muito antigo, na África,
houve um guerReiro chamado Oduduá, que vinha de uma cidade do Leste, e que
invadiu com seu exército a capital de um povo então chamado ifé.
Quando Oduduá se tornou seu
governAnte, essa cidade foi chamada Ilê-Ifé.
Oduduá teve um filho chamado
Acambi, e Acambi teve sete filhos, e seus filhos ou netos foram reis de cidades
importantes.
A primeira filha deu-lhe um neto
que governou Egbá, a segunda foi mãe do Alaqueto, o rei de Queto, o terceiro
filho foi Koroado rei da cidade de Benim, o quarto foi Orungã, que veio a ser
rei de Ifé, o quinto filho foi soberano de Xabes, o sexto, rei de Popôs, e o
sétimo foi Oraniã, que foi rei da cidade Oió, mais tarde governada por Xangô.
“Esses príncipes governavam as cidAdes
que mais tarde foram conhecidas como os reinos que formam a terra dos iorubás,
e todos pagavam tributos e homenagens a Oduduá.
Quando Oduduá morreu, os príncipes
fizeram a partilha dos seus domínios, e Acambi ficou como regente do reino de
Oduduá até sua morte, embora nunca tenha sido coroAdo rei.
Com a morte de Acambi, foi feito
rei Oraniã, o mais jovem dos príncipes do império, que tinha se tornado um
homem rico e poderoso.
O obá Oraniã foi um grande
conquistador e consolidou o poderio de sua cidade.
Um dia Oraniã levou seus exércitos
para combater um povo que habitava uma região a leste do império.
Era uma guerra muito difícil, e o
oráculo o aconselhou a ficar acampado com os seus guerreiros num determinado
sítio por um certo teMpo antes de continuar a guerra, pois ali ele haveria de
muito prosperar.
Assim foi feito e aquele
acampamento a leste de Ifé tornou-se uma cidade poderosa.
Essa próspera povoação foi chamada
cidade de Oyó e veio a ser a grande capital do império fundado por Oduduá.
Com a morte de Oraniã, seu filho
Ajacá foi coroAdo terceiro Alafim de Oió.
Ajacá, que tinha o apelido de
Dadá, por ter nascido com o cabelo comprido e encaRacolado, era um homem pacato
e sensível, com pouca habilidade para a guerra e nenhum tino para governar.
Dadá-Ajacá tinha um irmão que fora
criAdo na terra dos nupes, também chamados tapas, um povo vizinho dos iorubás.
Era filho de Oraniã com a princesa
Iamassê, embora haja quem diga que a mãe dele foi Torossi, filha de Elempê, o
rei dos nupes.
Esse filho de Oraniã tinha o nome
Xangô, e era o grande guerreiro que governava Cossô, pequena cidade loKalizada
nas cercanias da capital Oyó.
Ele fez sua passagem pela Terra
por volta de 1450 a. C., filho de Oranian e Torossi. Governou com mãos de
ferro, sendo, ao mesmo tempo, temido e adorado pelo povo. Muitas vezes
comportou-se como tirano, na sua ânsia pelo poder.
Alguns relatos afirmam que Xangô
destronou seu próprio irmão, Dadá-Ajaká, para tomar o seu lugar, e o exilou
como rei de uma pequena e distAnte cidade, onde usava uma pequena coroa de
búzios, chamada coroa de Baiani.
Xangô foi assim coroado o quarto
Alafim de Oyó, o obá da capital de todas as grandes cidades iorubás.
Quando não fazia a guerra, cuidava
de seu povo. No palácio recebia a todos e julgAva suas pendências, resolvendo
disputas, fazendo justiça.
Pois um dia mandou sua esposa Iansã ir ao
reino vizinho dos baribas e de lá trazer para ele uma tal poção mágica, a
respeito da qual ouvira contar maravilhas.
Iansã foi e encontrou a mistura
mágica, que tratou de transportar nuMa cabacinhA.
Xangô ficou entusiasmado com a
nova descobeRta.
Num desses dias, Xangô subiu a uma
elevação, levando a cabacinha mágica, e lá do alto começou a lançAr seus
assombrosos jatos de fogo.
Os disparos incandescentes
atingiam a terra chamuscando árvores, incendiando pastagens, fulminando
animais.
O povo, amedrontado, chamou aquilo
de raio.
Da fornalha da boca de Xangô, o
fogo que jorrava provocava as mais impressionantes explosões.
De longe, o povo esKutava os
ruídos assustadores, que acompanhavam as labaredas expelidas por Xangô.
Aquele barulho intenso, aquele
estrondo fenomenal, que a todos atemorizava e fazia correr, o povo chamou de
trovão.
Num daqueles exercícios com a nova
arma, errou a pontAria e incendiou seu próprio palácio, queimando todas as
casas da cidade.
Os conselheiros do reino se
reuniram, e enviaram o ministro Gbaca, um dos mais valentes generais do reino,
para destituir Xangô.
Gbaca chamou Xangô à luta e o
venceu, humilhou Xangô e o expulsou da cidade. Para manter-se digno, Xangô foi
obrigado a cometer suicídio.
Era esse o costume antigo. Se uma
desgrAça se abatia sobre o reino, o rei era sempre considerado o culpado.
Os ministros lhe tiravam a coroa e
o obrigavam a tirar a própria vida.
Cumprindo a sentença imposta pela
tradição, Xangô se retirou para a floresta e numa árvore se enforcou.
Mas ninguém encontrou seu corpo e
logo correu a notícia, alimentada com fervor pelos seus partidários, que Xangô
tinha sido transforMado num orixá.
O rei tinha ido para o Orum, o céu
dos orixás. Por todas as partes do império os seguidores de Xangô proclamAvam:
Oba ko so! O rei não se enforcou!
XANGÔ QUALIDADES
ABOMI : Este desdobRamento atua principalmente no
equilíbrio de raciocínio Komo método e defesa nas horas de grande aflição.
Atuando em harMonia com Ogum.
AFONJÀ : Bale, governante da cidade de Ìlorin. Àfonjá eRa
também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército provincial do império.
Àfonjá descendiA, por parte de mãe, de uma das famílias reais de Oyo. Xangô
Afonjá é aquele que está sempre em disputa com Ogum. É o dono do talismã mágico
dado por Oiá a mando de Obàtálá. É aquele que fulmina seus inimigos Kom o raio.
Come com Iemanja, sua mãe.
Um dos mitos que relata tal
passagem nos conta que Afonjá e Ogum sempre lutaram entre si, ora disputando o
amor da mãe, Iemanjá, horA disputando o amor de suas eternas mulheres, Iá, Oxum
e Obá.
No entanto, naquele tempo, ninguém
vencia Ogum. Ele era ardiloso, desconfiado, jamais dava as costas a um inimigo.
Um dia, Afonjá cansado de tanto perder as batalhas para Ogum, convidou-o para
ter com ele nAs montanhas. Afonjá sempre apelava para a magia quando se sentia
ameaçado e não seria diferente daquela vez. Ao chegar no pé da montanha de
pedra, Afonjá lançou seu machado oxé de fazer raio e um grande estrondo se
ouviu. Ogum não teve tempo de fugir, foi soterrado pelas pedras de Afonjá.
Xangô Afonjá venceu Ogum naquele dia e soMente naquele dia. Por essas
características que o mito mostra, filhos de Afonjá tem um espírito jovem e
sábio, são feiticeiros, libertinos, tirânicos, obstinados, galantes,
autoritários, orgulhosos, e adorAm uma peleja.
AGANJU : Protetor dos lares, da haRmonia conjugal. Quer dizer
terra firme. Atuando com Iemanjá. Tem perna de pau e é Kasado com Iemanjá. É o
filho mais novo de Oranian e o preferido, herdou sua fortuna. É o mais cruel é
aquele que leva o coração do inimigo na lança. É o Xangô amaldiçoado que matou
e coMeu a própria mãe.
AGODÔ: Este desdobRamento atua principalmente presidindo as
cerimônias de fé e de batismo. Grande auxiliar das intuições puras. AtuAndo com
Oxum. Rei da cachoeira, senhor da justiça, rei das pedreiras, dos raios e
trovões e das forças da natureza.
Muito ruim, brutal, inKlinado a
dar ordens e ser obedecido, foi ele quem raptou OBÁ.
Come com Iemanjá. Neste cAminho;
Xangô segura dois Oxês (machAdos). Sendo o seu èdùn àrà composto de dois guMes
e é originário de Tapá. É aquele que, ao lAnçar raios e fogo sobre seu próprio
reino, e o destrói.
ALAFIN : É o dono do palácio real, o goveRnante de Oyó. Vem
numa parte de Oxalá e KaMinha com Oxaguiã.
ALAFIM-ECHÉ: Este desdobRamento consiste na atuação
junto a necessidade de fazer cessar as tempestades, atuando Komo energia
refreadora, equilibradora. Auxilia oradores intelectuais, inspirando método e
orientação. Atuando coM Iansã.
ALUFAM : Este desdobRamento atua principalmente na função de
encaminhar das almas desenKarnadas, atuando juntamente com Omulu, na justiça e
organização desta atividade. É idêntico a um Ayrà. Confundem ele com Oxalufã.
Veste branco e suas ferraMentas são prateadas.
BADÈ : É o mais jovem Vodum da família do raio, cujo chefe
é Keviosso, corResponde ao Xangô jovem dos nagos. É irmão de Loko. Usa roupa
azul Kom faixa atada atrás. Não fuma, não bebe nem fala. Um de seus aniMais
prediletos é o cachorro.
BARU: Pega tempo e come com Èxu. Dependendo da época este
Orixá oRa é Baru ora é Irokô. Tem cAminhos com Oia Yàtopè. Não come quiabo nem
amalá, come amendoim cozido e padê. Na África ele é chamado de maluKo, pois
durante seu reinado fez muita besteira, motivo pelo qual os africAnos não o
raspam nem assentam. Não fazia prisioneiros, matava todos.
Veste-se de marrom e branco e suas
contas são iguais a roupa.
Baru era muito destemido, mas
quAndo comia quiabo, que ele gostava muito, dormia o tempo todo e por isto
perdeu muitas contendas, pois, quando acordava seus adversários já tinham
voltado da guerra.
Resolveu consultar um Oluó que lhe disse : Se
é assim, deixe de coMer quiAbo.
- Baru perguntou : me diz o que
comerei no lugar do quiabo...
-Só folhas... Só folhas ?
perguntou Baru.
- Sim, respondeu o Oluó, tem duas
qualidades, uma se chama oió e a outra xaná, são boas e gostosas como o quiabo.
-Baru falou : - A partir de hoje,
eu não comerei mais quiabo.
Este mito em que Xangô recebe de
Oxalá um cavalo branco como presente e depois vai visita-lo deixa claro a
interferência de Bará na situação e amizade com Xangô Baru...
Com o passar do tempo, Oxalá
voltou ao reino de Xangô Baru, onde foi aprisionado, passando sete anos num
calabouço.
Calado no seu sofrimento, Oxalá
provocou a infertilidade da terra e das mulheres do reino de Baru.
Mas Xangô Baru, com a ajuda dos
babalaôs, descobriu seu pai Oxalá preso no calabouço de seu palácio.
Naquele dia, ele mesmo e seu povo
vestiram-se de branco e pediram perdão ao grande orixá da criação, terminando o
ato com muita festa e com o retorno de Oxalá a seu reino.
Assim seus descendentes míticos
agirão sempre com desconfiança.
JACUTÁ : É o senhoR do edun-ará, a pedra de raio.
Conta o mito que o reino de Jacutá
foi atacado por guerreiros de povos distAntes, num dia em que seus súditos
descansavam e dançam ao som dos tambores. Houve muita correria, muita morte,
muitos saques. Jacutá esKapou para a montanha seguido de seus conselheiros,
donde apreciava o sofrimento de seu povo. Irado, o rei chamou sua mulher Iansã,
que, chegando com o vento, levou consigo a tempestade e seus raios.
Os raios de Iansã caírAm como
pedras do céu, causando medo aos invasores, que fugiram em debandada.
Mais uma vez, Jacutá fora acudido
por Iansã, e mAis, sua eterna aMante deu-lhe, dessa feita, o poder sobre as
pedras de raio, o edun-ará.
É aquele que atira as pedras, é a
encarnação dos raios e trovões. É a própria ira de Olorun, o Deus criAdor.
KAÔ: Protetor dos que sofRem injustiças, senhor chefe das
falanges do oriente. Rei da Kachoeira, senhor da justiça, rei das pedreiras,
dos raios e moviMentos dos trovões e das forças da natureza.
KOSSO: Em sua passagem pela cidade de Kossô, Xangô recebe o
nome de ObaKossô, ou seja, o rei de Kossô.
Mas a doR de haver destruído seu
povo, levou o rei a suicidAr-se. No momento da morte de Xangô, Iansã chegou ao
Orum e, antes que Xangô se tornasse um egum, pediu a Olodumare que o transforme
num orixá. Assim Xangô foi feito orixá pelo pedido de sua mulher Iansã. Tem
fundamentos Kom BArá, Egun e Oiá, devido a suA Morte físicA.
OLUBÈ : É muito oRgulhoso, intratável e
muito bruto. Kome coM Oiá.
OLO ROQUE: Seria o pai de Oxum Apará. Tem
fundamento com Odé.
ORANIFÉ: É o justiceiro, reto e impiedoso, que mora na cidade
de Ifé.
TAPA : É muito conhecido pelo seu temperamento imperioso e
viril. Não perdoa os erros de seus filhos.
MINISTÉRIO DE XANGÔ
O conselho divino de Xangô está
representado por 12 Obás. Sendo seis à direita e seis à esquerda.
Todos descendentes de Alafins.
OS MINISTROS
DA DIREITA:
Obá Abiodum.
Onikoyi, rei de Ikoyi.
Aresá, rei de Iresá.
Onanxokum.
Otaleta.
Olugbon, rei de Ogbon.
OS MINISTROS
DA ESQUERDA:
Arè ou Arè Onankakanfo.
Otun Onikoyi, braço direito de
Xangô e segunda pessoa
Otun Onanxokum.
Oji Onikoyi, braço esquerdo de
Xangô.
Eko.
Kankafo, general de armada, chefe
das tropas.
XANGÔ ARQUÉTIPO
Os filhos de Xangô são
extremamente energéticos, autoritários, gostam de exeRcer influência nas
pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos, honestos e
equilibrados, porém, quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e
incontrolável.
Os filhos de Xangô são tidos como
grandes conquistadores, são fortemente atraídos pelo sexo oposto e a conquista
sexual assume papel importante em sua vida.
Robusto, pesAdo, imponente e
nobre.
Tem entretanto tendência a
obesidade, amigo dos bons vinhos, da cerveja, eterno apaixonado, um libertino,
e um marido infiel, embora ciumento e vingativo.
Orgulhosos, teimosos, não ouvindo
conselhos e não admitem ter-se enganado.
Mais instintivo, que racional,
muito apegado a mãe.
São atrevidos, agressivos e mesmo
cruéis, temem a morte, não por covardia, mas por amar demais a vida.
Obstinação, inteligência,
ponderação, altivez, inverso: mesquinhez, vaidade, iniquidade, conservadorismo.
Eloquentes, sociáveis e bons
ouvintes.
Mas gostam sempre de dar a última
palavra, mostrando que também são autoridades.
Contraditórios, mas conseguem
estabelecer amizades duradouras.
Gosta de comer e beber bem, é um
apreciador das coisas boas da vida e gosta de compartilhar tudo com aqueles a
quem estima, pois faz parte de sua natureza agradar os amigos.
A ambição do filho de Xangô é
enorme, desde jovem ele procura o sucesso e a fortuna, mas às vezes gasta as
suas energias em atividades que não são as mais indicKdas, nestas ocasiões deve
ser deixado à vontade, pois é através dos erros e tentativas que vai encontrar
sua vocação.
É difícil um filho de Xangô
admitir que esteja errado, ele é inflexível e intratável quando contrariado.
Seus inimigos serão tratados com
rigor e ele fará tudo para desacreditá-los frente aos outros. Mas por maiores
sejam as provações que ele tenha que passar haverá sempre uma sorte fantástica
a protegê-lo que o anima e encoraja a prosseguir.
Apesar de autoritário a bondade do
filho de Xangô é grande, ele concilia severidAde com justiça, exigência com
reconhecimento, cobrança com recompensa.
Um dos seus defeitos é a falta de
criatividade, já que ele não è muito bom para inventar, prefere aperfeiçoar o
que já foi criado.
Sua franqueza faz com colecione
alguns inimigos durante a vida, o que não o impede de continuar agindo desta
forma.
As emoções desta pessoa são
variáveis. Por vezes é orgulhoso, impulsivo, mutável, rebelde.
Noutras ocasiões é cortês,
generoso e diplomata.
Alguns seguem o caminho da
filosofia e teologia, mas a grande maioria deles prefere usufruir apenas da
vida material.
Os filhos de Xangô têm boas
aptidões para ganhar dinheiro, mas também tem grande capAcidade de gastá-lo.
Esbanjam com bens pouco duráveis,
sem preocupação de criar um patrimônio sólido que o garanta na velhice.
Sua capacidade de aprendizagem
está mais ligada aos aspectos práticos do que aos teóricos.
Adquire conhecimentos que lhe
sejam úteis no desempenho de suas atividades e è muito rápido nisto. Mas não
será o pai de uma criação totalmente inovadora.
O filho de Xangô não gosta de
pessoas pessimistas, ele quer alguém ativo e dinâmico, com vontade de manter a
relação nova sempre.
Envolvente, mas o desafio da
conquista pode fazer com que use a pessoa sem se preocupar com os sentimentos
dela.
A competição para ele è importante
e vencê-la mais prazeroso ainda, o problema è que não sabe o que fazer com o
troféu e sentir por causa disto frustração no amor.
Para manter um relacionaMento
estável é necessária boa harmonia mental, bom humor, perspicácia e
sensibilidade.
A vida tem que ser levada com
diversão e inovação bem dosadas.
Discussões e desentendimentos são
comuns, ele não gosta de ser cobrado ou vigiado, embora considere seus esses
direitos, é zeloso com o que considera seu.
Quando mais maduro e vivido
torna-se muito mais estável e sincero, è nesta faze da vida que suas relações
tornam-se duradouras.
Sua vida profissional começará
cedo, tem a sua disposição carreiras que o coloquem em contato com o público,
tais como, vendas, política, advocacia e tudo que seja ligado à justiça,
mercado financeiro e administração de bens de terceiros também lhe cabem.
Embora seja desorganizado é
exigente e rigoroso com seus comandados por vezes ríspidos.
É crítico, mas faz as suas
observações abertamente e com a mesma sinceridade com que critica distribui
elogios a quem os mereça.
Não gosta de projetos a longo
prazo pois se impacienta com a espera por resultados, é honesto, esperto e
rápido, mas sempre fará tudo as clarAs, cumprindo sempre com sua palavra.
O problema para ele é saber
conseRvar o que conquista, já que gasta demais com coisas que não constituirão
reserva patrimonial.
As áreas mais sensíveis para um
filho de Xangô, aquelas que ele precisa atender para não ter problemas de saúde
são: os quadris, os pulmões e os intestinos.
A estafa por excesso de serviço
pode comprometer e muito seu desempenho profissional, seus hábitos alimentAres
também comprometem sua saúde fragilizando seu fígado e intestinos.
Esses desequilíbrios alteram seu
desempenho profissional, seu temperamento otimista e entusiasmado, tornando-o
pouco inspirado em suas ações e impaciente com a família.
Quando as coisas não saem como ele
deseja, não se deixa prender pelo desânimo, mesmo tendo que alterar seus planos
iniciais, não deixa de aKreditar que tudo vai mudar para melhor e quase sempre
muda mesmo, mas com certeza vai jogar a culpa em outro!
As extravagâncias deste filho
estão ligadas ao seu prazer em usufruir das coisas boas que a vida lhe oferece.
Convém a ele equilibrAr suas
despesas com poupAnça, pois é comum o filho de Xangô ser obrigado a viver uma
velhice muito mais modesta do que sua vida na juventude. Manterá quando maduro
e na velhice uma aura de juventude, pois conservará seu otiMismo atrAvés dos
anos.
As mulheres de Xangô são
excelentes companheiras, com forte tino comeRcial, amante da natureza e da vida
ao ar livre, atende sua casa com competência e é uma fonte renovadora com seu eterno
positivismo.
Ao contrario dos homens de Xangô,
as mulheres regidas por esse orixá são muito fiéis no amor.
Tem paixões honestas e rápidas,
mas quando se decide por um companheiro será de uma leAldade a toda prova. Seu
companheiro deverá compartilhar com ela sua alegria de viver, a vida ao lado
dela é bastante movimentada, com atividades sociais e esportivas bastante
intensas.
É sincera, mas nem sempre suas
observações são Kautelosas, fala sem pensar e isto pode lhe criar situações
embAraçosas já que alguém poderá se sentir ofendido com comentários impensados,
porém nunca intencionais.
Com o tempo e a maturidade
aprenderá a ser mais diplomática e a medir mais suas palAvras.
De personalidade forte e
independente a mulher filha de Xangô, não gosta de ser mandada, às vezes
precisa de um pulso firme para ser controlada.
De temperamento sincero e ingênuo
pode ser vítima de desilusões desde cedo, o que forçará uma atitude de
desconfiança em relação aos homens.
Detesta serviço doMéstico, mas
será boa dona de casa, pois odeia mais desorganização e sujeira, um ambiente
limpo e bonito a faz se sentir muito bem, mas não executado por ela.
Com os filhos é mais companheira
que educadora, dela eles recebem estímulos, aprenderão a serem francos
otimistas e honestos, mas sua disciplina deixará a desejar por ser demAis
rigorosa, mas não dando exemplo.
XANGÔ ENTIDADE DE LIGAÇÃO
Exu Tiriri [ Fleruty ]: Ligado a Xangô , está nos
tribunais, assembleias públicas e pedreiras é a ele a quem devemos pedir ajuda
sobre a justiça dos homens .
Tiriri possui idêntica força como
o seu Tranca-Ruas.
Sua apresentação é de um homem
preto, cuja pele corroída pela bexiga, é bem visível. Também se apresenta como
um feudal.
XANGÔ
ORAÇÃO
Kaô Xangô despertai as mais puras
vibrações.
Protegei-nos, Xangô, contra os
fluidos grosseiros dos espíritos malfazejos, amparai-nos nos momentos de
aflição, afastai de nossa pessoa todos os males que forem provocados pelos
trabalhos de magia negativa.
Rogamo-vos, também, usar de nossa
influência caridosa junto às mentes daqueles que por ambição, ignorância ou
maldade, praticam o mal contra os seus irmãos empregando as forças elementais e
astrais inferiores. Iluminai a mente desses irmãos, Afastando-os do erro e
conduzindo-os à prática do bem.
BALANÇA PARA XANGÔ
Composta de 12 no mínimo entre
homens e mulheres.
Òwá Ri’ Godo Àkàrà O! À Ní Se, A
Ní Se.
Poderoso Ogodo, Você que procura e
recolhe a força cósmica que chega a nós, compartilha essa força para realizar a
acometida.
Adé Owó
Coroa valiosa.
A Ní Se, A Ní Se
Compartilha essa força – a força
da coroa.
A NÍ SE O! OBA ORÓ
Compartilha com nós teu poder, oh
grande, poderoso, temerário Obá.
XANGÔ ORIKI
Sángiri-làgiri,
Que racha e lasca paredes
Olàgiri-kàkààkà-kí Igba Edun Bò
Ele deixou a parede bem rachada e
pôs ali duzentas pedras de raio
O Jajú Mó Ni Kó Tó Pa Ni Je
Ele olha assustadoramente para as
pessoas antes de castigá-las
Ó Ké Kàrà, Ké Kòró
Ele fala com todo o corpo
S' Olórò Dí Jínjìnnì
Ele faz com que a pessoa poderosa
fique com medo
Eléyinjú Iná
Seus olhos são vermelhos como
brasas
Abá Won Jà Mà Jèbi
Aquele que briga com as pessoas
sem ser condenado
Iwo Ní Mo Sá Di O
porque nunca briga injustamente
Sango Ona Mogba
É em ti que busco meu refúgio.
Bi E Tu Bá Wó Ile
Se um antílope entrar na casa
Jejene Ni Mú Ewure
A cabra sentirá medo.
Bi Sango Bá Wó Ile
Se Sango entra na casa
Jejene Ni Mú Osa Gbogbo
Todos os Orisa sentirão medo.
Òlò áwá la wulú
Senhor do som do trovão
Olodó òlò odó
Senhor do pilão
Oyá walé ni ilè Irá
Oiá desaparece na terra de Irá
Sangò walé ni Kosó.
Xangô desaparece na terra de Cossô
.
XANGÔ
CURIOSIDADES
FRASE DE IMPACTO: sóngó osó tiá bérú ológbo-(Xangô
a divindade que assusta até o gato.)
AVE : Galo Branco. Vermelho.
BEBIDA : Água mineral, água de coco, cerveja preta.
COMIDA : Ajobó , rabada, acarajé, amalá, angolista, pombos,
galos, amalá de quiabo, frutas, azeite-de-dendê, muita pimenta, canjica branca,
carne de carneiro e de cágado.
COR : Vermelho e branco.
DIA : Terça e ou quinta feira.
DOENÇAS : Coluna vertebral, externo, impotência, obesidade.
ELEMENTO : Fogo + .
EMBLEMA: Seré, cabaça de pescoço longo, machado duplo e o
raio.
ERVAS : Alecrim do campo, folhas de limão, folhas de
mangueira, folhas da goiabeira, folhas de uva, folhas de beterraba, babosa,
guiné, levante, lírio, violeta, folhas da ameixeira, manjericão, sabugueiro,
manjerona.
ESSÊNCIA : Morango.
FERRAMENTAS: Oxé, ou machado duplo Carrega também o
Xerém, a gamela e o pilão. Balança, livro, pilão, gamela, búzios e moedas, brinquedos
para Xangô Agandjú Ibedji.
FLORES: Palmas amarelas, palmas lilás, monsenhor amarelo,
monsenhor lilás, violetas, saudades, palmas amarelas, crisântemos amarelos,
cravos amarelos e vermelhos.
FRUTAS: Abacaxi, graviola, banana prata, Morango, Romã, fruta
chamada orobô.
GUIA: Miçangas vermelhas e brancas.
METAL : Bronze, cobre.
NATUREZA: Pedreiras, meteoritos , minérios, raios
e trovões, tempestades.
NÚMEROS : 6 e 12.
PEDRA : Granada, quartzo olho de falcão ou quartzo olho de
tigre, jaspe.
QUATRO PÉ: Carneiro branco com guampa,cágado.
RITMO: Alujá.
SAUDAÇÃO : kaô cabiecilê .
SERVOS : Biri, as trevas e Afefe o
vento.
SÍMBOLO : Machado de dois gumes, a
balança, a pedra de raio.
BARÁ
Orixá Bará é uma divindade cRiada
e manifesta desde os tempos primordiais, ligado a forças energéticas, e como
todos os demais orixás, tem atribuições específicas.
Orixá Bará é quem estAbelece a
extensa rede de comunicação entre os seres humanos e a natureza divina que nos
circunda.
Está diretamente ligado e
relacionado com as partículas atômicas, as cargas eletrôniKas que o sangue se
encarrega de distribuir.
Portanto, Orixá Bará atua como
plasma sanguíneo, bioelétrico.
Na verdade Ele esta associado à
vários tipos de radiAções energéticas que formam complexos agrupamentos, que
logo se auto-organizam como uma rede de forças uniformes, ou seja, uma coleção
de partículas (elétrons, íons, partículas neutras) ligadas a produção de
radiação e oscilação de caracteres diversos.
Desta forma, o plasma biológico,
Bará, permite estabelecer uma co-relação entre os processos internos do
organismo e as condições externAs do ambiente. Assim, o plasma pode ser
definido como manifestação bioelétrica natural de todo o organismo vivo.
Ilustrando bem esta situação
quanto a energia que envolve este orixá, temos uma frase muito usada no meio
espiritualista, ou seja:
>Orixá Bará está frio, ou Orixá
Bará está quente< Por esta frase é bem siMples entender como através da
complexidade que é esta energia atuAndo de forma direta na vida.
Quando Orixá Bará está pRóximo, a
esfera, a sua aura é avermelhada e sua pele, por mais frio que esteja a
temperatura ambiente, estará quente. Respondendo fAcilmente ao 'toque', ou
seja, ao 'sacudimento'.
O chamado popular de sangue
quente.
Quando ocorre a pessoa ter o
afastamento desta energia, quando esta desequilibrado ou rompido com o ser, a
sua aura, a sua esfera vibracional, fiKa completamente azul. O sujeito passa a
agir com absoluta emoção, acaba se perdendo e desorganizando a sua vida, já que
informações de fora não chegam corretas e completas ao cérebro, da mesma
mAneira que as de dentro não atingem a consciência do todo.
A dualidade é uma realidade
característica do universo. O equilíbrio é mantido sob dois pólos.
O homem por si só caracteriza-se
por ser dual: corpo e espírito.
Esta dualidade muitas vezes cria
controvérsia, e, temos com Orixá Bará, talvez a mAis polêmica e controvertida
energia.
Dúvidas imputadas pela distorção
do conheciMento. Estímulo da imaginação visando manipular através do medo
usando má fé e principalmente a influência negativa por falta de conhecimento,
bitolando as mentes das pessoas, incutindo a maldade, o feio como oposto de uma
nova criação mandatária e interesseira sendo o legAdo do bem, do belo, do
divino.
Pura ignorância.
Mas por muito tempo Orixá Bará foi
tido, e o é ainda por muitos, como a peRsonalização do demônio, do diabo.
Da mão ruim de deus?
Não, claro que não, o demônio é
simplesmente ruim e deus simplesmente bom.
Simples, não achAs?
Mas não é verdade e chega as
margens da grosseria.
Orixá Bará, não é demônio, muito
menos a negação da bondade.
Orixá Bará é o elemento dialético
do cosmo, estando em todo loKal, é o >ser-força<, que esta em toda parte
e pertence a todos os domínios existentes.
Esta energia esta diretamente
associada e cumprindo o organograma estipulado por Olodumaré, sendo, mensageiro
dos demAis deuses, pois só ele pode dar movimento as coisas.
No universo tudo esta em
movimento, evolução.
Tudo está ativo. Organizadamente
ativo.
E somente Orixá Bará pode dar
sequência a evolução, pois somente ele pode transportar a mensagem do som que
sai.
O fogo crescente que inicia seu
caminho.
É importante frisar que os demais
orixás, com suas responsabilidades em termos universal, tem também um Bará
individualizado para servir de elemento de ligação entre o divino e os mortais.
E, mesmo assim Orixá Bará não
perde sua individuAlidade, sua energia, muito ao contrario, ele absorve a
energia a que esta vinculado e recomeça junto com a sua energia nova trajetória
harmonizado com o todo, visando o cumprimento da regrA do conjunto.
Não importa quem faça.Tem que ser
feito.
Orixá Bará é o primeiro filho de
Iemanjá.
Originalmente era o sol nascente,
o fogo seRpentino, crescente, criador e também destruidor.
Cheio de vigor.
Governa o fluxo de energia e a
realização correta dos fenômenos naturAis, mensageiro entre deuses e mortais,
por este motivo tornou-se o senhor dos caminhos, trabalhador nas encruzilhadas,
estradas, portas, porteiras, etc.
Fogo serpentino. Liberto e autônomo.
Grande poder de construir e
destruir.
Mas não aceite o destruir como
sinônimo de estragar, mas sim, uma necessidade de modifiKação buscando manter a
evolução e o movimento.
Incansável e muitas vezes com
fortes contradições.
Orixá Bará tem o privilégio de
receber todas as obrigAções em primeiro lugar.
É o mercAdor que move o mercAdo,
os negócios.
Amigo dos prazeres da vida. Adora
coMer, beber, cantar, dançar, rir, fazer amor.
Não o sexo convencional, mas o
charmoso, cheio de milindres, agrAdos, bajulamentos.
Sempre muito alegre, animado,
brincAlhão, inteligente e vivo.
É dado a fiscalização, e, a ele
peRtence o conhecimento do caminho, dos bons e maus costumes. Sempre atento a
inovações.
Pode realizar qualquer tArefa,
quando solicitado, desde que ganhe algo em troca.
Nesse particular convém salientar
o que já foi colocado, ou seja, sempre serve-se ou agrada-se o Orixá Bará
primeiro, pois como realçamos, Ele é o intermediário entre deuses e mortais, se
não for agradado não adianta pedir a outras entidades, pois ele simplesmente
ficará olhando as súplicas e não entrará em ação.
Orixá Bará é a ação.
Com suas polaridades e inversões,
faz lembrar que Obaluaiê, com seu Bará, seu princípio dinâmiKo do existir não é
apenas morte e sofrimento, mas sim e principalmente transformação e vida.
Bará e Obaluaiê encontram-se na
pele.
Pela sua dinâmica, influência,
Orixá Bará é uma entidade muito sensível que só Olodumaré pode controlar.
Entidade ciumenta.
Deixo aqui um alerta, pois
acredito ser muito oportuno para todo aquele que deseja entrar na estrada da
vida margeando a linha dos orixás: Orixá Bará é BOM, o que não é bom é a
conduta e postura dos homens que desejAm utilizar a energia dele para situações
que alterem a evolução, principalmente utilizando sua carga negativa, saturada.
Alerto para a lei primeira: a lei
do karma, causa e efeito.
Caminhante na estrada da redenção,
que nossa consciência seja completa e que nossa fé não seja cega.
É normal que cada orixá e não
poderia ser diferente com Orixá Bará, repasse a seus filhos encarnados um pouco
do seu ser.
De seus cacoetes, faniquitos e
logicAmente suas virtudes.
Bará, aquele que carrega o fardo
na cabeça onde se encontra uma faca que danificará ou não a carga, dependendo
do que se paga.
Como dono das chaves, dos portais,
encruzilhadas e caminhos, deve sempre ter suas saudações, obrigações e cortes,
este último quando necessário, feitos em primeiro lugar, assim nós humanos
garantimos a segurança de nosso ritual, assim coMo no ritual, é o Orixá
responsável pela boa abertura dos trabalhos, está para nossos negócios e vidas,
destrancando caminhos e abrindo portas, ou trancando e fechando, dependendo de
nossos merecimentos e cumprimento de tArefas.
BARÁ
QUALIDADES E TÍTULOS MAIS COMUNS
Aqui estão algumas das mais conhecidas
qualidades e títulos que pelo qual Bará pode ser conhecido levando em
consideração as regiões e nações que o utilizam.
ABANADÁ é a qualidade de Bará utilizada com eficácia nos axés
de limpeza, descarrego de ebós negativos, quizilas.
ADAGUE é aquele que cuida dos caminhos, mesmo que no caminho
haja um trabalhador específico, ela atua como zelador. Recebe suas oferendas
nas encruzilhadas; seu assentamento é feito dentro do templo; é um dos mais
requisitados, pois faz a frente de Ogum, Oiá, Xangô, Odé, Otim, Obá, Ossãe e
Xapanã.
ÀGBÁ pai-ancestre, representação coletiva de todos os exús
individuais.
AGELÚ, Ajelú ou Ijelú é o chamado menino, o mais novo
dos Barás. Talves seja um dos mais cultuados e utilizados em axés,
principalmente de amarração, correção de distúrbio de personalidade
principalmente dos filhos de Barás Olodês. Este é o Bará que faz a frente dos
Orixás de água, Oxum, Iemanjá e Oxalá.
Além do epô, usa-se mel nas suas
oferendas.
ALADI dono do óleo do caroço de dendê.
ALUPANDA, utilizado nos axés de descarrego onde
envolve a entidades ligadas a casa de Nanã, como Omulu e Xapanã.
ALUVAIA o mais humano de todos os Orixás possui todas as
qualidades e defeitos.
BI, auxiliar nos axés de rua do Bará Agelu.
BURUCU, auxiliar direto das entidades envolvidas com
espíritos obsessores.
DEMÍ, Bará muito requisitado para axés que envolva
dinheiro.
ELEBO, senhor-das-oferendas.
ELEGBÁRA ou legba é senhor do poder, da força. Uma
divindade Vodoun entre os Nàgó, e é visto como o senhor do caos e da destruição.
ELEPÔ, dono do azeite-de-dendê.
ELÉRÚ senhor do erú, carrego.
ENÚ-GBÁRIJO explicitador de mensagens, conseguindo
transformar todos meios de comunicação de maneira a tornar-se conhecido e
eficaz.
GOGÓ, este caminho de Bará, Divino Executor.
É conhecido também como o Exu
responsável pela recompensa divina a todos os atos dos seres humanos,
desencarnados e encarnados. Exu Gogó conhece todas as nossas reencarnações
estende sua ação através destes diversos ciclos encarnatórios. Aquilo que
costumamos chamar lei do retomo é exatamente a função do exú Gogó fazer este
retorno acontecer: O bem recompensado com o bem; o mal recompensado com o mal.
Dentro destas atribuições de cobrança espiritual e material encontra-se sempre
a chance de todos se arrependerem, pagarem por seus erros e tomarem um outro
ritmo de vida. Quando isto não acontece numa vida, poderá ser resgatado numa
próxima encarnação.
LALU, Bará observador, aquele que tudo vê, silencioso.
Gosta de resolver questões difíceis, problemas que aparentemente não tem
solução, gosta de quebrar mandigas.
Prefere seus presentes em estradas
de areia ou de barro,recebendo seus axés em uma das margens da estrada.
LANÃ o Bará dos caminhos. Trabalha nos cruzeiros e todos
tipos de encruzilhada. Tem as mesmas atribuições do Bará Adague. Responde
também nos cruzeiros de mato.
LODÊ, Olodé .Tem seu assentamento feito do lado de
fora do templo. Divide sua morada com Ogum Avagãn.
É o Orixá que mantém a estrutura
do templo; a sustentação dos terreiros depende do Bará Olodê, aquele que fica
fora no relento, ou a frente.
Bará Lodê: São Pedro, quando faz
adjuntó com Iansã, São Benedito com faz adjuntó com Obá
OBÁ, Bará rei-de-todos.
ODARÁ o Senhor da Felicidade aquele que guia, mostra o
caminho, vai na frente.O bará da paz,do branco,o verdadeiro exu de ORIXALÁ.
Gosta de trabalhar para restaurar
a harmonia e sintonia perfeita da família dentro da sua casa.
OJÌSE-EBO, Encarregado de transportar as oferendas.
Okoto, o Senhor do Caracol.
OLÒBE, proprietário e senhor da faca. Saudado em todo axé
que envolva sangria.
ONIDU, dono do carvão. Entidade encarregada em limpeza e
proteção principalmente contra Egun, trabalha muito bem vinculado a Ossaim.
OPIN é o Bará que deve ser evocado sempre que queremos
estabelecer um local como sagrado.
É ele quem faz a demarcação dos
limites que separam o espaço sacralizado do espaço comum.
Fazem-se uma construção qualquer e
nela queremos instalar os nossos assentamentos de Orixás, além de evocar o exu
do nosso caminho pessoal será necessário pedir a Bará Opin que aceite uma
oferenda para consagrar o lugar. A partir daquele local deve passar a ser usado
exclusivamente para fins religiosos, e deve haver uma separação bem nítida
entre este espaço e o espaço livre para a circulação.
No caso de se colocar, por
exemplo, um assentamento dentro de casa, é aconselhável colocá-lo sobre uma
esteira e, se possível cercar em volta com uma outra esteira.
ORO é o responsável pela transmissão do poder através da
fala. Ele é quem dá para os sacerdotes e sacerdotisas o poder de acionar as
forças espirituais através das evocações sagradas: preces, encantações,
cânticos. Existem algumas palavras de grande axé usadas nos rituais sagrados
que muitas vezes não se conhece a tradução. Elas funcionam como códigos para
abrir certos portais do mundo invisível, acionando o poder para transformar
nossas vidas. Somente Bará Oro conhece estes segredos, e somente ele pode dar a
autorização necessária para entrarmos nestes mistérios.
TIRIRI, muito utilizado nas vibrações em que envolva justiça
pois este Bará esta vinculado a energia de Xangô.
TOLABÍ, ou Talabi, entidade Bará vinculado as
entidades de Oxum, sendo muito utilizado para vibrações em que envolva vícios e
parte financeira.
TOQUÍ, aquele que carrega coisas pequenas.
YANGI , pedra vermelha de laterita,
primeira protoforma existente – água + terra
WARA é o Bará que controla os relacionamentos
Interpessoais. Ou seja: amizade, sociedade de negados, casamento,
companheirismo de trabalho, vinculo familiar, fraternidade religiosa... Enfim,
todos os tipos de relacionamentos só possuem um estado de plena compreensão,
harmonia e verdadeira colaboração quando aprovados por Ele. Sempre que se
planeja estabelecer um novo vinculo é aconselhável consular Bará Wara e, de
preferência, fazer-lhe uma oferenda de apaziguamento, para que tudo possa
ocorrer sempre na mais perfeita ordem, sem possibilidades de atrito, confusão,
mal-entendidos, etc...
ORIKIS
Orikis ou itãs (Itans) são orações
faladas e não cantadas. Ori (Cabeça) Kì (Saudação).... São formas poéticas de
agradar e reconhecer a potencialidade do orixá conforme sua essência.
Iba Esù Odara
Esu Odara, inclino-me.
A Ba Ni Wa Oran Ba O Ri Da
Ele procura briga com alguém e
encontra o que fazer.
O San Sokoto Penpe Ti Nse Onibode
Olorun
Ele veste uma calça pequena para
ser guardião na porta de Deus.
Oba Ni Ile Ketu
Rei da terra de Ketu.
Alakesi Emeren Aji E Aji E M(u)
Ògùn
Aquele a quem se convida e que,
tão logo acorda, toma um remédio.
A Lun ( se) Wa Se Ibini
Ele reforma Benin.
Laguna Jo Igbo Bi Orò
Laguna queima o mato como oro.
Esù Foli Fò O Fi Ókò Fo Oju Anan
Re
Esu arrebenta facilmente os olhos
de seus sogros com uma pedra.
LA Nyan Hamana
Ele caminha movendo-se com
altivez.
Ika Kò Boro Boro
O malfeitor não morre depressa.
Kò Là Kò Rà O Ba Ona Oja Ile Su
Ele faz com que no mercado nada se
compre e nada se venda.
Agbo L Ara A Yaba Má Pa ( Mo)
Abemu
Agbo faz com que a mulher do rei
não cubra a nudez de seu corpo.
O Se Firi Oko Ero Oja
Ele se torna rapidamente o senhor
daqueles que passam pelo mercado.
Bara Fi Imu Fon Awon Sebi Okò L O
Si
Quando Bara assoa o nariz, todo
mundo acredita que o trem vai partir.
Ero Palemo Wara Wara
Os passageiros preparam-se
rapidamente.
Lajunan jo igbo bí Oro
Lagunan queima o mato como oro.
Esú foli fò o fiókò fo o’ju anan
re
Esú arrebenta facilmente os olhos
de seus sogros com uma pedra.
L’a nyan hamana
Ele caminha movendo-se com
altivez.
Ika k’ò ku boro boro
O malfeitor não morre depressa
depressa.
Kò là kò rà o ba ona o’já ile su
Ele faz com que, no mercado,nada
se compre e se venda até a noite chegar.
Agbo i ara a yaba má pa moabemu
Agbo faz com que a mulher do rei
não cubra a nudez de seu corpo.
O se firi okò erro oja
Ele se torna rapidamente o senhor
daqueles que passam pelo mercado.
Bara fí i um fon awon okò i o n’si
Quando Bara assoa o nariz, todo
mundo acredita que o trem vai partir.
Ero palemo wara-wara
E os passageiros preparam-se
rapidamente.
Esu Meleke asu waju elejo ya pada
Seu Meleke permanece na frente, o
briguento se volta.
Agbo i erunkun
Agbo tem os joelhos sólidos (ele é
robusto)
A fí kumo gba aya oba
Ele bate na mulher do rei com um
porrete.
Agbo lekun sunkun
Agbo deixa o chorão chorar.
Agbo o ri jà má là
Agbo vê as pessoas se agredirem
sem separá-las.
Be i o se o’ri dododo
É assim que ele mantém a cabeça
erguida
Bimo si dododo
Ele tem filhos que mantêm a cabeça
erguida.
Fotifo o se epon jana bimo si jan
Fotifo, que mostra seus
testículos, tem filhos que mostram seus testículos
Agbo, o’rí mi nio
Agbo, eis aqui minha cabeça
A ko oloko ki o lo so o’ko
Ele ensina ao lavrador ir tomar
conta de seu campo.
Agbo ologo lù ogo
Agbo bate nas pessoas com seu
porrete.
Bara Meleke muomi nsufe
Bara Meleke bebe água assoviando.
Nitori irun a’be o gbo idi ana lo
ka dodo
Os pêlos da vagina de sua sogra
pendem em torno de suas nádegas porque são velhos.
O bo bàtá njo bàtá lo Oyo
Ele se calça e parte para Oyo
dançando ao ritmo batá.
Agbo o n’fí epo darí um
Agbo dissolve o acaçá com azeite
Bara elegbeje osusu
Bara tem mil e quatrocentos tufos
de cabelo.
Agbo o’rí mi ni nko fí eleri gbe
si i owo
Agbo que, um outro não ponha sua
mão em minha cabeça.
Agbo i o wò soso dà o’mi ata si
abe anan
Agbo que, calmamente, olha
derramarem pimenta na vagina de sua sogra.
A bi irungbon ti gbe osu mefa ni
ile alaro
Ele é como um barbudo que mora
seis meses na casa do tintureiro.
Alaro kò gbodo re irungbon ko
gbodo sonu
O tintureiro não pode nem tingir a
barba dele nem pode ir jantar.
Bara ni oju ni i’le fí i um sunkun
Bara tem os olhos na terra e chora
pelo nariz.
O ra o’já ajiga jiga
Ele compra sem pagar.
O sun ni ile fi ogo tíha
Deitado em sua casa, ele tem
porretes para defender-se.
Laroié o ba oni i’ku sin ku
Laroié assiste aos enterros com os
pais.
Èru ki o ba oni i’ku
Os pais sentem medo dele.
Oni i’ku sunkun
Os pais choram.
Laroié ni um eje de
Laroié chora lágrimas de sangue.
O bi ikete iya re bo o’já
Sua mãe o gerou, assim que voltou
do mercado.
O tí ile re i gi lo oloko
Ele da sua casa vê o lavrador
cortar árvores.
li oke guba wa ile
Ele do alto da montanha vai para
sua casa.
O fí eri ejo fun fere
Com a cabeça de uma cobra ele faz
um assovio.
O kírí oko o kírí ebo
Ele passeia pelo campo para
receber oferendas.
O so òkò lona o pá eiye loni
Tendo lançado uma pedra ontem, ele
mata um pássaro hoje.
BARÁ
ARQUÉTIPO
Aqueles que são regidos por Bará,
apresentam uma personalidade muito marcante e um comportamento cotidiano muito
diverso.
São pessoas altamente fiéis aos
seus princípios, aos amigos e ás suas causas.São corajosos e dedicados.
Amáveis, não medem esforços nem
sacrifícios para auxiliar aqueles que amam.Excelentes amantes, a virilidade é
uma característica básica daqueles regidos por este orixá.
São comerciantes hábeis e
espertos, profissionalmente sempre chegam ao seu objetivo, mesmo que para isto
tenham que se empenhar de corpo e alma para conseguirem seus intentos.
Fortes, capazes, românticos,
felizes, participativos, francos, espertos, inquietos, saudáveis, sinceros,
astutos, atentos, rápidos, despachados e sagazes.Os filhos deste orixá
apresentam algum sinal típico físico, problemas com circulação, cardíacos,
articulações e sistema nervoso, emotivos ao extremo, ciumentos.
São sonhadores, gostam de
liberdade, mas não as dão. Vida curta e agitada. Amigos dos prazeres da vida
adoram comer, beber, mas muitas vezes quando bebem, tudo pode mudar,
tornando-se mentirosos, briguentos, rabugentos, provocativos, insolentes,
desordeiros, indesejáveis, mal educados, atrevidos, principalmente provocadores
de situações embaraçosas ligados a infidelidade conjugal.
Maldosos. Ciumentos. Mania de
vigiar, estando sempre atento em tudo e em todos. Não gostam de estar sozinhos.
Adoram ser o centro das atenções, de chamar a atenção, muitas vezes até criando
situações de embaraços.
Os negócios são feitos quase que
instantaneamente, pois são volúveis e mudam com frequência de opiniões.
Sentem atrações por lidarem com
fracos e doentes. Solidários. São de estaturas medianas, não se amedrontam com
doenças, futuro e situações difíceis.
Numa conversação, dificilmente seu
pensamento estará ligado ao assunto, estão sempre correndo na frente.
Temperamento explosivo e
impulsivo.
Amoroso, radical, sonhador,
adorador das surpresas e diferenças. Apaixonado pelo sexo oposto, infiél, mas
preso a uma única pessoa.
Prestativo, amante fantástico,
manhoso, amável.
BARÁ
ORAÇÃO
Divino Mensageiro do Pleno
Pagamento guie minha cabeça para o pleno caminho.
Divino Mensageiro do Pleno
Pagamento guie minha cabeça para o reto caminho.
Quanto tu estas pedindo para o
Divino Mensageiro do Pleno Pagamento?
O Divino Mensageiro do Pleno
Pagamento, o Pai do Mistério, está pedindo por um centavo.
Que assim seja.
O Divino Mensageiro do Poder da
Palavra causa confronto.
Divino Mensageiro do Poder da
Palavra não me cause confronto.
O Divino Mensageiro do Poder da
Palavra tem a voz do poder.
O Divino Mensageiro do Poder da
Palavra tem uma voz que ressoa por todo o Universo.
Que assim seja (axé).
BARÁ
CURIOSIDADES
ASTRO .......... lua.
BEBIDA....... aguardente, dendê,Wisk,conhaque.
COME DOIS PÉS ........ galo, pombo.
COME QUATRO PÉS ........ bode, cabrito,
angolista.
COMIDAS SECAS ......milho torrado, pipoca,
batata inglesa assada.
CONTA ........7.
COR.......... vermelha, preta, vermelha e preta.
DIA DA SEMANA........ 2ª-4ª-6ª.
ELEMENTO........ fogo.
FERRAMENTA ...foice, porrete, búzio, armas brancas,
chave.
FLOR....... cravo vermelho.
FOLHA ..........mamona, arruda, cana.
FRUTA ......limão, lima.
FUNÇÕES...... vigiar, comunicar, avisar, dar ciência de um
fato, levar pedidos aos orixás e executar tarefas designadas pelos orixás.
HORA .......00h, 06hs, 12hs, 18hs.
KIZILA ........ impotência, esterilidade, queimadura, doença
circulatória e do fígado.
METAL ......bronze, prata .
MITOLOGIA....... Hermes.
NÚMERO..... 3, 13, 33.
PARTE DO CORPO ........plasma, articulações,
pênis, esqueleto, pâncreas, uretra, urina, sangue.
MORADA....... estradas e encruzilhadas,cemitério.
PEDRA..........onix.
PERFUME........musk.
SAUDAÇÃO....... alupô, laroiê.
SIGNO............ aquário.
SÍMBOLO............... ogó, falo.
SINCRETISMOS ............. são Pedro, santo Antonio.
TEMPERAMENTO ............ explosivo, impulsivo.
RESUMINDO 2018
REGENTE:
NANÃ-OMULU-OBALUAIÊ, após 21 março
IANSÃ e XANGO, tendo desde o início as atividades do orixá BARA
PONTO CARDEAL: Oeste-Sudoeste.
ELEMENTO: Fogo
CORES: lilás, roxo, violeta, vermelho, dourado. Estampado
CORPO: Rege Abdome, mãos e pés, vulneráveis a garganta, sistema
reprodutor e digestivo
INFLUENCIA ZODIACAL: Sagitário e capricórnio e
escorpião
PERSONALIDADE: imaginação fértil, falta de fé
Proibições: Devem evitar a bebida e outros vício.
SIMBOLO: dois triângulos superpostos, no meio dos quais estão
dispostos três pontos formando triângulos.
TENDENCIA: a exagero e excessos Ano de organização,
equilíbrio do carma. XANGÔ e IANSÃ, atuando para o equilíbrio rápido, ponderado
e justo, principalmente entre maio a outubro, e a partir de novembro a março
2-19 a foice de BARA, fará a seleção, tendo os ventos de IANSÃ para unir ou
separar E O FOGO DE XANGÔ para a purificação ou eliminação.
O efeito da energia do Odu composto
pelos elementos terra sobre fogo com predominância da terra o que indica
proteção, ajuda, admissão e aceitação. Superação pela humildade
As pessoas que tem este odu na
cabala deverão lhe dar um presente a ele todo dia 11 de cada mês para ficar em
paz e tranquilidade.
Ano de recuperação da suade física,
onde doenças crônicas poderão ser curadas ou ter seus efeitos negativos
consideradamente reduzidos, obtendo boa saúde e vida longa, Doenças mentais e distúrbios comportamentais
terão uma linha mais clara para recuperação, entendimento, influências e a as
levam a enfrentar dificuldades materiais e a só alcançar o sucesso depois de
grandes sacrifícios. São muito volúveis no amor.
As mulheres geralmente fracassam
no primeiro casamento, mas acabam encontrando a felicidade.
Cores: são sempre luxuriantes e quentes, principalmente o
vermelho e o dourado. Esse signo é o criador das cores, transmitindo a ideia de
colorido (estampado).
Proibições: Devem evitar a bebida e outros vícios.
Seus pontos vulneráveis são a
garganta, o sistema reprodutor e o aparelho digestivo.
É um Odu feminino, representado
esotericamente por dois triângulos superpostos, no meio dos quais estão
dispostos três pontos formando triângulos.
Cada ponto é de uma cor diferente
o que transmite a idéia de colorido, matizado (são utilizadas seis cores
diferentes, não importando quais sejam elas)
O Odu Owarin é um odu extremamente
ligado à sexualidade, aliás, existem dois grandes odus que regem a sexualidade:
O Okaran e o Owarin, particularmente o Owarin no sentido de sedução, da parte
de relacionamento, de amor e de sexo.
O comportamento de Ogum em Owarin
é como o próprio Orixá ogum que é de grande virilidade, de grande força, seja
ela energética dos caminhos, seja ela até mesmo ligada a sexualidade. Ogum
nesse caminho é o Ogum namorador, quando ele pega Oxum, quando ele pega Oiá,
quando ele pega as Iabás. O comportamento de Ogum como um sedutor, um cara que
conquista muitas mulheres e faz da conquista das mulheres uma guerra onde ele
adquire essas vitórias na conquista, ele faz da mulher um prêmio, então tem uma
relação muito grande envolvendo a parte da sexualidade e a parte das relações.
No dia a dia, os filhos de Ogum
ligados a esse odu são pessoas com temperamento bem quente, mas também com uma
sensibilidade emocional muito grande. São pessoas que apesar de terem um
temperamento um pouco quente, possui também uma sensibilidade, uma
espiritualidade bastante sensível e nessa combinação está a chave de grandes poderes
associados à força e a sensibilidade.
Este odu tem a filosofia de que
quem tem que morrer não adoece, morre logo. Quando ele aparece e diz que a
pessoa vai morrer não espere doença, pois ela morrerá logo, sem adoecer.
Esse Odu introduziu neste mundo as
rochas e as montanhas, as mãos e os pés dos seres humanos e as cólicas
femininas.
Positivo: As pessoas nascidas
neste signo ficam ricas ainda na juventude, realizam muito cedo tudo o que
desejam na vida e obtém precocemente filhos, mulheres, dinheiro e todas as boas
coisas da vida.
Ele aponta nobreza de atitudes,
uma decisão que leva a um bom resultado, planos que darão certo, um bom
empreendimento, proteção do alto, ajuda de terceiros, fartura e riqueza. As
virtudes desse signo são muitas: mediunidade, vidência, premonições, sorte no
jogo, no amor, em comércio e vitória sobre os inimigos, só que de forma lenta e
muito sacrificada. Esse Odu traz surpresas, ingratidão, vingança oculta,
dificuldade de ter o que se deseja, consegue tudo o que quer por meio de muito
esforço, satisfação com aquilo que se deseja ter.
São naturalmente bafejadas pela
sorte, atraentes, excessivas em tudo, generosas, dominadoras e entusiasmadas.
Não conhecem desafios que não possam vencer e nem obstáculos que não possam
superar. Gostam de tudo o que é bom, do que é caro e nunca medem esforços para
alcançar o que desejam.
Este Odu traz muito sucesso nos
negócios, satisfação com aquilo que se deseja ter, lucros e sociedade, mas pode
trazer muita demanda, acidentes, ingratidão, doenças passageiras, fracasso no
amor, dificuldade de ter o que deseja, tudo o que quer é por meio de esforço,
porém se estiver positivo, traz muita prosperidade, paz, harmonia com toda a
família e amigos. Poderá ter uma relação amorosa muito forte e duradoura.
Tendência a fazer uma boa e grande viagem.
Negativo: Oworin Meji é um Odu
muito poderoso que revela inúmeras doenças localizadas no abdome, onde o signo
estabelece o seu reduto. É, portanto, o assistente direto de Iku, a morte,
durante a noite e de Gbé, a vida, durante o dia.
Traz acidentes fatais, morte
súbita ou prematura e vida curta. Aponta doença no olho direito, excesso de
sangue, hipertrofia dos órgãos, hipertensão, congestões e todos os tipos de
doenças ocasionadas por abundância ou excesso patológico de fluídos, tumores e
matéria orgânica. Ele predispõe as estadias curtas sobre a Terra, isto é, as
pessoas desse signo tendem a viver pouco.
Por ser este Odu portador de
acidentes, é muito difícil que se possa desfrutar, por muito tempo, os seus
benefícios.
Esse Odu impõe muitas influências
negativas, tanto para o consulente quanto para as pessoas regidas por ele.
Devido à forma karmática muito
pesada a qual esse Odu propicia, as pessoas se tornam muito perturbadas,
negativas e lutam com grandes dificuldades tentando realizar algo na vida
porque todos os caminhos se fecham.
Geralmente elas sofrem
constantemente com doenças correndo algum risco de morte, pois esse signo pode
ocasionar, de um momento para o outro a morte por doenças, acidentes graves ou crime.
Na verdade esse Odu causa
supressão com a morte, não permitindo por muito tempo, tratamentos médicos nem
trabalhos espirituais.
São pessoas com más influências
perturbadoras, com dúvidas, felicidade oculta e difícil. Se for homem é volúvel
e sem fé e luta com muitas dificuldades para a realização de qualquer objetivo.
Sofrem por calúnia, perda de bens
e outros valores sentimentais, doenças passageiras. Egum em cima, muito carrego
e só vencem obstáculos com muita luta e após sofrer com grandes sacrifícios.
Tendência para mendicância e para
os vícios da bebida e das drogas, ou ainda envolvimentos com pessoas e casos
obscuros, levando a envolvimentos com a polícia. Não se sensibiliza com o que
vier a acontecer.
Para levantar seus nativos, o
zelador ou zeladora deve ter muito conhecimento e paciência. São pessoas boas,
porém volúveis; lutam com dificuldade para um grande projeto e tem que agir com
calma, caso contrário perderão tudo. Vencerão os obstáculos com a razão; porém
quando este odu está positivo, ele oferece vitória sobre todas as lutas e
obstáculos.
Para as pessoas desse Odu, existe
um fator muito importante: quando ele está em boa fase ele oferece vitória
sobre todos os inimigos, os quais tentam guerrear com armas mesquinhas como
difamação, fofoca, intrigando ou fazendo magias pesadas com propósitos
mesquinhos tentando denegrir a boa imagem e a dignidade de suas vítimas.
Somente com um grande ebó, muitas
obrigações e muita calma o consulente poderá, gradativamente, atingir seus
objetivos, caso contrário, a pessoa perderá tudo e inclusive a própria vida.
Para as pessoas que vão viajar ou
que trabalham viajando, deverão ter cuidados especiais fazendo ebó.
Para as que estão doentes ou que
vão fazer cirurgia, também devem fazer ebó antes.
As pessoas desse signo, embora
aparentemente estejam em boa situação, deverão agrada-lo uma vez ao mês (dia 11
de cada mês). Não é dar caminho e sim e apenas agradar. O tipo de agrado mensal
não é o mesmo que o anual é mais simples.
As pessoas desse Odu deverão usar
constantemente um patuá especial, banhos de folhas em defesa e fazer “Ofó” e
“Oriki”.
Para as pessoas desse Odu ou
influenciadas por ele, é necessário, além de ebó de Odu, deverão fazer um Ebó
Iku para um espírito de um antepassado o qual sempre tenta viver encostado com
propósito de levar a pessoa.
Quando for pessoa sob a regência
de Oworin Meji, para se obter um bom caminho na vida, é preciso quase nascer de
nosso, isto é: fazer a feitura do Orixá confirmar-se Ogã ou Ekedji (quando for
o caso).
História:
Um certo dia, uma mulher muito
fiel aos orixás fora numa fonte lavar roupa levando consigo sua criancinha. Lá
havia outra mulher invejosa que, vendo que ela estava distraída com a sua
ocupação, tentou lançar a criancinha da outra numa bacia d'água. Mas outra
mulher ainda, ouvindo o chorinho da criança, correu para ali e a tirou de
dentro d"água, salvando-a do perigo, antes mesmo de sua mãe se dar conta
do horror que acontecia.
Assim se vê o ponto onde uma
pessoa má pode chegar e também o quanto podemos contar com a ajuda e proteção
através de oferendas específicas.
Exu, também conhecido como Bará,
ou Elegbara, é considerado um dos Orixás mais importante por ser ele o
encarregado de transmitir as mensagens dos Deuses na terra aos homens e
vice-versa. Exu é o Orixá que esta mais próximo de nos, por isso tem facilidade
de nos entender e poder ajudar através das outras divindades (Orixás). Omulu é
o Orixá da saúde, sempre envolto por mistério, tem o poder da cura e de afastar
qualquer mal que possa nos assolar. Iansã, Orixá do tempo e dinamismo, consegue
afastar qualquer negatividade, põe para movimentar qualquer situação parada,
tem força para colocar tudo a frente, ela amplia e expande todas as pessoas e
situações que tem vontade de crescer. A baixo vamos ter mais detalhes, história
dos Orixás, previsões e rituais para se conectar e receber ajuda dos Orixás:
PERGUNTA DE UM , DÚVIDAS DE MUITOS....
....que fazer para agradar o orixá
que governa o ano?
Para cada entidade existe uma
variedade muita grande de agrados, obrigações, oferendas, etc, cada uma com uma
finalidade bem distinta da outra.
Os ebós são elementos utilizados
para energizar, trocar energia com as entidades que estamos vinculados por
algum motivo.
É importante você agradar as entidades
que comandarão o ano, no entanto muito mais importante, na minha maneira de
pensar é você agradar seus orixás, suas entidades em primeiro plano, pois para
a individualidade é mais importante aquele a quem a pessoa esteja vinculado
pelos laços da eternidade.
Portanto fazer agrado para os
donos do ano e esquecer seus orixás é verdadeiramente perca de tempo e de
dinheiro.
Vale mais você estar organizado
com o seu orixá do que esta com os governantes e não estar com os que lhe são
iguais.
Também é importante saber que
influência tem os governantes sobre você no que diz respeito as energias em que
cada orixá esta vinculado.Se você já leu nesse sate no link LENDAS dos
ORIXÁS , você vai entender melhor o que lhe digo,pois cada entidade tem
afinidades ,equilíbrio e desequilíbrio com as demais,sendo sustentação para
umas,queda para outras,paz para uns e guerras para alguns.
Preste bem a atenção,primeiro
agrade os seus orixás para que os subordinados deles que estão ao seu lado
possam estar energizados e prontos para nos acompanhar no dia a dia.
Se poder financeiramente e seu
coração assim determinar agrade os donos do ano tendo sempre em mente que
vibração eles acarretam para você.
-AROMAS: Gerânio
-COR: vermelha, branco, amarela
-COMIDA: rabada, canjica branca doce, tortas diversas, pão diversos,
pipoca, carnes vermelhas sem osso, assadas sem pimenta, e mal passadas, feijão
fradinho, arroz, saladas com folhas largas, cocada branca, batata inglesa
assada, ovos cozidos, peixe bagre
-FOLHA: loro, mangericão
-FRUTA: Abacaxi, romã, manga, banana prata.
-PEDRA: Fluorita
-
*muita pipoca na mesa e balas e
não comer ou servir abobora
Ou jafusi inanga
29/12/17
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